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ORIENTE MEDIO AGUA

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ORIENTE MÉDIO
AS DISPUTAS PELOS RECURSOS HÍDRICOS
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ÁGUA : UM RECURSO FINITO
“Não se engane: O abastecimento de água no mundo está em crise, e as coisas vem piorando, não melhorando. Apesar dos diversos planos grandiosos feito pelas Nações Unidas e por outros organismos internacionais desde a década de 1970, as questões básicas ainda precisam ser atacadas, em termos práticos. A situação continuará a piorar até que seja tomada alguma atitude efetiva de amplitude mundial.
Existe um problema básico: O volume de água doce na superfície da Terra e fixo, não podendo aumentar nem diminuir. Desse modo, a medida que a população cresce, e as aspirações dos indivíduos aumentam, há cada vez menos água disponível por pessoa. Nos países ricos em águas, como o Canadá e o Brasil, isso não preocupa muito;(...) em boa parte do resto do mundo, muitas pessoas já estão sofrendo a escassez de água. Por volta de 2050, estima-se que mais de 4 bilhões de pessoas – quase metade da população mundial – estarão vivendo em paises com carência crônica de água”. (KING, Jannet & CLARKE, Robin – O Atlas da água, 2005, p. 19).
VAI FALTAR... DAS ÁGUAS DO PLANETA, APENAS 2,5% SÃO DOCES. E MAIS DE DOIS TERÇOS NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS PARA O USO HUMANO.
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INTRODUÇÃO
A temática ambiental ganha cada vez mais espaços nos debates internacionais em função dos graves efeitos deixados pelas práticas socioeconômicas em diferentes ecossistemas do planeta. O uso irracional da água pela população mundial ameaça ampliar o número de países que sofre com a escassez dos recursos hídricos em seus territórios. Tal fato ganha dimensões políticas preocupantes, já que muitos cientistas têm apontado previsões nada animadoras para as regiões áridas do mundo onde a falta de água doce obriga os governos a gastarem mais capital para a mitigação dos efeitos da seca. Apesar de se estenderem por uma região com grandes reservas de petróleo, os países do Oriente Médio enfrentam sérios problemas para consolidar um projeto coletivo que vise superar a falta de água. Assim, a ausência de soluções conjuntas desloca os recursos hídricos para a esfera dos conflitos regionais, como no caso da Palestina e da Mesopotâmia.
 	 A complexa teia formada no entorno das bacias hidrográficas torna os grupos étnicos locais responsáveis por estratégias mais sustentáveis desse bem social, mas a apropriação da bacia do rio Jordão e a construção de hidrelétricas nos rios Tigres e Eufrates, ameaçam transformar as relações estatais insustentáveis, caso os países não reconheçam que a problemática da água é trans-fronteiriça.
 	
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ÁGUA: UM CONFLITO EMINENTE NO ORIENTE MÉDIO
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O controle da água também e empregado como arma de guerra. Grupos palestinos tentaram interromper o abastecimento para Israel durante a Segunda Intifada, e os israelenses retaliaram na mesma moeda.
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Os países que se encontram mais a jusante de rios importantes são sempre vulneráveis a projetos de represamento ou desvio de águas em países mais a montante; tanto o Iraque quanto a Síria dependem do Tigres e Eufrates, que nascem na Turquia.
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ABUNDÂNCIA DE PETRÓLEO, ESCASSEZ DE ÁGUA
Em contraste com sua riqueza petroleira, a região do Oriente Médio padece dificuldades hídricas crescentes, ainda que atravessada por vários rios, (o Nilo, O Tigre, O Eufrates, o Jordão e o Litani). A demanda de água tem aumentado fortemente em 20 anos, e o seu controle segue sendo limitado. O equilíbrio entre consumo humano e patrimônio natural esta claramente ameaçado pela urbanização – em 1970 havia na região somente duas cidades com mais de um milhão de habitantes, mas no ano 2000 esse numero contabilizava 15 cidades – e o desenvolvimento das superfícies irrigadas, que devora mais de 3/4 dos recursos hídricos.
Muitos paÍses do Oriente Médio já estão vivenciando a escassez, estimada em 1000m³ de água por habitante e por ano, e alguns deles dispõem de menos de 500m³. Com o respaldo de seus petrodólares, os países do Golfo tem podido recorrer ao processo de dessalinização para obter água potável em grandes quantidades; no Kwait a escassez chega aproximadamente a 100%. Mas a escassez de água piora em Israel, na Palestina e na Jordania. Atualmente, o reino Hachemita e Israel registram um déficit de cerca de 300 milhões de m³/ano. Na Faixa de Gaza, o déficit alcança 80 milhões de m³/ano, uma situação que se explica, entre outras coisas, pela superpopulação e o excesso de bombeamento das colônias judias. 
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Para fazer frente as suas necessidades, alguns países tem lançado ambiciosos programas de aproveitamento de seus recursos hídricos. Egito pos em marcha o projeto do “Novo Vale” , a Oeste do Nilo, a fim de aumentar a superfície cultivável do país ate levá-la a 25% do território, frente aos 6% atual. Na Jordania, as autoridades esperam que duas infraestruturas estratégicas – a construção da represa da Unidade, sobre o rio Yarmuk, em cooperação com a Síria e a exploração do lençol freático, no Sul do país – permitam dissipar o perigo de carência hídrica que ameaça o reino. 
Mas o plano hídrico mais ambicioso do Oriente Médio segue sendo o Grande Projeto de Anatólia (GAP) na Turquia que, com 22 represas, deveria irrigar 1.700.000 hectares e gerar eletricidade. O projeto, iniciado em meados da década de 1980, necessitara uns 30 anos e custara nada menos que 30 milhões de dólares. A Turquia aspira converter-se no “jardim” ao redor do Oriente e em seu principal provedor de eletricidade, mas também em um exportador do “ouro azul” para os outros países da região.
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Durante a Guerra contra o Iraque (1980-8), o Irã desviou o curso de rios para inundar posições iraquianas e bombardeou represas no Curdistão. Já o Iraque destruiu usinas de dessalinizacao de agua do mar no Kwait (1991), após a invasão do emirado; e Saddam Hussein primeiro contaminou o abastecimento de água para os árabes rebeldes dos pantanais do sul do Iraque, nos anos de 1990, e depois drenou sistematicamente as áreas onde eles viviam. 
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CONDIÇÕES AMBIENTAIS
As condições da biodiversidade na palestina se deterioraram como resultado de diferentes fatores socioeconômicos e políticos:
Construção de assentamentos israelenses e estradas by-pass, em áreas de reservas naturais, florestas e áreas agrícolas;
Fechamento de grandes áreas para fins militares e de segurança;
Poluição do solo com águas residuais na Cisjordânia intensificada pela grande quantidade de esgoto bruto eliminados pelos assentamentos israelenses na Cisjordânia no lado palestino;
O uso intenso de gás lacrimogêneo e munição em toda a Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
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Israel é responsável pela destruição de 82% das áreas designadas como reservas naturais e florestas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com a construção de assentamentos e estradas que conduzem a tais assentamentos.
A Cisjordânia e a Faixa de Gaza são pobres em recursos naturais e esses recursos estão sendo super-explorados, como:
 Nas construções principalmente em Gaza, no pós guerra;
Nas pedreiras e na indústria de construção em pedra na Cisjordânia tanto por parte de Palestinos quanto de Israelenses; 
E com a extração extensa de minerais do Mar Morto, por parte de Israel.

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