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FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA MOLECULAR resumo para p1 1. REVISANDO CONCEITOS ANTERIORES Célula e seus constituintes Procariontes X Eucariontes ORGANELAS Macromoléculas “A estrutura geral de um • lipídeo é de uma molécula anfipática com pontas apolar e polar; essa estrutura é responsável pelas interações não covalentes realizadas pelos fosfolipídios para formarem a dupla camada que origina as membranas celulares. As • proteínas são sintetizadas no organismo conforme a informação nos genes que constituem o genoma. O gene corresponde a um segmento de DNA, que é transcrito em diferentes tipos de RNAs para a tradução da molécula de proteína. A estrutura tridimensional da proteína é determinada pela sequência de aminoácidos presente na molécula. 2. Estrutura dos ácidos nucleicos Composição Química Os ácidos nucleicos são macromoléculas formadas por unidades monoméricas menores, os nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por três partes: 1. um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono) 2. um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4). uma3. base orgânica nitrogenada. Ácido nucleico nucleotídeo nucleosídeo + fosfato bases nitrogenadas + pentoses Composição Química Sabia• -se da presença de ácidos nucleicos na célula, mas a descoberta de sua função como substâncias controladoras da atividade celular foi algo novo Watson e Crick propuseram um modelo para esclarecer a estrutura e os princípios de funcionamento dessas substâncias. O volume de informações acumuladas caracterizam o conhecimento biológico que criou a Engenharia Genética, que lida diretamente com os ácidos nucleicos e o seu papel biológico. De• seus três componentes (açúcar, radical fosfato e base orgânica nitrogenada) apenas o radical fosfato não varia no nucleotídeo. Os açúcares e as bases nitrogenadas são variáveis. Quanto• aos açucares, dois tipos de pentoses podem fazer parte de um nucleotídeo: ribose e desoxirribose. Composição Química Quando as bases nitrogenadas apresentam dois anéis, são chamadas de purinas, já quando possuem apenas um anel, são chamadas de pirimidinas. 1. as púricas: adenina (A) e guanina (G) 2. as pirimídicas: timina (T), citosina (C) e uracila (U). DNA: composição química • O ácido desoxirribonucleico (DNA) é um polímero composto por unidades de desoxirribonucleotídeos. Estes são compostos por: um açúcar, uma base nitrogenada e grupamentos fosfato. • O açúcar é a pentose desoxirribose, que está ligada pelo carbono 1' a uma base nitrogenada heterocíclica e pelo carbono 5' a grupamentos fosfato. • A ligação entre a base nitrogenada e a pentose é denominada ligação glicosídica. A molécula composta pela base nitrogenada ligada ao açúcar, sem grupamentos fosfato, é denominada nucleosídeo. Quando• um grupamento fosfato está ligado ao carbono 5' da pentose, a molécula é denominada nucleotídeo. Estrutura dos nucleotídeos: (A) estrutura geral (B) Os açúcares componentes (C) Estruturas cristalográficas do ATP e do dATP DNA: composição química Os• nucleotídeos estão ligados por pontes fosfodiéster, estabelecidas entre o grupamento fosfato (5’-P) e o grupamento hidroxílico (3’-OH). Desta forma, os nucleotídeos ligados formam uma fita de ácido desoxirribonucleico. As• cadeias polinucleotídicas conferem uma direcionalidade. O “primeiro” terá́ uma extremidade 5' e o “último” extremidade 3’. Durante• a duplicação do DNA, a DNA polimerase (principal enzima envolvida) sintetiza as fitas de DNA no sentido 5’3', produzindo fitas complementares. Toda a maquinaria enzimática relacionada à síntese de DNA obedece a esse sentido. DNA: composição química Estudos• do DNA demonstraram que os ângulos das ligações covalentes e as interações entre as nuvens eletrônicas conferem certa rigidez à conformação espacial das cadeias do DNA. • O maior grau de rotação ocorre nas ligações entre o oxigênio e o fosforo (ligação fosfodiéster) e entre a pentose e a base nitrogenada (ligação glicosídica). Mesmo• nessas posições existem localizações preferenciais, demonstrando que as moléculas de DNA assumem conformações espaciais não aleatórias. Estas características químicas das cadeias de DNA contribuem para a formação da hélice dupla. Hélice dupla • O modelo proposto por Watson e Crick mostrou que o DNA é uma hélice dupla e que as suas duas fitas se enrolam em torno do eixo da hélice. As desoxirriboses ficam externas em relação às bases nitrogenadas, como se fossem o corrimão de uma escada circular. As• ligações fosfodiéster nas duas fitas estão em direções opostas – uma fita na direção 5'→ 3' e a outra na direção 3'→ 5' –, sendo, portanto, antiparalelas. • O pareamento das bases é fundamental para a manutenção da hélice dupla. Cada base nitrogenada de uma das cadeias está pareada com a base complementar na outra cadeia de DNA. Este pareamento ocorre pela formação de pontes de hidrogênio entre as duas fitas. Hélice dupla • A presença de grupamentos ceto, C=O, (que seria AT) e amínico, C-NH2, (CG) permite a formação de pontes de hidrogênio entre as bases. Isto• confere à molécula de DNA a complementaridade, ou seja, sempre que existir uma A em uma fita haverá́ uma T pareada, e quando houver uma C na outra fita haverá uma G. Esta• é uma propriedade fundamental do DNA e a base para a replicação e para a transcrição. Hélice dupla Os• pareamentos por pontes de hidrogênio entre as bases no DNA não apresentam a mesma estabilidade em relação aos agentes desnaturantes, devido à presença de duas pontes de hidrogênio entre os pares AT e três pontes entre os pares CG. Para• um rompimento CG são necessárias temperaturas mais elevadas ou pH mais alcalino do que para a separação de um par AT. Quanto• maior for a porcentagem de GC, maior será́ a temperatura necessária para desnaturar a molécula de DNA e, portanto, maior será́ o valor de Tm. Cadeia dupla e pontes de hidrogênio na molécula de DNA. (A) Representa a forma planar das duas cadeias (fitas) de DNA, mostrando a formação das pontes de hidrogênio, (B) Representa a forma planar dos pareamentos entre adenina e timina e entre citosina e guanina. As pontes de hidrogênio estão representadas em vermelho. As• ligações glicosídicas no DNA, entre as desoxirriboses e as bases nitrogenadas, não estão diretamente opostas na hélice dupla, gerando duas cavidades desiguais em seu contorno. A cavidade maior e cavidade menor. • O DNA de hélice dupla, em geral, sofre um super- enrolamento, que forma a sua estrutura terciaria. O super-enrolamento é mantido nas células por enzimas denominadas topoisomerases e é fundamental para vários processos. Observe que as bases nitrogenadas são perpendiculares ao eixo da hélice. São mostradas as duas cavidades formadas na hélice. PROPRIEDADES QUÍMICAS DO DNA As• propriedades químicas do DNA mais importantes para as funções de armazenamento da informação genética são: Complementaridadea. entre as bases nitrogenadas das duas cadeias Antiparalelismob. (que confere direcionalidade às cadeias) c. Capacidade de desnaturação e renaturação da hélice dupla. • A desnaturação ocorre quando as pontes de hidrogênio entre as cadeias complementares do DNA, que formam a hélice dupla, são rompidas e as fitas se separam. O processo inverso, o restabelecimento das pontes de hidrogênio entre as bases complementares (formação da hélice dupla) é a renaturação. RNA O RNA • é composto pela ribose e pelas bases nitrogenadas: adenina, uracila, citosina e guanina. O • RNA normalmente é de cadeia simples, mas forma muitas estruturas secundárias por pareamentos internos. Existem varias • classes de RNAs nas célulasdiretamente envolvidas na síntese de proteínas, no processamento dos RNAs. As • classes básicas são o RNA mensageiro (mRNA), o ribossômico (rRNA) e o transportador (tRNA). 3. CROMATINA CROMATINA As• moléculas de DNA que constituem os genomas celulares ocupam volumes maiores do que os dos compartimentos que as contém. Para que essas moléculas sejam acomodadas em células procarióticas elas precisam ser compactadas, constituindo o que se chama de cromatina. Na• cromatina, o DNA é compactado de maneira organizada e reversível, de modo que, conforme a demanda fisiológica da célula, ele pode ser descompactado para permitir a ocorrência de processos como a replicação e a transcrição. HISTONAS As• principais proteínas da cromatina são as histonas. As• histonas funcionam como a matriz na qual o DNA se enrola. Têm um papel importante na regulação dos genes. Ao compactarem o DNA, permitem que os genomas eucarióticos de grandes dimensões caibam dentro do núcleo das células. 4. ORGANIZAÇÃO DO GENOMA genoma Um• genoma, seja ele de um procarioto ou de um eucarioto, possui sempre a mesma função básica, que é a de servir como um repositório replicativo da informação codificada pelo DNA que o constitui. Todas as características de uma espécie, da morfologia à senescência estão armazenadas no DNA da espécie, no seu genoma. Genoma1. Eucarioto: DNA cromossômico + DNA mitocondrial Genoma2. Bactéria: DNA cromossômico + DNA plasmodial Genoma3. Vegetal: DNA cromossômico + DNA cloroplastidial + DNA mitocondrial GENOMA PROCARIOTO Em• procariotos, genes que codificam produtos com funções relacionadas (por exemplo, componentes de uma mesma via metabólica) ocupam posições adjacentes no cromossomo e são co-transcritos Procariotos• possuem genomas pequenos, circulares, poucos genes e operons (conjunto de genes nos procariontes e em alguns eucariontes que se encontram funcionalmente relacionados, e controlados coordenadamente, sendo todos expressos em apenas um RNA mensageiro. Ou seja, é constituído pelo promotor, o operador e os genes estruturais.) GENOMA PROCARIOTO • Procariotos possuem colinearidade, que se trata de uma equivalência entre a sequência nucleotídica do gene e a sequência de aminoácidos da proteína no procariotos • Nos eucarióticos, a organização dos genes nem sempre é colinear, pois um grande número de genes apresenta interrupções na sua sequência nucleotídica. • Códon é cada pedaço de 3 bases do RNA (cada códon corresponde a uma trinca de nucleotídeos que codifica um aminoácido de uma proteína) GENOMA EUCARIOTO • A organização dos genes no DNA eucariótico é bastante complexo. Os• genes eucarióticos são interrompidos por sequências não codantes denominadas íntrons. As sequências codantes, ou sequências expressas, são denominadas éxons. Os éxons são geralmente mais curtos do que os íntrons, sendo a sequência codificadora de um gene eucariótico apenas uma fração do comprimento total do gene. Assim• não há uma colinearidade entre o tamanho do gene e a proteína no eucariotos como há nos procariotos GENOMA EUCARIOTO Cada gene eucarioto • tem a sua região promotora e suas regiões regulatórias. Os genes eucariotos não estão organizados em operons como os procariotos. Isto contribui para maior complexidade dos organismos eucariotos. genoma Como• um número maior de genes é necessário para direcionar a formação de organismos mais complexos, o tamanho do genoma está relativamente relacionado à complexidade do organismo. Organismos• simples tendem a utilizar a maior parte do DNA para codificar proteínas, enquanto organismos mais complexos utilizam apenas uma pequena porção do seu DNA. Os• organismos mais complexos apresentam um maior número de sequências regulatórias, o surgimento de sequências intergênicas que contribuem para a expansão de regiões não codificadoras dos seus genomas. • A maior parte do genoma humano é composta por sequências intergênicas. 5. REPLICAÇÃO DO DNA REPLICAÇÃO Para• que as células mantenham o mesmo material genético, todo o genoma deverá ser precisamente replicado antes de cada evento de divisão celular. • A replicação do DNA necessita de atividades enzimáticas que devem agir de maneira coordenada nos estágios de início, alongamento da cadeia e término. O conjunto de proteína que atuam na replicação é denominado replissomo. • A replicação ocorrerá apenas se existir uma molécula de DNA a ser copiada (fita- molde), com uma região pareada contendo uma extremidade 3'-OH livre onde será́ iniciada a síntese da nova fita de DNA. • A adição dos nucleotídeos para o crescimento da cadeia é sempre no sentido de 5'-P para 3'-OH (5’ 3’). Replicação unidirecional e bidirecional Na• replicação unidirecional, uma forquilha de replicação parte da origem e segue replicando o DNA em uma só direção, ao passo que na bidirecional, duas forquilhas de replicação deixam a origem em direções opostas. • A replicação de DNA ocorre de forma semiconservativa, sendo cada fita de DNA copiada no sentido 5'→3', originando novas fitas. Nesta forma de replicação, as duas fitas de DNA parental devem ser separadas e cada uma servirá de molde para a síntese das novas fitas de DNA. Este• processo é considerado semiconservativo, pois as moléculas de DNA geradas, após a replicação, contem somente uma das fitas recém-sintetizada e a outra corresponde à fita do DNA parental (molde). Replicação unidirecional e bidirecional • A molécula de DNA de fita dupla é mantida por meio do pareamento de bases complementares e da polaridade inversa, sendo uma fita orientada no sentido 5'→3' e a outra no sentido 3'→5' (antiparalelismo). Cada• fita nova sintetizada é complementar (pareamento AT e GC) à fita molde. ENZIMAS IMPORTANTE! Colocar no resumo da prova 1. A replicação se inicia em uma sequência específica de nucleotídeos chamada de origem de replicação, local específico onde a enzima Helicase ativa a abertura e o desenrolamento das duplas fitas de DNA. 2. A síntese do DNA é bidirecional, sendo assim há abertura dos dois lados da fita, aumentando assim a velocidade de replicação, formando assim as forquilhas de replicação (toposimerases). 3. Após separadas, as fitas parentais possuem a tendência de se reassociarem novamente, problema que é resolvido pela enzima SSbs, que impede que a fitas parentais se fechem (é uma proteína estabilizadora da fita simples). 4. O DNA polimerase, enzima principal, porém é o DNA primase que inicia a síntese de uma nova fita de DNA. Ele inicia sintetizando o Primer de RNA. 5. A partir do Primer, o DNA polimerase entra em ação, complementando com adição de nucleotídeos, que irá formar a nova fita de DNA (essa adição ocorre no sentido ‘5 3’). 6. A fita que corre nesse sentido é chamada de cadeia líder, leva um único Primer e possui síntese contínua. Já a descontínua (3’ 5’) leva o nome de cadeia em retardo e demanda mais de um Primer, entre os quais serão sintetizados fragmentos de DNA, conhecidos como fragmentos de OKASAKI. 7. Para formar uma fita contínua, os Primers devem ser removidos da cadeia em retardo, função essa da RNAse H. Uma vez removidos, os Primers são substituídos por sequências de DNA, ação realizada por outra DNApolimerase, essa coloca 1.000 nucleotídeos por segundo, necessitando do Grampo deslizante para manter a estabilidade e velocidade. 8. Por último, a DNA ligase promove a união das fitas. 6. MUTAÇÃO E REPARO DO DNA REVISÃO As• células têm uma variedade de mecanismos para prevenir mutações, ou mudanças permanentes na sequência de DNA. DNA• polimerases são as enzimas que constroem o DNA nas células. Durante a replicação do DNA (cópia), a maioria das DNA polimerases"verificam seu trabalho" a cada base que acrescentam. Esse processo é chamado revisão. Se• a polimerase detecta que um nucleotídeo errado (incorretamente pareado) foi adicionado, ela irá removê-lo e substituí-lo imediatamente, antes de continuar com a síntese de DNA. REPARO POR MALPAREAMENTO Vários• erros são corrigidos pela revisão, mas alguns poucos escapam. Reparo de malpareamento acontece logo após o novo DNA ter sido feito, e sua função é remover e substituir as bases malpareadas (aquelas que não foram corrigidas durante a revisão). Primeiro• , um complexo de proteínas reconhece e liga-se à base malpareada. Um segundo complexo corta o DNA próximo ao malpareamento e mais enzimas cortam o nucleotídeo incorreto e um pedaço do DNA que o envolve. Uma DNA polimerase substitui a parte que falta com os nucleotídeos corretos, e uma enzima chamada DNA ligase fecha a lacuna. REPARO POR EXCISÃO DE BASES Uma• base, ou conjunto de bases inseridas erradas podem ser retiradas e substituídas por bases novas • O mecanismo utiliza a complementaridade de bases da dupla fita Ocorre• o corte da ligação base-açúcar e a substituição pela base correta, de acordo com o molde. 7. EXPERIMENTOS Proteína x DNA • O trabalho de Gregor Mendel mostrou que características não eram herdadas diretamente, mas sim especificadas por genes que passam dos pais para a prole. O trabalho de outros cientistas por volta do século 20, estabeleceram que os fatores hereditários eram transmitidos pelos cromossomos. Cientistas• inicialmente pensaram que as proteínas, que são encontradas em cromossomos, seriam as componentes do material genético. Proteínas eram conhecidas por suas sequências diversas de aminoácidos, enquanto se pensava que o DNA era um polímero repetitivo. Hoje• , sabemos que o DNA na verdade não é repetitivo e pode carregar grandes quantidades de informação. • Isso foi descoberto com os próximos experimentos: FREDERICK GRIFFITH: transformação bacteriana Em• 1928, o bacteriologista Frederick Griffith conduziu uma série de experimentos usando a bactéria Streptococcus pneumoniae e ratos para criar a vacina contra a pneumonia. Em seus experimentos, Griffith usou duas cepas relacionadas de bactéria: CepaI. R: quando cultivadas em placa de Petri, a bactéria R forma colônias de bactérias, que têm bordas bem definidas e aparência rugosa. As bactérias R são avirulentas quando injetadas em ratos. CepaII. S: a bactéria S formou colônias arredondadas e suaves. A aparência suave se dá por conta de uma capa a base de açúcar produzida pela bactéria. Essa capa protegeu a bactéria S do sistema imune do rato, fazendo-as virulentos (capazes de causar doenças). Ratos em que foram injetadas bactérias S vivas desenvolveram pneumonia e morreram. FREDERICK GRIFFITH: transformação bacteriana Como• parte de seus experimentos, Griffith tentou injetar ratos com bactérias S mortas por calor, o que não causou doença nos ratos. Contudo• , quando bactérias R inofensivas foram combinadas com bactérias S mortas por calor, não só o rato contraiu pneumonia e morreu, mas em uma amostra de sangue do rato morto, ele encontrou bactérias S vivas! Griffith• concluiu que as bactérias da cepa R teriam adquirido o "princípio transformante" da bactéria S morta por calor, permitindo que elas se "transformassem" em bactérias S, tornando-se virulentas. Avery, MacLeod e McCarty: Identificando o princípio transformante • Em 1944, três pesquisadores, dispuseram-se a identificar o "princípio transformante" de Griffith. Assim, começaram com grandes culturas de células S inativadas por calor e purificaram o princípio transformante. Por este método foram capazes de obter pequenas quantidades de princípio transformante altamente purificado, que eles puderam então analisar através de outros testes para determinar sua identidade. • A substância apresentou resultados negativos em testes químicos conhecidos para detectar proteínas, mas um resultado fortemente positivo em um teste químico conhecido para detectar DNA. Enzimas que degradam proteínas e RNA tinha pouco efeito, mas enzimas capazes de degradar DNA eliminavam a atividade transformante. • Contudo, Avery foi cauteloso. Ele percebeu que era possível que alguma substância contaminante presente em pequenas quantidades fosse o verdadeiro princípio transformante. Por causa desta possibilidade, o debate acerca da função do DNA continuou até 1952. Hershey-Chase Hershey• e Chase estudaram bacteriófagos, ou vírus que atacam bactérias. Os fagos que usaram era simples partículas compostas de proteína e DNA. Eles sabiam que os fagos prendiam-se à superfície de uma célula bacteriana hospedeira e injetavam alguma substância (DNA ou proteína) no hospedeiro. Esta substância era o material genético do fago. Para• estabelecer se o fago injetava DNA ou proteína no interior da bactéria hospedeira, Hershey e Chase prepararam dois lotes. Em cada lote, os fagos eram produzidos na presença de elemento radiativo que era incorporado no DNA e nas proteínas sintetizadas pelos fagos. Uma• amostra foi produzida na presença de enxofre (encontrado em proteínas e ausente no DNA). A outra amostra foi produzida na presença de fósforo (encontrado no DNA mas não em proteínas). Hershey-Chase Cada• lote de fagos era usado para infectar uma cultura diferente de bactérias. Após a infecção, cada cultura passou por um tratamento para a remoção de fagos e uma centrifugação, esta faz o material mais pesado, como bactérias, moverem-se para o sedimentado e o material mais leve para o sobrenadante. Quando• Hershey e Chase mediram a radioatividade no sedimentado e no sobrenadante para ambos os experimentos, eles encontraram uma grande quantidade de fósforo no material sedimentado, enquanto quase todo o enxofre apareceu no sobrenadante. Com• base neste e em experimentos similares, Hershey e Chase concluíram que o DNA, não a proteína, era injetado nas células hospedeiras e compunham o material genético dos fagos.
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