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Profa. Me. Juliana Lannes Reconhecer e praticar a coesão textual. O trabalho infantil faz parte da realidade do Brasil desde a época da escravidão, em que os filhos dos escravos já eram posse do senhor antes de nascer e por ele seriam explorados ainda na infância. A Lei Áurea foi assinada, mas a exploração infantil não foi abolida; está presente até os dias atuais. Essa perpetuação se dá na medida em que as disparidades sociais no Brasil permanecem, e o poder público se mostra ineficaz no combate aos problemas socioeconômicos do país, restando à sociedade e às famílias um papel passivo. É preciso, primeiramente, entender os motivos que mantêm tantas crianças e adolescentes sendo explorados. Nessa perspectiva, cabe constatar que a maioria desses jovens está inserida nessa condição para complementar a renda familiar, que é, em muitos casos, insuficiente para a alimentação de seus membros. Prova disso é que a região Nordeste, com os maiores índices de pobreza, é exatamente a que mais concentra esse crime contra a infância. Os detentores dos meios de produção se aproveitam dessa lógica, uma vez que lhes interessa uma mão-de-obra barata e disponível. Assim, garante-se o lucro de poucos pela subtração do lazer, do esporte e da escola de muitos. Eis a equação perversa do trabalho infantil. Nessa perspectiva, outra variável exerce seu papel negativo. Nas famílias marginalizadas, os pais, muitas vezes, incentivam os filhos a trabalharem ainda na juventude, não por necessidade direta, mas por medo de que eles ingressem na criminalidade. Esses pais reconhecem pertencer à parte excluída da sociedade e ter baixa probabilidade de inserção social. Sabem, também, que o mundo da violência e do tráfico é muito atrativo para os jovens, especialmente aqueles de classes desfavorecidas. Como todos os outros, esses jovens são têm desejos de consumo, mas a falta de recursos não lhes permite saciá-los. Nesse contexto, é compreensível que a família prefira o trabalho à delinquência. • Trata-se da unidade linguística do texto, realizada por recursos gramaticais, com dois objetivos: • * Evitar repetições → Intrafrasal • * Estabelecer nexos → Interfrasal → Interparagrafal • 2.1) Coesão Referencial / Remissiva • Estaduais, brasileiros, Libertadores e mundial: o Inter já ganhou tudo (ANÁFORA). • O Inter já ganhou tudo: estaduais, brasileiros, Libertadores e mundial (CATÁFORA). • - Pronomes, artigos, numerais, advérbios, elipses, zeugmas etc. • - Podem acompanhar ou substituir um nome • - Não acrescentam sentido • Afonso comeu mamão; Julia, uva. • Frederico estava com pressa. (ele) Não teve tempo de vestir a calça. • OBS: o uso de pronomes demonstrativos: • Falta de vergonha: esse é o problema (anáfora) • O problema é este: falta de vergonha (catáfora) • - Acrescentam sentido • - Trazem maior riqueza ao texto • Eleição: votação / pleito / escrutínio • - Laranja: fruta • - Futebol: Esporte • - Inveja: sentimento • - Problema: situação • - Democracia: sistema • - Miséria, fome, pobreza: problemas • - Reduzir a carga tributária, aprovar a reforma política, investir em educação. Muitas medidas podem melhorar a situação do país. • - Neoliberalismo: regime do Estado mínimo • - Países periféricos: nações que desempenham papel secundário no cenário internacional • - Tempo: o passar dos anos / o girar dos ponteiros do relógio • - Submeter-se: curvar-se • - Zico: galinho de Quintino • - Romário: Baixinho • - Roberto Carlos (cantor): rei • - Castro Alves: o poeta dos escravos • - Machado de Assis: o “bruxo do Cosme Velho” • - Gregório de Matos: boca do inferno • - Rio de Janeiro: cidade maravilhosa • - Cinema: sétima arte Esquema de frases • * Antecipação • * Retomada • • - Nível 1: nada • - Nível 2: uso simples de conectivos • - Nível 3: uso de conectivo + referência ao parágrafo anterior • - Nível 4: gancho semântico forte Tema: Diante de tantos problemas envolvendo adolescentes, o que os pais devem fazer para educar seus filhos? Nessa perspectiva, o ideal é que os pais consigam conciliar liberdade e limites. Ao permitir que o filho faça suas escolhas, cria-se a oportunidade para o desenvolvimento da capacidade de decidir e, com isso, de assumir responsabilidades. Ao mesmo tempo, quando decisões erradas são tomadas, os familiares devem ser os primeiros a evidenciar o erro, impondo limites. Com esse equilíbrio, os filhos tenderiam a amadurecer de maneira saudável. Tenderiam, mas essa hipótese só existe em tese. No cotidiano, o que se observa com frequência é que as famílias acabam precisando escolher entre o modelo autoritário e o libertário. Isso porque a alternância entre ambas as posturas, além de emocionalmente difícil, requer uma dedicação e um tempo de que a maioria das famílias não dispõe. 1- Identifique os ganchos semânticos: Tema: Diante de tantos problemas envolvendo adolescentes, o que os pais devem fazer para educar seus filhos? Nessa perspectiva, o ideal é que os pais consigam conciliar liberdade e limites. Ao permitir que o filho faça suas escolhas, cria-se a oportunidade para o desenvolvimento da capacidade de decidir e, com isso, de assumir responsabilidades. Ao mesmo tempo, quando decisões erradas são tomadas, os familiares devem ser os primeiros a evidenciar o erro, impondo limites. Com esse equilíbrio, os filhos tenderiam a amadurecer de maneira saudável. Tenderiam, mas essa hipótese só existe em tese. No cotidiano, o que se observa com frequência é que as famílias acabam precisando escolher entre o modelo autoritário e o libertário. Isso porque a alternância entre ambas as posturas, além de emocionalmente difícil, requer uma dedicação e um tempo de que a maioria das famílias não dispõe.
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