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resumo textos FES II PARTE 1

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FES II – PARTE 1
03/08/16
O Legado do Império e da Proclamação da República (E. Costa)
Crítica à visão contemporânea dos cronistas
Relato/testemunho histórico
Interpretações superficiais construídas por meio de depoimentos
Historia factual baseada em documentos testemunhais estória tipicamente politica
Destaque aos personagens da cena politica
Visão passional/viesada/tendenciosa toma partido de quem ganha/perde etc
Ausência de distanciamento histórico/carência de uma analise objetiva dos acontecimentos
2 versões contraditórias: 
Monarquistas: idealizavam monarquia e não achavam que tinha razão para a mudança de regime + republica foi consequência do descontentamento e da indisciplina dos militares aliados aos fazendeiros
Republicanos: república era correção necessária dos vícios da monarquia + movimento era de aspiração nacional (militares interpretes do povo)
Ambos davam muito valor a personagens históricos insuficiente
Portanto, o que Costa reivindica ao criticar esses cronistas a cientificidade da versão desses cronistas não são testemunhos cientificamente comprovados não há historia e sim estória é uma historia econômica pouco crível
A geração de 1930 e o movimento de 1889
Desenvolvimento dos estudos de historia econômica novo período de vida política abandono das versões subjetivas e menos importância a personagens
Novas bases para uma analise mais objetiva dos fatos (cientificidade) de uma nova problemática (não se faz ciência sem problema) e de novas fontes de info (não só relatos, testemunhos)
A queda da monarquia passa a ser explicada pela inadequação institucional do pais diante de um conjunto de transformações sociais e de mudanças de caráter estrutural da economia (essas mudanças começam a se processar a partir da Guerra do Paraguai, 1870. 1871 lei do ventre livre quando realmente as elites começam a abraçar a causa abolicionista. Abolicionismo faz parte da pauta de caráter liberal e republicano contra o caráter tradicional e monárquico) monarquia incapaz de resolver problemas nacionais
Proclamação: resultado de profundas transformações: decadência das oligarquias tradicionais, abolição e imigração, industrialização e urbanização, antagonismo entre zonas produtoras e campanha pela federação setores progressistas defendem abolição, federação, reformas eleitorais e relações capitalistas de produção Republica resultou da aliança entre setor dinâmico da classe senhorial (rural) e a classe media (desejosos por participação política) + exercito (identificado com interesses da classe media)
Novos olhares 
Caio Prado Jr: “o regime monárquico, revelando-se incapaz de resolver os problemas nacionais a contento, a começar pela emancipação dos escravos, de cuja solução dependia o desenvolvimento da nação, perdera prestigio sendo derrubado por uma passeata militar” não ha menção a nenhum personagem da politica, não é sobre feitos de grandes homens a preocupação é com as transformações e como elas colocaram em xeque o quadro institucional vigente (é uma perspectiva histórica com h)
Nelson W. Sodré: Proclamação = resultado de transformações!
Em suma: O movimento de 1889 resultou da inadequação do quadro institucional a nova realidade econômica e social que vinha se delineando desde 1870. É preciso entender as mudanças que se processaram na sociedade e que levaram a solução revolucionaria e ao golpe muda o diagnostico, a interpretação sobre o que representou o golpe de 89.
Reparos as versões tradicionais: 
1- Abolição e Republica
A primeira não é causa da segunda superficial dizer que abolição provocou queda da monarquia pois gerou descontentamento com os fazendeiros, que deixaram de apoiar o regime para aderir à Republica 
Ambas são sintomas de uma mesma realidade
São repercussões, no nível institucional (é um novo arranjo institucional), de mudanças ocorridas na estrutura econômica do pais provocam destruição dos esquemas tradicionais a proclamação é uma resposta a um movimento que vinha ocorrendo a um certo tempo e se fortaleceu em 1870
No máximo, pode-se dizer que a abolição precipitou a queda da monarquia (mas ocorreria mais cedo ou mais tarde) (abalando as classes rurais que tradicionalmente serviam de suporte ao trono)
Abolição afetou os setores menos dinâmicos do pais, como os fazendeiros das áreas decadentes (Rio de Janeiro e Vale do Paraíba paulista) que se viam impossibilitados de evoluir para as novas formas de produção
Os setores mais progressistas (fazendeiros do Oeste Paulista) vinham se preparando desde meados dos anos 1880 para a utilização do trabalho livre imigrante (é criada a hospedaria dos imigrantes em sp, mesmo antes da abolição)
População total e estrangeira
1972:
Total: 10112
Estrangeira: 383
1920:
Total: 27500
Estrangeira: 
Obs.: mais da metade dos imigrantes desse período foram para SP
2- Questão Religiosa
Superestimado seu papel na proclamação dividiu a nação em 2 grupos: favoráveis aos bispos ou ao governo divisão entre igreja e republicanos
Não era novidade a interferência do estado na igreja mas a sociedade brasileira não tinha espirito clerical
Partido republicano pregava separação entre estado e igreja
Republicanos criticam religiosidade da Princesa Isabel
Exagero supor que a questão religiosa, que indispôs momentaneamente o trono com a igreja, foi primordial para a Queda da Monarquia
3- Partido Republicano 
Embora pequeno o numero de inscritos nos quadros do Partido, não se pode desprezar a quantidade daqueles que simpatizavam com a causa republicana mas foi superestimado
Semelhante a bandeira da emancipação durante o período pré-independência (negação do estatuto/pacto colonial). “A republica sempre foi uma aspiração nacional, desde os tempos de colônia” a bandeira da emancipação em um contexto de um brasil independente é a bandeira republicana é a mesma pauta
Ideia republicana só se concretiza em 1889 com mudanças na estrutura econômica e social do país levaram população a aceitar com indiferença a queda da monarquia
4- Papel do exercito
A ideia de que aos militares cabia a salvação da pátria se generalizou no âmbito do exercito a partir da guerra do Paraguai o que aconteceu na guerra? O exercito queria se mostrar importante e ameaçaram o governo começou-se a criar uma rixa mesmo dentro do exercito reivindicavam que queria ser tão importantes quanto a guarda nacional (polícia)
Ideia de salvação da pátria a partir da Guerra do Paraguai, com institucionalização do exercito 
Militares não foram mero instrumento dos civis
Influencia do pensamento positivista nos meios militares
5- O mito do poder pessoal
Criticas à coroa ao imperador eram antigas
Poder pessoal (moderador) concedido pela carta Constitucional de 1824: interferência no legislativo e judiciário + exercício de funções do executivo
Quem de fato controlou a política do império foram as oligarquias (não o imperador)
Transformações econômicas e sociais
Tese de Viotti foram mudanças como ferrovias, melhorias na produção de açúcar, capitalismo industrial, trabalho livre e imigração, aumento da população, urbanização, criação de mercado interno que levaram a proclamação interesses vinculados aos novos grupos eram conflitantes com os tradicionais: pequena e media burguesia, classes medias urbanas, industriais, fazendeiros do oeste paulista (mão de obra livre) exercito se aproxima dessas classes transformação das instituições jurídicas e políticas no campo jurídico, seria a igualdade jurídica (até então atravancada pelo sistema escravista) (ser republicano era necessariamente ser abolicionista)
Novos grupos: buscam o protecionismo, imigração, representação política, entrada de capital internacional, ampliação dos serviços públicos, separação de estado e igreja
Grupos tradicionais: decadência e queda da produtividade (trabalho escravo) situação deficitária e sem perspectiva de recuperação não despunham de capital para melhorar produção e empregar imigrantes. O enfraquecimento desses grupos, que tinham sido suporte da monarquia, abalou as bases do trono.Abolição representaria um grande golpe enfraquecia as bases sobre a qual a monarquia se apoiava
Ideal republicano: Visava instituir a igualdade jurídica e a possibilidade de representação das classes medias (impossibilitada pelo regime eleitoral censitário (baseado na renda) que vigorou durante o império somente 1,5% da população votava)
Federalismo: solução para contradição de interesses a excessiva centralização no império era um entrave ao desenvolvimento (pouco maleável) possível a partir do momento que poder econômico e politico se desequilibram (não é mais a oligarquia cafeeira antiga e sim o oeste paulista). Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto defendiam a instituição de um Poder Executivo forte e centralizado uma espécie de movimento mais de robustecimento de poder central
Desequilíbrio entre poder politico e econômico
Oligarquias tradicionais com base abalada: Vale do Paraíba base econômica abalada crise no açúcar e queda da produtividade do café
Oeste paulista: área dinâmica, lidera exportações, mas não tem representação política queria, república e federalismo desenvolvimento econômico favorece o espirito de empresa, propiciando inovação e adesão as novas ideias. Carater comercial e monocultor cultura cafeeira elimina produtos de subsistência campo dependia das cidades (centro de abastecimento) mentalidade urbana
Separatismo: apenas extremistas apoiavam—alguns no Oeste Paulista
Solução militarista
Questão militar: resultou da crescente divergência entre os militares do exercito e o poder imperial explorada pelos republicanos, acirrando os ânimos dos militares contra o governo (frustrados, mal recompensados, desprestigiados pelo governo)
Salvação nacional queriam corrigir os vícios do regime imbuídos de ideias republicanas e positivistas
Exercito: representante da classe media (era um meio de ascensão)
Civis e militares ligados pelo mesmo motivo: alterar as instituições vigentes
Reformas liberais: tentativa de neutralizar criticas por meio de reformas esperadas pelos setores importantes maior representação, autonomia dos municípios, liberdade de culto, etc.--> câmara não aceita reformas (câmara representa oligarquia) mudança será imposta sob a forma de golpe militar! (mas ficará contida dentro dos limites de interesses dos novos grupos que integram o movimento e que realizaram apenas modificações institucionais necessárias à sua efetivação no poder e à realização de uma política econômica e administrativa propicia aos seus interesses)
Golpe de 15 de novembro: o movimento resultou da conjugação de 3 forças: exercito, fazendeiros do Oeste Paulista e representante das classes medias urbanas que, para obtenção de seus desígnios, contaram indiretamente com o desprestigio da monarquia e enfraquecimento das oligarquias tradicionais unidos em torno do ideal republicano, conservam profundas divergências desde logo se evidencia abalam a instabilidade dos 1os anos da republica!
A primeira Constituição republicana (1891) foi uma pá de cal nas aspirações dos militares:
Estrutura federalista de cunho liberal, inspirada no modelo dos eua
Dotou de uma autonomia administrativa as antigas províncias (denominadas agora como estados)
Definiu o presidencialismo como o sistema politico de representação da Republica federativa do Brasil
Republica
A debilidade das classes medias e do proletariado urbano propiciou a preponderância das oligarquias rurais até 1930 republica não significou uma ruptura no processo histórico brasileiro
Permanecem inalteradas as condições de vida dos trabalhadores rurais, o sistema de produção, o caráter colonial da economia (exportadora) e a dependência em relação ao exterior (mercados e capital estrangeiro)
Ruptura só ocorre após 1930: crescimento populacional, desenvolvimento industrial, aprofundamento da urbanização, formação de proletariado e ampliação da classe media, crise da economia cafeeira, crise de 29, contradição entre setores e aparecimento de novas ideologias propiciaram a Revolução de 30!!!
Ou seja, republica é a acomodação política dos novos grupos políticos emergentes
Costa: O principal legado do império referente a republica é o regime oligárquico discutir o significado de regime oligárquico é anterior a republica oligárquica é um legado do império à republica relacionar com a influencia das elites agrarias, com a supremacia da economia cafeeira e como passaram a influenciar a politica imperial participação na pauta exportadora do café que superava 50% um dos argumentos que da validade e fundamentação do aspecto oligárquico 
Como Costa define o regime oligárquico: usa um símbolo que faz medição a um duplo sistema patronagem e clientela Costa não faz menção a um outro elemento que é importante (pode ser que Costa englobe isso em patronagem) (discutido por Sergio Buarque de Holanda) Patrimonialismo ou seja, regime oligárquico no brasil = patronagem + patrimonialismo + clientela
A republica nasce e da origem a uma crise tentaremos discutir a duração da crise associada a uma balança de pagamentos negativa dívidas! desde 1898
Patronagem:
O politico não é o representante do povo e sim seu benfeitor
Direitos dos cidadãos eram concessões e não resultado de um histórico de luta
Clientela: um conjunto de relação em que o favor é a logica que permeia todas as relações
Filiação partidária muito mais ligada a famílias e amizades do que preferencias politicas em si
Sociedade em que o publico e o privado se confundem
08/08/16
O ciclo militar do inicio da republica
Eleito pela Assembleia Constituinte o 1o presidente da Republica, Marechal Deodoro da Fonseca renunciou, em novembro de 1891, após fechar o Congresso e propor a revisão da constituição. Cada estado reagiu de uma forma a politica centralizadora e autoritária dele apareceram revoltas
O vice, Marechal Floriano Peixoto, baixou o tom e propôs um acordo com a elite politica de SP
Em 1894, Floriano foi sucedido na presidência pelo paulista Prudente de Morais
A singularidade dos fazendeiros do Oeste Paulista
Preponderavam nos quadris do PRP assumem independente do histórico, do que ocorreu no passado e da postura que tiveram com o império achavam que com a republica poderiam impor uma politica econômica que favorecesse mais eles próprios
Com a Republica, esperam controlar o poder de maneira mais eficaz
SP a única província aonde os grandes produtores agroexportadores ocupavam as grandes fileiras do partido. O ideal republicano é um ideal emancipatório típico da classe media urbana diferente dos fazendeiros paulistas que antes eram senhores de escravos mostra uma clivagem dos fazendeiros do Oeste Paulista e do Vale do Paraíba (mais tradicionais e continuavam a favor da escravidão)
“Representavam a zona pioneira que se convertera na região mais rica do pais, cujo desenvolvimento econômico favorecia o espirito de empresa, propiciando as inovações e as experiências e facilitando a adesão as ideias novas espirito progressista: substituir o escravo pelo imigrante, aperfeiçoar os métodos de beneficiamento do café, subscrevia capitais para ampliação da rede ferroviária e para a criação de organismos de credito (casas de importação e exportação). Era um pioneiro, ativo e empreendedor” conjunto expressivo de atividades que antes era muito mais segmentada (tinha um que produzia o café, outro que transportava e outro que exportava o fazendeiro do oeste criava uma empresa dele que fazia praticamente tudo isso quando não, especulava, revendia permitia a ele acumular lucro!
Franco
Política econômica nos anos 1890: o encilhamento
1a década do regime republicano: transformações estruturais trabalho assalariado (fim da escravidão) e reordenamento da inserção do país na economia internacional (florescimento das relações financeiras do Brasil)
Outra herança monárquica, segundo Ruy Barbosa (ministro nos 1os anos da republica): crise do encilhamento. Diversos debates entre metalistas e papelistas Ruy Barbosa era papelista mas não durou muito dada necessidade de flexibilizar PM
1891: depreciação cambialdeterioração das contas externas. 1898: plano conservador de saneamento monetário e fiscal
Economia internacional: final do século XIX: maior abertura. Boom de empréstimos dificuldade de pagamentos cresce divida externa
Encilhamento: Processo especulativo ocorrido na Bolsa de Valores do RJ em decorrência das excessivas emissões bancarias de notas inconversíveis e lastreadas em títulos públicos (Lei Bancaria de 17 de janeiro de 1890) período de intensa especulação seguido de grave crise no mercado de valores
A consequência mais evidente, além do credito farto, do surgimento de empresas fictícias e da alta inflacionaria, foi a brusca desvalorização cambial de 1891 mexeu no câmbio, mexeu diretamente com a situação financeira do estado já que era muito dependente tanto da exportação quanto da importação (a variável chave da politica macroeconômica da politica velha era o câmbio principal objeto de barganha dos grupos de interesse)
“Em setembro de 1890, o papel-moeda emitido já havia crescido cerca de 40% em relação ao estoque de 17 de janeiro” (Franco, 2014, p. 39)
Em setembro desse ano, o papel moeda emitido atingiu o valor de 289 mil contos de reis e, em junho de 1891, este valor chegou a 535 mil contos, um crescimento de cerca de 80% (muito $!!!!)
Foi só em meio a revolta da Armada, no RJ em 1893, que a especulação na Bolsa encontrou seu desfecho final (de fato cessou nesse ímpeto especulativo ligado a criação de um credito farto, empresas fictícias, etc.)
Crise do encilhamento: entre 1890 e 1892. Mas é somente em 1893 que realmente se encerra. 1894: primeiro presidente civil politica muito mais contracionista do papel emissor
A partir de 1891-1892 tem uma reversão do saldo de conta corrente (1891: -8; 1892: -0,2; 1893: 2,2; 1894: -4,3)
Politica econômica dos anos 1890: as crises cambiais de 1891 e 1898
A taxa de cambio se manteve excessivamente desvalorizada até 1895, quando houve uma queda na tendência ascendente da capacidade para importar
Debate: ao funcionamento de padrão-ouro nos países centrais, geram estabilidade macroeconômica (envolvem a articulação entre as contas comerciais e os movimentos de capital) instabilidade nos países periféricos Furtado: crises nos centros industriais se refletem nas periferias redução do volume das exportações piora nos termos de troca (Franco concorda!) (piora nos termos de troca vinculado a redução das exportações de café) . Nas etapas de depressão conta capital se comporta adversamente condenadas a desequilíbrios do BP inflação monetária.
Nos países centrais: comportamento contra cíclico de saída de capital e pro cíclico em respeito aos termos de troca (relação positiva em termos de troca e entrada de capital nos países centrais, mas negativa nos países periféricos)
Contudo No Brasil, não houve um padrão (não foi sempre negativo, embora em termos gerais sim)
1870-1873 e 1886-1889: capital e termos de troca aumentam
1876-1878 e 1895-1897: capital e termos de troca pioram
Ou seja, nos períodos onde as entradas de capitais foram reduzidas (1976-1883 e anos 1890) dificuldades cambiais desvalorização da taxa de câmbio papel importante em reduzir déficit em contas correntes (Furtado chama de socialização das perdas)
Após a crise de 1891-1892: dificuldades cambiais se tornam crônicas quebra na tendência da capacidade de importar (por conta da piora nos termos de troca decorrente do colapso no preço do café reflete nas safras resultantes grande aumento do plantio boom cafeeiro motivado pelo cambio excessivamente depreciado (maior receita de exportação reinvesnte mais, amplia área plantada mudança do preço do café (queda) crise de superprodução do café) foi isso que gerou piora nos termos de troca. 
Em 1895-96 o aumento do déficit em conta corrente inaugura um período critico para as contas externas brasileiras é esse ponto que a historiografia tem negligenciado, que Furtado não analisou. A razão serviço da divida/exportações chegou a 21% em 1896-97. Aliado ao estancamento dos fluxos de capitais para o país (dificuldade em conseguir $ com os Rothchild), observa-se uma nova crise cambial em 1898-1900.
O primeiro Governo civil do período republicano: instalado em fins de 1894, Prudente de Morais (presidente) e Rodrigues Alves (ministro da Fazenda) buscam estabelecer um acordo financeiro com os Rothschild visando prover recursos para o serviço da divida e evitar pressões sobre a taxa de câmbio. Alguns empréstimos foram feitos, mas rapidamente consumidos
Historiografia tradicional não reserva papel importante à conta capital atribui crises a choques comerciais (flutuações no preço do café) ou a excessos monetários e fiscais. Na crise de 1891: atribuem o colapso cambial à expansão monetária provocada pelas reformas de Ruy Barbosa em 1890 mesmo argumento para a crise de 1898 seria não mais que a liquidação dos excessos do Encilhamento. Furtado explica flutuações cambiais de 1890 pela variação do preço do café (fator determinante) não incorpora o fato de que a taxa de câmbio é afetada por múltiplas influencias.
Trabalho assalariado e PM
Ultimas décadas do sex XIX Furtado: fator de maior relevância ocorrido foi aumento da importância relativa do setor assalariado impacto monetário pois o pagamento de salários multiplicaria as necessidades de capital de giro na atividade agrícola elevando grau de monetarização e demanda por moeda
Difusão do assalariamento crescentes demandas de adiantamentos junto aos banco por ocasião das safras problema caso não fossem implementados esquemas destinados a prover acomodação para essa elevação. Obstáculos: incipiente desenvolvimento do sistema bancário tornava vulnerável as variações sazonais na procura de credito era muito concentrado na capital
Baixa propensão do publico em reter moeda sob forma de depósitos bancários limitação estrutural a capacidade dos bancos expandir seus empréstimos em resposta à maior procura por moeda sazonal Para que bancos expandissem credito, tinham que reduzir sua ralação encaixe-depósitos posição de liquidez mais vulnerável (inelasticidade do meio circulante)
1885: Saraiva autoriza governo a emitir até 25 mil contos, aplicáveis a auxiliar os bancos de deposito de corte (aumenta base monetária em 20%) pareceu aliviar a liquidez em 1885, mas no final de 1886 dificuldade de se obter empréstimos (caixa dos bancos enfraquecida) política que representava apenas um paliativo era preciso buscar soluções mais efetivas e duradoras para os problemas monetários causados pela difusão do assalariamento no campo 1o grande projeto de reforma monetária em junho de 1887
Política econômica nos anos 1890 (TEXTO- NÃO É AULA)
Retorno ao padrão-ouro um dos principais elementos de um projeto de política econômica bem articulado seria feito em função de uma situação cambial favorável, sem nenhum esforço deflacionista
Campos Salles + Ouro Preto missão de esmagamento--> criação de auxílios à lavoura programa de vasta concessão de credito (distribuição seletiva de créditos que favorecia as lavouras melhores algumas regiões em detrimento de outras)) auxílios reordenavam as bases econômicas do estado reordenavam suas bases de sustentação
1887: Banco Nacional do Brasil (BNB) se comprometeria a retirar de circulação dentro de 5 anos todo o papel-moeda do Tesouro haveria aumento da oferta de moeda. Final de 1889: saldo das tentativas de reforma (expansão) monetária
Ruy Barbosa: Lei bancaria de 1890: estabelecia emissões bancarias a serem feitas sobre um lastro constituído por títulos da divida publica emissões seriam inconversíveis e montante disponível era mais que o dobro em circulação na época não foi bem sucedida
Havia uma demanda reprimida de numerário ao estabelecer um sistema monetário fundado na moeda bancaria inconversível e consagrar o principio de que emissões devem atender as “legitimas necessidades do negocio” Barbosa gera rápida expansão monetária aumenta 40% o papel-moeda emitido em 7 meses. 
A tentativa era de criar um banco central nos padrões britânicos grande banco de depósitos e desconto queregulasse o volume de credito teria o monopólio do direito de emitir
Sai Barbosa e entra Araripe 1890: influencias exógenas fazem o câmbio desvalorizar tentativas de diminuir a influencia não dão certo agravamento da crise política ascensão de Floriano Peixoto
Com a saída de um ministro conservador, a política monetária do novo ministro da fazenda, Serdezelo (industrialista) contribuiu em aprofundar a opção de Barbosa por um grande estabelecimento líder bancário BRB pouco ou nada resulta a tentativa de Serdezelo de afastar a crise bancaria. A especulação na bolsa contaminara muito a carteira do BRB e a crise cambial contribuía para deterioração da situação política. Além disso: luta no Rio Grande do Sul e eclosão da Revolta da Armada. Cresce deificit orçamentário após crise de 1891 + flutuações cambiais desequilíbrio externo e fiscal
1894: assume Prudente de Morais e Rodrigues Alves empréstimo com os Rothschild mesmo com o empréstimo, não ha melhora na situação cambial entre 1896 e 1897. Além disso enfraquecimento dos preços do café em função das grandes safras de anos anteriores
O primeiro funding loan (AULA)
Pelo acordo de junho de 1898 estabelecido entre o governo brasileiro e a Casa Rothschild tratava-se de rolar compromissos externos do governo (serviço da divida publica externa e algumas garantias de juros) em troca de severas medidas de saneamento fiscal e monetárioo Brasil suspendeu as amortizações da divida externa por 13 anos, enquanto os juros desta divida se constituíram em um novo empréstimo, paulatinamente sacados durante três anos junto aos credores à medida em que o pais necessitasse fazer os pagamentos e, deste modo, consolidou-se os juros de diversos empréstimos contraídos anteriormente. 
Política econômica do ministro Joaquim Murtinho funding scheme problema gerado pelo excesso de emissões que produziria uma pseudo-abundancia de capitaisconsequência estabelecimento de industriais artificiais e a organização agrícola para a produção exagerada de café. Era necessário retirar a produção e industrias que eram a insuficiência para gerar concorrência natural
Como condicionalidade prevista no acordo, o presidente Campos Salles e o ministro Murtinho aceitaram aprofundar a ortodoxia da política economia interna política monetária passa a ser fortemente contracionista + programa de saneamento econômico 
Redução do papel-moeda em circulação pedra de toque do programa falências bancarias em 1900 tragou o próprio BRB
Pode ser visto como um precursor de todos os outros acordos estabelecidos mais tarde
Ou seja desfecho da década de 1890: vitória do conservadorismo politico!
10/08/16
Franco e Fritsch
Governo Campos Salles responsável por firmar o pacto oligárquico Para Fritsch, o pacto oligárquico é exatamente a mesma coisa que a politica dos governadores
Períodos da Republica Velha ou 1a republica
(Obs.: para Fritsch, os períodos são diferentes)
1o período: tem inicio com o advento do regime republicano e se encerra com o Gov Campos Sales (1898-1902)
2o período: se caracteriza por uma relativa estabilidade politica (Fritsch chama de “Era de ouro”), em função das prerrogativas institucionais introduzidas pelo pacto da chamada politica dos governadores (firmada ao final de Campos Salles legado, que vigora nesse período). Este tinha por objetivos confinar as disputas politicas no âmbito de cada estado, impedindo que conflitos intraoligárquicos transcendessem as fronteiras regionais e provocassem instabilidade politica no plano nacional (brigas dentro das fronteiras para não deixar comprometer a politica nacional). Além disso, visava se chegar a um acordo entre a União e os estados, bem como por fim as hostilidades existentes entre Executivo e Legislativo, controlando a escolha dos deputados objetivo é manter o status quo na politica e não deixar contaminar a politica nacional]
3o período: corresponde ao da 1a Guerra Mundial
4o período: compreende a crise dos anos vinte e tem como limite a eclosão da Revolução de 30 (perda de hegemonia do PLB)
Fritsch: 
1914-1920: sucessivos choque externos mina as bases das alianças políticas tradicionais entre as grandes nações e (sob estimulo das ideologias na Europa emergentes do pós guerra) debilita a crença nas vantagens do liberalismo econômico 
Crise de 1929: impacto avassalador (complicado pela crise de superprodução do café que amplifica os efeitos negativos da grande depressão) termina o modo liberal de gestão dos fluxos comerciais e financeiros do brasil com o resto do mundo. Até 1932: desaparecimento da plutocracia paulista e seus aliados do antigo regime em meio à crise alterações na composição social e regional nos grupos hegemônicos
Ou seja, o fim da 1a republica marca o inicio de uma dupla transição de uma economia 1o-exportadora baseada no café, com um regime cambial e comercial relativamente livre, para uma economia voltada “para dentro” com controles severos sobre transações externas passa de um sistema onde a plutocracia paulista tinha papel hegemônico para algo mais difuso Dupla ruptura contribui para moldar uma visão exagerada e simplista da influencia do complexo cafeeiro na formulação da política econômica na 1a Republica
Condução da política econômica na 1a republica movida pelos interesses corporativos da cafeicultura apoiava programas de valorização do café e depreciação secular
A caminho da ortodoxia
Antes da gestão de Joaquim Murtinho no Ministério da Fazenda, Bernadino de Campos já havia instituído, em dez de 1896, uma legislação visando restabelecer as regras do Padrão-Ouro no Brasil (uma postura mais responsável do ponto de vista monetário/fiscal, mais conservadora uma politica deflacionaria, de contenção, baseada na contração da base monetária)
Retirou-se dos bancos o poder emissor, sendo que o Tesouro encapava as notas emitidas a fim de retira-las de circulação, incinerando-as
Buscava-se o monopólio de emissão controlada pelo governo, unificação da moeda em circulação e a sua conversibilidade total
No entanto, tais objetivos não foram alcançados
Politica monetária na gestão Murtinho (1898-1902) metalismo (Barbosa papelista)
Passou-se a enxugar a oferta de moeda
Pelo funding loan, a cada liberação de recursos do empréstimo, o governo brasileiro recolheria o montante correspondente em mil-réis junto a bancos estrangeiros no RJ, o qual seria incinerado
Assim, aquilo que se “economizava” em termos de pagamento da divida externa era utilizado para diminuir a oferta de moeda
Criação do Fundo de Resgate de Papel-moeda (1899) e do Fundo de Garantia do Papel-moeda
O objetivo primordial da gestão Murtinho foi contrair a base monetária tirar dinheiro de circulação do publico 
Fritsch: destaca como as principais politicas econômicas do período inteiro (até 1930)
Política monetária
Política cambial
Política cafeeira (não é frequente, é episódica mas muito importante)
Como se não existisse politica fiscal e tarifaria. De fato, o cambio era o principal objetivo, mas afirmar que politica econômica se fazia só com política monetária e cambial é errado (de acordo com Grandi)
Repartição federativa dos tributos segundo a constituição de 1891
União: impostos sobre importação e selo, direito sobre entrada e saída de navios, taxa sobre correios e telégrafos
Estados: imposto sobre a exportação de mercadorias de sua própria produção, imposto sobre a propriedade rural e interna, imposto de selo sobre seus negócios, imposto sobre industrias e profissões, taxas de correio e telégrafos industriais
Municípios: Não discriminou renda em favor dos municípios, deixando-a a critério dos Estados
Política fiscal na gestão Murtinho
Significativa contenção das despesas de custeio dos investimentos públicos
Melhoria da arrecadação (Reforma tributaria de 1900) mediante o aumento dos tributos sobre importação e sobre vencimentos urbanos, além da introdução do imposto de consumo sobre a produção domestica (até então não existia imposto de consumo)
Reabilitação da tarifa-ouro
Para Fritsch, a política fiscal esta subordinadaao cambio 
Participação dos impostos de importação, consumo e renda no total da receita da União (1900-1930)
Movimento decrescente a partir de 1912
O papel chave do cambio
O cambio era o termômetro tudo flutuava em torno do cambio
Num contexto de total liberdade das operações cambiais que vigorou de 1889 a 1917, a variação do câmbio era sinal condutor da política econômica do governo
Na desvalorização se suaviza a queda dos rendimentos causada pela redução das exportações cafeeiras (Furtado chama esse mecanismo de socialização das perdas)
A valorização auxiliava no acesso aos créditos de financiamento externo
Para Murtinho: “O Governo atual, assumindo a administração do pais, formulou seu programa, tomando por base as ideias do malogrado programa de 1897. A valorização da nossa moeda foi o eixo, em torno do qual deveriam girar todas as medidas (grande valorização da política monetária), e a fonte donde sairiam todos os benefícios de que o pais necessitava. Essa valorização seria obtida, como em 1987, pelo resgate do papel-moeda e pelo estabelecimento de um fundo de garantia em ouro constituído com o produto em ouro dos impostos aduaneiros e com os saldos em ouro, tudo como em 1897”. A politica que executou não difere do que havia sido tentado antes, mas através de uma nova conjuntura, essa política assume contornos mais claros e eficazes. Câmbio é de fato o sinal mais evidente para ver se a política econômica estava fazendo efeito ou não 
Objetivo da Política cambial
Embora o objetivo, até 1930, fosse o de proteger a renda da cafeicultura e secundariamente garantir divisas ao governo para que ase pudesse arcar com os serviços da divida externa, a grande beneficiada foi, quase sempre, a indústria 
Nos momentos de desvalorização, as importações encareciam e abriam espaço para o crescimento da produção industrial interna. Cambio desvalorizado favorece as exportações.
Nos de valorização, apesar da retração da produção industrial domestica em função do aumento das importações, as empresas nacionais podiam aumentar seus investimentos visando ampliara produção nos períodos subsequentes (porque os insumos produtivos sofriam certo barateamento)
Uma das formas de contrabalancear a desvalorização do cambio é aumentar a tarifa aduaneira (o que ocorre a partir de 1895) esse movimento de valorização “cai” no período da guerra e depois após os anos 30. Dado a importância que Fritsch da a política monetária o nível de política (proteção) tarifaria não visava contrabalancear o movimento da indústria e sim o movimento do cambio se houve protecionismo as industrias foi algo acidental/residual
Controvérsias sobre o movimento de valorização da taxa de cambio
A literatura se divide:
De um lado, atribui-se a reversão a política de enxugamento monetário promovido por Murtinho
De outro, ha quem considere os fatores externos como determinantes a reversão da situação do balanço de pagamentos em função tanto da expansão das exportações (Borracha), como do alivio decorrente do adiantamento no pagamento das obrigações externas e da entrada de recursos (encampação de algumas estradas de ferro que gozavam de garantia de juros)
Fritsch faz essa menção: é uma combinação dos dois elementos ambos tem sua parcela de contribuição. Para ele: 
Aqueles que acreditam que a condução da política econômica na 1a republica foi movida por interesses da cafeicultura valorização do café e depreciação
Aqueles que acreditam foi influenciada pela aplicação de princípios ortodoxos de política monetária, fiscal e cambialaversão a políticas monetárias expansionistas e preferencia por taxas de câmbio sobrevalorizadas
Ambas ignoram, para ele, as importantes restrições impostas aos gestores da política macroeconômica pelo potencial de instabilidade de uma economia com enorme grau de vulnerabilidade da posição externa
Fatores que levaram a crise de superprodução do café a partir de 1896 (se mostra na safra de 1905/1906)
Expansão do credito agrícola entre 1888 e 1890
Alta dos preços internacionais do produto
Ampliação do mercado consumidor internacional (aumenta o consumo de café vira popular)
Grande oferta no pais do fator terra
Êxito da política imigratória em SP
Incremento do mercado de bens de consumo leves
Razoes politicas da crise
Os 3 primeiros e sucessivos governos republicanos outorgaram privilégios demasiadamente vantajosos a cafeicultura
Suas politicas expansionistas trouxeram mazelas que atravessaram o período do encilhamento e favoreceram o retorno de politicas recessivas ao final do século XIX
A política de saneamento econômico (de Campos Sales e Murtinho)
Política deflacionaria bem sucedida reduziu o papel moeda de circulação e reduziu a (preços internos caíram cerca de 30% até 1902)
A taxa de cambio valorizou-se
O saldo da balança comercial experimentou um salto apreciável, a partir de 1900, devido ao aumento do preço do café e do crescimento das exportações de borracha
Fritsch chama esse período de boom/era de ouro
Situação externa: efeito na balança comercial efeito significativo já na virada do século situação superavitária recuperação dos fluxos de capital (aumenta a divida externa, mas é um ônus do crescimento)
O período subsequente: 1903-1913
Estabilização do meio circulante
Valorização do cambio
Cobrança em ouro dos direitos alfandegários
Equilíbrio do orçamento governamental
Ampliação das despesas governamentais de custeio e investimento por meio de um amplo programa de obras publicas de saneamento, de construção e aparelhamento de portos e ferrovias e de urbanização de capital federal
Implicações importantes
“Financiados por meio de novos empréstimos externos, tal programa, de inicio, não acarretou o desequilíbrio das contas publicas até 1907-08, quando uma crise internacional comprometeu a principal receita tributaria do governo o imposto sobre importação, ao reduzir os níveis das transações com o comercio externo. Em paralelo, fazendeiros de café começaram a aumentar a pressão sobre o governo ao se queixarem da depressão dos lucros da cafeicultura frente ao movimento de valorização do câmbio objetivado pela política econômica. Com as perspectivas de uma grande safra de cafeeira em 1906-07 acarretaria a queda do preço do produto no mercado internacional criam-se condições para o fortalecimento de um movimento que já vinha se delineando a intervenção oficial do governo no mercado cafeeiro”
15/08/16
Encilhamento: do ponto de vista da inflação, 1892; do ponto de vista da especulação 1891 mas cambio teve tendência de desvalorização durante toda a década (inflação acompanhou)
Jose Murilo de Carvalho: 
A expansão da oferta de moeda é anterior a republica
Jacobinismo elegeu como alvo de suas iras os portugueses (usurpadores de brasileiros).
Aumento do preço de café crise recessão econômica 
Retomando o problema do declínio do cambio 
Quem se sentia prejudicado pela depreciação cambial?
Classe media urbana (empregados do governo, civis e militares e do comercio)
Assalariados urbanos e rurais
Produtores agrícolas ligados ao mercado interno
Empresas estrangeiras que exploravam serviços públicos
Grupos industriais nascentes interessados em aumentar a capacidade produtiva
O governo pelo aumento dos pagamentos devidos ao exterior com juros e amortizações
É por isso e em função disso que a política de encilhamento do Campos Sales foi bem acolhida (principalmente no RJ). Tinha-se uma garantia da renda de exportação de café via depreciação cambial. Se por um lado se tem contração da atividade econômica no meio urbano, no meio rural se tem uma grande expansão de cafezais é isso que ira justificar uma mudança do tipo de pressão dos agentes econômicos ao governo na virada do séc. XIX para o XX pressão ligada a uma valorização do cambio (muito insatisfeitos) e pressão de parte dos produtores rurais que passam a pedir um arrefecimento dessa forte tendência de depreciação do câmbio. SP 2 grupos de interesse um defende uma política mais restritiva de enxugamento da moeda e outro caracterizadomais por médios e pequenos produtores rurais que exportavam parte da sua produção, que não estavam tão insatisfeitos com a tendência de desvalorização do câmbio. 
Política de defesa do café 
Necessidade de manter o câmbio estável
Necessidade de obter recursos externos sob a forma de empréstimos como comprava os excedentes de café 
política que esta em concordância com o funding loan
A fim de obter recursos para a defesa do café, o governo de SP arrenda a E. F, Sorocabana logo após a assinatura do Convenio de Taubaté
Assinado em 26/02/1906 pelos presidentes dos estados de SP, MG e RJ, o texto do Convenio definia preço mínimo para o café, versava sobre restrições aos cafés de baixa qualidade, sobre propaganda, definia um processo nacional de classificação do produto, previa criação de uma sobretaxa e a continuação do imposto proibitivo sobre novas plantações, definia a União como cobradora da sobretaxa e a destinava para a garantia de empréstimos, autorizava o estado de SP a fazer empréstimos de até 15 milhões de libras que serviriam de lastro para a Caixa de Conversão, etc. mecanismo criado pelo governo para garantir a estabilidade do câmbio se estende durante a 1a década do séc. XX (só foi possível graças a criação da taxa de conversão). Embora tenha sido assinado por 3 estados, a execução da política ficou a cargo do governo paulista
3a fase do plano de defesa do café totalmente articulada ao governo paulista (embora na pratica isso já acontecia era sempre o governo paulista que contraia empréstimos e quem executava a compra e queima do café (para diminuir a oferta do produto))
Essencial para manter um nível “bom” da economia a política começa a surtir resultados a partir de 1908
Em suma
A solução para os dois grandes problemas da economia da época a tendência ao desequilíbrio externo com efeitos sobre a taxa de câmbio, associada a depressão (queda) do preço do café (em meados dos anos 90), encaminha a realização de empréstimos externos (aumento das dividas) que mostram a relação entre o “bom” comportamento do câmbio e do setor externo e a entrada de divisas do exterior
A partir dai (uma vez que isso se mostra factível e que os governos dão conta do comprometimento), a entrada de capitais via IED também passa a ser desejada como a forma de “resolver” o problema econômico nacional
Outras coisas...
Franco o problema é a incapacidade do governo de resolver o desequilíbrio externo. Para Furtado, o problema é o desequilíbrio externo.
Período de 1903-1913: combinação bem sucedida da política que nasce com o funding loan, reforçada pelo convenio de Taubaté (sem prejudicar o que foi acordado no funding loan). A política recessionista de Campos Sales e Murtinho se encerra em 1913 com impactos principalmente na entrada de capitais estrangeiros. Grande afluxo de capital estrangeiro tanto de empréstimos, como de investimentos graças a balança comercial favorável grande internacionalização da economia.
O que para outros autores é sinônimo de uma economia mais internacionalizada, ... já olha com um viés mais critico a política cafeeira esta subornada ao capital financeiro internacional envolvido na política do café. Esse arranjo nada mais é que o fortalecimento de uma característica básica brasileira seu caráter periférico e dependente. A guerra interrompe esse mecanismo! Vários grupos financeiros se veem prejudicados por conta do choque causado na economia muda o cenário a partir de 1919 e na década de 20 nova fase!
A população necessitava importar praticamente tudo desde produtos para industrias como produtos pessoais. Mas essa política que preserva a a renda dos cafeicultores e não passava necessitante pela depreciação do câmbio, fez aumentar ainda mais as importações (ex: cereal, carne tudo importação). Só se tem um fortalecimento do mercado interno a partir da 1a guerra importações são restringidas ao máximo com a guerra. Suzigan: teoria dos choques adversos frente ao choque adverso (ex: guerra ou crise internacional) se tem um estimulo as economias se rearranjarem internamente e passarem a suprir a demanda interna com a própria produção interna problemas: uma coisa é o aumento físico da produção e outra é o aumento da capacidade de produção 
4 vertentes de Suzigan:
Teoria dos choques adversos (associam a obra do Furtado)
Industrialização puxada/carreada pelas exportações (por cause de SP, mas isso acontece no Brasil como um todo (Bahia cacau, fumo, açúcar))
Capitalismo tardio 
Indústria motivada/induzida pelas politicas governamentais como essas 2 politicas por ter um viés forte no comercio externo interferem ... e são fundamentais para industrializar o pais 
Não são necessariamente vertentes antagônicaspor serem modelos, todas tem limitações 
Comercio exterior
Fortemente influenciado pelo comportamento do café no mercado internacional, pelo menos durante o período anterior a 1a guerra
As oscilações de preço do produto determinavam as flutuações nas relações de troca da economia
A necessidade de manter saldos elevados na balança comercial, em virtude do pelo da divida externa, obrigava a limitar as importações em proporção a receita de exportação
Uma resolva que podemos fazer ao titulo do texto de Fritsch é que não é um boom só de ... e sim um boom de comercio exterior
As importações se mantiveram reduzidas até 1902
Grande expansão do comercio exterior entre 1903 3 1913
Até 1908, a expansão foi parcial; grande aumento no volume das importações, mas as relações de troca e a capacidade de importar (poder aquisitivo das exportações) permaneceram quase estagnadas
Preço do café aumenta substancialmente a partir de 1909; relações de troca aumentam 67% em relação ao ano anterior (1908) e a capacidade de importar aumenta 57%--> diversificação da pauta de importação que aumenta o nível de investimento de capital estrangeiro e leva a melhorias
As importações de bens de capital para transportes e industrias, e de matérias de construção foram as que mais aumentaram entre 1909-1913
É um boom exportador que permite ampliação da pauta de importação. Para alguns custou o domínio do capital financeiro sobre o mercado cafeeiro.
17/08/16
Obs.: periodização ≠ da utilizada por Fritsch (usa duas metades dos anos 30) duas metades dos anos 20
Fatores que levaram a ampliação da produção cafeeira no oeste paulista
Disponibilidade de terras mais férteis terra roxa + fronteira agrícola aberta possibilidade de expansão 
Institucionalização do mercado de trabalho (possibilitado pelo dinamismo gerado pela imigração subsidiada) já consta salario mensal, por safra e por tarefa (no começo). Divisão de tarefas: alguns responsáveis por poda, outros por colheita, etc. diversas melhorias para aumentar eficiência 
Introdução de maquinas e beneficiamento do café
Implantação e expansão das estradas de ferro permite expansão alta taxa de crescimento
Esses 4 primeiros: exclusividade do oeste paulista
Expansão creditaria
Desvalorização cambial
Preços favoráveis no mercado internacional
Sobre o plano de valorização do café 
Gov. de SP assumiu sozinho no inicio eram os próprios importadores que estocavam o café depois o governo federal entrou no esquema, consolidando e garantindo os empréstimos sobe preço do café a partir de 1909, também em função de safras inferiores, demonstrado que efetivamente a safra de 1906 era excepcional. Nos anos seguintes estoques foram vendidos e antes da guerra, os empréstimos já haviam sido pagos.
Preço de importação do café nos EUA já tinha uma tendência de aumento dos preços. 1896 mudança da tendência começa a cair justifica a adoção do plano em 1906 vai ter uma repercussão tardia, a partir de 1909. Reversão de tendências em 1906, a partir de 1910-1917, em 1921 e em 1924 pq ocorreram outras edições do plano de valorização de café (importante registrar!!!! PROVA)
1o plano: 1906
2o plano: 1917 (guerra)
3o plano: 1921
4o plano: 1924 decisão de política permanente do café 
Qualquer mudança no mercado cafeeiro tinha uma implicação no câmbio e consequentemente na situaçãofiscal do pais na execução da política econômica no equilíbrio ou não da balança de pagamentos. De 1890 até 1926, tudo que ocorreu na economia brasileira tinha ver com algum fenômeno de mudança no mercado cafeeiro algum elemento internacional que afetava o mercado cafeeiro mudança na política para tentar reequilibrar o mercado cafeeiro, e isso passava pelo câmbio, que era altamente dependente da moeda estrangeira tanto para modernização (ferrovias etc.) como para a compra de bens. Com a guerra em vez de importar, vai ter que produzir aumento o abastecimento interno (esse dado fortalece a teoria dos choques adversos de Simon).
Obs.: o 1o e 3o plano foram financiados com credito externo, mas não o 2o pq não tinha disponibilidade de credito
Relação do Plano com a Caixa de Conversão (1o plano)
Em um regime de câmbio flexível, era de se esperar que com o Plano haveria uma valorização do câmbio devido ao ingresso de divisas por meio de empréstimos
Essa valorização, em moeda nacional, poderia contrabalancear os aumentos nos preços internacionais e, assim, comprometer a receita de exportação a Caixa servia para equalizar a contrapartida
A Caixa evitava tal valorização e a contrapartida da entrada de recursos externos foi a ampliação do credito domestico . Não tinha um mecanismo de ação constante no tempo era acionada quando o câmbio apontava uma valorização muito forte. A política de credito esta condicionada aos objetivos em relação ao câmbio tudo faz parte da política de valorização do café 
Efeitos colaterais do 1o plano de Valorização do Café 
Dado que a estocagem do produto foi realizada por intermediários, estes obtiveram grande parte dos ganhos, gerando criticas por parte dos produtores nacionais nos próximos planos, o objetivo é eliminar esses caras
Produtores de outros segmentos que também enfrentavam problemas no mercado passaram a reivindicar politicas semelhantes insatisfação de outros segmentos como açúcar, borracha
A intervenção via elevação dos preços começou a gerar problemas internacionais, notadamente com o governo nprte-americano tributos, etc.
O 2o plano de Valorização do Café (1917)
Em plena guerra (1917) era difícil recorrer a utilização de recursos externos,
A estocagem foi feita com base em emissões monetárias, ampliando o descontrole monetário do período
Devido a forte geada de 1918, os preços dispararam, o que possibilitou a venda dos estoques que estavam superabarrotados, com lucros, em 1920 aconteceram varias coisas nessa década, como semana de arte moderna, etc.
O 3o plano de Valorização de Café (1921)
Utilização de recursos externos em condições menos favoráveis do que em 1906
Criação, no ano anterior (1920) da Carteira de Redesconto do Banco do Brasil emitir notas do Tesouro até um limite passível de ampliação pelo presidente, contra títulos comerciais, e proibia o redesconto de títulos públicos. O QUE É REDESCONTO?? Brasil não tinha expertise de letras e câmbio para compra antecipada de um bem especifico.
Preços não seriam mais controlados através da compra e estocagem de excedentes pelo Governo retenção compulsória de todo o café colhido no Centro-sul em armazéns regulares. Mudou-se a forma de operação em 1921: o tal governo reteve os estoques nos portos, nos armazéns e nas estradas de ferro controle da oferta brasileira ao mercado mundial. Portanto, não é mais a autoridade publica que financia essa operação e sim os fazendeiros.
Outubro de 1921: Congresso autoriza o redesconto de títulos federais até meio milhão de contos
Insatisfação dos importadores de café que perderam o controle sobre os estoques e viram reduzir suas oportunidades de lucros especulativos 
Efeitos da Grande Guerra (1914-1918)
Parte 1
O setor cafeeiro foi mais atingido do que os demais setores de exportação enquanto demanda por algodão e borracha aumenta durante a guerra, por conta dos esforços de guerra. Café inelástico a renda
A crise dos preços internacionais se via amenizada internamente graças ao declínio cambial
Tal queda do câmbio era uma decorrência da redução das exportações diante de importações estáveis (não caíram mas também não aumentaram), além do estancamento da entrada de capital estrangeiro no mercado de divisas
Exportação e importação do Brasil durante a 1a guerra: receita do café caiu mais do que a quantidade exportada, mas só não caiu mais que importação. A receita de exportação do café cai mais do que a receita de todas as exportações (tem algumas exportações que seguram um pouco principalmente borracha e algodão, mas também tem madeira, fumo, erva-mate). Do ponto de vista da produção, não tem um tombo muito forte o que mais foi prejudicado foi a receita de exportação do café 
Parte 2 (bem Fritsch)
Crise de liquidez/forte contração da base monetária
Longo feriado bancário para fechar as portas para os que demandavam créditos 
Moratória temporária sobre todas as dividas
Grande emissão de notas inconversíveis
Forte depreciação cambial
Esgotamento das reservas da Caixa de Conversão no período da guerra, a caixa de conversão é suspensa pois as divisas foram drenadas em um curto espaço de tempo
Assinatura de um novo funding loan de 15 mi libras em 1914
Suspensão das amortizações até 1927
Parte 3
Queda de 8,7% da produção industrial em 1914
Ampliação da base de produtos sujeitos ao imposto de consumo
Contingenciamento das despesas governamentais
Queda real do déficit orçamentário
Emissões de notas do tesouro e de títulos federais de longo prazo
Parte 4
Queda continua dos termos de troca
Diversificação da pauta de exportações (expansão das exportações não tradicionais)
Evolução desfavorável dos preços de café o que segurava era o 2o plano, mas ele foi menos eficaz que o 1o e 3o 
Crescimento da indústria de processamento de alimentos por conta de:
Capacidade ociosa significativa no inicio do conflito
Recuperação da produção industrial domestica já a partir de 1915
Grande erosão dos salários reais devido a alta do preço dos alimentos
Onda de greves e manifestações operarias (Fritsch fala que é a 1a grande onda, mas não é). 1912, 1913 já é um período de recessão a guerra só intensifica já estava ruim, faltando alimentos etc. antes da guerra 
A primeira metade dos anos 1920 
Grandes mudanças para o trabalhador urbano
A intervenção federal no mercado do café atenuou as consequências domesticas do choque externo causado pela recessão mundial (1o pela guerra e depois pelas consequências)
Sustentação artificial dos preços do café reversão da tendência de queda das exportações e dos termos de trocas, além de ter protegido a renda real do setor cafeeiro recuperação dos termos de troca. Conjuntura em ralação a preço das exportações melhora em relação aos principais produtos da pauta brasileiraem 1922, voltava a crescer o preço internacional do café reversão da tendência a queda das exportações do déficit comercial rápida retomada de crescimento
Causas da reversão cíclica de 1922:
Política de Valorização como coadjuvante da política cambial efeitos anticíclicos da política de valorização 
Efeito estabilizador da depreciação cambial (queda das importações em 1921 que explica o rápido reajustamento da balança comercial em 1920-22), inerentes à economia-primário exportadora. Ao isolar a economia do impacto deflacionário da queda dos preços internacionais protegeu de queda a renda exportadora e industrias competitivas com importações explica por que houve queda de preços domésticos mais suaves do que em países centrais durante a recessão.
 mudança de uma situação deficitária para superavitária 
TEXTO Fritsch(Não é aula)
Bernardes reforma monetária para transforam o Banco do Brasil em Banco central, retirando os poderes de emissão de moeda do Tesouro
Redução do déficit publico corte de gastos. Funcionamento do novo sistema dependia do financiamento, em principio, externo não houve financiamento externo 1922: Banco do Brasil dotado de monopólio de emissão monetária 
Necessidade de financiamento da nova safra de 1923 problema, pois no contrato definanciamento de 1922, estabeleceu-se que uma nova operação de valorização só seria possível após liquidação do empréstimo obriga governo a negocial aceleração das amortizações por meio da liberação dos cafés estocados rápida venda desses cafés + safra grande em 1923 efeito depressivo sobre preços política de defesa
Agosto de 1923: novo empréstimo com Inglaterra liquidar o debito do Tesouro com o Banco do Brasil não da certo posição externa vulnerável crescimento das exportações em 1924 (comportamento favorável dos preços do café) é anulado pelo aumento das importações taxa de câmbio baixa + inflação . Junto com isso revoltas em 1924 (Revolta paulista) despesas militares nova explosão das emissões do Banco do Brasil necessidade de adotar uma política ortodoxa de ajuste interno e externo política monetária contracionista + política de austeridade fiscal (já adotada)
1925: Banco do Brasil eleva as taxas e restringe suas operações de redesconto reduzir a base monetária (retirar notas do Tesouro em circulação) 
Dependência do setor privado aos bancos comerciais (ausência de um mercado financeiro desenvolvido) choque monetário implementado no ciclo de expansão de 1922 impacto negativo sobre o desempenho na economia estagnação da produção industrial em 1925 e 1926 e queda do investimento industrial. 
Deflação em 1925-26: apreciação da taxa de câmbio e queda do nível de preços 
Boom e Depressão após retomada ao padrão ouro
Com inflação controlada e melhora na posição externa (preços altos do café + novo endividamento externo) mudar a política ortodoxa retorno ao padrão ouro plano para atingir a conversibilidade total do estoque de moeda e, circulação à nova paridade. 
Plano:
1a fase: Caixa de Estabilização- emitir notas conversíveis à vista contra depósitos em ouro
2a fase: estoque de ouro acumulado decretação da conversibilidade plena
Para isso: mudança da unidade monetária cruzeiro
A criação da caixa respondia aos anseios dos produtores domésticos em relação à tendência de apreciação cambial e reversão da queda da base monetária + a reintrodução de um mecanismo automático (não discricionário) de controle da oferta monetária era apoiada pela elite interna e por credores externos
Enquanto isso consolidava-se novas bases de operação financeira do programa de defesa do café sob controle de SP novos fundos ingleses para financiamento do complexo cafeeiros durante a retenção dos estoques. Consolidação financeira da valorização paulista impacto positivo sobre preços expansão das emissões da Caixa até 1923: pagamento de dividas e obras publicas. 
1927: Aumento da renda no polo dinâmico e relaxamento das condições de credito aumento da demanda para o setor urbano reativação das atividades.
Contudo, a recuperação de 1927-28 bases frágeis dependia da conjuntura internacional favorável 
A adoção do padrão ouro em ciclos de endividamento externo aumentava a vulnerabilidade do equilíbrio macro domestico perda das reservas levaria a pressão deflacionaria 
Viabilidade financeira da defesa dependia da capacidade de financiar um volume de estoques que podia variar tamanho da safa (safras maiores= maior pressão sobre recursos) + estado da demanda mundial (variações nos estoques retidos) + estado de liquidez domestica (condições de credito domestico). Sob padrão ouro queda da demanda mundial deterioração da balança comercial (pois houve além da queda das exportações, aumento das importações) efeito contracionista sob credito domestico aumenta necessidade de captação externa contudo, se queda na demanda é acompanhada por queda nas condições de credito dificuldade de captação externa colapso do sistema no fim de 1929 tendências recessivas
1928: soluções ortodoxas redução de empréstimos ao setor privado recessão 
1929: safra recorde aumento dos estoques de café esgotam-se recursos do instituto colapso dos preços do café
1930: contração das vendas e reversão de expectativas nos países consumidores cai ainda mais preços (durante Grande Depressão)
PROVA até crise de 29 e a grande depressão 
22/08/16
Complexo cafeeiro paulista – Wilson Cano
Trabalho livre é ≠ de trabalho assalariado
Complexo econômico
É um conjunto integrado de atividades econômicas, dentre elas a atividade principal do complexo, capaz de desencadear um processo dinâmico de acumulação ao próprio sistema no qual o conjunto se insere existe uma que é central pois o mecanismo de geração de renda depende dessa atividade
Atividade itinerante marcha do café vai para o Oeste Paulista pois solo vai se desgastando
Sistema de produção e circulação baseado em relações capitalistas de produção. Complexo cafeeiro paulista diz respeito ao que se desenvolve em direção ao Oeste
Argumento central: o complexo cafeeiro capitalista (que só existiu com a política imigratória e transição da mão de obra escrava para a livre) criou as condições necessárias para a formação e concentração da indústria em SP argumento central do livro!
Como discutir um complexo econômico sendo que o pressuposto de ser um sistema baseado em relações capitalistas se deu com o tempo/foi um processo?
Forças produtivas X relações de produção: duas categorias que definem um sistema econômico 
Seguindo a teoria “padrão” tem-se que:
Forças produtivas: meios de produção + x
Relações de produção: relações de propriedade + y
Por que o complexo cafeeiro da Guanabara fluminense e do Vale do Paraíba (todo o café produzido saia pelo porto do Rio) não pode concebido com um complexo econômico? Pq não tem o x e o y! A novidade que o capitalismo apresenta que o define é algo que até então não existia nos sistemas feudal e escravista é x e y:
Y é definido por relações de trabalho antes não tinha, no feudalismo o que eles trocam é eles mesmo eles são meios de produção, são posse o escravo não assina um contrato de trabalho!
X é força de trabalho é o que inaugura o capitalismo é a mercadoria, que é a força de trabalho. Força de trabalho=capacidade de trabalhar envolve tempo que pode trabalhar, conhecimentos, etc. Agora, o trabalhador por livre e espontânea vontade aceita uma relação de trabalho aceita vender seu tempo, sua capacidade de trabalhar é o que inaugura o capitalismo. O capitalismo no Brasil tem uma origem agrária (no campo) nos seus primórdios, esse sistema de produção surge dentro de um complexo agrícola agroexportador nasce de uma nova estrutura que se forma fundamentalmente em SP (é o único complexo que é capitalista) (complexo minerador é um enclave por isso que foi o mais curto, mas gerou muito $ por conta de sua liquidez alto nível de riqueza e depois grande queda isso não aconteceu com o açúcar, com a borracha, com o café não tem a característica de um complexo como o cafeeiro)
Quatro “momentos” da evolução histórica cafeeira
Para tentar resolver o dilema de Como discutir um complexo econômico sendo que o pressuposto de ser um sistema baseado em relações capitalistas se deu com o tempo/foi um processo?
Atividade escravista
Existência de alguns segmentos que operam com trabalho assalariado ou com outras formas distintas do trabalho (parceria, por exemplo)
Predomínio da forma de trabalho assalariado já se pode trabalhar com a ideia de complexo aqui.
Extinção da escravidão consolidação do processo.
Quando um complexo cafeeiro começa a se configurar (complexo cafeeiro baseado na forma capitalista de produção)? um pouco antes de quando vem os imigrantes. Ex: para levar os imigrantes ao campo consolidação de uma rede de transporte. É na década de 1870! Década que marca o fortalecimento do movimento abolicionista (pauta dos republicanos). Em termos relativos, 1875-1880: período de maior expansão ferroviária boom ferroviária (Cia. Paulista é inaugurada em 1872).
Componentes do Complexo cafeeiro (ou atividades)
Produção do café (e a realização da produção não basta só produzir, envolve a venda etc.)
Produção de alimentos e matérias-primas: a 1a, desenvolvida dentro da área da propriedade cafeeira. A 2a ocorre fora da propriedade cafeeira, em pequenas propriedades é aprodução de víveres (coisas que precisamos pra viver, ou seja, comida) produção de cereais, animais produto final, mas que não esta no complexo destinada ao mercado cria condições de subsistência para a gama de pessoas que chegam precisam de alimentos, roupas, matérias primas (dentro da propriedade cafeeira)
Atividade industrial: produção de maquinas de beneficiamento do café; indústria de sacarias de juta (para embalar o café); e industrias manufatureiras em geral quando esses elementos do complexo começam a surgir, esses cafeicultores já estavam quebrados difícil realizar esse tipo de inversão diferente do Oeste que estava no começo da expansão 
Rede ferroviária um dos mais importantes para Cano a sua expansão foi fundamental. A elite decadente escravista não tinha mais condições de manter um complexo ferroviário (não era simples)
Sistema bancário expansão de credito agrícola (voltado para o café)
Comercio de exportação e importação (Cano da pouca importância no texto crítica) sofre processo de concentração, 1o por parte de comerciantes estrangeiros e depois da guerra ocorre um rearranjo elimina-se o “cara” que especulava com o café
Infraestrutura: portos e armazéns, transportes urbanos e comunicações, rede comercial e iluminação elétrica 
Esses componentes são atividades do complexo! ≠ de variável/elementos
Elementos adicionais (ou variáveis)
Movimento imigratório não é uma atividade econômica mas tem um papel importante fruto de uma política (não é uma atividade não produz imigrante)
Disponibilidade de terras. 1 e 2 não tinham nas regiões antigas do café específicos do Oeste paulista 
Saldos da balança comercial com o exterior e com o resto do pais especifica de SP
Capital externo fluxo de capital muito maior em SP. Ex: a principal ferrovia em SP era britânica (não tinha no RJ) ferrovia mais lucrativa que os britânicos tiveram fora da Inglaterra (enquanto foi rentável, depois abandonaram
Politicas (governamentais) tarifarias, monetárias, de câmbio e as de defesa e valorização do café 
Dinâmica do complexo
A inter-relação dos componentes com os elementos adicionais do complexo geraram os seguintes efeitos de economias de escala e de economias externas:
Redução dos custos de produção
Aumento do nível de produtividade
Ampliação do excedente econômico
Acumulação e diversificação do investimento
Expansão do mercado (tanto cafeeiro como interno)
NÃO CAI NA PROVA: São linkages fundamentalmente! Um forward linkage (para frente) pode ser 2., assim como a melhoria de sacaria, etc. tudo que surge e melhorou a produção ; e um backward linkage (para trás) pode ser a indústria que se criou para criar insumo para a ferrovia (se a ferrovia surge para permitir a expansão do café é um backward linkage) são os outros setores que surgiram com o café!
Antigas e Novas regiões do café 
Enquanto as primeiras se encontravam em flagrante decadência nos 1os anos da década de 1880 (já se tem uma zona completamente improdutiva e “morta”), as novas regiões apresentavam uma expansão dinâmica com boas expectativas em relação as taxas de lucro nas regiões antigas já tinham um certo ramal ferriviario, mas em geral isso estava mais ligado a diminuição das perdas amortecer os prejuízos ao invés de aumentar a produtividade sobrevida dada a cafeicultura, mas não gera acumulação de capital e expasao das margens de lucro
Os fatores que levavam a redução dos custos de produção confeririam as regiões antigas uma sobrevida da cafeicultura
Nas novas régios, onde parte da produção já estava assentada sob relações capitalistas o progresso técnico e a expansão ferroviária tiveram efeitos expressivos que redundaram em aumento do nível de acumulação do capital cafeeiro
Impacto sobre a industrialização das antigas regiões cafeeiras
Na 1a década do sex XX, o estado da Guanabara perde a supremacia (SP supera o RJ do ponto de vista da produção industrial) na produção industrial do pais e passa a apresentar um crescimento industrial bem inferior à media nacional (pega esse dado do senso)
Isso decorre da forma peculiar em que se deram as relações entre a agricultura da região e o capital comercial-urbano residente na Guanabara. Escravos recém libertos ficam “soltos” e sem trabalho (não tinha trabalho para todos) criminalidade, ociosidade pequenos “bicos” vira uma solução baixíssima qualidade de vida em relação à media da população 
Vantagens das novas regiões (Oeste paulista)
Maior fertilidade das terras
Melhores condições climáticas e topográficas
Menor idade media dos cafeeiros
Técnicas agrícolas mais eficientes
Resultado: produtividade física cerca de 5x maior do que a verificada na antiga região 
Sistemas de emprego dão mão de obra livre no Oeste Paulista
Coexistência desses sistemas com o sistema escravista (≠s contratos de trabalho que coexistiram com o sistema escravista analise de economia em transição que esta passando por mudanças institucionais)≠s sistemas:
Parceria (início em 1847 e declínio a partir de 1860): permitia o plantio (intercalado ou não) de alimentos e estabelecia a divisão entre o proprietário e o trabalhador dos eventuais lucros obtidos tanto no café, como na venda dos víveres (alimentos) produzidos eram suíços e portugueses parceria de endividamento (dos colonos) momento de transição em que há a coexistência mas ainda não tem um movimento institucional de combate a escravidão a partir de 1850 com o fim do tráfico negreiro decretado pela Inglaterra (sinal de que o mundo não tolera mais esse mercado, mas do ponto de vista interno aumento ainda mais o contingente de escravos mercado interprovincial (dentro do país) (muitos escravos vinham da região mineira decante))
Salário fixo ruim em termos comparativos com o colonato (era menos injusto, pois o colonato era quase tão injusto quanto a escravidão)
Colonato (expansão a partir de 1870 e aceleração a partir de 1883): sistema misto de pagamento e de renda um salario fixo pelo trato dos cafeeiros (quantos pés de café que a família era responsável), um variável pela colheita e o direito de plantio e criação de animais dentro da propriedade cafeeira.. Exploração do trabalhador (assim como a parceria) mas era um sistema mais digno (dava condições de o trabalhador sobreviver), mas não permitia acumular riquezas.
24/08/16
Origens do operariado no Brasil
J. De Mello: Economia de transição transição de um sistema mercantil escravista para um capitalista agroexportador realização do lucro na esfera mercantil transfere isso para a esfera da produção 
3 formas: parceria, trabalho fixo e colonato. 
Após a revolta de Ibicaba, acaba o sistema de parceria (fica condenado a desaparecer) (1860 29 colônias ainda usavam a parceria; 187013 colônias). Ou seja, quase todas as colônias não eram parceria. O que vai substituir esse regime de trabalho é o colonato
Cano pág. 40: colonato vantagens para o parceiro e para o colono (o colonato era desfavorável ao colono.) Escravo era um capital fixo (imobilizado). Emprego de trabalhador livre é capital circulável, variante. Comprava-se uma família de imigrantes com 663 mil reis e 5 escravos com 11 contos e 500 mil reis o escravo era muito mais custoso do que o trabalho imigrante livre! Os salários médios com imigrantes eram próximos dos gastos médios com escravos, mas ocorre uma queda significante do custo de produzir uma saca com o trabalho livre. Mesmo com uma pressão por aumento de salários, podia ocorrer esse aumento dada uma melhoria da produção e redução dos custos.
Vantagens do trabalho livre imigrante em contraposição ao trabalho escravo pag. 50 Cano. b) se o colono tem excedente monetário mais abundante, pode se especializar na produção de alguns bens e trocar por outros diversificação dentro do complexo.
Hardman e Leonardi (1982)
A 1a geração de proletários brasileiros conviveu com escravos caracteriza a fase inicial diferente de outros países tanto europeus como sul americanos (Arg., Chile, Uruguai)
Quando surge a classe trabalhadora no país? Não ha um consenso na literatura esse período se estendeno tempo. Referencial marxista uma classe social se forma quando toma consciência de si (do grupo) e do seu papel dentro do modo de produção quando a classe se reconhece e sabe seu papel dentro do sistema (sempre tem uma representatividade políticagrêmios, ligas operarias, etc., até chegar no sindicato (forma mais acaba))
Escravidão como entrave entrave a formação da classe operaria
Dificultou a formação do mercado interno e de uma consciência de classe ao operariado
Os escravos eram incompatíveis com os processos racionais de organização do trabalho típicos do sistema capitalista de produção
Escravo = capital imobilizado (custo alto). 
Dificuldade em um grupo se organizar para se reivindicar dado que grupos (livres e escravos) são completamente opostos não é possível chegar a uma pauta em comum 
Associações operarias e o abolicionismo
Enquanto houvesse escravos trabalhando ao lado de assalariados, o operariado não poderia se constituir e nem se organizar enquanto classe social
“Não havia trem de carga ou de passageiros em que não viesse, escondido, um escravo sempre recebia alguém que o recebesse ou orientasse”. Uma das classes que mais se engajou nas campanhas abolicionistas foram os ferroviários. Associação entre a campanha abolicionista e a luta ativista dos trabalhadores
Condições de trabalho adversas
Longas jornadas de trabalho (13 a 17 horas)
Ausência de direitos: descanso semanal remunerado, ferias, indenização, pensão e previdência
Baixo nível salarial (um colono imigrante ganhava mais do que os 1os operários da indústria têxtil)
Origem social e nível de vida dos 1os operários 
Artesoes do período colonial tinha um nível de vida melhor do que o 1os operários industriais
Recrutamento entre as camadas mais pobres da população urbana e do campesinato
Trabalhadores especializados eram recrutados no exterior (técnicos estrangeiros para instalar e começar a operar o processo de produção)
Substituição pela mão de obra nacional a partir de 1890
Movimento organizativo
Confrarias, irmandades e grêmios igreja atuando
Associações de socorro mutuo
Ligas operarias ligas dos alfaiates, dos blabla distinção por profissão 
Ligas de resistências
Uniões
Federações operarias classes como um todo, sem distinção de profissão 
Sindicatos (existe antes de existir uma lei sindical antes de ter uma instituição formal que da base para a organização desses indivíduos)
Já é possível observar movimentos desde 1833. Ligas só mais tarde. A grande maioria se formou 1o no RJ. Movimentos mutualistas serviam como auxilio a doenças, morte, etc. Em SP, as sociedades de auxilio mutuo tem um sentido mais ético do que profissional, dado o grande numero de imigrantes (eram eles quem fundavam) imigrantes de ≠s regiões criavam sociedades ≠s, e muitas tinham rixas. No caso do RJ, eram mais voltados a problemas trabalhistas.
1as greves
1856: Colonos da Fazenda de Ibicaba em Limeira, SP greve típica de colono em uma fazenda cafeeira
1858: Gráficos no RJ. Causa: salarial 1a evidentemente operária 80 operários grevistas interromperam a circulação de 3 jornais e editaram um jornal da greve chamar atenção da opinião publica 
Ligas são de fato o embrião dos sindicatos só na década de 80
1863: Greve de Ferroviários no RJ
1877: Estivadores em Santos
Ou seja, as greves são anteriores aos movimentos de organização 
Ofícios artesanais
Mais de 1404 diferentes ofícios em 1836 diversas categorias não são operários fabris ainda são artesãos 
Atividade suplementar X Atividade regular: não fica claro dada a quantidade de pequenas e medias oficinas se se tratam de atividades regulares (visa o lucro) ou suplementares (tipo hobby)
1a fase: Da década de 1870 à virada do séc.
Obs.: critério de Simão≠ de Suzigan. 
1o relativo grande surto de urbanização
Aumento das atividades artesanais
Aparecimento da indústria fabril
Fatores:
Acumulação do capital agroexportador
Gradativa substituição do braço escravo pelo livre
Expansão ferroviária 
2a fase: 1901-1913
Época de crise
Base de dados mais confiável o censo de 1907
“Empresas em 1901 120 na capital, empregando 8397 operários e 20 no resto do estado, empregando 3193 operários. 1907 153 na capital, empregando 14614 operários (46% dos estabelecimentos se localizavam na capital e 63% da mdo operaria estava na capital) numero representativo no setor têxtil (forte expansão nesse período)
3a fase: 1914
1a Guerra: duplo movimento dificuldade de importação de certos ramos industriais e redução da concorrência com similares estrangeiros (tem a ver com a teoria dos choques adversos de Suzigan)
1915-1917: criaram-se em SP 323 estabelecimentos industriais compromete a principal critica de alguns autores a teoria dos choques adversos expansão da produção é ≠ de expansão da capacidade produtiva
Vigorosa expansão industrial até o final da década de 1920
4a fase: 1929-1945
1929: 9 mil estabelecimentos para 140 mil trabalhadores
1930: 5 mil estabelecimentos para 119 mil trabalhadores
1937: 9051 mil estabelecimentos para 245715 mil trabalhadores
Só tem recuperação em 1937 a agricultura, entretanto, se recupera muito antes da indústria 
Distribuição do pessoal ocupado no estado de SP, 1939 e 1943
Cai a participação do setor têxtil nesse período tendência durante todo o período fruto da diversificação produtiva e da diminuição do protagonismo desse setor dentro da estrutura industrial. O mesmo ocorre com o setor madeireiro (em um nível inferior)
Trabalhadores de um fabrica de botões da Agua Branca, 1905 Predomínio de crianças e mulheres
Salario médio por setor da indústria, SP, 1920
Gap salarial entre homens e mulheres é o menor no setor têxtil e no madeireiro
Nos outros grande gap (quase o dobro para homens)
No caso das crianças, o único setor em que meninas ganham mais que meninos é o metalúrgico pq quase não tem meninas trabalho específico, de difícil execução. 
Melhor salario setor metalúrgico (possível verificar os ≠s vestuários, mais finos do que na fabrica de botão)
Quadro geral delineado por Simão 
Predomínio dos setores produtores de bens de consumo leves
Setores dependentes da importação de equipamentos e matérias primas
Predomínio dos pequenos e médios estabelecimentos industriais, segundo a quantidade de pessoal ocupado
Setores que mais empregavam: têxtil e ferroviário
Mudança da estrutura industrial do tipo fluido para o tipo concentrado
A partir da 3a fase: aumento do numero de estabelecimentos, do volume e densidade dão mão de obra e do grau de diversificação da produção 
29/08/16
4 interpretações – Suzigan “Origens do desenvolvimento industrial brasileiro”
4 interpretações sobre o surgimento e desenvolvimento da indústria brasileira a partir de uma base agrícola-exportadora:
Teoria dos choque adversos 
industrialização como resposta a 1a guerra, grande depressão da década de 1930 e 2a guerra
A ótica da industrialização liderada pela expansão das exportações (agro-exportação) 
existência de uma relação linear entre expansão do setor exportador (café) e industrialização crescia nos momentos de expansão e era interrompido por crises no setor exportador, guerras e a depressão de 30)
A interpretação baseada no desenvolvimento do capitalismo no Brasil (ou o “capitalismo tardio”) 
Crescimento industrial deu-se como parte do processo de desenvolvimento do capitalismo no brasil acumulação de capital industrial ocorre junto com acumulação de capital no setor exportador (café) nos períodos de expansão mas é uma relação não linear ao mesmo tempo que a expansão da economia cafeeira estimulava o crescimento industrial, também impunha limites a esse crescimento pois estava subordinada à acumulação de capital no setor exportador, que estava subordinada à acumulação de capital nos países centrais
Relação no setor agroexportador e a indústria de transformação contraditória pois:
Choques adversos estimulam crescimento da produção industrial com base na capacidade de produção instalada em períodos anterior de expansão das exportações 
Política

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