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Regime de bens no casamento

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Os Regimes de Bens do Casamento previstos pelo Código Civil de 2002 
Prof. Pedro Paulo
Andreza Alves Fernandes Afonso
RA: B8155G3
São Paulo
2017
Introdução
O casamento é a união de duas pessoas que desejam constituir uma família, realizando um laço conjugal baseado nas condições previstas no código Civil. 
Este trabalho tem como tema, “os regimes do casamento previstos pelo código Civil de 2002”, que trás um estudo para que melhor consiga entender como funciona tais regimes, sendo eles: regime comunhão parcial de bens, regime comunhão universal de bens, regime de participação final nos aquestos e regime de separação de bens.
Existem dois princípios básicos para a escolha do regime de casamento, o da autonomia da vontade antes da celebração do casamento e o da imutabilidade depois da celebração do casamento. No primeiro principio os cônjuges tem a liberdade de escolher o regime que consideram preferível, podendo aceitar um regime típico com a regulamentação legal existente, ou modificá-lo de acordo com suas necessidades, desde que as normas referentes aos fins do casamento e à estrutura da família não sejam violadas. Assim, podem os cônjuges adaptar às suas necessidades e escolher o regimes de bens que acharem mais convenientes.
O regime deve ser escolhido antes da celebração do casamento, por convenção ou pacto antenupcial, que deve ser por escritura publica (art.134. I, do CC). Não pode existir um casamento sem subsistir um regime, se o casal não se manifestar, sob qual regime gostariam de se unir, a lei supre essa vontade, determinando o regime da comunhão parcial de bens, também denominado comunhão de aquestos.
No direito brasileiro, o regime de bens é imutável, ou seja, não pode ser alterado após o casamento. São fundamentos da imutabilidade a proteção à boa-fé de terceiros que tem relações com o casal, e a do próprio casal, pretendendo evitar que o sentimento e a vida em comum do casal venham interferir nas suas relações de ordem patrimonial.
Convenções antenupciais
O pacto antenupcial é um contrato solene que é assinado pelos noivos antes do casamento, que também podem intervir terceiros, sendo parentes ou não, que façam doações aos noivos devido ao casamento. Este contrato tem a finalidade de estabelecer o regime de bens e as relações patrimoniais que serão cabíveis ao casamento.
O contrato deve ser realizado por meio de escritura publica (art. 256, parágrafo único, I), para garantir a segurança de terceiros que possuem relações econômicas com os cônjuges, no caso, é aplicado os princípios da publicidade e solenidade, que definem os atos de interesses para o conjunto. O contrato vale para as partes mesmo sem o registro, que só é indispensável em casos de terceiros em regime convencional, em caso de regime legal, ou seja, da comunhão parcial, não precisa registrar o pacto nesse sentido, mas é recomendável em caso de regime de separação, ou seja, nos casos legais de regime de separação obrigatória.
Quanto a capacidade para contratar o pacto antenupcial não é a geral estabelecida pelo código civil, que identifica os requisitos necessários para a celebração do casamento, os menores e os interditos necessitam da assistência de seus pais, curadores ou tutores.
Os noivos tem a liberdade de escolherem as condições e cláusulas que quiserem, desde que estejam de acordo com as disposições legais e não prejudiquem direitos relativos à situação ocupada pelas partes na família.
 Nos pactos sucessórios, as partes se obrigam a serem reciprocamente herdeiras uma da outra e isso não é válido, mas os cônjuges podem incluir no pacto antenupcial doações para ficar vigente após a sua morte (art. 314 do CC), não podendo exceder a metade dos bens do doador (art. 312 do CC) e não sendo o regime a separação obrigatória de bens.
Se no pacto estiver estabelecido prazo para o casamento, transcorrido o prazo sem que se realize a união, caduca o pacto antenupcial. Se não houver algum prazo previsto, umas das partes, inclusive o terceiro doador, pode informar a outra, dando um prazo para a realização do casamento, ficando sob pena de caducidade do prazo antenupcial.
Em caso de não haver matrimônio é discutida apenas a subsistência das disposições no contrato que não se trata direta e necessariamente ao matrimonio, como, por exemplo, um reconhecimento de filho dos noivos. [1: WALD, Arnoldo, Curso de Direito Civil Brasileiro: O novo direito de família, 14° Ed. São Paulo: Saraiva 2002, p. 108, 109 e 110; VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil: direito de família, cit., v.6, p. 169, 170 e 171.]
Regime da comunhão parcial de bens
O regime da comunhão parcial de bens é aquele que os bens adquiridos depois do casamento, formam o patrimônio de bens dos cônjuges, os bens que foram adquiridos anteriormente fazem parte apenas do patrimônio de cada um deles. Esse regime também e denominado como comunhão de aquestos ou separação parcial.
Segundo o autor Silvio de Salvo Venosa, podemos entender que:
É o regime legal, o que vigora nos casamentos sem pacto antenupcial ou cujos pactos sejam nulos, vigente entre nós após a lei introdutória e regulamentadora do divorcio (Lei n° 6.515/77). Não havendo convenção antenupcial ou sendo esta nula. Vigorara, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial, existe três massas de bens: os bens do marido e os bens da mulher trazidos antes do casamento e os bens comuns, amealhados após o matrimonio. [2: VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil: direito de família, cit., v.6, p. 180]
A comunhão parcial, assim como a universal dissolve-se também por morte, separação, divórcio ou anulação do casamento. Uma vez dissolvida a comunhão, cada cônjuge retirara seus bens particulares, e serão divididos os bens comuns. [3: VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil: direito de família, cit., v.6, p. 181]
	Disciplina o art. 1659 do código civil, que se excluem da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.[4: Código Civil - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002]
	No artigo e incisos citados verificamos quais os bens que não se comunicam ao outro cônjuge, ficando cada um exclusivamente com o que já possuía ao casar. As dividas também são mantidas separadas.
Julgado: 
Apelação Cível n° 70064578750, o TJRS decidiu:
Ementa: DIVÓRCIO LITIGIOSO. PARTILHA DE BENS. REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL. PROVA DA CESSÃO E TRANSFERÊNCIA DA MEAÇÃO. 1. Sendo o casamento regido pelo regime da comunhão parcial, todos os bens adquiridos a título oneroso na constância da vida conjugal devem ser partilhados igualitariamente, independentemente de qual tenha sido a contribuição de cada cônjuge para a consecução do resultado patrimonial, pois se presume que a aquisição seja produto do esforço comum do par. Inteligência dos art. 1.658 a 1.650 do CCB. 2. Tendo a autora comprovado documentalmente que o réu lhe transferiu, a título oneroso, a sua meação no imóvel, e não tendo o varão suscitado o incidente de falsidade, para comprovar a sua tese no sentido de que a assinatura constante no recibo não é sua, correta a exclusão do referido bem da partilha. Recurso desprovido.[5: BRASIL, Tribunal de Justiça. Apelação nº 70064578750 da sétima câmara cível do TJRS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 24/06/2015. Disponível em: http://www.tjrs.jus.br/site/. Acessado em 22/05/2017.]
Regime da comunhão universal de bens
O regime da comunhão
universal de bens é aquele que se comunicam tantos os bens já adquiridos antes do casamento como os adquiridos depois pelo marido e pela mulher, mesmo que um deles nada tivesse antes ou nada tivesse adquirido no decorrer do matrimonio. Os cônjuges tem a posse e a propriedade em comum de todos os bens, sendo móveis ou imóveis, cabendo a cada um deles metade ideal e por esse motivo qualquer um dos dois pode defender a posse e a propriedade dos bens. Há exceções, pois a lei admite bens incomunicáveis, que pertencem a um patrimônio especial e vai pertencer a apenas um dos cônjuges.[6: VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil: direito de família, cit., v.6, p. 186]
O art. 1.667 do CC estabelece exatamente isso:
“O regime da comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte”.
	Nesse caso, as exceções são bens que fazem parte de um patrimônio especial, são patrimônios que possuem clausula de incomunicabilidade por terceiros em doação ou testamento. Normalmente vem acompanhada das cláusulas de inalienabilidade e impenhorabilidade. 	
Julgado:
Apelação Cível Nº 70063521611, o TJRS decidiu:
Ementa: APELAÇÃO E AGRAVO RETIDO. FAMÍLIA. SEPARAÇÃO JUDICIAL. REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS. PARTILHA. 1. Não configura cerceamento de defesa o indeferimento de prova testemunhal que se mostra desnecessária ao desate da lide. 2. Casamento realizado sob o Regime da Comunhão Universal. Artigos 1.667 e art. 1.668 do Código Civil. Imóvel adquirido a título oneroso pelo varão, antes do casamento. Hipótese de comunicabilidade, diante do regime de bens adotado. Inclusão de dívidas contraída durante a união. AGRAVO RETIDO DESPROVIDO, APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.[7: BRASIL, Tribunal de Justiça. Apelação nº 70063521611 da sétima câmara cível do TJRS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 25/03/2015. Disponível em: http://www.tjrs.jus.br/site/. Acessado em 22/05/2017.]
Regime de participação final dos Aquestos
Este regime é a inovação do código civil de 2002, que extinguiu o regime dotal e introduziu o regime de participação final nos aquestos.
Segundo o autor, Silvio de Salvo Venosa: 
“Trata-se de um regime hibrido, no qual se aplicam regras da separação de bens e da comunhão de aquestos. A noção geral esta estampada no art. 1.672 cada cônjuge possui patrimônio próprio e lhe caberá, quando da sociedade conjugal direito a metade dos bens adquiridos pelo casal, a titulo oneroso, na Constancia do casamento. Sua utilidade maior, em principio, é para aqueles cônjuges que atuam em profissões diversas em economia desenvolvida e já possuem certo patrimônio ao casar-se ou a potencialidade profissional de fazê-lo posteriormente”.[8: VENOSA, Silvio de Salvo, Direito Civil: direito de família, cit., v.6, p. 191]
Neste regime cada cônjuge possui o seu patrimônio próprio, que é formado pelos bens que cada cônjuge já possuía antes do matrimonio e ainda os que forem adquiridos depois, seja por doação, herança, compra, enfim tudo que for adquirido no decorrer do casamento. Quanto a administração dos bens é exclusiva de cada cônjuge, somente em casos de alienação ou coisa imóvel será obrigatória a aprovação do outro cônjuge, isso não ocorre nos bens móveis, por isso podem ser alienados. 
Esse regime é um conjunto de características dos regimes de separação de bens que veremos no próximo tópico e da comunhão parcial de bens, que vimos anteriormente.
Julgado:
Agravo de instrumento n° 2082707-06.2014.8.26.0000, o TJSP decidiu: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Execução por título extrajudicial – Deferimento de penhora de imóveis indicados pelo exequente – Alegada impossibilidade, em razão de os imóveis serem de propriedade exclusiva do cônjuge mulher – Acolhimento da arguição – Prova do casamento do devedor com a real proprietária dos imóveis sob o regime de participação final nos aquestos – Propriedade exclusiva do adquirente do bem que não se estende ao cônjuge, com o patrimônio pessoal deste não se comunicando – Artigos 1.672 e 1.673 do Código Civil – Impenhorabilidade reconhecida – Recurso provido. [9: BRASIL, Tribunal de Justiça. Agravo de instrumento n° 2082707-06.2014.8.26.0000 da 20ª Câmara de Direito Privado do TJSP, julgado em 15/08/2016; Data de registro: 19/08/2016. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do . Acessado em 19/05/2017.]
Regime da separação de bens 
Neste regime os bens dos cônjuges não se comunicam, ou seja, cada um fica com o seu patrimônio, as aquisições e o que já tinha antes do casamento, permanecendo cada um com a propriedade, posse e administração de seus bens.
Dispõe o art. 1.687:
“Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar do ônus real.”
No caso desse regime é necessário fazer o pacto antenupcial optando por tal regime, no artigo citado à cima fica claro que, cada cônjuge continuarão a ser individuais, mesmo após o casamento.
Em dois casos a separação de bens é obrigatória, quando um ou ambos os cônjuges forem menores de 18 anos, podendo alterar quando atingirem a maioridade e quando forem maiores de 60 anos, nesse caso não é possível alterar o regime
A súmula 377 do STJ abre a possibilidade de que os bens adquiridos no decorrer do casamento sejam divididos pelos cônjuges ao se divorciarem, mas para isso é necessário ingressar com uma ação judicial, que vai depender do entendimento do juiz.
	Quanto à herança, quem é casado pelo regime de separação obrigatória de bens só terá direito se o falecido não tiver deixado descendentes (netos, filhos, bisnetos), isso pelo código civil. Mas também nesse caso pode ser invocada a súmula 377 do STJ e o juiz estando de acordo, o cônjuge sobrevivente poderá ter parte da herança adquirida ao longo do casamento, mesmo tendo descendentes.
Julgado:
Apelação Civel n° 4005082-33.2013.8.26.0019, o TJSP decidiu:
APELAÇÃO. PARTILHA DE BEM IMÓVEL. REGIME DE BENS PACTUADO. SEPARAÇÃO CONVENCIONAL. DIVISÃO QUE RECLAMA PROVA DA PARTICIPAÇÃO CONJUNTA NA AQUISIÇÃO DO BEM AQUESTO.
1. Partilha dos bens. Na hipótese dos autos, as partes se casaram sob o regime da separação de bens, de modo que não há que se falar em divisão dos aquestos. Ainda mais no caso dos autos, em que as partes expressamente dispuseram em pacto antenupcial sobre a proibição de comunicação dos aquestos.
2. Não se desconhece, entretanto, que, para evitar o enriquecimento ilícito dos cônjuges, a doutrina e a jurisprudência tem admitido mesmo no regime da separação de bens a comunicação daqueles adquiridos com esforço comum do casal e em benefício da entidade familiar. Tal possibilidade, vale dizer, não decorre do quanto disposto na súmula 377 do Egrégio Supremo Tribunal Federal, que somente se aplica ao regime da separação obrigatória de bens, que difere da separação convencional de bens por resultar de imposição legal, e não da autonomia da vontade das partes. Apenas em face da prova da participação conjunta do casal na aquisição do bem é que pode ser autorizada a sua partilha entre os cônjuges ao final de casamento celebrado sob o regime da separação convencional de bens.
3. Não se identificam no caso em exame razões suficientes para admitir a partilha do imóvel objeto do litígio, negando vigência ao acordo celebrado na ação de divórcio, em favor do documento de fls. 39, de duvidosa higidez e que contraria a vontade manifestada pelas partes no curso e no rompimento do casamento outrora havido entre elas
4. Recurso provido para decretar a improcedência do pedido.[10: BRASIL, Tribunal de Justiça. Apelação Cível n° 4005082-33.2013.8.26.0019 10ª Câmara de Direito Privado; Data do julgamento: 09/05/2017; Data de registro: 11/05/2017. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/resultadoCompleta.do . Acessado em: 24/05/2017.]
Conclusão
O casamento gera um efeito variado, refletindo
no sentido social, patrimonial, familiar e etc. O tema desse trabalho teve como tema os regimes de bens, que representa o casamento em sentido de efeito patrimonial.
Dos regimes típicos, se extinguiu o Dotal e a lei de 2002 introduziu o da participação final dos aquestos que foi explicado em um tópico específico, resumidamente, ele trouxe uma nova forma de se adquirir e partilhar patrimônio. Trouxe algumas facilidades para a gestão dos bens por cada cônjuge durante o casamento e no momento da dividir acaba-se verificando uma forma de comunhão parcial, somente dos aquestos. Existem algumas criticas, pois ele abre a possibilidade a certas ilegalidades decorrentes de eventual má-fé de algum dos cônjuges..
Entende-se que o regime de bens não interfere quase nada na vida do casal, que não torna o casamento uma simples instituição ou contrato, mas que permite que as pessoas que estão envolvidas não se apeguem ao cunho meramente patrimonial da escolha do regime e vivam o casamento da forma que deve ser vivida. Isso é, constituindo uma família feliz e saudável, base maior e esteio da sociedade. E finalmente, os regimes de bens regidos pela lei civil são de grande importancia para toda a sociedade, pois estão cada vez mais atualizados com a vida moderna. Eles vêm sofrendo grandes mudanças, se adaptando aos destinatários da norma, que são os cidadãos comuns que se casam e se separam constantemente. Assim, entende-se que a vida conjugal depende cada vez mais desses regimes de bens, que se modifica para se adequar da melhor forma àqueles que buscam. Se não escolher entre esses quatro regimes de bens, tão criteriosamente disciplinados em lei pode ter problemas conjugais sem soluções.
Bibliografia
VENOSA, Silvio de Salvo – Direito Civil: Direito de Família. 3° edição. V6, São Paulo, editora ATLAS 2003.
WALD, Arnoldo – Curso de direito civil brasileiro: O novo direito de família. 14° edição. São Paulo, editora Saraiva 2002.
https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/consultaCompleta.do?f=1
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/?ref=navbar

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