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FUND DO DIREIT TRABALHO E PREVID 2017.1

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FUNDAMENTOS DO DIREITO DO TRABALHO E PREVIDENCIARIO
Remuneração
A remuneração é composta pela somatória de todas as verbas provenientes da prestação do serviço pagas ao empregado pelo empregador.
Além do salário contratual, o trabalhador também tem garantido adicionais de acordo com as situações legais em que se encontre, como horas extras, gorjetas, gratificações e outros.
Salário mínimo
Instituído pela Lei nº 185, de janeiro de 1936, e o Decreto-Lei nº 399, de abril de 1938, estabeleceram o salário-mínimo no Brasil.
Qual a diferença entre salário e remuneração?
Salário
É o valor devido e pago pelos serviços prestados diretamente pelo empregador ao empregado. De acordo com a forma de contratação do empregado, o salário pode ser pago mensal, quinzenal, semanal ou diariamente.
Remuneração
É composta pela soma do salário com todos os acréscimos e adicionais devidos ao empregado pagos pelo empregador.
Verbas trabalhistas
Quando nos referimos às verbas trabalhistas, temos que fazer uma interface com uma das caraterísticas fundamentais do contrato de trabalho que é a Onerosidade. Ou seja, a necessidade legal e jurídica de haver o pagamento pelos serviços contratados.
Conceito das principais verbas trabalhistas
Salário
Valor fixo contratual e pago efetivamente em dia, hora ou mês, dependendo da forma de contratação.
Adicionais
Os adicionais previstos no ordenamento jurídico integram o salário para fins de remuneração, o cálculo das férias, 13º salário, horas extras e adicional noturno.
Conforme a previsão jurídica, os adicionais possuem incidências tributárias de contribuição previdenciária: INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e FGTS (art. 457, §1º, da CLT)
Hora extra
Todo trabalho realizado fora da jornada horária normal do empregado é considerado extraordinário e, consequentemente, deve ser remunerado como hora extra. O adicional de hora extra, conforme o art.7º, inciso XVI, da CF/88, é de no mínimo 50% sobre o valor da hora normal
Adicional Noturno
Todo trabalho realizado pelo empregado no período entre 22h e 5h é considerado trabalho noturno, e, devido à insalubridade do horário, é garantido ao empregado um adicional de 20% sobre o valor da hora diurna, conforme art. 71 da CLT
Adicional de insalubridade
As atividades realizadas em locais e condições que exponha o empregado a agentes que possam causar danos a sua saúde são consideradas pela legislação insalubres. Segundo o art.192 da CLT, os percentuais de acréscimo referente ao adicional de insalubridade devem ser pagos conforme o grau de risco da atividade, sendo de 10% (mínima), 20% (média) e 40% (máxima) sobre o valor do salário-mínimo
Adicional de periculosidade
As atividades que podem causar danos físicos ao empregado, devido à exposição de agentes condutores de energia e combustão ao contato com substâncias inflamáveis ou explosivas são consideradas perigosas. Por isso, há o adicional de periculosidade, conforme o art. 193 da CLT. O percentual de acréscimo é 30% sobre o salário nominal.
Abonos
São todos os valores pagos a título de prover necessidade de serviço. Se pagos de forma habitual, irão integrar o salário para efeitos de cálculo de férias, 13º salário e fins rescisórios.
Gratificações
É comum os empregadores adotarem as gratificações em suas políticas de remuneração para incentivar os empregados na produtividade ou para atingir metas
Salário-utilidade
Quando o empregador concede ao empregado benefícios como alimentação, fardamentos, transporte, plano de saúde e outros, de forma individual e mediante condições de permuta de algum serviço, serão classificados como salário-utilidade.
Porém, se ofertado a todos os empregados sem vínculo aos serviços prestados e o empregador fizer um desconto autorizado pelo empregado do valor da utilidade, deixa de se caracterizar como remuneração.
Gorjetas
É comum, em atividades de restaurantes e hotéis, os clientes darem gorjetas aos empregados. Elas são entregues ao empregador que ficam com a responsabilidade de repassar aos empregados. Não é considerado adicional, consequentemente não integra o salário nominal, 13º salário ou férias.
Salário nominal
Representa o volume de dinheiro fixado no contrato individual pelo cargo
Salário Real
Representa a quantidade de bens que o empregado pode adquirir com o volume de dinheiro que recebe (poder aquisitivo)
Tipos de Salário
Atividade Proposta
Atividade 1:
O pagamento do salário não deve ser estipulado por período superior a 1 mês, salvo no que concerne:
aos adicionais noturnos.
a comissões e gratificações.
aos adicionais de insalubridade.
à ajuda de custo não superior a 50% dos salários.
ao salário-utilidade.
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Atividade 2:
O empregado que exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, mensalmente, tem direito a uma remuneração adicional de:
dez por cento.
vinte por cento.
trinta por cento.
quarenta por cento.
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Atividade 3:
Não tem natureza salarial:
a participação nos lucros.
a ajuda de custo que exceda a 50% da remuneração.
a gorjeta espontânea dada pelo cliente.
as diárias de viagem, quando representarem mais de 50% da remuneração.
a gratificação de função.
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Fundo de garantia do tempo de serviço
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi instituído pela Lei nº 5.107, em 13 de setembro de 1966, e devidamente regulamentado pelo Decreto Lei nº 59.820, de 20 de dezembro de 1966, com o objetivo de assegurar ao empregado uma reserva financeira composta por depósitos mensais feitos pelo empregador, para que, em situações de demissões sem justa causa, o trabalhador pudesse ter como pagar suas obrigações e se manter por um período, enquanto encontra um novo emprego.
Quando posso sacar o meu FGTS?
Contribuinte e beneficiários
O contribuinte do FGTS é o empregador caracterizado como pessoa física ou jurídica, que tem a obrigatoriedade de efetuar os depósitos mensais em contas individuais em nome dos empregados sob sua direção e devida contratação.
Faz jus aos depósitos do FGTS os trabalhadores celetistas, ou seja, regidos pela CLT, empregado temporário e empregado doméstico, formando o grupo de beneficiários do FGTS. Porém, há também a possibilidade das empresas darem um tratamento a seus diretores não empregados como beneficiários do FGTS.
O empregador tem a obrigação de comunicar mensalmente aos seus empregados os valores dos referidos depósitos e a base de cálculo que deu origem à parcela do depósito efetuado, a título de conferência e acompanhamento por parte do empregado.
Depósitos
Os depósitos mensais são realizados em contas individuais e vinculadas em nome do trabalhador.
Caso seja o primeiro emprego do trabalhador ou ele ainda não esteja inscrito no sistema do FGTS, caberá ao empregador realizar o cadastro na Caixa Econômica Federal.
O depósito obrigatoriamente deve ser efetuado na conta. Sob nenhuma hipótese é permitido o pagamento diretamente ao trabalhador.
O valor do depósito é 8% sobre a base de cálculo do FGTS. A base de cálculo é o somatório de todas as verbas que possuem incidência do FGTS.
Para os contratos de aprendiz, o valor da alíquota a ser aplicada é de 2%.
prazo
Os depósitos do FGTS devem ser 
realizados até o dia 7 de cada mês, referentes ao mês anterior.
Hipóteses para sacar o saldo do FGTS
1. Demissão sem justa causa;
2. Término do contrato por prazo determinado;
3. Rescisão do contrato por extinção da empresa, supressão de parte de suas atividades, fechamento de estabelecimentos, falecimento do empregador individual ou decretação de nulidade do contrato de trabalho;
4. Rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;
5. Aposentadoria;
6. Necessidade pessoal, urgente e grave, decorrente de desastre natural causado por chuvas ou inundações que tenham atingido a área de residência do trabalhador,
quando a situação de emergência ou o estado de calamidade pública for assim reconhecido, por meio de portaria do Governo Federal;
7. Suspensão do trabalho avulso;
8. Falecimento do trabalhador;
9. Idade igual ou superior a 70 anos;
10. Portador de HIV - SIDA/AIDS (trabalhador ou dependente);
11. Neoplasia maligna (trabalhador ou dependente);
12. Estágio terminal em decorrência de doença grave (trabalhador ou dependente);
13. Permanência do trabalhador titular da conta vinculada por três anos ininterruptos fora do regime do FGTS, com afastamento a partir de 14/07/1990;
14. Permanência da conta vinculada por três anos ininterruptos sem crédito de depósitos, cujo afastamento do trabalhador tenha ocorrido até 13/07/1990, inclusive;
15. Aquisição de casa própria, liquidação ou amortização de dívida ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional.
JAM – Juros de atualização monetária
Os juros de atualização monetária são os rendimentos do saldo da conta de FGTS do trabalhador que é depositado mensalmente pela CEF a fim de repor as perdas com a inflação do período.
O objetivo da JAM é garantir o poder aquisitivo da reserva financeira para o trabalhador.
A atualização da JAM no FGTS é mensal e o trabalhador tem como conferir essas informações no extrato da conta do FGTS, pois aparece separadamente dos depósitos efetuados pelo empregador.
Indenização e prescrição
Por ocasião da dispensa do empregado sem justa causa, até mesmo na rescisão indireta, é devida a indenização de 40% sobre o total de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
Os prazos de prescrição e decadência transcorrem do caráter jurídico do FGTS e 5 anos para cobrança do FGTS não recolhido pela empresa.
Aviso-prévio
É a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por prazo indeterminado por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo sem um justo motivo, devendo observar a antecedência obrigatória por força de lei.
O aviso-prévio encontra sua fundamentação legal no art. 487, CLT, art. 7, inc. XXI, CF, e na Lei nº 12.506/11.
O aviso-prévio tem um período mínimo de 30 dias, sendo que esse tempo poderá ser acrescido em 3 dias para cada ano de serviço prestado pelo empregado ao empregador, até o limite de 60 dias de acréscimo, ou seja, 90 dias de aviso-prévio no total.
AVISO PREVIO POR INICIATINA DO EMPREGADOR PARA O EMPREGADO
Se o aviso-prévio for iniciativa do empregador para o empregado, o empregador tem a prerrogativa de escolher se vai ser trabalhado ou indenizado. Se trabalhado, o empregado escolhe redução de 2 horas ou não trabalha 7 dias corridos (art. 488 CLT).
AVISO-PRÉVIO POR INICIATIVA DO EMPREGADOPARA O EMPREGADOR
No caso em que a iniciativa parte do empregado para o empregador, o empregado pode escolher a forma como irá pagar o aviso-prévio ao empregador, se vai ser trabalhado ou descontado. Nesse período, trabalha-se normalmente, não há redução de carga-horária. Caso opte pelo desconto, o valor será relativo a 30 dias da rescisão do empregado. 
AVISO PRÉVIO ANTECIPADO DE 30 DIAS DA DATA DE DEMISSÃO.
O aviso-prévio antecipado de 30 dias, da data da demissão, pode ser:Indenizado: Há a indenização sem obrigatoriedade de trabalho durante os 30 dias, com os devidos valores pagos sem nenhum desconto efetuado;Trabalhado: Os 30 dias trabalhados são lançados como saldo de salário e o empregado continua exercendo suas funções durante esse prazo. É permitido faltar 7 dias corridos, sem prejuízo do salário, ou a jornada diária pode ser reduzida em 2 horas;Especial: Constituído em norma e exclusivamente aplicado à categoria específica.Para saber mais sobre o aviso-prévio proporcional, clique aqui.
Atividade Proposta
Atividade 5:
O aviso-prévio tem um período mínimo de 30 dias, sendo que esse tempo poderá ser acrescido de alguns dias relativos a cada ano de trabalho prestado pelo empregado ao empregador. Quantos dias são somados relativos a cada ano?
3 dias
6 dias
9 dias
2 dias
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Atividade 6:
O aviso-prévio tem um período mínimo de 30 dias, sendo que esse tempo poderá ser acrescido em 3 dias para cada ano de serviço prestado pelo empregado ao empregador, até o limite de 60 dias de acréscimo. Então, o período máximo para o aviso-prévio é de?
60 dias
30 dias
20 dias
90 dias
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