Buscar

Estudo Dirigido II Medicina Fisiologia I

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1) MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR 
Após a chegada do potencial de ação, na fibra muscular ocorrem várias etapas para que a contração muscular aconteça. Descreva quais são estas etapas.
Após os canais iônicos controlados pela acetilcolina se abrirem, ocorre a entrada de íons de sódio resultando na despolarização de toda a membrana. Em sequência, o potencial de ação percorre toda a fibra estimulando os receptores de di-idropiridina presentes nos túbulos transversos. 
O DHP ativa outro receptor no reticulo sarcoplasmático, o Rianodina, que libera íons de cálcio no sarcoplasma. Em sequência, o cálcio se liga à troponina C, que faz com que a tropomiosina se afaste de cima dos sítios ativos da actina e permite que as pontes cruzadas da miosina se liguem aos sítios ativos e causem contração muscular.
Descreva as etapas para utilização do ATP pelas pontes cruzadas da miosina.
Na cabeça do braço da miosina, há um local para a ligação do ATP que possui ação ATPase, com função de hidrolisar o ATP em ADP e fosfato inorgânico. Esta hidrólise permite que a cabeça da miosina fique energizada. 
Durante a contração, nas pontes cruzadas as cabeças energizadas de miosina liberam o ADP e o fosfato hidrolisados. Em seguida, no movimento de força, o local onde o ADP está fixado se abre, rodando e liberando a molécula.
As pontes cruzadas continuam fixas até a chegada de outra molécula ATP na cabeça da miosina.
1.3 Diferente do que normalmente é pensado, para encerrar a contração muscular também é necessário gasto energético. Uma situação que podemos observar isso é durante o Rigor Mortis. Explique em que consiste este quadro, e faça a relação com esta necessidade energética para finalizar a contração muscular. 
Para que haja o relaxamento muscular e, portanto, a finalização da contração muscular, é necessário que o filamento de actina retorne a sua posição inicial. Isso só ocorre quando uma nova molécula de ATP é ligada a ponte cruzada, desfazendo assim sua ligação com o sítio ativo presente na miosina.
De posse dessas informações, torna-se possível analisar as causas do Rigor Mortis: condição em que o indivíduo chega ao óbito, mas, ainda assim, mantém a contração muscular por algumas horas. Esse fenômeno acontece devido ao organismo, nessas condições, parar de sintetizar ATP, impossibilitando a ocorrência do relaxamento muscular. Entretanto, vale ressaltar que, mesmo assim, essa contração não é permanente, uma vez que as proteínas (entre elas, actina e miosina), após o óbito, sofrem degradações, gerando o relaxamento muscular.
Diferencie somação temporal de somação espacial.
Ambos os tipos de somação ocorrem durante as sinapses, diferenciando apenas quanto ao modo que se manifestam. Na somação temporal, observa-se a diversos disparos de potenciais de ação sequenciais, realizados por um mesmo neurônio pré-sináptico, que chegam a um único neurônio pós-sináptico. Enquanto na somação espacial, esses disparos partem de diversos neurônios pré-sinápticos, e o resultado é a adição dos estímulos lançados por eles em um neurônio pós-sináptico. 
Quais as principais diferenças entre a contração do músculo liso e esquelético?
Alguns dos componentes presentes na contração do musculo liso diferem-se daqueles encontrados nos músculos esqueléticos. Nesse sentido, é possível observar as seguintes variações: ausência de troponina C; o ciclo das pontes cruzadas é mais lento, o que permite um gasto de energia até 300 vezes menor, quando comparado ao mesmo processo da musculatura estriada; maior afastamento entre a terminação nervosa e as fibras do tecido muscular; a presença de noradrenalina como neurotransmissor e não da acetilcolina.
2) SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
2.1 Em relação à aula prática responda as informações abaixo:
a) Qual a duração, em média do tempo de sangramento? Que fator pode prolongar o tempo de sangramaneto?
O tempo de sangramento em nossa atividade prática foi de 33 segundos. 
 Como neste experimento a lesão foi muito pequena, o tampão plaquetário é o responsável pelo fim do sangramento. Ele funciona da seguinte maneira: as plaquetas entram em contato e se aderem as fibras de colágeno do tecido lesionado, assim, as plaquetas mudam a conformação estrutural delas mesmas, tomando formas irreguladeres, dilatadas e com muitos pseudópodos. Liberam substâncias adesivas que permitem que mais plaquetas grudem no tecido e parem o sangramento. Deste modo, o tempo de sangramento pode ser prolongado através de um número muito baixo de plaquetas no sangue do indivíduo.
b) Qual o tempo médio de coagulação? Como podemos observar, que esse processo está ocorrendo?
O tempo de coagulação foi de 4 minutos e 14 segundos. Esse processo pode ser percebido através da observação de uma fina fibra no sangue extravasado ao se passar uma agulha por ele. Essa fibra é formada por fibras de fibrina produzidas a partir de fatores de coagulação que desencadeiam a conversão de protrombina em trombina, e esta última funciona como enzima da reação do fibrinogênio em fibrina. Esses fatores de coagulação são ativados pelo vaso rompido.
2.2. Qual o papel da Eritropoietina na regulação da Produção das Células da Linhagem
Vermelha do Sangue?
A Eritropoetina é um hormônio produzido no rim e no fígado quando há hipoxia (falta de oxigênio) em algum tecido do corpo. Ela estimula a produção de proeritroblastos a partir de células-troco da medula óssea e acelera sua diferenciação em hemácias. Para isso é necessário que o corpo tenha nutrientes e íons ferro disponíveis. Com baixa quantidade desse hormônio, a quantidade de eritrócitos produzidas é pequena.
2.3. Por que ocorre a anemia perniciosa?
Na anemia perniciosa há atrofia da mucosa gástrica que não absorve vitamina B12, importante para produção de DNA, devido a atuar na formação de trifosfato de trimidina. Assim, há dificuldade na divisão celular dimuindo a produção de eritroblastos pela medula óssea. També percebe-se produção de hemácias maiores (macrócitos) que são irregulares e frágeis apesar de cumprirem o papel de transporte de oxigênio.
2.4. Como ocorre o mecanismo de tampão plaquetário?
O mecanismo de formação do tampão plaquetário começa quando as plaquetas entram em contato com o vaso danificado, elas aumentam de volume e emitem pseudópodos. As plaquetas possuem proteínas com a capacidade de se contrairem para liberarem seus fatores ativos, fazendo as plaquetas se aderirem ao colágeno e as proteínas dos tecidos. Isso gera uma alta secreção de ADP e enzimas que formam troboxano A2, que ativam as plaquetas vizinhas. As plaquetas ativadas possuem alta adesividade assim se prendem as outras plaquetas formando um tampão plaquetário.
3) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO.
3.1 Descreva as diferenças anatômicas entre o SNA simpático e parassimpático.
A principal diferença do sistema nervoso simpático para o sistema nervoso parassimpático é que o neurônio pré-ganglionar do SNS é curto e seu corpo celular se encontra no corno intermédio-lateral da medula. O e do SNP é longo e é encontrado na medula espinhal sacral e no tronco do cérebro e ambos são colinérgicos (produzem Ach) e o neurônio pós-ganglionar do SNS é longo são adrenérgicos (maioria produz noradrenalina) e o SNP é curto e são colinérgicos. O sistema nervoso simpático possui função de dilatar a pupila, inibe a salivação, relaxa os brônquios, acelera os batimentos cardíacos, inibe a atividade do estômago e do pâncreas, estimula a liberação de glicose pelo fígado, estimula a produção de adrenalina e noradrenalina, relaxa a bexiga e promove a ejaculação. Em compensação o sistema nervoso parassimpático contrai as pupilas, estimula a salivação, reduz os batimentos cardíacos, contrai os brônquios, estimula a atividade do estomago e do pâncreas, estimula a vesícula biliar, contrai a bexiga e promove a ereção.
3.2 Descreva as sinapses (Neurotransmissores e Receptores) ganglionares e pós- ganglionares do SNA simpático e parassimpático.
O Sistema Nervoso Autônomo
apresenta como característica de suas sinapses o trajeto indireto da medula ao tecido que vai ser estimulado. Existe uma região onde ocorre a conexão de dois neurônios, conhecida como gânglio e os neurônios são denominados pré-ganglionares e pós-ganglionares devido a essa região. 
Ao se comparar o sistema nervoso autônomo simpático e o parassimpático ambos possuem a liberação de acetilcolina pelos neurônios pré-ganglionares, denominados colinérgicos sendo responsáveis por estimular o neurônio seguinte. Tendo também no sistema nervoso parassimpático a liberação de acetilcolina nos neurônios pós-ganglionares em grande parte. O que nesse caso se difere do sistema nervoso autônomo simpático que possui em maior parte neurônios adrenérgicos. 
Para que ocorra o efeito esperado de um neurotransmissor é necessário que exista receptores que são altamente específicos. Existem os receptores de acetilcolina os Nicotínicos que são encontrados nas sinapses entre os neurônios pré e pós-ganglionares de ambos os sistemas e os Muscarínicos encontrados em todas as células efetoras estimuladas pelos neurônios pós-ganglionares do SNA parassimpático. E os receptores de Noradrelina os que se dividem em alfa receptores e beta receptores, os Adrenoceptores. 
3.3 Explique o que ocorre após a liberação de noradrenalina na fenda sináptica pós-ganglionar do SNA simpático.
Após a liberação de noradrenalina na fenda sináptica pós-ganglionar é possível ver a ocorrência de mecanismos de inibição ou excitação de alguns órgãos, sendo dependentes do tipo de receptores encontrados. A liberação de noradrenalina sofre ação de uma enzima (fenileranolamina N metiltransferase) que transforma parte da noradrenalina em adrenalina. Dessa forma, em grandes quantidades o organismo produz a reação de luta ou fuga.
3.4 Descreva os principais efeitos da estimulação simpática. 
A estimulação simpática pode causar efeitos tanto excitatórios quanto efeitos inibitórios em distintos órgãos, apesar de a maioria dos efeitos serem excitatórios. No coração, por exemplo, a estimulação simpática causa um aumento na contração do músculo e na bexiga age de forma a relaxar o músculo detrusor.
3.5 Descreva os principais efeitos da estimulação parassimpática.
A estimulação parassimpática pode causar efeitos tanto excitatórios quanto efeitos inibitórios em distintos órgãos, apesar de a maioria dos efeitos serem inibitórios. No coração, por exemplo, a estimulação simpática causa uma diminuição na força de contração do músculo cardíaco e na vesícula e ductos biliares age de modo que estimula a contração e liberação da bile.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais