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DERMATOLOGIA 
Funções da pele: proteção (agentes químicos, físicos e biológicos. Protege contra perca de eletrólitos); produção (vitamina D), flexibilidade (conferi muitos movimentos); 
temorregulação (devido as glândulas sebáceas); reservatório (de agua, nutrientes, CHO e lipídeos); imunorregulação (pois mantêm seu próprio sistema imune conseguindo 
combater infecções e neoplasias); pigmentação (tem melanina que protege contra raios UV); secreção; identificação (identificação pelo plano nasal no caso de bovinos) e 
percepção (órgão do sentido). 
Estrutura: epiderme (mais importante para a dermatologia composta de camada córnea, lúcida, espinhosa e basal. Crescimento: basal córnea e dura 21 dias. Caso tenha 
um aceleramento do crescimento: epidermopoiese e pode ocorrer descamação que pode ser por um problema genético – seborreia primaria – ou por um processo 
inflamatório. Camada córnea protege a pele e tem muita queratina); derme (tem os vasos, nervo, folículo piloso, glândulas sudoríparas e sebáceas); hipoderme que 
também é chamada de tecido subcutâneo (onde temos o tecido adiposo para a deposição de gorduras e lipídeos). Importância: na epiderme não temos vasos sanguíneos e 
caso tenha alguma lesão superficial não teremos sangramento e esse quando presente é sinal de uma lesão profunda. 
Na pele teremos muitos queratinócitos que produzem a queratina; os melanócitos que produzem a melanina e as células de Langerhans que são apresentadoras de 
antígenos que protegem a pele contra os microrganismos. 
A - BACTERIANAS A.1 - Piodermites da superfície – bactérias ficam na superfície da epiderme. 
PIODERMITES 
A lesão bacteriana é chamada de piodermite ou foliculite (sinônimo de inflamação superficial). 
Agente etiológico: Staphylococcus pseudintermedius que faz parte de forma natural da pele. Mais comuns em cães de forma primária (por algum microrganismo que 
estava ali e favoreceu a colonização dessas bactérias) e em gatos é mais comum a secundária (a alguma causa base como um trauma). Pode acontecer essa proliferação 
em endocrinopatias, imunossupressão, hipersensibilidade, doenças autoimunes e trauma/ferida. 
 
 PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
1. DERMATITE 
ÚMIDA AGUDA 
É uma lesão exsudativa 
superaguda. Aparece da noite para 
o dia e é causada por 
politraumatismo e animal fica se 
lambendo e coçando. É 
autoinduzida por caráter 
pruriginoso ou doloroso e que 
pode ser causado por pulgas, mas 
pode ter outras causas. O animal 
lambe, mastiga, arranha ou 
fricciona e isso é bem mais comum 
em cães. 
Bem exsudativo (com pelos 
aglutinados); presença de 
crostas ressecadas 
(inicialmente tem exsudação e 
depois resseca); lesões 
eritematosas (avermelhada), 
com prurido e dor 
Clinico (histórico + sinais clínicos) e 
Citologia (imprint) – para ver quais 
bactérias estão para fazer a 
antibioticoterapia – vemos os 
Staphylococcus e se tem um trauma 
e esse já se exacerbou(tem 
bastantes neutrófilos nas lesões). Se 
tiver crostas, retira essa crosta e faz 
imprint do material embaixo. 
 
Identificar e tratar a causa base; 
tricotomia e limpeza da região com um 
xampú antisséptico (clorexidine 1% - BID 
é um xampu; Pomada Mupirocina no 2º 
dia (limpeza controla a oxidação) ou 
rifocina (é o antibiótico Rifamicina) BID; 
Prednisona: 0,5mg/kg SID 5 dias por 
conta do prurido. Passar até a lesão 
melhorar o aspecto. 
 
 
INTERTRIGO Lesão que dá entre as dobras e 
temos que diferenciar do impetigo. 
Dermatite das dobras cutâneas 
(sinônimo). Falar: Dermatite das 
dobras cutâneas Facial do Buldog; 
Labial: Cocker; Vulvar: vulva infantil 
Eritema e odor fétido; 
seborreia (princip. oleosa  
maior produção de gordura); 
Prurido variável (lambe) – 
principalmente a região vulvar 
 
Clinico (vê a dermatite entre as 
dobras); Citologia (durex) - não é tão 
exsudativa quanto a aguda e pode 
ser feito imprint com durex (sem 
fixadores do panótico). 
 
Antisseptico (Peroxido de benzoila 2,5% 
ou clorexide 2% no início vai ser mais 
frequente e depois de controlada a lesão 
se torna menos frequente); Lavar e secar 
(para não estimular a proliferação de 
microrganismo) SID 5-7 dias; 
(castração); Caudal: Pug e 
Corporal: Shar Pei 
 
 Corticoterapia oral (se necessário quando 
coça muito); Manutenção (Soluções 
otológicas ou uso lenços próprios para 
essa região); ou Excisão cirúrgica (é 
definitivo mas não é feito de rotina). Esse 
tratamento varia de animal para animal. 
 
2. IMPETIGO Chamada de dermatite pustular 
subcorneal e as bactérias ficam um 
pouco abaixo da camada córnea. 
Nela veremos as pústulas e nesse 
caso ocorre somente em regiões 
glabras (sem pelo) em região 
inguinal, axilar e ventral. Ocorre 
em cães jovens (acontece muito 
em cães que estão desnutridos; 
com parasitismo, má nutrição, más 
condições de higiene, infecção viral 
como a cinomose por exemplo e 
essas condições diminuem a 
imunidade do animal). Pode 
acontecer também em animais 
saudáveis o que é bem menos 
comum. 
Temos as pápulas (lesões 
avermelhadas elevadas), e ai 
temos as pústulas (com 
secreção); a secreção que está 
ali dentro se transforma em 
uma crosta melicéricas e 
depois essa se rompe e temos 
o colarinho epidérmico e tem 
prurido variável (animal pode 
ou não coçar) 
 
 
Clinico (filhote, está com lesões 
pustulares e em região que não tem 
pelo); Essas lesões (pápulas, 
pústulas, crostas melicéricas e 
colarinho epidérmico) indicam 
infecção bacteriana e é importante 
fazer a citologia para fazer 
diferencial para doença auto-imune. 
Se tiver pústula  romper com 
agulha de insulina e faz um imprint 
com a lâmina e se tiver seco fazemos 
com o durex, colocamos na lâmina e 
avaliamos. Se tiver pápula temos 
que pedir um retorno para reavaliar. 
 
Banhos (somente no local afetado com 
clorexidine 2% SID 7-10 dias, tem que 
deixar agir por 10 min e depois 
enxaguar). 
 
 
A.2 - Piodermite Bacteriana Superficial: conhecida como foliculite bacteriana superficial. As bactérias adentram mais na epiderme e não ficam restritas somente a camada 
córnea. Ocorre em regiões com pelo e esse é o diferencial para impetigo. 
Sinais clínicos: Papulas -> pústulas -> crostas melicéricas -> colarinhos epidérmicos (podem ter infecção bacteriana secundária); Escamas (bactéria na epiderme  inflama e 
acentua o processo de epidermopoiese e aí acontece a descamação); eritema; Alopecia “roido de traça” e prurido variável 
A.3 - Piodermite profunda - além de adentrar na epiderme, elas alcançam a derme. As bactérias adentram pela epiderme (que chamamos de celulite) ou adentram pelo 
folículo piloso, que vai inflamar e este rompe, e as bactérias entram dentro da derme e ficam como um corpo estranho e é chamado de furunculose (é como se fosse um 
abscesso somente na pele que não chega a atingir a musculatura). 
Sinais clínicos: alopecia (bactérias ficam dentro do folículo, este inflama, dilata e o pelo cai); crostas principalmente hemáticas; ulceras (lesão profunda e tem essa 
exposição da derme); formação e vesículas violáceas (com conteúdo sanguinolento que esta ali a muito tempo). Traços fistulosos que podem ser serosanguinolentos e as 
vezes até mesmo purulento. Geralmente o animal tem prurido e dor (porque tem inervação). Acometimento sistêmico como a linfoadenomegalia, febre, anorexia, apatia. 
Pode ter absorção sistêmica dessas bactérias e drenagem linfática. 
Diagnóstico da piodermite superficial e profunda: Clinico na superficial vemos as lesões características (pápulas, pústulas, crostas e colarinho) de região pilosa, mas se for 
em região glabra é impetigo. Na profunda vemos a derme com característica de sangue mostrando uma lesão mais profunda com os traços fistulosos; Citologia (importante 
como diferencial de doença auto imune. Geralmente vemos coccus ou bacilos que indicam uma infecçãomais grave e no caso de coccus pode passar uma medicação mais 
empírica pois eles já se encontram no organismo ); Histopatologia (geralmente não faz); Cultura e antibiograma (se tiver bacilo ou bastonete, faz com swab estéril, passa na 
lesão, coloca no meio de cultura e manda para o laboratório). 
Tratamento: identificar e tratar causa base; De superfície (só faz o antibiótico tópico) e as superficiais e profunda (faz a antibioticoterapia sistêmica e o mais utilizado é a 
cefalexina nessa dose de 30mg/kg BID VO; podemos fazer amoxilina com clavulanato com dose de 22 mg/kg BID VO; e ainda temos a opção de Cefovecina (Convenia®): 
8mg/kg SC q. 15 dia – esse medicamento é bem caro). 
Sempre associados com banhos terapêuticos a cada 4 dias (e estende o banho 1 semana após melhora): Na superficial usa o Clorexidine 2-4% (Cloresten®/ Hexadene® 
tem a tecnologia que pode ser usado a cada 7 dias, mas não é para acreditar nisso); e na profunda: Peróxido de benzoíla que consegue alcançar as camadas mais profundas 
da pele e a clorexidine não tem essa ação. 
Se for uma piodermite superficial faz antibiótico sistêmico por 15 dias e faz o retorno, se tem melhora estende os banhos e antibiótico oral por 1 semana. Caso não tenha 
melhora (pode ser porque o animal engordou ou por resistência) e aí temos que reavaliar a terapia e fazer cultura e antibiograma. 
Na profunda faz quatro semanas no mínimo de antibiótico oral associado ao banho e depois de um mês, se teve melhora estende o banho e antibiótico por 2 semanas, e se 
não houve melhora faz cultura e antibiograma. 
Obs: Corticoide por 5 dias não precisa de desmame, tem gente que faz 10 dias mas 5 dias já é o suficiente. 
B – FÚNGICAS 
1. Superficiais: malasseziose, dermatofitose, candidíase 
2. Subcutaneas: esporotricose 
3. Profundas: criptococose, histoplasmose 
Dentro da veterinária a mais comum é malasseziose e dermatofitose. 
 PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO 
MALASSEZIOSE Agente etiológico: Malassezia 
pachydermatis (levedura). Mais comum 
em cães principalmente nas raças 
Basset Round, Cocker spaniel 
Americano, Dachshunds, Pastor 
Alemão, West Highland White, Setter 
Inglês. Mais comum de ser localizada do 
que generalizada e lembrar sempre que 
a malassezia é um habitante natural da 
flora cutânea. 
 
O cão pode adquirir uma sensibilidade 
as malassezias que não é comum de 
acontecer ou alguma coisa está 
favorecendo a sua proliferação, o mais 
comum é a dermatite atópica, seborreia 
Animal geralmente coça bastante, tem 
odor desagradável. A alopecia, 
escoriações, eritema, seborreia 
principalmente a oleosa. Com o avançar 
da cronificação da lesão teremos o 
aparecimento de sinais como a 
liquenificação (evidenciação de células e 
ficam bem delimitadas), 
hiperpigmentação e hiperqueratose 
(expessamento da pele). 
 
Citologia já fecha o diagnóstico. 
Identificar e corrigir a causa subsequente; banhos (clorexidine + 
miconazole essa associação potencializa o efeito do miconazol 
que é o antifúngico, faz a cada 2 dias e 2x semanas e depois 
espaça mais e faz ele a cada 4 dias duas vezes por semana); 
secar o animal; pelo mais baixo; Se animal está em estado muito 
grave ( usa o medicamento oral: é o itraconazol 2 dias 
consecutivos (3x) 
oleosa e algumas endocrinopatias 
(hiperadrenocorticismo entre outras) 
em gatos muito relacionado com FIV, 
neoplasia quando acontece tem que 
buscar a causa base, em gatos está 
muito relacionado com acne. Temos 
que buscar a causa base e tratar ela pois 
não se trata de um agente primário. Em 
gatos muito relacionado também a 
imunossupressão. 
 
Locais de se encontrar a Malassezia: 
região perioral, interdigital, axilar, 
orelha, inguinal; perianal 
 
DERMATOFITOSE Agente etiológico: Microsporum canis/ 
M. gypseum e também pelo 
Trichophyton mentagrophytes. 
Acomete principalmente filhote, 
animais de vida livre, aqueles que vivem 
em abrigo, caça (tem muito contato 
com a terra e esse microrganismos 
ficam na terra). 
Predisposição de animais persa e 
yorkshire e outras podem ser 
portadores assintomáticos. Zoonose 
mas como foi comentado relacionado 
com imunossupressão. Adquirem por 
contato direto que é a principal forma 
ou fômites (coleiras, vasilhas de agua e 
comida) e é favorecida essa doença se 
esses animais tem um microtrauma na 
pele 
 
Gato com lesão na cabeça a 1ª lesão que 
se pensa é dermatofitose (diagnóstico 
diferencial – esporitrocose); Áreas de 
alopecia com escamação; Pelos 
quebradiços, fácil epilação; Eritema, 
pápulas, pústulas, crostas – isso tudo 
como infecção bacteriana secundária; 
Alteração unhas (onicomicose – unha fica 
mais escura) e apresentação mais comum 
em cães que são os nódulos (kérions); 
Prurido variável – animal coça pela 
infeção bacteriana secundária. 
 
Lâmpada de Wood (não fecha o diagnóstico mas mostra muito onde 
você vai fazer a coleta da amostra. Se a lâmpada floresceu pode entrar 
com tratamento tópico); Exame direto do pelo – observa as 
microconídeas dentro ou fora do pelo; Cultura (meios de diagnostico 
(Dermatobac®, Vetcheck® e hoje em dia o que está sendo preconizado 
é escovar o animal com escova de dente, pode arrancar com dedo ou 
pinça ou lamina de bisturi, pode pegar a escova e passar na borda da 
lesão, pega cerdas da escova e coloca no meio. De 3-5 dias tem que 
mudar de cor segundo as normas do consenso mas em trabalhos 
anteriores falava em 2-14 dias e esses 14 dias são importantes pois 
você já consegue identificar); Histopatologia (kérion). 
TRATAMENTO: 
Sempre fazer o tratamento tópico e sistêmico; 
 Banhos (miconazol 2,5% + clorexidine 2% durante 4 dias); Itraconazol 
(10 mg/kg SID VO 30 dias e para evitar efeitos hepáticos faz semanas 
alternadas, semana sim, semana não, o animal tem que ter até 2 
culturas quinzenais negativas para ter cultura parasitológica, se for 
animal de abrigo pode fazer até 3 culturas quinzenais. Importante 
fazer avaliação hepática antes e a cada 15 dias. 
Itraconazol só pode em filhotes acima de 3 meses de idade e animais 
que tem antes de 3 meses de idade pode fazer a Griseofulvina); 
Tratar contactantes (o ideal é fazer cultura de todo mundo e os que 
não tiverem lesão de pele é indicado o tratamento somente tópico e 
os positivos tratamento tópico e sistêmico. Se não tiver como fazer 
cultura de todo mundo tem que tratar todo mundo tópico e 
sistêmico); 
C - PARASITÁRIAS 
DEMODICIOSE 
Agente etiológico: Demodex canis (cães), D. cati e D. gatoi (gatos). Em gatos é raro, em cães é bastante comum. O parasito no caso do cão, Demodex canis, é parasita 
comum da pele e em gatos sabe-se que o D. gatoi passa de um animal para o outro e ele não é um habitante natural da pele. O D.cati não passa de um gato para o outro. 
Os filhotinhos tem o primeiro contato quando passam pelo canal do parto ou quando estão amamentando. Mas se não tiver contato na fase ainda de filhote ele vai 
adquirir normalmente depois de adulto; Imunossupressão (endócrinas, estresse, FIV/FeLV); Pode ser localizada ou generalizada – a forma generalizada é mais comum de 
se ver. 
Predisposição racial: Bull terrier, Sharpei; American Staffordshire; Buldogue Inglês; West Highland White terrier; Weimaraner; Shih Tzu 
Surto juvenil em animais com menos de dois anos de idade. Esse pode ser espontâneo simplesmente porque o animal tem essa predisposição. 
Surto adulto em animais a partir de 4 anos de idade, sempre secundário e em animal que já tem genética e algum fator principalmente doença vai desencadear. 
Locais: Acomete a porção distal de membros principalmente torácicos, cabeça e na região dorsal. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Alopecia, descamação 
(demodex fica em folículo 
piloso causando inflamação); 
Pápulas/pústulas (infecção 
bacteriana secundária); 
Hiperceratose (a pele começa a 
se espessar para a proteção e 
fazcom que o demodex não 
penetre o organismo); 
Comedões, Cilindros foliculares; 
Edema, eritrema, exudação. 
Parasitológico (raspado cutâneo 
profundo. O parasita estará na 
derme e não somente restrito a 
epiderme) Alguns lugares é 
difícil de raspar e pode usar o 
durex e tem literatura que 
comprova isso mas temos que 
apertar por uns 30 segundos e 
com isso estimula a sair. Se viu 
um já é diagnóstico. 
Identificar e tratar a causa base; No caso da localizada (pode usar o tratamento tópico em que se usa 
o peroxido de benzoíla 2,5%). 
 
No caso da generalizada (além dos banhos com peróxido de benzoíla a cada 4 dias vai ser utilizado os 
antiparasitários que podem ser Ivermectina ou Moxidectina ou Doramectina. 
Faz o tratamento com banho e medicação oral até atingir pelo menos 3 raspados negativos com 
intervalo de 30 dias ou seja, pelo menos 3 meses de tratamento o animal vai fazer, e se o animal não 
for castrado, recomendar castração porque é uma doença genética. 
 
Filhotes com menos de 3 meses não pode utilizar ivermectina (avermectinas de forma geral) e o 
advocate tem indicação a cada 15 dias, mas ele tem um período que pode começar a usar. E nesse 
caso vai fazendo somente tópico ate chegar na medicação via oral. Hoje em dia tem preconizado 
muito o Nexgard, Bravecto e Simparica. 
 
2 - ESCABIOSE - É UM TIPO DE SARNA, SARNA SARCÓPTICA. 
Sarcoptes scabiei (cães) e Notoedres cati (gatos), acomete principalmente animais jovens, e esse ácaro tem a características de causar escavações superficiais na pele, 
causam muito prurido (primariamente) 
Ambientes com alta densidade populacional, animais de abrigo, é muito contagiosa. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Nos cães cotovelo, jarrete, abdominal ventral e pina, é 
importante para fazer o raspado de pele. Nos gatos 
principalmente em região de cabeça e pode também 
com o avançar da lesão na região dos membros 
torácicos e região perianal. Alopecia, crostas, 
hiperceratose; edema, e o hábito de coçar. Em gatos é 
muito característico o espessamento, na região toda 
de cabeça, perianal, ao longo do dorso. 
Baseado no histórico, anamenese, 
exames clínicos, e terapêutico; reflexo 
ortopodal (geralmente responde com 
esse sinal de que quer coçar a orelha); 
raspado superficial. No cão é muito 
dificil e no gato é bem mais fácil 
encontrar o ácaro, e gato 
principalmente em região de cabeça. 
Ivermectina aqui nesse caso funciona muito bem; banhos com peróxido de benzoila 
por 4 dias, corticoide com predinisona para controlar o prurido e aqui temos que tratar 
todo mundo, pois transmite muito facilmente de um animal para outro. Se tiver 
piodermite secundária a gente tem que tratar também com antibiótico via oral; tratar 
ambiente e recomendamos então o amitraz; E a vermifugação com essas três 
medicações acima a direita: Nexgard (mensal), Bravecto (a cada 3 meses) e Simparica 
(ela não sabe). 
 
3 - OTOACARÍASE - TIPO DE SARNA QUE VAI ACOMETER PRINCIPALMENTE OS GATOS. 
Agente etiológico: Ortodex cinotis, podem acontecer em cães, mas menos comum, é considerada uma zoonose, mas raramente observamos em humanos; em gatos 
adultos eles podem desenvolver a doença de forma assintomática. 
Locais: acomete principalmente em região de orelha. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Causa um exudato escuro, com prurido 
intenso, e de tanto gato coçar pode causar 
otohematoma, mas de acordo com a 
cronificação, pode migrar ao longo do corpo 
e vão se manifestar principalmente por 
pápulas, crostas e regiões de muito prurido. 
Vemos o ácaro a olho nu, então colhemos 
com a luva um pouco dessa secreção 
presente e conseguimos ver o ácaro, que 
são pontinhos brancos andando, em 
superficie mais escura é mais facil de ver. 
Fazer tratamento sistêmico, porque mesmo que o gato não tenha lesão ao 
longo do corpo, ele pode migrar; Fazer ou a ivermectina oral ou selamectina 
com duas aplicações com intervalos de 15 dias, 
D – HIPERSENSIBILIDADES 
1 -DERMATITE ACRAL POR LAMBEDURA - muito comum em cães principalmente raças grandes e animais mais idosos, esses animais geralmente tem artrite, artrose, que 
leva a um certo estresse também. 
Causa: Estresse ambiental é a principal causa, mas tambem pode ter uma hipersensibilidade, algum trauma, ou infecciosa, corpo estranho, demodicose, hipotireoidismo, 
neuropatia, osteopatia, artrite. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Granulomatosa, alopécica, firme, elevada e 
espessada, além de se apresentar como 
uma placa ou nódulo, ulcerada, com fibrose, 
hiperpigmentação e pode ocorrer infecção 
bacteriana secundária. 
Fazer também uma histopatologia, para 
descartamos a chance de ser uma neoplasia e 
dependendo se tem infecção bacteriana secundária 
e entrou com antibiótico não está resolvendo, temos 
que fazer uma cultura e antibiograma 
Ansiolítico, antidepressivos. Tentar melhorar o ambiente do animal. 
Prednisona tambem é importante, e geralmente para controlar 
prurido indicamos por 5 dias, mas como nesse casos geralmente 
está ligado a questões emocionais, geramente indicamos por mais 
tempo. 
2 -DASP 
Agente etiológico: a pulga principalmente a Ctenocephalides felis felis que vai causar os sinais clinicos nos cães, mas comum tanto em cão como gato, é uma sensibilidade a 
saliva- proteina da pulga, tem um envolvimento sazonal, principalmente nos meses mais quentes e outono, período de maior proliferação das pulgas. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Prurido, eritrema. Esses sinais são muito comuns na região lombossacra e caudodorsal e pode ocorrer na região 
caudomedial da coxa, abdome e flanco. Lembrar que se tiver hiperpigmentação, liqueinificação indica lesões 
crônicas. Escoriações, pois o gato se coça e aí temos que nos atentar que o gato não se coça com a pata, se coça 
lambendo. Pode ter alopecia, crostas, e gato tem outra característica: gato quando coça ele tende a morder e tirar 
os pelos juntos. 
2.1 - Úlcera eosinofílica - também chamada de úlcera indolente e fica localizada no lábio superior próximo ao 
canino, pode ser uni ou bilateral e com o anvançar da lesão ela pode coalecer, se juntar e pode virar uma lesão 
única. Na histogia: estará cheio de eosinófilos e em gatos vamos pensar principalmente em pulgas. 
2.2 - Placa eosinofílica - que vai ocorrer principalmente em região abdominal, de membro pelvico, inguinal, são 
pontos específicos e muito características. 
2.3 - Granuloma eosinofílico: que pode ser mentoniano que é no lábio inferior, oral que é muito comum na região 
que chamamos de arco do palato grosso, região da articulação e 
2.4 - Dermatite miliar: outro padrão, alguns autores trazem como dermatite eosinofilica e outros não, mas o 
eosinófilo que aparece na lesão mesmo, esta pode ocorrer em qualquer ponto do corpo do animal, e ocorre na 
forma de pápulas crostosas, e o gato coça bastante e podemos encontrar em região de têmpora. 
Basicamente clínico, histórico do 
animal, se tem histórico de pulga, a 
dermatite lombar principalmente nos 
cães é um sinal bastante específico, 
mas acontece nos gatos também, mas 
nos gatos acontecem mais mesmo 
essas dermatite eosinofílicas em 
pontos específicos. 
 
Feito no controle de. Pode usar o 
Capstar; em contrapartida o Program 
(começa seu efeito somente depois de 
48 horas). Então o que fazemos é a 
associação entre os dois, e o Program a 
cada 30 dias; Uso da coleira ( como uma 
forma preventiva); controlar o prurido 
(principalmente predinisona oral); 
banhos com xampus hipoalergenicos 
que são hidratantes também. Não tem 
cura, nem controle, não deve-se parar o 
controle das pulgas. O controle é feito 
com amitraz. 
3 – DERMATITE ATÓPICA – DERMATOPATIA MAIS IMPORTANTE 
Muito comum em animais criados dentro de apartamento, humanizados. O animal tem uma pele sensível, ele pode manifestar piodermite, dermatoticose, mais propensoa desenvolver fungos, sarnas e otites. É uma doença cutânea, inflamatória, pruriginosa, crônica com base genética, mais comum em cães, incomum em gatos. 
Etiopatogenia: fatores intrísecos (que são próprios dos animais, da pele dele, animais que tem alteração na cadeia epidermica, tem uma camada lipidica menor que outros 
animais. É importante saber isso porque parte do tratamento é repor essa barreira lipídica) e associado então a aos fatores extrínsecos (a essa barreira deficiente então vai 
ser mais fácil desses agentes irritantes químicos e físicos agredirem mais facilmente essa pele, e essa pele fica com buracos, e facilita a entrada de agentes. Ou seja o 
intríseco vai facilitar a entrada do extrínseco) 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO 
Prurido é o principal, diferencial para escabiose, porém na escabiose tem os pontos 
específicos, mas temos que ver se por trás ele não tem uma dermatite atópica. Importante 
lembrar que toda vez que vamos avaliar o animal a gente tem que avaliar essas regiões de 
resposta demostrada na imagem acima, se tiver uma dessas áreas de resposta provavelmente 
aquele problema que ele está apresentando é secundário a uma dermatite atópica: região 
perilabial, orelha, interaxilar, interdigital, inguinal, periocular, região antipubital. Região 
interdigital não podemos olhar só dorsal não, temos que olhar a face plantar também. 
Características do prurido: crônico, perene (ao longo do ano), primário (primeiro animal coça e 
depois lesão aparece), intenso, responde a corticóide. 
Outros sinais clínicos: eritrema (importante principalmente naquelas regiões que TEMOS que 
saber), escoriações, infecções secundárias (animal fica mais propenso), alopecia ( de tanto 
animal se coçar), e com a cronicidade das lesões: hiperpigmentação, lignificação, 
hiperqueratose, e otites recorrentes (muito importante). Sinal clínico mais comum é lamber 
patinha. 
 
Prurido não lesional (animal primeiro coça muito e depois vem a lesão), 
pinas lesadas (pois é uma região de resposta), são mais importantes são 
os 6 primeiros (Início dos sinais clínicos antes dos 3 anos de idade; Cão 
habitante de interiores residenciais; Prurido responsivo a glicocorticóide; 
Prurido não-lesional; Extremidades de membros anteriores lesados e 
pinas lesadas. 
TRATAMENTO 
Controle: Começamos a fazer a recuperação dessa barreira cutânea deficiente. Temos que repor água e lipídeos (deficiencia primária); tratar com hidratantes, hemolientes 
para tentar cubrir e tapar esses buracos; banhos, ideal é que animal se seque sozinho, pois o secador resseca a pele que já é mais seca, por isso ideal é que banho seja 
feito na parte da manha. Entre os banhos a gente pode utilizar esse Allederm que é composto de ceramídeos, ácidos graxos e colesterol, justamente os que o animal tem 
deficiencia; fazer os Ômegas (Allerdog para cão e Megaderm para gatos) por via oral. 
Com a pele limpa, a gente vai fazer a exclusão dietética e é realizada pra realmente ver se a dermatatite atópica é de causa alérgica, ambientais ou pelo alimento, se for 
pelo alimento é muito fácil de controlar, porque é só ele comer o alimento hiporalergênico, como as rações. Pode utilizar uma dieta comercial como Royal Canin. 
E a dieta caseira podemos utilizar que é 3 partes de carboidrato para uma parte de proteína que são caras. 
Se animal melhorou uns 70% é uma resposta positiva ao tratamento, e ai temos que fazer um desafio, temos que reintroduzir a dieta anterior, e se ele piorar muito, então 
é porque o problema era realmente esse. 
Agora se voce mudou a dieta e voce viu que ele realmente tem uma dermatite atópica aos ácaros, então você vai ter que partir para tratamento medicamentoso e o 
controle é pro resto da vida do animal e que geralmente são bem caros e que também devem ser explicados ao proprietário. 
Pode usar o Apoquel (Oclacitinib), mas está acontecendo é muitos efeitos colaterais, porque é uma medicação relativamente nova. O proprietário não pode dar nenhum 
petisco, pois se não o MV nunca saberá se é pela ração ou pelo petisco; Ciclosporina (é um supressor, e temos visto é que os animais respondem melhor a ela). Corticóide 
(alguns animais vão ter que utilizar, porque não pode utilizar a ciclosporina que é bem cara, então tem que usar corticoide – pode ser predinisona); 
E – OTITE 
Tipos: otite externa (acomete os canais verticais e horizontais); a Otite média (com acometimento da bula timpânica e dos ossinhos que estão dentro dessa região) e otite 
interna (com acometimento do sistema vestibulo coclear). Tanto na média como na interna temos sinais neurológicos, sendo a média a mais comum. 
1 - Otite externa 
Etiologia: temos os agentes primários que são os parasitas (sarnas, demodécicas, otodécicas principalmente em gatos), a gente pode ter as causas alérgicas que a principal 
é a dermatite atópica, imunomediadas, neoplasia geralmente em animais mais velhos e pólipos em gatos. 
Esses agentes primários vão causa primeiramente uma inflamação e essa inflamação vai causar uma disimbiose, porque na orelha temos as bactérias naturais da flora, 
principalmente Staphilococcus e Malasézia que são normais do local, então essa inflamação vai desbalancear tanto o meio que esses microorganismos começam a se 
multiplicar de forma exarcebada e então a gente tem a infecção que pode ser aguda ou cronica. Aguda: geralmente com menos de 3 meses aparecem os sinais clínicos, 
agora crônico é por mais de 3 meses, pode ser persistente(direto), ou recorrente (muito comum em animal com dermatite atópica), então de vez em quando animal vai ter 
otite. 
SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Exsudação pode ser ceruminosa (meio 
amarronzada, geralmente são ácaros, 
fungos, mas não é regra), purulenta 
(pensamos em infecção bacteriana), e 
pode ser sanguinolenta (úlceras), 
geralmente tem odor fétido, prurido, 
dor, otohematoma, crostas (geralmente 
são hemáticas), hiperplasia e esteose 
são sinais crônicos de otite, as vezes 
chega a tal ponto que a hiperplasia é tão 
acentuada que estenosa. Otite 
eczematosa: tem eritrema e algumas 
poucas escamações, na verdade nem 
parece otite. 
fazer otoscopia principalmente pra gente avaliar a 
integridade da membrana timpânica, principalmente 
nos casos crônicos, conseguimos ver grau de inflamação, 
se já está ocorrendo alguma hiperplasia, se tem 
parasita, se tem ulcera, se vemos na otoscopia que tem 
ruptura da membrana timpânica então tem otite média, 
agora tem um detalhe, a membrana timpanica se ela 
não sofrer um dano muita grande ela consegue se 
reestrutruturar em 21 dias; Cultura e antibiograma; 
Radiografia/ tomografia (em casos de otite média); Em 
alguns casos temos que fazer histopatologia para 
descartar neoplasias ou pólipos. 
Podemos encontrar na citologia, ácaros (mais comum 
Otodectes mas também podemos encontrar 
demoticose), células inflamatórias e eritrocitos (as vezes 
em casos de úlceras) são sempre anormais, 
principalmente neutrófilos. Agora cocos, malacéssia a 
gente pode encontrar em mínimas quantidades que são 
normais. É muito característo quando tem otite. 
Classificamos as otites em leves, moderadas e 
acentuadas, é bem subjetivo. 
 
Acidificantes (acidificam o meio e tornando o meio mais dificil para 
proliferação dos agentes). Depois que fazemos a limpeza é que 
entramos com o tratamento, e enquanto isso dá tempo de sair o 
resultado da cultura. 
O tratamento fazermos duas vezes ao dia: antifungicos, antibióticos 
e antipólipos, e muitas vezes a otite é por fungo (só malasézia), e ai 
nesses casos podemos mandar manipular o miconazol, agora 
quando tiver o fungo ou a bactéria passa o produto veterinário 
comercial. Geralmente nas otites agudas passa ou a gentamicina ou 
neomicina que varia de 21-30 dias. 
Nas crônicas geralmente usa ou tobramicina ou quinolonas e nesse 
caso é por tempo mais pronlogado de 45-60 dias. 
Limpeza: duas aplicações com intervalos de 7dias para tratar otite 
aguda só e é feito em consultório e pelo Veterinário, é uma 
bisnaguinha dessa por ouvido; Passar analgésico (tramadol, dipirona 
ou mesmo os dois porque doi muito); Corticoide (em casos cronicos 
de forma geral, predinisolona é perferivel e duas vezes por dia, para 
diminuir dor e inflamação, não só prurido).

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