REFORMA RELIGIOSA

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Reforma Religiosa
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 “Os padres são dos homens os mais cúpidos do mundo. Eles rivalizam um e outro com quem terá mais, não do que deveriam ter, de virtudes e letras, mas querem ultrapassar os outros pela pompa e ostentação.(...)e cada dia, por causa de sua preguiça e de sua ausência de virtude, suas inclinações se fazem mais lascivas, mais temerárias e mais imprudentes”
 (L.B. Alberti, Tratado sobre a família, livro II, e Diálogo sobre o Pontífice (1430-40). Citado por Tenenti, Florença na época dos Médici. Coleção Khronos, SP, Editora Perspectiva, 1973)
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Origens
Embora atendendo a problemas específicos de cada formação social, a Reforma resultou de transformações sócio-econômicas e políticas que vinham ocorrendo na Europa Ocidental. Essas mudanças ocorreriam em detrimento da sociedade feudal, que tinha na Igreja católica seu principal sustentáculo ideológico.
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Causas
O desenvolvimento da burguesia
 
Ambição da nobreza feudal 
Formação do Estado Nacional Absolutista
Influência do Humanismo e Renascimento
Crise da Igreja Católica
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Reforma Luterana
A Reforma Protestante foi iniciada pelo monge agostiniano Martinho Lutero
Fato desencadeador – Venda de indulgências 
Reação de Lutero – 95 teses, afixadas na Igreja de Wittenberg
Teologia luterana – Baseada em São Paulo e em Santo Agostinho
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Local 
 A pregação de Lutero encontrou terreno fértil no Sacro Império Romano Germânico.
Fatores específicos
Religiosidade fora fortalecida com o Humanismo.
Os bens da Igreja católica eram cobiçados pela nobreza feudal.
O nacionalismo revoltava-se contra a ocupação de muitos cargos eclesiásticos por elementos italianos. 
A nobreza feudal, opunha-se à centralização monárquica que o Imperador espanhol Carlos V tentava concretizar.
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Desdobramento 
Lutero foi excomungado pelo Papa, mas obteve apoio da nobreza feudal. 
Carlos V convocou a Dieta de Augsburgo.
Liga de Esmalcada. 
Revolta da pequena nobreza e, posteriormente os camponeses da região renana.
Lutero apoiou a repressão aos camponeses e à pequena nobreza. 
Expansão do Luteranismo : Triunfou nas regiões central e setentrional do Sacro Império, Dinamarca, Noruega e Suécia
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 “confissão de Augsburgo”
Abolia o celibato sacerdotal;
O culto dos santos;
Proclamava a autoridade única da Bíblia como fonte de fé, 
Colocava a Igreja sob a autoridade do Estado;
Negava a autoridade do papa;
Negava a transubstanciação , afirmando a consubstanciação;
Admitia apenas o batismo e a comunhão.
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Reforma Calvinista
Uma das conseqüências da revolta de Lutero foi a divulgação de suas idéias pelo continente europeu, as quais, foram reformuladas por alguns dos seus seguidores, particularmente João Calvino.
Local - Suíça onde a Reforma havia sido adotada em alguns cantões graças a pregação de Ulrich Zwinglio.
Fatores específicos 
Apoio de rica burguesia.
sentimentos nacionalistas que repudiavam a subordinação dos cantões suíços ao Sacro Império.
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Teologia calvinista – Baseada em São Paulo e em Santo Agostinho 
No plano econômico - Calvino justificou atividades econômicas até então condenadas pela Igreja, 
No plano político - Enquanto Lutero subordinava a Igreja ao Estado, Calvino defendeu a separação entre as duas instituições. Todavia, em Genebra a Igreja era o próprio Estado.
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 Calvino : “Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santificando de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa” (Calvino, João. In: Mousnier, Roland. História geral das civilizações. Os séculos XVI e XVII: os processos da civilização européia. 4ª ed. SP. Difel, 1973. p.90).
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 Max Weber: “Por outro lado, impõe-se o fato dos protestantes (especialmente em alguns de seus ramos), tanto como classe dirigente, quanto como classe dirigida, seja como maioria, seja como minoria, terem demonstrado tendência específica para o racionalismo econômico, que não pode ser observada entre os católicos em qualquer dessas situações. A razão dessas diferentes atitudes deve, ser procurada no caráter intrínseco permanente de suas crenças religiosas” (Weber, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 8ª ed. SP. Pioneira, 1994. P.23)
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Reforma Anglicana
A Inglaterra, no início da Idade Moderna, constituía importante centro do Humanismo 
Pregação de John Wicliff (1324-1387) 
Apoio da burguesia ao Rei Henrique VIII 
Interesse de Henrique VIII (1509-47) na centralização do poder
Ato de Supremacia 
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Movimento Anabatista
Muitos dos seus pregadores (Thomas Münzer, Conrado Grebel, Felix Manz) foram humanistas, mas a maioria dos convertidos era recrutada nas massas camponesas e nos trabalhadores urbanos
Princípios teológicos : Rebatizar os indivíduos, separar a Igreja e o Estado, abolir as imagens e o culto dos santos, viver com simplicidade, igualdade absoluta entre os homens e reviver os ensinamentos da Igreja Primitiva. 
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No final de 1524, os camponeses da região do Reno se revoltaram e expuseram suas reivindicações em um manifesto com doze artigos. Destacamos o seguinte:
 Artigo 5º “Temos de nos queixar, também, a respeito dos bosques. Pois nossos senhores reservaram apenas para si a floresta, e quando um pobre necessita de madeira, deve comprá-la pelo dobro do seu valor. Eis portanto nossa intenção a respeito dos bosques. Os senhores eclesiásticos e leigos devem novamente deixar às comunidades as florestas que elas não conseguem adquirir a dinheiro e permitir às comunas a liberdade de exploração”
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A Contra-Reforma
A necessidade de reformar a Igreja Católica e a própria religião era reclamada por muitos leigos e eclesiásticos antes mesmo da Reforma Protestante. 
O avanço do Protestantismo , contudo levou a igreja católica a se reorganizar, 
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Confirmação da supremacia do Papa;
Manteve o celibato do clero e a hierarquia eclesiástica;
Determinou a criação de seminários;
Quanto aos dogmas, manteve: os sete sacramentos, o culto dos santos e da virgem Maria, a consubstanciação e a tradição da Igreja, única com poder de interpretar a Bíblia;
Recorrência ao Tribunal do Santo Ofício;
Congregação do Índice (INDEX);
A organização da Cia. De Jesus.