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01/08/2014 1 Aglomerantes Hidráulicos e Aéreos Prof. Jônatas Elim UNIVERSIDADE DO VALE DO IPOJUCA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 1.Introdução Aglomerantes • Definição São produtos naturais ou artificiais empregados na construção civil para fixar ou aglomerar materiais entre si, geralmente partículas minerais (agregados). Apresentam-se sob forma pulverulenta e quando misturados com água têm a capacidade de aglutinar e formar suspensões coloidais, endurecendo por simples secagem e/ou em consequência de reações químicas, aderindo ás superfícies com as quais foram postos em contato. 1.Introdução Matérias Primas As matérias primas são: • argila; • gipsita; • calcário; • dolomito; 1.Introdução Matérias Primas As matérias primas são: • argila; • gipsita; • calcário; • dolomito; Depósitos nas regiões próximas aos centros consumidores 01/08/2014 2 1.Introdução Matérias Primas As matérias primas são: • argila; • gipsita; • calcário; • dolomito; • resíduos das centrais termelétricas e • subprodutos da indústria siderúrgica. Depósitos nas regiões próximas aos centros consumidores 2.Classificação Classificação dos aglomerantes quanto ao processo de endurecimento 1. Aglomerantes aéreos; 2. Aglomerantes hidráulicos; 3. Aglomerantes quimicamente inertes. 2.Classificação Aglomerantes aéreos São os aglomerantes que necessitam estar em contato com o ar para que o processo de endurecimento se manifeste. Os seus produtos de hidratação não resistem à água. Ex: cal aérea, gessos, etc. 2.Classificação Aglomerantes hidráulicos São os aglomerantes que o endurecimento ocorre por reações químicas entre seus constituintes e a água, independente do ar. Os seus produtos de hidratação também são resistentes à água. Ex: cimentos, cal hidráulica. 01/08/2014 3 2.Classificação Aglomerantes quimicamente inertes Ex: barro e materiais betuminosos. 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Definição Cal é o nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de rochas calcárias, que se apresenta sob diversas variedades, com características resultantes da natureza da matéria prima empregada e do processamento conduzido. Seu constituinte principal é o óxido de cálcio. 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Reações Químicas CaCO3 + Calor CaO + CO2 Características Estrutura porosa Formato igual aos grãos da rocha original Temperatura aproximada de 900ºC Cal viva Cal aérea Cal virgem 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Reações Químicas - Extinção CaO + H2O Ca(OH)2 Usos: elaboração de argamassas. Na obra cal extinta Na fábrica cal hidaratada Também conhecida como cal apagada 01/08/2014 4 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Reações Químicas Endurecimento por reação de cabornatação Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O Temperatura ambiente e exige a presença de água 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Classificação Composição química básica Rendimento em pasta Cal cálcica - ≥ 75% CaO Cal magnesiana - ≥ 20% MgO CaO + MgO > 95% Cal gorda, rendimento em pasta > 1,82 Cal magra, rendimento em pasta < 1,82 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Fabricação Calcinação do calcário Temperatura entre 850ºC e 1200ºC 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Fabricação Calcinação do calcário Temperatura entre 850ºC e 1200ºC Abaixo de 850ºC – cozimento incompleto, resultando um produto de rendimento inferior 01/08/2014 5 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Fabricação Calcinação do calcário Temperatura entre 850ºC e 1200ºC Abaixo de 850ºC – cozimento incompleto, resultando um produto de rendimento inferior Acima de 1200ºC, vitrificação incipiente na superfície dos blocos de calcário, resultando um produto de qualidade inferior 3.Aglomerantes Aéreos - Cal 3.Aglomerantes Aéreos - Cal Fabricação O processo de calcinação pode ser realizado: Instalações rudimentares Fornos Forno de campanha para cal Medas para fabricação de cal Forno intermitente para cal Forno contínuo vertical, a carvão, para cal Forno contínuo vertical, a lenha, para cal Forno contínuo horizontal para cal 3.Aglomerantes Aéreos – Cal NBR 7175 01/08/2014 6 3.Aglomerantes Aéreos - Cal • Benefícios • Melhora da Plasticidade; • Redução do Modulo de Elasticidade; • Redução da Permeabilidade. 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Definição Gesso é o termo genérico de uma família de aglomerantes simples, constituídos basicamente de sulfatos mais ou menos hidratados e anidros de cálcio; são obtidos pela calcinação da gipsita natural, constituída de sulfato biidratado de cálcio geralmente acompanhado de uma certa proporção de impurezas (máximo de 6%). 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Definição A gipsita é um mineral abundante na natureza e como tal existem jazidas espalhadas por muitos países do mundo. Quimicamente é um sulfato de cálcio hidratado cuja fórmula é CaSO4.2H2O Tem a composição estequiométrica média de: 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O. 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Dentre as suas propriedades físicas vale destacar: • a dureza 2 na escala de Mohs; • a densidade 2,35; • o índice de refração 1,53; • a elevada solubilidade; • e a cor que, a depender das impurezas contidas nos cristais, varia entre incolor, branca, cinza e amarronzada. 01/08/2014 7 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Quando calcinada a temperatura da ordem de 160ºC a gipsita desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso. (CaSO4.½H2O). Sinônimos gipsita gesso gipso 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Quando calcinada a temperatura da ordem de 160ºC a gipsita desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso. (CaSO4.½H2O). Sinônimos gipsita gesso gipso mais adequada ao mineral em estado natural 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Quando calcinada a temperatura da ordem de 160ºC a gipsita desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso. (CaSO4.½H2O). Sinônimos gipsita gesso gipso mais adequada ao mineral em estado natural termo mais apropriado para designar o produto calcinado 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso No seu estado natural a gipsita é utilizada pela indústria de cimento na fabricação de cimento portland onde é adicionada ao clínquer, na proporção de 3 a 5 % em peso, com a finalidade de retardar o tempo de pega. Na agricultura é utilizada como corretivo de solos alcalinos e também nos deficientes em enxofre e recebe a denominação de "gesso agrícola". 01/08/2014 8 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Matéria prima Gipsita (sulfato de cálcio com duas moléculas de água: CaSO4.(2H2O), acompanhado em geral de impurezas SiO2, Al2O3, FeO, CaCO3, etc) não ultrapassando 6%. 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Reações Químicas - Fabricação Fases: britagem da pedra, trituração e queima. Cozimento industrial feito a baixa temperatura CaSO4.2H2O + calor CaSO4.½H2O + 1½ H2O Temperaturas de 100 a 300ºC Denominações: Gesso de Paris, gesso de estucador, gesso rápido ou gesso de construção. Biidratado Semi-hidratado 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Fabricação O processo de calcinação pode ser realizado: Instalações rudimentares Processos mais modernos Forno de campanha Medas Forno de marmita Forno rotativo 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Reações Químicas - Endurecimento Reação de hidratação: • inversa à anterior, com desprendimento de calor, • com dilatação térmica linear da ordem de 0,3%; • e a retração por secagem é ligeiramente inferior a este valor. 01/08/2014 9 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Quantidade de água necessária: • Teoricamente 25% • Na prática 50 a 70% (evitar pega muito rápida). • Início de pega: 2 ou 3 minutos • Fim de pega: 15 a 20 minutos Pode-se alterar o tempo de pega pela adição de: • retardadores: Na2SO4, caseína, açúcar, álcool • aceleradores: alúmen (silicato duplo de alumínio e potássio), sulfato de alumínio, sulfato de potássio. 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Aplicações O gesso encontra a sua maior aplicação na indústria da construção civil (revestimento de paredes, placas, blocos, painéis, etc) onde pode substituir outros materiais como a cal, o cimento, o aço, a alvenaria e a madeira. 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Aplicações Forros de gesso Decoração Revestimentos – Pastas e argamassas Paredes divisórias – gesso acartonado – gesso reforçado com fibras Blocos, Colas 4.Aglomerantes Aéreos - Gesso Aplicações É também muito utilizado na confecção de moldes para as indústrias cerâmica, metalúrgica e de plásticos; em moldes artísticos, ortopédicos e dentários; como agente desidratante, como aglomerante do giz, engessamento de humanos e animais e como adubo. 01/08/2014 10 5.Aglomerantes Hidráulicos - Cal Hidráulica Definição O nome cal hidráulica é aplicado a uma família de aglomerantes de composição variada obtidos pela calcinação de rochas calcárias que, natural ou artificialmente, contenham uma porção apreciável de materiais argilosos. O produto goza da propriedade de endurecer sob a água, embora pela quantidade de hidróxido de cálcio que contém, sofra também a ação de endurecimento pela carbonatação proveniente da fixação de CO2 do ar. 8.Referências GIAMUSSO, S. E. Manual do concreto. 1. ed. São Paulo: Pini, 1992. 161 p. ISBN 85-7266-006-2. NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. Tradução de Salvador E. Giamusso. 2. ed. rev. Atual. São Paulo: Pini, 1997. 828 p. ISBN 85-7266- 068-2 PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento Portland. 8. ed. atualizada e rev. por Vladimir Antonio Paulon.-Porto Alegre – Rio de Janeiro: Globo, 1981. 307 p. BAUER, L. A. F. Materiais de construção 1. 4. ed. Rio de Janeiro: CTC, 1994. 435 p. ISBN 85-216-0869-1. MEHTA, K. M. Concreto: estrutura propriedades e materiais. 1. ed. São Paulo: Pini, 1994. 573 p. ISBN 85-7266-040-2. GUEDES, M. F. Caderno de encargos. 4. ed. Revista, ampliada e atualizada. São Paulo: Pini, 2004. 736 p. ISBN 85-7266-150-6. S 8.Referências Material didático de apoio: CINCOTTO, M. A. Características da cal para argamassas. Construção S. Paulo, 2220 – Encarte Técnico IPT/ Pini IPT 14 – Setembro 27/90. p. 31 a 34. CINCOTTO, M. A.; AGOPYAN, V.; FLORINDO, M. C. O. Gesso como material de construção – composição química (1ª parte). In: SÃO PAULO, Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Divisão de Edificações. Tecnologia de Edificações São Paulo, 1998. p.53-56. CINCOTTO, M. A.; AGOPYAN, V.; FLORINDO, M. C. O. Gesso como material de construção – composição química (2ª parte). In: SÃO PAULO, Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Divisão de Edificações. Tecnologia de Edificações São Paulo, 1998. p.57-60. Material disponível em: http://pcc2340.pcc.usp.br/transparências.htm S
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