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RESUMO UNIDADE III COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

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FUNÇÃO DA LINGUAGEM APLICADAS À COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL.
Comunicar‑se bem tem sido a busca do homem ao longo da história, e, se sob alguns aspectos a inovação tecnológica ajuda bastante, por exemplo, o aparecimento e a disseminação dos meios digitais, que popularizou e colocou a informação ao alcance da maioria das pessoas, por outros, afastou ainda mais as pessoas umas das outras, e a proximidade é um dos elementos importantes que facilitam a comunicação.
Como foi visto no processo de comunicação, o receptor precisa entender o que o emissor quer dizer, para dar a resposta esperada, o feedback. Conforme o objetivo que se tem com a comunicação, a linguagem desempenha uma função, seja informar, seja persuadir, e sempre para fazer‑se compreender melhor pelo receptor. Assim como ao falarmos temos que nos adequar ao ambiente, quando escrevemos, isso também deve prevalecer.
Vejamos quais são essas funções:
Referencial;
Emotiva;
Conotativa;
Fática;
Poética;
Metalinguística;
Os elementos do processo de comunicação ligam-se diretamente às funções da linguagem, conforme vai sendo colocada em destaque. Veja a relação entre os elementos do processo de comunicação e as funções da linguagem: 
Expressiva- emissor;
Referencial- contexto
Fática- meio;
Apelativa – receptor;
Poética - mensagem;
Metalinguística- código;
5.1 Função emotiva ou expressiva.
Na função emotiva, o emissor fica em destaque, e seu objetivo é transmitir suas emoções e seus anseios. A linguagem e a mensagem são subjetivas, por isso prevalece a primeira pessoa do singular, as interjeições, as exclamações, interrogações e reticências, que marcam a subjetividade da mensagem e reforçam a entonação emotiva. A preocupação é com o emitente da mensagem. Essa função aparece nas narrativas de teor dramático ou romântico, memórias, biografias, poesias líricas, bilhetes e cartas de amor. Atualmente, é a linguagem dos blogs e de tantas ferramentas das redes sociais na internet, como o Twitter, Orkut, Facebook etc. Geralmente, a personagem principal narra sua história em primeira pessoa, e, no texto, sentimentos e pensamentos se misturam (NADÓLSKIS, 2009).
Exemplos:
Poema de sete faces Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode. (ANDRADE, 1930.)
5.2 Função Metalinguística
Essa função refere‑se à metalinguagem, ou seja, quando um emissor explica um código usando o próprio código. Entre os elementos de comunicação, fica em destaque o código. É o uso da linguagem para explicar ela própria. Por exemplo, filmes que falam de cinema, livros que tratam de livros, poemas que se referem à poética.
Exemplo:
Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as ideias para o papel, sinto-me realizada...
Na propaganda: "Você sabe o que é injeção eletrônica? É um processo de..." ( o texto explica o que é e mostra as vantagens do carro "y" , que é equipado com esse dispositivo.
5.3 Função fática 
O objetivo da função fática é estabelecer contato com o emissor, para averiguar se a mensagem está sendo transmitida. O canal fica em evidência, e a ideia é prolongar ou não o contato, além de testar se houve compreensão. Em um diálogo, essa função é expressa quando o outro diz: “está entendendo”. Linguagem das falas telefônicas e vinhetas de rádio e seus programas.
5.4 Função conotativa ou apelativa
Na função conativa, a linguagem da propaganda por excelência, o emissor se dirige diretamente ao receptor, por isso nela há muitos pronomes, você e tu, nome das pessoas, vocativos e imperativos. A ideia é convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem, por isso os verbos costumam estar no imperativo – Compre! Faça! Ligue agora! –, ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa – Você não pode perder!, Ele vai melhorar o desempenho do seu carro. Esse tipo de texto é muito comum nos discursos políticos e em sermões.
5.5 Função poética
Na função poética, o destaque fica para a mensagem, que é valorizada pelos recursos estilísticos, jogos de sons, grafismos, trocadilhos, disposição das palavras no papel, figuras de linguagem etc. O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos por meio das palavras, da sonoridade e do ritmo, além da combinação diferenciada dos signos linguísticos. Aparece na linguagem figurada de obras literárias (prosa e verso), letras de música, algumas propagandas, fala das crianças.
Exemplos:
Negócio/ego/ócio/cio/O
Na poesia citada, Epitáfio para um banqueiro, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
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Chegou o milagre azul para lavar! Lave na espuma de Omo e tenha a roupa mais limpa do mundo! Onde Omo cai, a sujeira sai! (propaganda Omo 1957)
Poema 
Poema em linha reta 
[...] Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda [...] (PESSOA, 1972.)
5.6 Função referencial ou denotativa 
Na função referencial, não há a intenção de persuadir o leitor, apenas se transmite a informação. O referente ou contexto é que fica em evidência. Os textos geralmente comunicam de modo bem objetivo, sem adjetivações e sempre prevalece a terceira pessoa do singular ou do plural, pois transmite impessoalidade. Não há possibilidade de outra interpretação além da que está exposta, por isso é chamada denotativa. 
Na função referencial, não há a intenção de persuadir o leitor, apenas se transmite a informação. O referente ou contexto é que fica em evidência. Os textos geralmente comunicam de modo bem objetivo, sem adjetivações e sempre prevalece a terceira pessoa do singular ou do plural, pois transmite impessoalidade. Não há possibilidade de outra interpretação além da que está exposta, por isso é chamada denotativa. 
Exemplo:
Prezado senhor, Informamos que seu pedido nº 327 já foi encaminhado para a transportadora e deve chegar no prazo combinado, em dois dias úteis, a partir desta data.
Caros funcionários, As férias coletivas deste ano se iniciarão em 23 de dezembro e prosseguirão até 2 de janeiro do próximo ano. No dia 3, impreterivelmente, todos regressam ao trabalho. Depto. Pessoal
6 Comunicação Escrita 
Escrever bem hoje é como falar bem em público. Há a necessidade de desenvolver essa habilidade, pois é uma exigência do mercado de trabalho. Não serve só para isso, mas também para sua vida pessoal. A comunicação escrita se desenvolve em vários níveis dentro de uma empresa, e seus principais objetivos giram em torno de:
Obter e fornecer informação;
Promover uma ação específica;
Promover, manter ou encerrar relacionamentos comerciais;
E tantas outras possibilidades. O que é importante saber para escrever um bom texto empresarial? Primeiro, é preciso conhecer e dominar fatores que atrapalham a compreensão do texto, como as regras gramaticais, evitando erros de pontuação, de ortografia etc. Deve‑se também escrever com a maior clareza possível evitando palavras rebuscadas, frases obscuras ou que tenham duplo sentido.
Segundo Blikstein (1997), é preciso também agradar o leitor, “empregando expressões elegantes e fugindo de um estilo muito seco”. Para o autor, para que a comunicação escrita seja eficaz, é necessário haver: 
• clareza e objetividade para que a mensagem tenha uma resposta; • precisão para que o outro compreenda o que se está pensando; • persuasão para obter a colaboração e a resposta esperada. Blikstein ainda aponta fatores que dificultam a comunicação escrita, por exemplo: • interferência física: dificuldade visual, má grafia das palavras, cansaço, falta de iluminação etc.; • interferência cultural: palavras ou frases
complicadas ou ambíguas, diferenças de nível social; • interferência psicológica: mensagens que contenham agressividade, aspereza, antipatia etc
O autor diz que na comunicação escrita o emissor, do processo de comunicação, passa a chamar‑se remetente e o receptor, destinatário. A mensagem será compreendida quando:
• o remetente transformar suas ideias em mensagem, associando‑as a estímulos físicos (letras) ou significantes, formando signos; • o remetente enviar a mensagem, constituída de signos ao destinatário; • o destinatário receber os signos, captando os significantes e entendendo os significados ou ideias a eles associados.
Quando o destinatário entender o significado, estará apto para produzir a resposta. 
Antes de escrever, é importante parar um pouco para pensar a respeito do assunto. Deve‑se pensar em qual será seu objetivo, o que você objetiva com seu texto. Pretende fazer alguém comprar seu produto, persuadi‑lo? Quer fazer uma cotação de preços? Desculpar‑se de algum acontecimento que causou prejuízo a alguém? Simplesmente responder a um questionamento de cliente? Ou apenas agradecer pela parceria? Outro fator em que precisa pensar antes de escrever é sobre seu destinatário, para quem está mandando a mensagem, quais são as características dele. O destinatário também define a escolha do veículo que deverá ser utilizado. Para agilizar o processo, é importante munir‑se de informações sobre o assunto, relatórios, e‑mails trocados, documentos pertinentes, tudo que possa ajudar e facilitar o processo, além de evitar repetições desnecessárias sobre o mesmo tema.
Segundo Machado (2003, p. 6), “a comunicação organizacional escrita ainda é praticada com inúmeras deficiências, tanto operacionais quanto de qualidade”. O autor lista as principais delas: • excesso de detalhes; • períodos longos demais; • uso de jargões que não pertencem ao ambiente profissional – mas que se acredita serem símbolos de intelectualidade e de conhecimento superior; • falta de lógica; • combinação do que é importante com o que não tem importância; • falta de cuidado na revisão; • gentilezas desnecessárias; • tratamento inadequado; • palavras impróprias para significar o que o comunicador deseja; • afirmações sem suporte de informação pertinente; • informações imprecisas, malformuladas ou não expressas em medidas que permitam avaliar seu significado real; • redundâncias em excesso; • uso excessivo de modismos.
Para uma comunicação escrita eficaz, existem oito princípios propostos pelo autor (idem): 1. Neutralidade – não se deve tomar partido, é cuidadosa com opiniões e não tolera preconceitos nem preferências de quem se comunica. 2. Impessoalidade – não é feita de pessoa para pessoa, e sim de função para função, e a responsabilidade é da função, e não do ocupante. 3. Ação e resultado – motiva a ação do leitor e busca sempre um resultado. 4. Utilidade e benefício – usa apenas informações úteis e precisas, com indicação do benefício ao leitor. 5. Eficácia – a clareza é mais importante para o resultado desejado. 6. Precisão – palavras precisas, exatas, para representar o que deseja comunicar. 7. Foco – simplifica os temas complexos e jamais complica os temas simples e óbvios. 8. Sensatez e pertinência – ideias e informações pertinentes e relevantes, além de sensatas.
6.1 Veículos de redação administrativa 
Para cada necessidade, objetivo ou situação, há um veículo de comunicação adequado. As redações administrativas mais comuns, segundo Pimenta (2006, p. 152‑154), são: 
6.1.1 Carta comercial e de apresentação
Correspondência utilizada para: informar aprovação em concurso; tratar de assuntos gerais com variadas instituições; solicitar ou agradecer colaboração; justificar atos ou atitudes; homenagear, censurar, advertir, entre outros. As cartas de apresentações podem ter vários motivos também, como apresentar produtos, pessoas, empresas etc. Componentes: cabeçalho, data, destinatário, assunto, vocativo, contexto, fecho, nome, cargo e assinatura (do emitente) e anexo (opcional).
Modelo de carta comercial
Papel timbrado 
Para (destinatário / empresa) Atenção a (pessoa ou departamento) Assunto (do que se trata esta comunicação) 
Prezados senhores, Somos uma empresa de representações e temos em nosso quadro apenas profissionais altamente capacitados na área de informática e desenvolvimento de softwares, motivo pelo qual manifestamos nosso interesse em representá‑los, com exclusividade, na cidade de (informar). Caso haja interesse por parte de sua empresa, colocamo‑nos à disposição para novos contatos, em que possamos detalhar nossa proposta. Agradecemos antecipadamente a atenção. Atenciosamente, (assinatura) Sua empresa Seu nome–seu cargo
6.1.2 Circular 
Correspondência produzida em várias vias, tratando de interesse amplo e dirigida a multidestinatários. Cada via deve ser assinada ou autenticada, para ter um caráter original. Seu conteúdo, em geral, é composto por orientações e recomendações.
6.1.3 Memorando 
Correspondência interna para comunicações breves e menos solenes : avisos, consultas entre outros.
Componentes : cabeçalho, número de ordem, data, vocativo, assunto, contexto, fecho, nome, cargo e assinatura (do emitente).
6.1.4 Procuração 
Documento pelo qual uma pessoa confere poderes legais a outra, para tratar de negócios ou agir em seu nome.
6.1.5 Notificação 
Documento por meio do qual se informa o destinatário, pessoa física ou jurídica, sobre procedimentos a serem tomados pelo interessado, ou medidas que serão tomadas pelo remetente.
Componentes: cabeçalho, a expressão "Notificação", contexto, data, assinatura, nome e cargo do emitente.
6.1.6 Ata
Documento de registro do desenvolvimento de uma reunião, assembleia ou sessão. Deve ser escrita com clareza, resumidamente. Os numerais (datas, entre outros) devem ser grafados por extenso.
MODELO DE ATA 
Ata de reunião da Diretoria
(Razão Social)
CNPJ nº (informar)
Em (dia) de (mês) de (ano), na sede da empresa (razão social), inscrita no CNPJ sob o nº (informar) e com IE nº (informar), localizada à (informar endereço), foi realizada a Reunião da Diretoria, presidida pelo presidente (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG sob o nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço), que indicou como secretário o sr. (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG sob o nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço).
Da exposição inicial
A reunião teve início com a apresentação dos balanços financeiros da empresa e apresentação de metas para o próximo semestre, que importam necessariamente nas atividades produtivas e clientela.
Da proposta de atuação
Após a exposição do Presidente foram postas considerações acerca da proposta de abertura de uma nova filial no município de (xxx), cujo o foco de vendas será voltado para (xxx), cujos estados preliminares mostram uma projeção de faturamento na ordem de (xxx) a um custo operacional de (xxx), conforme documento previamente apresentado aos diretores.
Na sequência, a referida proposta entrou em discussão, tendo o diretor (nome) tomado a palavra e discorrido acerca da necessidade de aquisição de novos equipamentos para a linha de produção, a fim de que a nova demanda possa ser suprida.
Deliberou‑se sobre o assunto e, após votação, foi aprovada a proposta de ampliação original, sendo que a aquisição de novos equipamentos de produção será viabilizada apenas após a abertura da filial conforme as necessidades que forem apontadas pelos relatórios mensais.
Por fim, a palavra foi concedida àqueles que dela quisessem fazer uso e, não existindo manifestações, o presidente encerrou esta reunião, que foi lavrada na presente ata, lido este instrumento, assinam.
(Local), (Dia) de (Mês) de (Ano)
(Nome e assinatura do Presidente)
(Nome e assinatura do Secretário)
(Nome
e assinatura de todos os Diretores presentes)
6.1.7 E-mail ou correio eletrônico 
É um recurso que possibilita a troca de mensagens e arquivos digitais de forma rápida e versátil por meio da internet. Um dos meios que têm substituído algumas formas tradicionais de comunicação, intensamente usado nas empresas. Neste item, o assunto do e‑mail é o que tem mais importância, pois determinará a abertura ou não do documento para leitura. Dada a facilidade de exclusão, é preciso pensar direito num bom título para os e‑mails profissionais.
6.1.8 Boletim 
Texto produzidopara informação interna ou externa. Em geral, é composto por resultados de pesquisas ou resumo de algum evento importante.
6.1.9 Manual
Texto didático, para ser utilizado por várias pessoas, que apresenta informações e orientações em linguagem técnica.
6.1.10 Jornais e revistas 
Devem seguir o mesmo formato, linguagem, e qualidade técnica dos jornais e revistas em circulação, tratando de assuntos de interesse interno ou externo à empresa.
6.2 Correspondência com orgãos oficiais
6.2.1 Ofício
Comunicação oficial expedida por autoridades da administração pública e dirigida a particulares. Componentes: número do expediente e sigla do órgão ou departamento que o expede, local e data, vocativo, contexto, fecho, assinatura, nome e cargo do emitente.
6.2.2 Edital 
Segundo a ABNT (apud NADÓLSKIS, 2009, p. 176), “edital é aviso, postura, citação etc., oficial, afixado em lugares públicos ou anunciado por meio da imprensa para o conhecimento dos interessados ou de determinada pessoa de paradeiro ignorado”.
Os editais empresariais mais frequentes são os de tomada de preços, escolha de empresas para realização de obras por órgãos do governo, assembleia geral, inscrição, pessoa não localizada. Nadólskis (ibidem) indica que “abaixo do nome da empresa ou órgão público, o edital tem, no início, número de ordem/ano. Finaliza‑se o edital com indicação de local, data, nome, qualificação funcional”.
6.2.3 Requerimento 
Documento que serve para fazer solicitações a uma autoridade; e é também chamado de petição. 
Componentes : vocativo, contexto, fecho, data, assinatura. 
(Livro com escrever melhor PUBLIFOLHA)
6.3 Relatório 
Documento que contém informações, fatos, estatísticas ou recomendações coletadas por uma pessoa ou grupo, com o objetivo de melhorar processos ou serviços. Descreve fatos, registra observações, pesquisas, investigações, fatos ou relata a execução de serviços ou experiências. Os relatórios podem ser de vários tipos: individual ou coletivo; simples ou complexo; parcial ou completo; periódico ou eventual.
Conforme a necessidade da empresa, é possível que tenham muitos tipos de relatórios. Por exemplo, as áreas de vendas e de atendimento ao cliente possuem diversas formas de relatórios, com vários tipos de informações diferentes. Geralmente, elas adaptam essas informações nos formatos de que precisam para a tomada de decisões. Outras variantes dos empresariais são ainda os relatórios de reunião e os relatórios de ocorrência, relatórios técnicos, administrativos, de estágio, de visita e outros que forem preciso para resolver problemas específicos.
No mundo acadêmico, existem ainda os relatórios científicos, apreciação sobre um tema, cursos realizados etc. Componentes: título, relator(es), introdução, referências, quem requisitou, objetivos, entre outros, período, procedimento para coleta de dados, corpo do relatório, informações propriamente ditas, conclusões, deliberações (quando for um relatório de reunião) e recomendações (se cabíveis).
Nos relatórios, é necessário sempre cuidar da organização, precisão, clareza, veracidade e boa apresentação das informações. Em geral, utilizam‑se gráficos, tabelas, diagramas e estatísticas.
Sugestão de esquema para relatórios :
Na capa 
Título do relatório;
Nome do relator;
Cidade;
Ano;
Na folha de rosto 
Título do relatório (ref..)
Para;
Elaborado por;
Assunto;
Local;
Data de elaboração;
Tipo de relatório (parcial, total, inicial, final);
Natureza (normal, confidencial, reservado, secreto);
Nas folhas seguintes 
Resumo ( O quê? Por quê? O que se fez ? Recomendações);
Introdução;
Objetivos ( o que se pretende);
Métodos ( entrevistas, questionários, observações, testes etc);
Meios (instrumentos);
Duração ( quanto tempo ?);
Pessoal envolvido ( quem?);
Desenvolvimento;
Fatos, constatações (exatos, objetivos, em sequência);
Avaliação crítica (motivos e consequências ou causas e efeitos);
Recomendações (medidas a serem tomadas);
Conclusões (resultados esperados);
Anexos;
Referências;
Local e data;
Assinatura, nome legível, identificação funcional;
6.4 Currículo 
Qualifica uma pessoa, por meio de sucintas informações a respeito de sua formação acadêmica e experiência profissional. A linguagem deve ser concisa, apresentando os dados de forma objetiva. Não deve haver valorização dos dados com o uso de adjetivos. Deixe essa valorização para quem lê o currículo.
Evite abreviar nomes de entidades, escolas, empresas ou órgãos públicos. A apresentação já indica o cuidado e a organização da pessoa que o apresenta, portanto capriche no visual:
Redija em terceira pessoa;
Não há necessidade de juntar comprovantes;
Elimine os itens nos uqias não tenha nada a declarar.
As partes essenciais
Objetivo – indique o cargo ou a função que pretende;
Dados pessoais de identificação;
Formação e experiência profissional ( indicar sempre data de início e término);
Procure na internet e assista aos vídeos do especialista em recursos humanos e negociação Max Gehringer. Comece por este: Emprego de A a Z: a temível entrevista de seleção.
As informações devem ser verdadeiras, mas a seleção deve contemplar o que é mais importante para valorizar o interessado de acordo com as necessidades dos destinatário.
Roteiro para elaborar o currículo:
identificação (nome, data de nascimento, estado civil, residência, telefone, e‑mail);
Objetivo;
formação (graduação, pós‑graduação, outros cursos, conhecimento de idiomas e informática);
experiência profissional (empresas em que trabalhou, períodos, o que fazia, resultados alcançados);
outras informações (trabalhos voluntários, outras formações não pertinentes ao cargo, assuntos interessantes sobre você). 
6.5 Resumo 
Fazer resumos é tarefa corrente na vida estudantil, e também na profissional. A capacidade de síntese é importante para bons textos.
A língua possibilita substituirmos afirmações, locuções, formas compostas, como “tinha sido” por “fora”, por exemplo, “na nossa língua vernácula” por “em português” etc., pois essas coisas tornam o texto mais longo. Isso tudo porque a busca é por maior clareza, expressividade e melhor compreensão do leitor. Esses pormenores, geralmente, nada acrescentam à essência do conteúdo, mas aumentam o texto.
Os resumos podem ser de quatro tipos:
Indicativo; resume apenas os pontos principais geralmente utilizados em prospectos e catálogos;
Informativo : ressalta, de modo conciso,finalidades, metodologia, resultados e conclusões. Evidencia ao leitor se ele deve ler o texto todo ou não;
Informativo/indicativo: combinação de ambos;
Crítico: faz análise interpretativa de um texto; é também denominado recensão ou resenha;
A ABNT recomenda os seguintes tamanhos para os resumos oficiais, em trabalhos acadêmicos: para notas e comunicações breves, até 100 palavras; para monografias e artigos, até 250 palavras; para relatórios e teses, até 500 palavras.
Comece pesquisando as palavras desconhecidas, veja se são necessários conhecimentos anteriores que você não tem e pesquise, até compreendê‑lo convenientemente. Para fazer um bom resumo, deve‑se compreender adequadamente o texto. Não há como fazê‑lo sem atender essa condição. 
Comece, então, buscando a ideia principal. O mote central que move o texto, que o levou ao resultado. A ideia principal do autor deve aparecer logo
no início do texto, e é imprescindível usar a terceira pessoa do singular, de preferência em frases afirmativas. Encontrada a ideia principal, deve‑se eliminar tudo o que não é essencial para a compreensão dela, como excesso de exemplos, afirmações repetidas do autor, dados que se desviem do tema central do texto.
Quando conseguir determinar o que realmente é importante, escreva o resumo com palavras que está mais acostumado a usar; faça o resumo após a leitura, para não ficar influenciado pelas palavras do autor. Use as suas palavras, com sua forma de escrever. Utilize frases curtas e linguagem clara e breve, na ordem direta. Revise seu texto, comparando‑o com o texto original. Se o trabalho referir‑se apenas a um trecho, faça o resumo parágrafo por parágrafo. Tire as ideias centrais de cada um deles, que devem estar no início ou no fim, mas também podem estar diluídas no texto. Para resumir textos maiores, capítulos ou livro inteiro, procure observar o plano do autor para escrever.
Dicas para fazer um bom resumo Resumo é a condensação do texto, sintetizado nas ideias centrais. Levantar o esquema e preparar as anotações de leitura. Use frases breves, objetivas, sempre acrescentando as referências bibliográficas e observações de caráter pessoal, se necessário. Ler e reler o texto. Procurar a ideia‑chave de cada parágrafo. Colocar em ordem e relacionar as ideias dos parágrafos. Escrever a síntese, formando frases com todas as ideias principais. Confrontar a síntese com o original para que nada de importante falte no resumo. Redigir com as próprias palavras.
6.5.1 Técnica de sublinhar 
A técnica de sublinhar ajuda bastante quem não tem prática em fazer resumos. Basicamente, trata‑se de marcar as frases mais importantes, a ideia central. Pode‑se até escrever uma palavra ao lado que determine o significado daquele parágrafo. Pode‑se usar canetas coloridas, uma cor para marcar a ideia central, outra para ideias secundárias e outra, ainda, para exemplos significativos, e assim por diante. Após sublinhar, parte‑se então para reescrever o texto, a partir das anotações. As recomendações anteriores também servem para a técnica de sublinhar. Deve‑se ler o texto e verificar se está em conformidade com o original. Escreva com suas palavras
6.5.2 Esquema ou quadro sinóptico
Para fazer um esquema, as dicas anteriores devem ser seguidas e a compreensão total do texto é imprescindível. Siga os seguintes passos:
Enumerar os elementos importantes;
Elencar as ideias centrais do texto;
Fazer representação gráfica do que leu;
Usar chaves e números, se preciso;
Ter uma compreensão das partes do texto, pois sem isso não é possível esquematizar;
Observar a fidelidade ao original;
Cuidar da estrutura lógica do trabalho;
Criar flexibilidade e funcionalidade ( para que rapidamente se tenha uma ideia do conteúdo);
Inflação e otimismo A inflação deve ficar em 5,6% este ano e aproximar‑se do centro da meta, 4,5%, só no fim de 2012, segundo o novo cenário básico do Banco Central (BC). Apesar disso, há um certo otimismo na edição de março do Relatório de Inflação, um amplo panorama econômico divulgado a cada três meses pela autoridade monetária. De acordo com as projeções do relatório, a política fiscal será executada com rigor e produzirá o superávit primário estipulado para o ano, de R$ 117,9 bilhões, cerca de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o crescimento econômico será suavemente reduzido para 4%, a demanda interna será acomodada e a economia global continuará em recuperação. O buraco nas contas externas aumentará mais lentamente que em 2010 e será facilmente financiado graças, principalmente, ao ingresso de investimentos diretos [...] (O ESTADO DE S.PAULO, 2011).
6.5.3 Resenha crítica 
Aqui entramos na parte geralmente mais difícil, do ponto de vista dos estudantes. Uma resenha não é um resumo. As resenhas partem de um material anterior, um texto, um filme, um livro, e o autor faz uma crítica pessoal a respeito, mas não escreve isso em primeira pessoa, o texto é sempre em terceira pessoa. Uma resenha, também chamada de resenha crítica, é uma síntese geral informativa e avaliativa que pressupõe crítica, opinião.
Nos textos acadêmicos, resenhas são artigos de divulgação científica em que se verifica uma ideia sobre o conteúdo de uma obra por meio de um resumo de seu conteúdo e, também, se exerce análise crítica, observando a expressão linguística, os métodos, os conceitos, os seus valores de acordo com os objetivos do texto resenhado. Para maior validade da análise crítica, apoia‑se, com citações bibliográficas, nas opiniões de outros estudiosos de reconhecida autoridade no assunto (NADÓLSKIS, 2009, p. 223).
A resenha tem a seguinte estrutura, segundo o autor, e pode ou não ser acompanhada de títulos em cada uma de suas partes:
• introdução com as referências bibliográficas e dados sobre o autor; • resumo do conteúdo; • análise com julgamentos de valores dos pontos mais importantes; em obras literárias, estuda‑se a construção das personagens, psicológica e socialmente. • apreciação da obra quanto ao seu valor científico ou estético em visão crítica objetiva, imparcial, sem digressões, que mais ressaltam as ideias do resenhista do que do resenhado; avalia‑se a importância da obra dentro da área de atuação; • conclusão que abranja o valor do conjunto da obra.
6.5.4. Fichamento 
Os fichamentos são necessários quando se está fazendo uma pesquisa mais ampla para não correr o risco de perder informações. Um fichamento deve ter minimamente as informações sobre o que trata o texto, sua ligação com sua pesquisa e as referências corretas para não se perder. Pode‑se também já encontrar citações importantes para deixar no fichamento, o que evita ter de voltar ao livro para buscá‑las.
Para Huhne (2000, p. 64 e 65) “fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só isso, é também uma forma de estudar/assimilar criticamente os melhores textos/temas de sua formação acadêmico‑profissional.
Segundo Huhne, um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 1. Indicação bibliográfica – mostrar a fonte da leitura (conforme normas da ABNT). 2. Resumo – sintetizar o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode‑se fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). 3. Citações – apresentar as transcrições significativas da obra. 4. Comentários – expressar a compreensão crítica do texto, baseando‑se ou não em outros autores e outras obras. 5. Ideação – colocar em destaque as novas ideias que surgiram durante a leitura reflexiva.
6.5.5 Referências 
Qualquer uma das possibilidades que se use para fazer fichamentos, em trabalhos que se esteja desenvolvendo, é sempre muito importante e imprescindível colocar as referências completas para facilitar a localização da informação. Trabalhos sem referências indicam que não foram feitos com o devido cuidado e que as informações não são passíveis de serem checadas.
Observe algumas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para referências, encontradas no manual de normalização: Monografia no todo (livro, manual enciclopédia, dicionário, tese, dissertação, trabalho acadêmico etc.)
6.6 Paragráfo 
Sempre deve‑se guardar uma distância da margem, marcada por um espaço em branco, chamado de branco paragráfico, um espaço de até dez toques. Algumas publicações não usam esse espaço em branco, usam o que é chamado de escrita em bloco. Também não existe um número determinado de linhas para caracterizar um parágrafo. Ele pode ir de algumas linhas a várias páginas, dependendo da particularidade de cada autor. O certo é que, se você não é um talento raro para a escrita, não se arrisque a escrever parágrafos muito longos. Em textos escritos, o menos vale
mais. Isso porque você pode se perder em suas ideias e não escrever um parágrafo compreensível. Quanto menos divisões das ideias, maior é a facilidade em errar ao escrever. Frases mais curtas facilitarão sua vida, certamente. E quando é que mudamos de parágrafo? Isso vai depender do que você planejou escrever. Planejar o texto é fundamental para escrever com qualidade. Em geral, novas ideias, novos parágrafos. Quando se pretende escrever sobre determinado assunto, é importante conhecê‑lo, pesquisá‑lo, estudar sobre ele. Assim, garantem‑se parágrafos interessantes, bem‑construídos e compreensíveis. Podemos dizer que cada nova ideia‑chave deve ser posta em um novo parágrafo.
6.6.1 Tópico frasal 
Agora vamos falar sobre o tópico frasal. Ele é a ideia central, a ideia‑chave de seu parágrafo. A partir dele, girará todo o seu parágrafo. Como vimos anteriormente, um parágrafo é uma ideia acompanhada de ideias secundárias ao assunto. O tópico frasal praticamente resume a ideia de seu parágrafo. Suponhamos que você faça um resumo do seu texto após escrevê‑lo. É bem possível que nesse resumo figurem apenas as ideias centrais dos parágrafos, os tópicos frasais. Segundo a maioria dos autores, o tópico frasal é a introdução do parágrafo, e ele deve ser seguido de desenvolvimento e conclusão. Veja, então, que um parágrafo precisa ser um minitexto completo. Deve ter início, meio e fim. Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Pode‑se começar um parágrafo também por uma declaração: “Pesquisas atuais indicam que mais de 80% das decisões de compra das famílias brasileiras são feitas por mulheres”. Depois disso, deve‑se tentar explicar os contrastes existentes nessa declaração, ou colocar ideias secundárias como exemplos, e concluir com argumentos.
Eficacia precisão 
Atividade do livro resposta 
E 
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