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A AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX

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AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX
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Revolução Cubana
1898 > Independência de Cuba com auxílio dos EUA.
1901 > A Emenda Platt.
Economia cubana atrelada aos EUA.
A ditadura em Cuba > Gerardo Machado (1901-1933) e Fulgêncio Batista (1934-1958).
26/07/1953 > Fidel e a tentativa de golpe fracassada (ataque ao quartel de Moncada).
1955 > Fidel funda o MR-26.
1956 > Fidel, Che e 80 homens invadem Cuba. 12 sobrevivem e se refugiam na Sierra Maestra.
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Guerrilheiros cubanos recebem apoio de alguns setores da sociedade.
1/01/1959 > as tropas do MR-26 tomam Havana.
Medidas emergenciais > Tribunal revolucionário, redução de aluguéis e de preços de remédios, controle de tarifas de telefone e energia, salário mínimo para cortadores de cana e reforma agrária.
Acordo comercial entre Cuba e URSS.
A oposição dos EUA > explosão de bomba no porto de Havana, embargo econômico do açúcar cubano e de produtos exportados a Cuba.
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16/04/1961 > Fidel declara que a revolução cubana era socialista. Kruschev apoia a revolução.
17/04/1961 > Invasão fracassada dos EUA na Baía dos Porcos feita por exilados cubanos.
14/10/1962 > A crise dos Mísseis cubanos. Acordo entre EUA (compromisso de não invadir Cuba ou apoiar qualquer movimento anticastrista) e URSS (compromisso de retirar os mísseis da ilha). 
Em 1964 Krutschev estabeleceu acordos comerciais com Cuba > compromisso de compra do açúcar cubano e de venda do petróleo.
Com exceção do México os demais países americanos apoiaram o embargo econômico norte-americano.
A exportação da Revolução, o equívoco de Che e sua morte em 1967 na Bolívia
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Revolução Mexicana
1877 a 1910 > Governo de Porfírio Díaz.> ditadura, concentração fundiária, extrema pobreza no campo.
1910 > oposição liberal de Francisco Madero ao Porfiriato (liberdades políticas mas não questões sociais).
Eleições fraudulentas > Madero é preso e Porfírio reeleito. Madero foi para os EUA e faz oposição.
Madero recebe o apoio de diversos líderes rurais, entre eles, Pancho Villa e Emiliano Zapata. 
01/10/1911 > Revolução liderada por Madero sai vitoriosa. Porfírio vai para o exílio. Madero é eleito presidente com 98% dos votos.
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A presidência de Madero não se preocupou com a reforma agrária nem com as injustiças sociais.
Zapata rompe com Madero ao mesmo tempo que as elites conservadoras conspiravam contra o governo.
O general Victorino Huerta determinou a prisão e a morte de Madero > o México voltava a ser uma ditadura, só que agora militar.
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Os três projetos políticos
Pancho Villa > defendia o projeto de colônias agrícolas-militares > o camponês trabalharia 3 dias em terras cedidas pelo Estado e nos outros 3 dias receberia instrução militar. Representava os interesses de uma ampla população campesina do norte do México que perdera suas terras.
Emiliano Zapata > representava os interesses da população de forte cultura indígena, acostumada em viver uma vida comunal do centro-sul do México. A formação de latifúndios transformou os camponeses em miseráveis. Zapata defendia a devolução de terras às comunidades pobres.
Venustiano Carranza > governador do estado de Coahuila defendia que somente o governo federal teria condições de realizar projetos sociais.
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1914 > a ditadura de Huerta não resiste aos ataques das tropas de Carranza e dos exércitos camponeses villistas e zapatistas. Carranza recebe o apoio de tropas dos EUA e assume o poder.
Villa e Zapatta não reconheceram o governo de Carranza > novos conflitos ocorreram. Villa e Zapata não tinham um projeto nacional, pois cada um se preocupava com sua respectiva região.
1915 > Carranza decretou a Lei agrária para o sul do país tomando para si a bandeira de Zapatta. Carranza ainda se aliou à Casa do Operário Mundial (maior central sindical do país). Com isso, conseguiu reunir grande contingente na luta contra as forças camponesas. Zapatta foi morto em emboscada em 1919 e Villa em 1923.
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O governo de Carranza convocou uma Assembleia Constituinte com o objetivo de institucionalizar a Revolução. A Constituição de 1917 estabeleceu leis sociais para os trabalhadores urbanos, reforma agrária, educação laica, nacionalização das terras e subsolo, encerrando o processo revolucionário.
A partir daí o México encontrou estabilidade política. A Revolução Mexicana foi consolidada pelo Partido Nacional Revolucionário, que dominou a vida política do país por quase todo o século XX.
Lázaro Cárdenas governou o país entre 1934 a 1940 estendeu a reforma agrária para todo o país e nacionalizou o setor petrolífero em 1938, até então dominado por empresas inglesas e norte-americanas.
O partido do governo passou a chamar-se Partido da Revolução Mexicana, transformado em 1948 no Partido Revolucionário Institucional (PRI).
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Nas últimas décadas o latifúndio voltou a dominar a estrutura agrária do país e houve intensa subordinação ao capital estrangeiro.
A dívida externa, e a grave inflação, fez com que o presidente Andres Salinas buscasse investimentos estrangeiros. Em 1994 o México se integrou ao NAFTA.
A resistência a essa política de abertura ao capital estrangeiro veio com o levante do Exército Zapatista de Libertação Nacional, tendo sua força concentrada no estado de Chiapas. O EZLN, através de seu líder o “comandante Marcos” proclamava a necessidade de “pão, saúde, educação, autonomia e paz”.
No final de 1994 a crise mexicana chega ao ápice > “Efeito Tequila” > Os EUA socorrem o México com um empréstimo de 52,8 bilhões de dólares > nos anos seguintes houve um reerguimento da economia mexicana, principalmente, com a transferência de montadoras norte-americanas para o México.
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Chile
Eleições de 1970 > vitória do socialista Salvador Allende, candidato da Unidade Popular > seu projeto era alcançar o socialismo por meios democráticos (“via chilena”).
Medidas adotadas: estatização do cobre (principal produto do país), do setor bancário e foi feita uma reforma agrária (35% das terras). > Resultados no primeiro ano de governo: crescimento da economia em 7%, recuo da inflação, diminuição do desemprego.
A direita conservadora se voltou contra o governo: conspiração para derrubar o governo através do terrorismo (Grupo “Pátria e Liberdade”); pecuaristas levaram seu gado para a Argentina; empresários chilenos suspenderam seus investimento no país e enviaram dólares para o exterior.
Os EUA tomaram medidas para desestabilizar o governo > suprimiu empréstimos, CIA financiou organizações direitistas para desestabilizar o governo (a greve dos caminhoneiros provocou desabastecimento no país).
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A esquerda radical se movimenta e promove invasões em fábricas e no campo. O próprio partido Unidade Popular acusava Allende de moderado e de não implantar imediatamente o socialismo.
No final de 1971 a situação era grave: inflação, declínio da agricultura, desabastecimento de mercadorias.
A classe média se coloca contra o governo > “Marchas das panelas vazias”. Os empresários, comerciantes e profissionais liberais faziam lock-out.
A situação econômica caótica, as radicalizações tanto da esquerda quanto da direita criaram um clima favorável ao golpe de estado, conduzido pelo então ministro da Guerra o general Pinochet.
Em 11 de setembro de 1973, o golpe foi levado a cabo. Allende resistiu e após o bombardeio ao Palácio La Moneda se suicidou. O general Pinochet assumiu a presidência impondo um regime ditatorial, considerado por muitos como o mais sangrento da América Latina. O governo de Pinochet abriu o mercado chileno ao capital estrangeiro
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A Nicarágua sandinista
1929-1933 – Augusto Cesar Sandino valeu-se da guerrilha para combater soldados americanos na Nicarágua. Após a saída das tropas americanas, em 1933, Sadino cessou a luta armada, mas foi assassinado no ano seguinte pelo chefe da Guarda Nacional, Anastácio Somoza.
1936-1956 – presidência de Somoza. Em 1956 Somoza morre mais a família continuano poder (um filho presidente e outro chefe da Guarda Nacional). A família Somoza controlava importantes empresas e latifúndios.
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 A oposição à família Somoza veio de estudantes universitários que fundaram em 1961 a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) > o projeto era derrubar a ditadura, instaurar um governo revolucionário, reforma agrária, nacionalização da economia. Apoio de padres e bispos adeptos da Teologia da Libertação.
Situação da Nicarágua > metade da população era analfabeta, metade das casas não tinha água encanada nem eletricidade. Em 1972 houve um grande terremoto e a ajuda financeira internacional foi desviada pela família Somoza.
1978 > assassinato do diretor do jornal oposicionista La Prensa serviu d estopim para a revolução.
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1979 > após intensos combates no dia 19 de julho os guerrilheiros da FSLN entraram em Manágua, enquanto que Somoza fugia para Miami.
O regime Sandinista > Estatização de todas as propriedades da família Somoza, dos bancos, casas luxuosas foram transformadas em escolas, a população foi alfabetizada em massa, os trabalhadores passaram a ter acesso a serviços de saúde e educação, as exportações de algodão, café e açúcar foram controladas pelo governo. Apesar das melhorias a situação econômica ainda era muito difícil, com metade da população sem emprego.
1984 > primeira eleição após a revolução. É eleito Daniel Ortega candidato da FSLN. Oposição dos empresários que paralisaram suas atividades e enviaram dólares para Miami.
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A oposição dos EUA > financiamento dos “contras” (oficiais da Guarda Nacional que estavam refugiados em Honduras) que praticavam atentados e sabotagens; suspendeu empréstimos e praticou o embargo econômico.
1987 > O governo sandinista recua e estabelece acordos com os “contras”, reintegrando-os à sociedade nicaraguense. Abandonou também a orientação anticapitalista apostando no neoliberalismo. O governo acabou com o salário mínimo, cortou os subsídios aos agricultores e privatizou parte do sistema de saúde.
1990 > Novas eleições: Ortega da FSLN concorreu a reeleição mas perdeu para o candidato Chamorro. Era o fim melancólico da revolução sandinista.

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