Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DERMATOLOGIA Funções da pele: proteção (agentes químicos, físicos e biológicos. Protege contra perca de eletrólitos); produção (vitamina D), flexibilidade (conferi muitos movimentos); temorregulação (devido as glândulas sebáceas); reservatório (de agua, nutrientes, CHO e lipídeos); imunorregulação (pois mantêm seu próprio sistema imune conseguindo combater infecções e neoplasias); pigmentação (tem melanina que protege contra raios UV); secreção; identificação (identificação pelo plano nasal no caso de bovinos) e percepção (órgão do sentido). Estrutura: epiderme (mais importante para a dermatologia composta de camada córnea, lúcida, espinhosa e basal. Crescimento: basal córnea e dura 21 dias. Caso tenha um aceleramento do crescimento: epidermopoiese e pode ocorrer descamação que pode ser por um problema genético – seborreia primaria – ou por um processo inflamatório. Camada córnea protege a pele e tem muita queratina); derme (tem os vasos, nervo, folículo piloso, glândulas sudoríparas e sebáceas); hipoderme que também é chamada de tecido subcutâneo (onde temos o tecido adiposo para a deposição de gorduras e lipídeos). Importância: na epiderme não temos vasos sanguíneos e caso tenha alguma lesão superficial não teremos sangramento e esse quando presente é sinal de uma lesão profunda. Na pele teremos muitos queratinócitos que produzem a queratina; os melanócitos que produzem a melanina e as células de Langerhans que são apresentadoras de antígenos que protegem a pele contra os microrganismos. A - BACTERIANAS A.1 - Piodermites da superfície – bactérias ficam na superfície da epiderme. PIODERMITES A lesão bacteriana é chamada de piodermite ou foliculite (sinônimo de inflamação superficial). Agente etiológico: Staphylococcus pseudintermedius que faz parte de forma natural da pele. Mais comuns em cães de forma primária (por algum microrganismo que estava ali e favoreceu a colonização dessas bactérias) e em gatos é mais comum a secundária (a alguma causa base como um trauma). Pode acontecer essa proliferação em endocrinopatias, imunossupressão, hipersensibilidade, doenças autoimunes e trauma/ferida. PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 1. DERMATITE ÚMIDA AGUDA É uma lesão exsudativa superaguda. Aparece da noite para o dia e é causada por politraumatismo e animal fica se lambendo e coçando. É autoinduzida por caráter pruriginoso ou doloroso e que pode ser causado por pulgas, mas pode ter outras causas. O animal lambe, mastiga, arranha ou fricciona e isso é bem mais comum em cães. Bem exsudativo (com pelos aglutinados); presença de crostas ressecadas (inicialmente tem exsudação e depois resseca); lesões eritematosas (avermelhada), com prurido e dor Clinico (histórico + sinais clínicos) e Citologia (imprint) – para ver quais bactérias estão para fazer a antibioticoterapia – vemos os Staphylococcus e se tem um trauma e esse já se exacerbou(tem bastantes neutrófilos nas lesões). Se tiver crostas, retira essa crosta e faz imprint do material embaixo. Identificar e tratar a causa base; tricotomia e limpeza da região com um xampú antisséptico (clorexidine 1% - BID é um xampu; Pomada Mupirocina no 2º dia (limpeza controla a oxidação) ou rifocina (é o antibiótico Rifamicina) BID; Prednisona: 0,5mg/kg SID 5 dias por conta do prurido. Passar até a lesão melhorar o aspecto. INTERTRIGO Lesão que dá entre as dobras e temos que diferenciar do impetigo. Dermatite das dobras cutâneas (sinônimo). Falar: Dermatite das dobras cutâneas Facial do Buldog; Labial: Cocker; Vulvar: vulva infantil Eritema e odor fétido; seborreia (princip. oleosa maior produção de gordura); Prurido variável (lambe) – principalmente a região vulvar Clinico (vê a dermatite entre as dobras); Citologia (durex) - não é tão exsudativa quanto a aguda e pode ser feito imprint com durex (sem fixadores do panótico). Antisseptico (Peroxido de benzoila 2,5% ou clorexide 2% no início vai ser mais frequente e depois de controlada a lesão se torna menos frequente); Lavar e secar (para não estimular a proliferação de microrganismo) SID 5-7 dias; (castração); Caudal: Pug e Corporal: Shar Pei Corticoterapia oral (se necessário quando coça muito); Manutenção (Soluções otológicas ou uso lenços próprios para essa região); ou Excisão cirúrgica (é definitivo mas não é feito de rotina). Esse tratamento varia de animal para animal. 2. IMPETIGO Chamada de dermatite pustular subcorneal e as bactérias ficam um pouco abaixo da camada córnea. Nela veremos as pústulas e nesse caso ocorre somente em regiões glabras (sem pelo) em região inguinal, axilar e ventral. Ocorre em cães jovens (acontece muito em cães que estão desnutridos; com parasitismo, má nutrição, más condições de higiene, infecção viral como a cinomose por exemplo e essas condições diminuem a imunidade do animal). Pode acontecer também em animais saudáveis o que é bem menos comum. Temos as pápulas (lesões avermelhadas elevadas), e ai temos as pústulas (com secreção); a secreção que está ali dentro se transforma em uma crosta melicéricas e depois essa se rompe e temos o colarinho epidérmico e tem prurido variável (animal pode ou não coçar) Clinico (filhote, está com lesões pustulares e em região que não tem pelo); Essas lesões (pápulas, pústulas, crostas melicéricas e colarinho epidérmico) indicam infecção bacteriana e é importante fazer a citologia para fazer diferencial para doença auto-imune. Se tiver pústula romper com agulha de insulina e faz um imprint com a lâmina e se tiver seco fazemos com o durex, colocamos na lâmina e avaliamos. Se tiver pápula temos que pedir um retorno para reavaliar. Banhos (somente no local afetado com clorexidine 2% SID 7-10 dias, tem que deixar agir por 10 min e depois enxaguar). A.2 - Piodermite Bacteriana Superficial: conhecida como foliculite bacteriana superficial. As bactérias adentram mais na epiderme e não ficam restritas somente a camada córnea. Ocorre em regiões com pelo e esse é o diferencial para impetigo. Sinais clínicos: Papulas -> pústulas -> crostas melicéricas -> colarinhos epidérmicos (podem ter infecção bacteriana secundária); Escamas (bactéria na epiderme inflama e acentua o processo de epidermopoiese e aí acontece a descamação); eritema; Alopecia “roido de traça” e prurido variável A.3 - Piodermite profunda - além de adentrar na epiderme, elas alcançam a derme. As bactérias adentram pela epiderme (que chamamos de celulite) ou adentram pelo folículo piloso, que vai inflamar e este rompe, e as bactérias entram dentro da derme e ficam como um corpo estranho e é chamado de furunculose (é como se fosse um abscesso somente na pele que não chega a atingir a musculatura). Sinais clínicos: alopecia (bactérias ficam dentro do folículo, este inflama, dilata e o pelo cai); crostas principalmente hemáticas; ulceras (lesão profunda e tem essa exposição da derme); formação e vesículas violáceas (com conteúdo sanguinolento que esta ali a muito tempo). Traços fistulosos que podem ser serosanguinolentos e as vezes até mesmo purulento. Geralmente o animal tem prurido e dor (porque tem inervação). Acometimento sistêmico como a linfoadenomegalia, febre, anorexia, apatia. Pode ter absorção sistêmica dessas bactérias e drenagem linfática. Diagnóstico da piodermite superficial e profunda: Clinico na superficial vemos as lesões características (pápulas, pústulas, crostas e colarinho) de região pilosa, mas se for em região glabra é impetigo. Na profunda vemos a derme com característica de sangue mostrando uma lesão mais profunda com os traços fistulosos; Citologia (importante como diferencial de doença auto imune. Geralmente vemos coccus ou bacilos que indicam uma infecçãomais grave e no caso de coccus pode passar uma medicação mais empírica pois eles já se encontram no organismo ); Histopatologia (geralmente não faz); Cultura e antibiograma (se tiver bacilo ou bastonete, faz com swab estéril, passa na lesão, coloca no meio de cultura e manda para o laboratório). Tratamento: identificar e tratar causa base; De superfície (só faz o antibiótico tópico) e as superficiais e profunda (faz a antibioticoterapia sistêmica e o mais utilizado é a cefalexina nessa dose de 30mg/kg BID VO; podemos fazer amoxilina com clavulanato com dose de 22 mg/kg BID VO; e ainda temos a opção de Cefovecina (Convenia®): 8mg/kg SC q. 15 dia – esse medicamento é bem caro). Sempre associados com banhos terapêuticos a cada 4 dias (e estende o banho 1 semana após melhora): Na superficial usa o Clorexidine 2-4% (Cloresten®/ Hexadene® tem a tecnologia que pode ser usado a cada 7 dias, mas não é para acreditar nisso); e na profunda: Peróxido de benzoíla que consegue alcançar as camadas mais profundas da pele e a clorexidine não tem essa ação. Se for uma piodermite superficial faz antibiótico sistêmico por 15 dias e faz o retorno, se tem melhora estende os banhos e antibiótico oral por 1 semana. Caso não tenha melhora (pode ser porque o animal engordou ou por resistência) e aí temos que reavaliar a terapia e fazer cultura e antibiograma. Na profunda faz quatro semanas no mínimo de antibiótico oral associado ao banho e depois de um mês, se teve melhora estende o banho e antibiótico por 2 semanas, e se não houve melhora faz cultura e antibiograma. Obs: Corticoide por 5 dias não precisa de desmame, tem gente que faz 10 dias mas 5 dias já é o suficiente. B – FÚNGICAS 1. Superficiais: malasseziose, dermatofitose, candidíase 2. Subcutaneas: esporotricose 3. Profundas: criptococose, histoplasmose Dentro da veterinária a mais comum é malasseziose e dermatofitose. PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO MALASSEZIOSE Agente etiológico: Malassezia pachydermatis (levedura). Mais comum em cães principalmente nas raças Basset Round, Cocker spaniel Americano, Dachshunds, Pastor Alemão, West Highland White, Setter Inglês. Mais comum de ser localizada do que generalizada e lembrar sempre que a malassezia é um habitante natural da flora cutânea. O cão pode adquirir uma sensibilidade as malassezias que não é comum de acontecer ou alguma coisa está favorecendo a sua proliferação, o mais comum é a dermatite atópica, seborreia Animal geralmente coça bastante, tem odor desagradável. A alopecia, escoriações, eritema, seborreia principalmente a oleosa. Com o avançar da cronificação da lesão teremos o aparecimento de sinais como a liquenificação (evidenciação de células e ficam bem delimitadas), hiperpigmentação e hiperqueratose (expessamento da pele). Citologia já fecha o diagnóstico. Identificar e corrigir a causa subsequente; banhos (clorexidine + miconazole essa associação potencializa o efeito do miconazol que é o antifúngico, faz a cada 2 dias e 2x semanas e depois espaça mais e faz ele a cada 4 dias duas vezes por semana); secar o animal; pelo mais baixo; Se animal está em estado muito grave ( usa o medicamento oral: é o itraconazol 2 dias consecutivos (3x) oleosa e algumas endocrinopatias (hiperadrenocorticismo entre outras) em gatos muito relacionado com FIV, neoplasia quando acontece tem que buscar a causa base, em gatos está muito relacionado com acne. Temos que buscar a causa base e tratar ela pois não se trata de um agente primário. Em gatos muito relacionado também a imunossupressão. Locais de se encontrar a Malassezia: região perioral, interdigital, axilar, orelha, inguinal; perianal DERMATOFITOSE Agente etiológico: Microsporum canis/ M. gypseum e também pelo Trichophyton mentagrophytes. Acomete principalmente filhote, animais de vida livre, aqueles que vivem em abrigo, caça (tem muito contato com a terra e esse microrganismos ficam na terra). Predisposição de animais persa e yorkshire e outras podem ser portadores assintomáticos. Zoonose mas como foi comentado relacionado com imunossupressão. Adquirem por contato direto que é a principal forma ou fômites (coleiras, vasilhas de agua e comida) e é favorecida essa doença se esses animais tem um microtrauma na pele Gato com lesão na cabeça a 1ª lesão que se pensa é dermatofitose (diagnóstico diferencial – esporitrocose); Áreas de alopecia com escamação; Pelos quebradiços, fácil epilação; Eritema, pápulas, pústulas, crostas – isso tudo como infecção bacteriana secundária; Alteração unhas (onicomicose – unha fica mais escura) e apresentação mais comum em cães que são os nódulos (kérions); Prurido variável – animal coça pela infeção bacteriana secundária. Lâmpada de Wood (não fecha o diagnóstico mas mostra muito onde você vai fazer a coleta da amostra. Se a lâmpada floresceu pode entrar com tratamento tópico); Exame direto do pelo – observa as microconídeas dentro ou fora do pelo; Cultura (meios de diagnostico (Dermatobac®, Vetcheck® e hoje em dia o que está sendo preconizado é escovar o animal com escova de dente, pode arrancar com dedo ou pinça ou lamina de bisturi, pode pegar a escova e passar na borda da lesão, pega cerdas da escova e coloca no meio. De 3-5 dias tem que mudar de cor segundo as normas do consenso mas em trabalhos anteriores falava em 2-14 dias e esses 14 dias são importantes pois você já consegue identificar); Histopatologia (kérion). TRATAMENTO: Sempre fazer o tratamento tópico e sistêmico; Banhos (miconazol 2,5% + clorexidine 2% durante 4 dias); Itraconazol (10 mg/kg SID VO 30 dias e para evitar efeitos hepáticos faz semanas alternadas, semana sim, semana não, o animal tem que ter até 2 culturas quinzenais negativas para ter cultura parasitológica, se for animal de abrigo pode fazer até 3 culturas quinzenais. Importante fazer avaliação hepática antes e a cada 15 dias. Itraconazol só pode em filhotes acima de 3 meses de idade e animais que tem antes de 3 meses de idade pode fazer a Griseofulvina); Tratar contactantes (o ideal é fazer cultura de todo mundo e os que não tiverem lesão de pele é indicado o tratamento somente tópico e os positivos tratamento tópico e sistêmico. Se não tiver como fazer cultura de todo mundo tem que tratar todo mundo tópico e sistêmico); C - PARASITÁRIAS DEMODICIOSE Agente etiológico: Demodex canis (cães), D. cati e D. gatoi (gatos). Em gatos é raro, em cães é bastante comum. O parasito no caso do cão, Demodex canis, é parasita comum da pele e em gatos sabe-se que o D. gatoi passa de um animal para o outro e ele não é um habitante natural da pele. O D.cati não passa de um gato para o outro. Os filhotinhos tem o primeiro contato quando passam pelo canal do parto ou quando estão amamentando. Mas se não tiver contato na fase ainda de filhote ele vai adquirir normalmente depois de adulto; Imunossupressão (endócrinas, estresse, FIV/FeLV); Pode ser localizada ou generalizada – a forma generalizada é mais comum de se ver. Predisposição racial: Bull terrier, Sharpei; American Staffordshire; Buldogue Inglês; West Highland White terrier; Weimaraner; Shih Tzu Surto juvenil em animais com menos de dois anos de idade. Esse pode ser espontâneo simplesmente porque o animal tem essa predisposição. Surto adulto em animais a partir de 4 anos de idade, sempre secundário e em animal que já tem genética e algum fator principalmente doença vai desencadear. Locais: Acomete a porção distal de membros principalmente torácicos, cabeça e na região dorsal. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Alopecia, descamação (demodex fica em folículo piloso causando inflamação); Pápulas/pústulas (infecção bacteriana secundária); Hiperceratose (a pele começa a se espessar para a proteção e fazcom que o demodex não penetre o organismo); Comedões, Cilindros foliculares; Edema, eritrema, exudação. Parasitológico (raspado cutâneo profundo. O parasita estará na derme e não somente restrito a epiderme) Alguns lugares é difícil de raspar e pode usar o durex e tem literatura que comprova isso mas temos que apertar por uns 30 segundos e com isso estimula a sair. Se viu um já é diagnóstico. Identificar e tratar a causa base; No caso da localizada (pode usar o tratamento tópico em que se usa o peroxido de benzoíla 2,5%). No caso da generalizada (além dos banhos com peróxido de benzoíla a cada 4 dias vai ser utilizado os antiparasitários que podem ser Ivermectina ou Moxidectina ou Doramectina. Faz o tratamento com banho e medicação oral até atingir pelo menos 3 raspados negativos com intervalo de 30 dias ou seja, pelo menos 3 meses de tratamento o animal vai fazer, e se o animal não for castrado, recomendar castração porque é uma doença genética. Filhotes com menos de 3 meses não pode utilizar ivermectina (avermectinas de forma geral) e o advocate tem indicação a cada 15 dias, mas ele tem um período que pode começar a usar. E nesse caso vai fazendo somente tópico ate chegar na medicação via oral. Hoje em dia tem preconizado muito o Nexgard, Bravecto e Simparica. 2 - ESCABIOSE - É UM TIPO DE SARNA, SARNA SARCÓPTICA. Sarcoptes scabiei (cães) e Notoedres cati (gatos), acomete principalmente animais jovens, e esse ácaro tem a características de causar escavações superficiais na pele, causam muito prurido (primariamente) Ambientes com alta densidade populacional, animais de abrigo, é muito contagiosa. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Nos cães cotovelo, jarrete, abdominal ventral e pina, é importante para fazer o raspado de pele. Nos gatos principalmente em região de cabeça e pode também com o avançar da lesão na região dos membros torácicos e região perianal. Alopecia, crostas, hiperceratose; edema, e o hábito de coçar. Em gatos é muito característico o espessamento, na região toda de cabeça, perianal, ao longo do dorso. Baseado no histórico, anamenese, exames clínicos, e terapêutico; reflexo ortopodal (geralmente responde com esse sinal de que quer coçar a orelha); raspado superficial. No cão é muito dificil e no gato é bem mais fácil encontrar o ácaro, e gato principalmente em região de cabeça. Ivermectina aqui nesse caso funciona muito bem; banhos com peróxido de benzoila por 4 dias, corticoide com predinisona para controlar o prurido e aqui temos que tratar todo mundo, pois transmite muito facilmente de um animal para outro. Se tiver piodermite secundária a gente tem que tratar também com antibiótico via oral; tratar ambiente e recomendamos então o amitraz; E a vermifugação com essas três medicações acima a direita: Nexgard (mensal), Bravecto (a cada 3 meses) e Simparica (ela não sabe). 3 - OTOACARÍASE - TIPO DE SARNA QUE VAI ACOMETER PRINCIPALMENTE OS GATOS. Agente etiológico: Ortodex cinotis, podem acontecer em cães, mas menos comum, é considerada uma zoonose, mas raramente observamos em humanos; em gatos adultos eles podem desenvolver a doença de forma assintomática. Locais: acomete principalmente em região de orelha. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Causa um exudato escuro, com prurido intenso, e de tanto gato coçar pode causar otohematoma, mas de acordo com a cronificação, pode migrar ao longo do corpo e vão se manifestar principalmente por pápulas, crostas e regiões de muito prurido. Vemos o ácaro a olho nu, então colhemos com a luva um pouco dessa secreção presente e conseguimos ver o ácaro, que são pontinhos brancos andando, em superficie mais escura é mais facil de ver. Fazer tratamento sistêmico, porque mesmo que o gato não tenha lesão ao longo do corpo, ele pode migrar; Fazer ou a ivermectina oral ou selamectina com duas aplicações com intervalos de 15 dias, D – HIPERSENSIBILIDADES 1 -DERMATITE ACRAL POR LAMBEDURA - muito comum em cães principalmente raças grandes e animais mais idosos, esses animais geralmente tem artrite, artrose, que leva a um certo estresse também. Causa: Estresse ambiental é a principal causa, mas tambem pode ter uma hipersensibilidade, algum trauma, ou infecciosa, corpo estranho, demodicose, hipotireoidismo, neuropatia, osteopatia, artrite. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Granulomatosa, alopécica, firme, elevada e espessada, além de se apresentar como uma placa ou nódulo, ulcerada, com fibrose, hiperpigmentação e pode ocorrer infecção bacteriana secundária. Fazer também uma histopatologia, para descartamos a chance de ser uma neoplasia e dependendo se tem infecção bacteriana secundária e entrou com antibiótico não está resolvendo, temos que fazer uma cultura e antibiograma Ansiolítico, antidepressivos. Tentar melhorar o ambiente do animal. Prednisona tambem é importante, e geralmente para controlar prurido indicamos por 5 dias, mas como nesse casos geralmente está ligado a questões emocionais, geramente indicamos por mais tempo. 2 -DASP Agente etiológico: a pulga principalmente a Ctenocephalides felis felis que vai causar os sinais clinicos nos cães, mas comum tanto em cão como gato, é uma sensibilidade a saliva- proteina da pulga, tem um envolvimento sazonal, principalmente nos meses mais quentes e outono, período de maior proliferação das pulgas. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Prurido, eritrema. Esses sinais são muito comuns na região lombossacra e caudodorsal e pode ocorrer na região caudomedial da coxa, abdome e flanco. Lembrar que se tiver hiperpigmentação, liqueinificação indica lesões crônicas. Escoriações, pois o gato se coça e aí temos que nos atentar que o gato não se coça com a pata, se coça lambendo. Pode ter alopecia, crostas, e gato tem outra característica: gato quando coça ele tende a morder e tirar os pelos juntos. 2.1 - Úlcera eosinofílica - também chamada de úlcera indolente e fica localizada no lábio superior próximo ao canino, pode ser uni ou bilateral e com o anvançar da lesão ela pode coalecer, se juntar e pode virar uma lesão única. Na histogia: estará cheio de eosinófilos e em gatos vamos pensar principalmente em pulgas. 2.2 - Placa eosinofílica - que vai ocorrer principalmente em região abdominal, de membro pelvico, inguinal, são pontos específicos e muito características. 2.3 - Granuloma eosinofílico: que pode ser mentoniano que é no lábio inferior, oral que é muito comum na região que chamamos de arco do palato grosso, região da articulação e 2.4 - Dermatite miliar: outro padrão, alguns autores trazem como dermatite eosinofilica e outros não, mas o eosinófilo que aparece na lesão mesmo, esta pode ocorrer em qualquer ponto do corpo do animal, e ocorre na forma de pápulas crostosas, e o gato coça bastante e podemos encontrar em região de têmpora. Basicamente clínico, histórico do animal, se tem histórico de pulga, a dermatite lombar principalmente nos cães é um sinal bastante específico, mas acontece nos gatos também, mas nos gatos acontecem mais mesmo essas dermatite eosinofílicas em pontos específicos. Feito no controle de. Pode usar o Capstar; em contrapartida o Program (começa seu efeito somente depois de 48 horas). Então o que fazemos é a associação entre os dois, e o Program a cada 30 dias; Uso da coleira ( como uma forma preventiva); controlar o prurido (principalmente predinisona oral); banhos com xampus hipoalergenicos que são hidratantes também. Não tem cura, nem controle, não deve-se parar o controle das pulgas. O controle é feito com amitraz. 3 – DERMATITE ATÓPICA – DERMATOPATIA MAIS IMPORTANTE Muito comum em animais criados dentro de apartamento, humanizados. O animal tem uma pele sensível, ele pode manifestar piodermite, dermatoticose, mais propensoa desenvolver fungos, sarnas e otites. É uma doença cutânea, inflamatória, pruriginosa, crônica com base genética, mais comum em cães, incomum em gatos. Etiopatogenia: fatores intrísecos (que são próprios dos animais, da pele dele, animais que tem alteração na cadeia epidermica, tem uma camada lipidica menor que outros animais. É importante saber isso porque parte do tratamento é repor essa barreira lipídica) e associado então a aos fatores extrínsecos (a essa barreira deficiente então vai ser mais fácil desses agentes irritantes químicos e físicos agredirem mais facilmente essa pele, e essa pele fica com buracos, e facilita a entrada de agentes. Ou seja o intríseco vai facilitar a entrada do extrínseco) SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO Prurido é o principal, diferencial para escabiose, porém na escabiose tem os pontos específicos, mas temos que ver se por trás ele não tem uma dermatite atópica. Importante lembrar que toda vez que vamos avaliar o animal a gente tem que avaliar essas regiões de resposta demostrada na imagem acima, se tiver uma dessas áreas de resposta provavelmente aquele problema que ele está apresentando é secundário a uma dermatite atópica: região perilabial, orelha, interaxilar, interdigital, inguinal, periocular, região antipubital. Região interdigital não podemos olhar só dorsal não, temos que olhar a face plantar também. Características do prurido: crônico, perene (ao longo do ano), primário (primeiro animal coça e depois lesão aparece), intenso, responde a corticóide. Outros sinais clínicos: eritrema (importante principalmente naquelas regiões que TEMOS que saber), escoriações, infecções secundárias (animal fica mais propenso), alopecia ( de tanto animal se coçar), e com a cronicidade das lesões: hiperpigmentação, lignificação, hiperqueratose, e otites recorrentes (muito importante). Sinal clínico mais comum é lamber patinha. Prurido não lesional (animal primeiro coça muito e depois vem a lesão), pinas lesadas (pois é uma região de resposta), são mais importantes são os 6 primeiros (Início dos sinais clínicos antes dos 3 anos de idade; Cão habitante de interiores residenciais; Prurido responsivo a glicocorticóide; Prurido não-lesional; Extremidades de membros anteriores lesados e pinas lesadas. TRATAMENTO Controle: Começamos a fazer a recuperação dessa barreira cutânea deficiente. Temos que repor água e lipídeos (deficiencia primária); tratar com hidratantes, hemolientes para tentar cubrir e tapar esses buracos; banhos, ideal é que animal se seque sozinho, pois o secador resseca a pele que já é mais seca, por isso ideal é que banho seja feito na parte da manha. Entre os banhos a gente pode utilizar esse Allederm que é composto de ceramídeos, ácidos graxos e colesterol, justamente os que o animal tem deficiencia; fazer os Ômegas (Allerdog para cão e Megaderm para gatos) por via oral. Com a pele limpa, a gente vai fazer a exclusão dietética e é realizada pra realmente ver se a dermatatite atópica é de causa alérgica, ambientais ou pelo alimento, se for pelo alimento é muito fácil de controlar, porque é só ele comer o alimento hiporalergênico, como as rações. Pode utilizar uma dieta comercial como Royal Canin. E a dieta caseira podemos utilizar que é 3 partes de carboidrato para uma parte de proteína que são caras. Se animal melhorou uns 70% é uma resposta positiva ao tratamento, e ai temos que fazer um desafio, temos que reintroduzir a dieta anterior, e se ele piorar muito, então é porque o problema era realmente esse. Agora se voce mudou a dieta e voce viu que ele realmente tem uma dermatite atópica aos ácaros, então você vai ter que partir para tratamento medicamentoso e o controle é pro resto da vida do animal e que geralmente são bem caros e que também devem ser explicados ao proprietário. Pode usar o Apoquel (Oclacitinib), mas está acontecendo é muitos efeitos colaterais, porque é uma medicação relativamente nova. O proprietário não pode dar nenhum petisco, pois se não o MV nunca saberá se é pela ração ou pelo petisco; Ciclosporina (é um supressor, e temos visto é que os animais respondem melhor a ela). Corticóide (alguns animais vão ter que utilizar, porque não pode utilizar a ciclosporina que é bem cara, então tem que usar corticoide – pode ser predinisona); E – OTITE Tipos: otite externa (acomete os canais verticais e horizontais); a Otite média (com acometimento da bula timpânica e dos ossinhos que estão dentro dessa região) e otite interna (com acometimento do sistema vestibulo coclear). Tanto na média como na interna temos sinais neurológicos, sendo a média a mais comum. 1 - Otite externa Etiologia: temos os agentes primários que são os parasitas (sarnas, demodécicas, otodécicas principalmente em gatos), a gente pode ter as causas alérgicas que a principal é a dermatite atópica, imunomediadas, neoplasia geralmente em animais mais velhos e pólipos em gatos. Esses agentes primários vão causa primeiramente uma inflamação e essa inflamação vai causar uma disimbiose, porque na orelha temos as bactérias naturais da flora, principalmente Staphilococcus e Malasézia que são normais do local, então essa inflamação vai desbalancear tanto o meio que esses microorganismos começam a se multiplicar de forma exarcebada e então a gente tem a infecção que pode ser aguda ou cronica. Aguda: geralmente com menos de 3 meses aparecem os sinais clínicos, agora crônico é por mais de 3 meses, pode ser persistente(direto), ou recorrente (muito comum em animal com dermatite atópica), então de vez em quando animal vai ter otite. SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Exsudação pode ser ceruminosa (meio amarronzada, geralmente são ácaros, fungos, mas não é regra), purulenta (pensamos em infecção bacteriana), e pode ser sanguinolenta (úlceras), geralmente tem odor fétido, prurido, dor, otohematoma, crostas (geralmente são hemáticas), hiperplasia e esteose são sinais crônicos de otite, as vezes chega a tal ponto que a hiperplasia é tão acentuada que estenosa. Otite eczematosa: tem eritrema e algumas poucas escamações, na verdade nem parece otite. fazer otoscopia principalmente pra gente avaliar a integridade da membrana timpânica, principalmente nos casos crônicos, conseguimos ver grau de inflamação, se já está ocorrendo alguma hiperplasia, se tem parasita, se tem ulcera, se vemos na otoscopia que tem ruptura da membrana timpânica então tem otite média, agora tem um detalhe, a membrana timpanica se ela não sofrer um dano muita grande ela consegue se reestrutruturar em 21 dias; Cultura e antibiograma; Radiografia/ tomografia (em casos de otite média); Em alguns casos temos que fazer histopatologia para descartar neoplasias ou pólipos. Podemos encontrar na citologia, ácaros (mais comum Otodectes mas também podemos encontrar demoticose), células inflamatórias e eritrocitos (as vezes em casos de úlceras) são sempre anormais, principalmente neutrófilos. Agora cocos, malacéssia a gente pode encontrar em mínimas quantidades que são normais. É muito característo quando tem otite. Classificamos as otites em leves, moderadas e acentuadas, é bem subjetivo. Acidificantes (acidificam o meio e tornando o meio mais dificil para proliferação dos agentes). Depois que fazemos a limpeza é que entramos com o tratamento, e enquanto isso dá tempo de sair o resultado da cultura. O tratamento fazermos duas vezes ao dia: antifungicos, antibióticos e antipólipos, e muitas vezes a otite é por fungo (só malasézia), e ai nesses casos podemos mandar manipular o miconazol, agora quando tiver o fungo ou a bactéria passa o produto veterinário comercial. Geralmente nas otites agudas passa ou a gentamicina ou neomicina que varia de 21-30 dias. Nas crônicas geralmente usa ou tobramicina ou quinolonas e nesse caso é por tempo mais pronlogado de 45-60 dias. Limpeza: duas aplicações com intervalos de 7dias para tratar otite aguda só e é feito em consultório e pelo Veterinário, é uma bisnaguinha dessa por ouvido; Passar analgésico (tramadol, dipirona ou mesmo os dois porque doi muito); Corticoide (em casos cronicos de forma geral, predinisolona é perferivel e duas vezes por dia, para diminuir dor e inflamação, não só prurido).
Compartilhar