Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dinâmica geológica e formações da litosfera Geógrafa e Mestre em Ciências de Geologia-UFRJ 1°Ten (RM2-T) VALESCA ESCALA GEOLÓGICA DO TEMPO O tempo geológico é medido em milhões de anos. A história geológica da Terra é dividida em éons, que são subdivididos em eras, que se subdividem em períodos, que por sua vez são subdivididos em épocas. O TEMPO GEOLÓGICO Neste quadro é feita uma comparação entre o tempo geológico, medido em milhões de anos, e o tempo histórico, que utilizamos para situar os fatos da história e de nosso cotidiano medido em anos, décadas, séculos ou milênios. Tectônica Global Um breve histórico do desenvolvimento da Teoria da Deriva Continental até chegar à moderna Tectônica de Placas; A constituição das placas tectônicas, as causas de seus movimentos; As feições fisiográficas e os produtos gerados a partir da dinâmica destas placas; Os mecanismos de crescimento dos continentes e a movimentação das massas continentais através do tempo geológico. A teoria da tectônica de placas revolucionou as geociências, e ela nasceu quando surgiram os primeiros mapas das linhas das costas atlânticas da América do Sul e da África. Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o perfeito encaixe entre essas duas costas e levantou a hipótese, pela primeira vez historicamente registrada, de que estes continentes estiveram unidos no passado. A origem da Teoria da Tectônica de Placas ocorreu no início do século XX, com ideias visionárias para a época do cientista Alemão Alfred Wegener, que se dedicava a estudos meteorológicos, astronômicos, geofísicos e paleontológicos. Wegener - 1910 Teoria da deriva continental Tectônica de Placas Observando um mapa-mundi verificou que as linhas de costa da América do Sul e África se encaixavam A este supercontinente wegener chamou de Pangea, onde há 200 milhões de anos, o Planeta Terra começou a se fragmentar e consequentemente formando os continentes com as disposições atuais. Wegener - 1910 Tectônica de Placas Imaginou que os continentes poderiam, um dia, terem estados juntos e posteriormente teriam sido separados. Setentrional chamado de Laurásia e austral de Gondwana PALEONTOLÓGICAS: Fósseis de glossopteris * OUTRAS EVIDÊNCIAS: PALEONTOLÓGICAS: Fósseis de glossopteris Presença de fósseis de Glossopteris ( tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da África e do Brasil, cujas ocorrências se relacionavam perfeitamente, ao se juntarem os continentes. Evidências de glaciação, há aproximadamente 300 milhões de anos na região Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica. CLIMÁTICAS: Evidências de glaciações há 300Ma OUTRAS EVIDÊNCIAS: b) Simulação de como seria a distribuição das geleiras com os continentes juntos, mostrando que estariam restritas a uma calota polar no hemisfério Sul. a) Distribuição atual das evidências geológicas de existência das geleiras com os continentes juntos, mostrando que estariam restritas a uma calota polar no hemisfério Sul. Anos 50 – Ressurgimento da teoria Com o uso de sonares descobriu-se um ambiente geologicamente mais ativo do que se pensava. Cadeia meso-oceânica • maior fluxo térmico • forte atividade sísmica e vulcânica • Cadeias de Montanhas, fendas e fossas ou trincheiras muito profundas. Anos 60 Geocronologia- rochas do fundo oceânico eram cada vez mais jovens conforme se aproximavam da dorsal. Cadeias de Montanhas Submarinas = Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica Apresentam um sistema contínuo ao longo de toda a Terra, estendendo- se por 84.000 km e apresentando largura da ordem de 1.000 km; No eixo destas montanhas constatou-se a presença de vales de 1 a 3 km, associado a um sistema de riftes. . Riftes é a designação dada em geologia às zonas do globo onde a crosta terrestre e a litosfera associada estão a sofrer uma fratura acompanhada por um afastamento em direções opostas de porções vizinhas da superfície terrestre. Correntes de convecção Astenosfera Litosfera Teoria da tectônica global - Hess Teoria da tectônica global - Hess A estrutura do fundo dos oceanos estariam relacionadas a processos de convecção do interior da Terra. De acordo com o modelo de Hess, este material, ao atingir a superficie, se movimentaria lateralmente e o fundo oceanico se afastaria da dorsal. A continuidade do processo, produziria a expansão do assoalho oceânico. A deriva continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma consequência das correntes de convecção. Zonas de Subducção – seriam locais onde a crosta oceânica mais densa mergulharia para o interior da Terra até atingir condições de pressão e temperatura suficientes para sofrer fusão e ser incorporada novamente ao manto. Dança dos continentes Aglutinação e fragmentação dos continentes ocorreram várias vezes na história do planeta Dança dos continentes • A PANGÉIA, AO SE FRAGMENTAR, FORMA DOIS SUPER CONTINENTES: GONDWANA, AO SUL E, LAURÁSIA AO NORTE. Dança dos continentes DE ¨GONDWANA¨ E DA ¨LAURÁSIA¨ SURGIRAM OS CONTINENTES ATUAIS. Dança dos continentes NO MESOZÓICO FINAL SURGEM A FORMAÇÃO DO ATLÂNTICO E A ÍNDIA COMEÇA O SEU DESLOCAMENTO PARA O NORTE. Dança dos continentes • NO INÍCIO DO TERCIÁRIO COMEÇA A FORMAÇÃO DAS ATUAIS CADEIAS MONTANHOSAS . Dança dos continentes NA MEADOS DA ERA TERCIÁRIA SURGE A AMÉRICA CENTRAL E O MAR MEDITERRÂNEO COMEÇA A SE ESTREITAR. Dança dos continentes ASSIM É A CONFIGURAÇÃO CONTINENTAL ATUAL DOS CONTINENTES, PORÉM INSTÁVEL E EM DERIVA. Dança dos continentes POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 50 MILHÕES DE ANOS. Dança dos continentes POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 150 MILHÕES DE ANOS. Dança dos continentes POSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 250 MILHÕES DE ANOS. A CROSTA TERRESTRE A CROSTA TERRESTRE A crosta da Terra é constituída pela crosta continental, que inclui predominantemente rochas de composição granítica e pela crosta oceânica, que contém rochas basálticas. A parte superior da litosfera é chamada de crosta e a parte inferior, mais interna, é composta por rochas do manto superior, sendo que uma das diferenças principais entre elas é a sua composição química. A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA A crosta terrestre possui uma espessura média de 25 km(por volta de 6 km em algumas partes do assoalho oceânico e de 70 km nas regiões de cadeias montanhosas). O manto, com 2900 km de espessura média, é formado por magma pastoso e denso, em estado de fusão. O núcleo é formado predominantemente por níquel e ferro. É subdividido em duas partes: o núcleo externo, em estado de fusão, e o núcleo interno a parte mais densa do planeta, também chamado de nife). Este, apesar das elevadas temperaturas, está em estado sólido devido à alta pressão no centro da Terra. Litosfera: espessura variada compartimentada por falhas e fraturas profundas Placas Tectônicas * Estas placas litosféricas, ou tectônicas, podem convergir, divergir ou deslizar entre si, estando as rochas que as compõem sujeitas a fortes estados de tensão.TECTONISMO O tectonismo, também conhecido por diastrofismo, consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do interior da Terra, agindo na crosta terrestre. O diastrofismo se manifesta por movimentos verticais (epirogênicos – do grego épeiros = continente) e movimentos horizontais (orogênicosv- do grego ôros = montanha). As consequências do tectonismo podem ser várias, como por exemplo a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e cadeias de montanhas. TECTONISMO Orogênese: São movimentos de curta duração, como o erguimento das cadeias montanhosas do período terciário. Eles atuam sobre zonas de instabilidade da crosta, nos limites das placas tectônicas. Ao contrário da epirogênese, que resulta de pressão vertical, a orogênese resulta da pressão horizontal exercida pelo choque das placas, resultando em dobras e falhas. DOBRAS: As dobras acontecem devido a fortes pressões exercidas em terrenos pouco resistentes e plásticos. FALHAS: São fraturas que formam-se em áreas onde as rochas são rígidas e resistentes às forças internas e "quebram-se" em vez de dobrar. Himalaia Orogênese Epirogênese: São movimentos de longa duração geológica, como o soerguimento lento da península escandinávia ou o rebaixamento progressivo da fachada litorânea da Holanda. Os padrões de modelagem da superfície terrestre são modificados pela epirogênese. O levantamento de extensas áreas continentais muda a configuração da drenagem dos rios. O arqueamento torna os deníveis mais acentuados e provoca aumento da velocidade das águas e do trasporte de detritos, intensificando a erosão. Por outro lado, as bacias formadas no interior dos continentes, por rebaixamento epirogênico, recebem os sedimentos transportados das áreas mais elevadas. Preikestolen (Pulpit Rock), Noruega Epirogênese: ISOSTASIA Dá-se o nome de isostasia (do grego isso – igual e stásis – equilíbrio) ao estado de equilíbrio dos blocos continentais da crosta terrestre que flutuam sobre a camada do manto. Como já mencionamos, além da epirogênese e da orogênese, outros movimentos internos, bem mais rápidos e também ligados aos limites das placas tectônicas, podem interferir no relevo terrestre. São as erupções vulcânicas e os abalos sísmicos (terremotos). Estruturas em Rochas A presença de estruturas na rocha pode ser considerado fundamental para o armazenamento de hidrocarbonetos (petróleo e gás). As estruturas das rochas podem ser classificadas como: • Primárias • Secundárias Estruturas em Rochas Estruturas Primárias: Formadas durante a deposição do sedimento. Acamamento: Arranjo de sedimentos em camadas distintas, com espessuras variando de centímetros a metros. Rochas ígneas extrusivas também podem apresentar esse tipo de estrutura, como por exemplo derrames basálticos. Acamamento é só um exemplo. Não esquecer de citar que existe outros tipos de estrutura primária (Ex: estratificações cruzadas), mas esta é a mais influencia no armazenamento de óleo. Dizer que segue a forma do substrato rochoso ou camada subjacente. DOBRAS As dobras, portanto são o resultado de forte compreensão de rochas não resistentes às forças internas. Os dobramentos ocorreram em diferentes ocasiões do tempo geológico (eras Pré-Cambrianas e Cenozóica) Estruturas em Rochas Estruturas Secundárias: Resposta do maciço rochoso aos esforços de tensão existente devido a movimentação das placas litosféricas. Nosso planeta é dinâmico => vivemos sobre placas litosféricas de dimensões continentais, que se movem de maneira lenta e contínua. • Dobras • Falhas Estruturas em Rochas Estruturas Secundárias: Dobras Cristas e Vales das Montanhas dos Apalaches Dobra é formado por compressão de rocha em estado dúctil, no caso de uma rocha nesse estado que sofre distensão irá ocorrer o estiramento das camadas e eventual ruptura das camadas, como ocorreu nas bacias marginais brasileiras que se separaram da Àfrica. Estruturas em Rochas Estruturas Secundárias: Falhas Falhas de empurrão (Himalaia) Blocos de falhas normais (Província de bacias e cadeias montanhosas Lembrar que no himalaia ocorre colisão entre placas Lembrar que já foi falado de limite divergente – Aula 1 Também lembrar que esse tipo de estrutura é muito comum nas bacias marginais brasileiras Estruturas em Rochas Estruturas Secundárias: Falhas e dobras podem ocorrer juntas, porém geradas em épocas diferentes. Falar que no caso da figura, primeiro ocorreu o dobramento das camadas e depois o falhamento. Os dois casos por tensão compressiva. As diferentes respostas da rocha na geração de em determinado tempo uma dobra e depois em outro determinado tempo uma falha tem haver com a plasticidade e viscosidade (dúctil ou rúptil) da rocha no momento da deformação. Dobras ocorrem quando a rocha está no estado dúctil e falhas quando a rocha está no estado rúptil. TIPOS DE FALHAS As falhas ou fraturas formam-se em áreas onde as rochas são rígidas e resistentes às forças internas e “quebram-se” em vez de dobrar. Estas caracterizam-se por um desnível de terrenos: uma parte elevada e outra rebaixada. TIPOS DE DOBRAS E FALHAS Graben = bacia sedimentar Horst = Montanha/Serra Limites convergentes- colisões 3. continental - continental 1. oceânica - continental 2. oceânica - oceânica diferença de densidade Arcos de IIhas: • Arco alto fluxo de calor (com vulcões ativos); • Limitada por uma fossa. Submarina. Arcos Continentais: • Vulcões Ativos; • freqüentemente acompanhada pela compressão da crosta superior. No limite convergente oceano–continente, a colisão convergente é feita por subducção (± empurrão); No limite continente–continente, a convergência é acomodada por: • Dobramento (encurtamento e espessamento); • Falhamento transcorrente; • Empurrão (subducção intracontinental). 1. oceânica - continental 2. oceânica - oceânica Arcos de ilhas fossa Quanto maior o angulo de mergulho mais próximo será a fossa Limites divergentes Dorsais oceânicas ou “montanhas submarinas” Dorsal do Leste-Pacífico Dorsal Meso Atlântica Dorsal do Sudeste Indiano Fragmentação de uma massa continental e desenvolvimento de margens continentais passivas. Formação de oceano pela atividade das dorsais Limites conservativos São limites onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação a outra, sem destruição ou geração de crostas, ao longo das fraturas denominadas falhas transformantes; Limites conservativos Deslisamento lateral-FALHAS Falha de San Andreas `` Tsunamis A palavra tsunami foi oferecida ao mundo pelos japoneses. Numa tradução livre, significa "onda de porto" e é usado para designar as ondas gigantes associadas aos abalos sísmicos. As ondas são geradas pelos tremores no fundo do oceano, capazes de deslocar a coluna d’ água do epicentro para todas as direções. A água se move em altas velocidades e com grande comprimento de onda - como foi o caso da que atingiu o arquipélago japonês após o terremoto do último dia 12 de março. À medidaque a onda se aproxima da costa, o relevo submarino torna-se mais raso. A onda perde velocidade e ganha altura, com energia suficiente para penetrar por quilômetros nas terras emersas. Fonte: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009, p. 94 O Terremoto Os tsunamis são formados quando o fundo do mar sofre uma alteração/ e ou deformação, normalmente por causa de um terremoto submarino. A movimentação do solo gera energia que forma uma onda. Formação Essa onde viaja até a costa sem perder energia. Em alto mar, ela geralmente não passa de 1 metro. Mas, ao se aproximar da costa, ganha altura. Sinais Antes da Chegada do tsunami, o mar recua da costa, como se fosse uma maré extremamente baixa. Esse recuo pode passar de 800 metros. Chegada O tsunami pode ser uma única onda ou uma série de três ou quatro ondas. O impacto As ondas podem chegar aos 20 metros de alturas,mas omaior perigo de um tsunami é sua força. O grande volume de água e sua velocidade, que pode atingir 800 km, são capazes de varrer cidades inteiras. Terremoto moveu Japão quatro metros para o leste Violência do tremor fez com que o país se deslocasse; cartas náuticas e mapas terão que ser modificados Gráfico mostra a magnitude do terremoto que atingiu o Japão. Fenômeno deslocou o país quatro metros para o leste. (Frederick Florin/AFP) Existem duas escalas que são usadas para medir a magnitude e a intensidade dos terremotos: Escala Richter de Magnitude: A escala Richter de magnitude foi criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles F. Richter. Ela se baseia na amplitude das ondas medidas por um sismógrafo. A medição é ajustada para medir a distância entre o sismógrafo e o epicentro do tremor. As magnitudes Richter aumentam logaritimicamente, o que significa que cada nível é dez vezes mais poderoso que o anterior. Os números da escala Richter estão ligados à quantidade de destruição causada por um terremoto em cada nível. Escala Mercalli de Intensidade: A escala Mercalli de intensidade foi inventada em 1902 pelo cientista italiano Giuseppe Mercalli. Ela se baseia na observação dos danos de um terremoto em determinado local. A intensidade de um tremor difere enormemente de local para local. Depende de fatores como distância do epicentro, projeto e qualidade da construção dos edifícios locais e do tipo de superfície abaixo dos edifícios. Magnitude Descrição 1 Não é sentido na superfície, mas é registrado por sismógrafos próximos ao epicentro. 2 Pode ser sentido apenas levemente próximo ao epicentro, no máximo. 3 Pequeno tremor, muitas vezes sentido próximo ao epicentro, mas que causa pouco ou nenhum dano. 4 Tremor leve, sentido mas causando pouco ou nenhum dano. 5 Tremor moderado, sentido amplamente, pode causar algum dano próximo ao epicentro. 6 Tremor forte, claramente sentido por uma área extensa. Danifica construções mal feitas em um raio de 10 km. 7 Terremoto de grande porte, causa sérios danos e possíveis mortes em um raio de 100 km do epicentro. 8 Grande terremoto, que pode causar destruição e mortes ao longo centenas de quilômetros do epicentro. 9 Terremoto de rara grandeza, grandes danos e muitas mortes ao longo de uma ampla região a mais de 1.000 km do epicentro. Escala Richter de Magnitude Numere Nome Descrição I Instrumental Detectado por sismógrafos, geralmente não sentido. II Fraco Algumas pessoas podem sentir o movimento se elas estiverem em repouso e/ou em andares elevados de edifícios. III Leve Diversas pessoas sentem, muitas vezes confundido por um veículo que passa na rua. O tremor é sentido dentro das construções. Objetos suspensos se mexem. Pessoas ao ar livre podem não perceber que está ocorrendo um terremoto. IV Moderado A maior parte das pessoas sente o movimento. Os objetos suspensos balançam, carros estacionados podem se mexer. Pratos, janelas e portas batem. O terremoto é sentido como um caminhão pesado batendo nas paredes. Algumas pessoas ao ar livre podem sentir o movimento. V Quase forte Quase todo mundo sente o movimento. Pessoas dormindo são acordadas. As portas se abrem e fecham, pratos se quebram, quadros nas paredes se movem. Paredes rachadas, árvores oscilando. VI Forte Sentido por todo mundo. Muitos correm para fora. Ocorre um leve dano. Um tremor mais forte pode fazer com que pessoas caiam e que paredes e tetos rachem. As pessoas caminham com dificuldade, janelas se quebram e quadros caem das paredes. Os móveis se mexem. Árvores e os arbustos são sacudidos. VII Muito forte Todos correm para o ar livre. Construções mais precárias sofrem danos severos. Há danos leves em todos os outros lugares. É difícil ficar em pé; gesso, tijolos e azulejos caem; grandes sinos tocam. Os motoristas sentem o carro tremer. Alguns móveis se quebram. Tijolos soltos caem das construções. As pessoas caem. VIII Destrutivo Edifícios altos oscilam, móveis se quebram, carros perdem a direção. Todos correm para o ar livre. Danos moderados e intensos. Pequenos danos a prédios especialmente projetados. Chaminés e muros caem. Os motoristas têm dificuldade para dirigir. Casas sem alicerces se deslocam. Galhos de árvores se quebram. As colinas podem ter fissuras se o chão estiver úmido. Os níveis de água em poços podem ser alterados. Escala Mercalli de Intensidade: Tsunami em Natori após o tremor causado pelo terremoto de 8,9 graus na tarde desta sexta-feira, Japão - Kyodo/Reuters Rua na cidade de Urayasu afetada pelo terremoto, Japão - Toshifumi Kitamura/AFP . 12 de abril - O terremoto que teve epicentro na província de Fukushima causou um deslizamento que bloqueou uma estrada da região 20 de março - Duas mulheres japonesas utilizam tacos de golfe para procurar pertences nas proximidades de um prédio destruído em Onagawa, prefeitura de Miyagi, no nordeste do Japão VULCANISMO QUE TIPO DE FENÔMENOS PODEM CAUSAR ALTERAÇÕES IMEDIATAS NA PAISAGEM? Além orogênese e epirogênese, outros movimentos internos, bem mais rápidos e também ligados aos limites das placas tectônicas, podem interferir n relevo terrestre. São as erupções vulcânicas eos abalos sísmicos (terremotos). Atividade vulcânica O QUE É VULCÂNISMO? Chamamos de vulcanismo os fatos e fenômenos geográficos relacionados com as atividades vulcânicas, através dos quais o magma do interior da Terra chega à superfície. A manifestação típica do vulcanismo é o cone vulcânico e o amontoado de pó, cinzas e lavas formado pelas erupções. O cone vulcânico, chaminé, a cratera e a câmara magmática são as partes principais de um vulcão. Um vulcão expele uma grande variedade de materiais: magma (lava) gases, lama e materiais piroclásticos (fragmentos de vários tamanhos- poeira, cinza fina, cinza grossa, pedras grandes e blocos). O balneário de Rotorua, na Nova Zelândia, exibe o fenômeno vulcânico sob a forma de gases e gêiseres, nos jardins das casas, no meio dos campos e das pastagens, tendo se tornado uma região turística. Em alguns lugares, a água atinge camadas mais profundas, tornando-se aquecida. Quando aflora, com temperaturas elevadas, constitui uma fonte termal. No Brasil, são famosas as fontes termais de Araxá e Poços de Caldas, em Minas Gerais, e a de Goiás. http://www.trivago.com.br/rotorua-80317/paisagem- natural/wai-o-tapu-thermal-wonderland-98632/fotosVULCÂNISMO Complexo turístico do Rio Quente, Pirapitinga com sua lagoa Quente, em Caldas Novas Minas Gerais. . V U L C Â N I S M O http://www.trivago.com.br/rotorua-80317/paisagem- natural/wai-o-tapu-thermal-wonderland-98632/fotos http://www.trivago.com.br/rotorua-80317/paisagem- natural/wai-o-tapu-thermal-wonderland-98632/fotos O RIFT VALLEY O Grande Vale do Rift é um complexo de falhas tectônicas criado há cerca de 35 milhões de anos com a separação das placas tectônicas africana e arábica. Esta estrutura estende-se no sentido norte-sul por cerca de 5000 km, desde o norte da Síria até ao centro de Moçambique, com uma largura que varia entre 30 e 100 km e, em profundidade de algumas centenas a milhares de metros. Uma grande depressão se desenvolve no continente e a água do mar invade as terras mais baixas, formando lagos salinos. A atividade vulcânica é intensa, pois o estreitamento da crosta continental, em alguns pontos faz com que a camada quente e fluída abaixo da litosfera (a astenosfera) se aproxime da superfície. Esse tipo de ambiente geotectônico é chamado de "rift valley" (termo geológico em inglês que significa "vale de fendas de grande extensão"). O exemplo atual de um continente nesta fase de fragmentação é o “Rift Valley” Africano, na África Oriental (Etiópia, Uganda, Quênia, República do Congo, Tanzânia, Malui e Moçambique). 1 - Há 15 milhões de ano, havia uma cordilheira de vulcões 2 - Hoje, há vulcões, crateras e lagos na fenda do Rift Valley 3 - Daqui a 15 milhões de anos, a fenda pode partir e dividir a Africa. 4 - Há 15 milhões de ano, havia uma cordilheira de vulcões 5 - Hoje, há vulcões, crateras e lagos na fenda do Rift Valley 6 - Daqui a 15 milhões de anos, a fenda pode partir e dividir a Africa. As placas tectônicas estão se afastando 7 milímetros por ano. Há 15 milhões de anos, o calor subterrâneo provocou a ruptura da crosta terrestre e ergueu uma cordilheira de vulcões no Rift Valley. Há 2,5 milhões de anos, as lavas espraiaram os cones e criaram crateras e lagos, surgindo o cenário de hoje, de vulcões ativos, inativos e lagos. Daqui a 15 milhões de anos, se as placas tectônicas se separarem, a fenda pode dividir a África. Rift Valley Rift Valley Junção Tríplice no Oriente Médio A Falha Anatólia-norte, que se estende desde o leste da Turquia até a Grécia, possui cerca de 1600 quilômetros de extensão. Esta falha divide duas placas tectônicas: a Eurásia e o bloco anatólico, muito menor, sobre o qual se assenta quase todo o território da Turquia. Falha Anatólia-norte O sismo de Izmit foi um dos mais violentos da história, com mais de 17 mil mortos. Anatólia-norte Hot spots Pontos quentes no manto (plumas do manto) Estacionários. formam cordilheiras submarinas por atividade vulcânica. usados para saber a velocidade da placa (datação radiométrica) hot spot muito profundo e estacionário da placa Pacífica que está em movimento a uma taxa de 10cm/ano Honolulu, Waikiki... O CÍRCULO DO FOGO DO PACÍFICO A maior parte dos vulcões se localiza ao longo ou próximo do limite das placas tectônicas. São os chamados vulcões de limite de placas. Porém, alguns deles localizam-se no interior de uma placa tectônica, sendo por isso denominados vulcões intra-placas, cujo exemplo mais conhecido é o arquipélago havaiano, situado no interior da placa do Pacífico. Os vulcões de limite de placas ali¬nham-se no "encontro" das placas tectônicas, no chamado Círculo de Fogo, que se estende pêlos oceanos Pacífico e Atlântico e pelo mar Mediterrâneo. VULCÕES Kilauea, Hawaii - É o mais ativo vulcão do mundo atualmente. SakuraJima, Japão - Um dos mais ativos do Japão. Nesta incrível imagem, dá para ver raios formados devido ao atrito das rochas em suspensão durante a erupção. - Rabaul, Papua Nova Guiné - A primeira foto mostra o momento exato em que o vulcão entrou em erupção. - Rabaul, Papua Nova Guiné A segunda foto é uma imagem tirada do espaço. VULCÃO ETNA, ITÁLIA - Etna, Itália - O vulcão mais ativo da Europa É um dos mais altos do mundo. Localizado na Sicília, tem mais de 3.300 metros de altura. Sua altura varia com frequência, já que está sempre em atividade. Anak Krakatoa, Indonésia - Anak Krakatoa, Indonésia - O vídeo incrível mostra o momento exato em que o Anak Krakatoa entra em atividade. Monte Santa Helena, Estados Unidos TECTONISMO-ABALOS SÍSMICOS Uma das manifestações mais temidas e destruidoras dos movimentos da crosta terrestre são os terremotos ou abalos sísmicos. O terremoto é produzido pela ruptura das rochas provocada por acomodações geológicas de camadas internas da crosta ou movimentação das placas tectônicas. Podemos citar como exemplos desse tipo de limite a falha de San Andreas, na Califórnia, Estados Unidos e a falha da Anatólia, causa do terremoto ocorrido em 1999 na Turquia O ponto onde o terremoto se origina recebe o nome de centro ou foco. O ponto da superfície terrestre diretamente acima do centro é o epicentro, onde o terremoto é sentido com maior intensidade. FALHA DE SANT ANDREAS Minerais e Rochas Minerais e Rochas Minerais: Substância natural, inorgânica, que possui composição química e estrutura atômica definida. Rochas e Minerais Minerais: Em geral são sólidos => Exceto água e mercúrio Formado por: • Cristalização a partir do resfriamento de líquidos magmáticos. • Recristalização em estado sólido devido a alteração das condições de temperatura e pressão in situ. • Reações químicas entre sólidos e líquidos. Rochas e Minerais Minerais: Rochas e Minerais Rochas: Corpo sólido formado por agregado de um ou mais minerais. Resultante de um processo geológico específico. Obs: Diferente de sedimentos, por exemplo: areia de praia é um conjunto de minerais soltos. Tipos de Rochas: Ígneas Sedimentares Metamórficas Intrusivas Extrusivas TIPOS DE ROCHAS TIPOS DE ROCHAS As rochas podem ser classificadas, segundo sua formação, em magmáticas (ou ígneas), metamórficas e sedimentares. As rochas ígneas são formadas a partir da solidificação do magma. As rochas metamórficas estão submetidas a elevadas temperaturas e pressões no interior da crosta. As rochas sedimentares são formadas por processos de deposição de sedimentos que se originam na superfície terrestre. Por que as rochas magmáticas e metamórficas são também chamadas de cristalinas ? Por que os minerais que as compõem, no processo de consolidação, formaram cristais. Por isso, essas rochas recebem o nome de cristalinas. A pressão e a temperatura muito elevadas, os fortes atritos, ou a combinação química de dois ou mais minerais transformam a estrutura molecular das rochas , já formadas, o que dá origem às rochas metamórficas, como o mármore, ardósia, o quartzito e o gnaisse. FORMAÇÃO DAS ROHAS MAGMÁTICAS FORMAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES Rochas Sedimentares As rochas sedimentares são o terceiro tipo de rocha presente na crosta terrestre. Conforme a superfície da terra se resfriava, gasescomo nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e outros foram liberados e formaram a atmosfera. A partir de então começou a ocorrer as chuvas, e com elas iniciou-se o processo de intemperismo ou decomposição química das rochas. Os fragmentos de rochas são transportados pelos ventos ou pela água da chuva até os rios, que, por sua vez, os levam para o fundo de lagos e oceanos. Lá os fragmentos vão se depositando em camadas. É assim que se formam, por exemplo, terrenos cobertos de areia, como as praias. TRANSPORTE E SEDIMENTAÇÃO Na foto, o Grand Canyon e o Rio Colorado no Arizona (Estados Unidos, 2007). As rochas sedimentares podem apresentar-se estratificadas, ou seja, em camadas com idade e composição diferentes. FÓSSEIS, PALEONTOLOGIA E ARQUEOLOGIA Fóssil de baleia com 40 milhões de anos, encontrado por paleontólogos, no Cairo, Egito. Entre outras, é uma prova de que essa região já esteve no fundo do mar. Rochas e Minerais Rochas Ígneas Intrusivas: Provém da consolidação do magma presente no interior da crosta Ex: Granito Rochas e Minerais Rochas Ígneas Extrusivas: Provém da consolidação do magma extravasado na superfície por meio de erupções vulcânicas Ex: Basalto As rochas ígneas são importantes para petróleo, pois podem ser reservatórios de petróleo (quando se apresenta muito fraturado) , podem influenciar na maturação do petróleo (aquecem a rocha geradora de óleo) e podem ser úteis para servir de armadilha para acumulação de óleo (nos dois últimos casos, tanto pode ser rocha intrusiva ou extrusiva) Rochas e Minerais Rochas Sedimentares: Podem ser formadas pela consolidação de sedimentos, precipitação química e ação biogênica. Rochas apresentam-se dispostas em camadas. arenito Pelito Essas rochas se depositam nas bacias sedimentares e são importantes pois são as principais responsáveis pela acumulação de petróleo. calcário Coquinas Restos de conchas Rochas e Minerais Rochas Metamórficas: Resulta da transformação de uma rochas ígnea ou sedimentar devido a novas condições de temperatura e pressão. Gnaisse mármore Mármore é rocha metamórfica provinda de rocha sedimentar (calcário) Atenção: Para a orientações dos minerais (xistosidade) que exprime a disposição da pressão (tensão) exercida na rocha. Ciclo das Rochas Ciclo das Rochas Aqui deve-se pegar o decifrando a terra e ler essa parte. Tente colocar as fotos deste livro para facilitar As grandes estruturas geológicas do globo são resultantes da atuação de fatores endógenos (do interior da crosta) como o vulcanismo, abalos sísmicos ou terremotos e movimentos tectônicos: A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Conheça as estruturas geológicas: Escudos cristalinos: muito antigos (Era Pré-cambriana), formados por rochas cristalinas, formam a base rochosa dos continentes. São estruturas resistentes e estáveis que originam os núcleos cristalinos quando surgem na superfície. Estruturas Geológicas Bacias sedimentares: áreas antigamente rebaixadas que foram preenchidas por sedimentos. As Bacias mais antigas (Mesozóico) podem ter sido soerguidas e erodidas aparecendo em planaltos, enquanto as mais jovens (Cenozóico) formam planícies ou aparecem em depressões. Dobramentos modernos: no Período Terciário da Era Cenozóica Os dobramentos modernos recebem este nome, é considerado um fenômeno recente na história do planeta (ocorreu no fim da era Mesozóica e início da Cenozóica, no período Terciário). As cadeias dobradas recentemente, como os Andes, o Himalaia, as Rochosas, os Alpes, etc. apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica. Por serem Relativamente recentes, acham-se pouco desgastadas e, como ainda estão em construção, tornam-se sujeitas à ação de terremotos e vulcões. Os dobramentos, que ocorrem por pressões laterais na crosta terrestre em rochas com plasticidade, e os falhamentos geológicos, por pressões verticais em rochas mais duras. Além disso a atuação de fatores exógenos (que atuam na superfície) como os ventos, geleiras, chuvas, rios, contribuem para definir as formas do relevo. As rochas, uma vez expostas na superfície, são alteradas pelo intemperismo físico (variação térmica), intemperismo químico (atuação da água) e biológico (seres vivos). A camada de alteração superficial das rochas chama-se manto ou regolito e a evolução desse processo dá origem aos solos. ERAS GEOLÓGICAS Observe abaixo as Eras Geológicas e os principais eventos que nos interessam: CENOZÓICA 60 milhões de anos QUATERNÁRIO – glaciações – surgimento do homem – sedimentação muito recente nos litorais e bacias hidrográficas; TERCIÁRIO – cadeias de montanhas – definição dos atuais continentes – bacias sedimentares recentes PALEOZÓICA 600 milhões de anos formação de rochas sedimentares – formação de jazidas de carvão com o soterramento de grandes florestas – bacias sedimentares mais antigas –vida marítima, anfíbia e terrestre – fragmentação de continentes PROTEROZÓICA – 2 bilhões de anos formação de rochas metamórficas – primeiros seres vivos (muito primitivos) – formação dos escudos cristalinos e jazidas de minerais metálicos ARQUEOZÓICA – 5 bilhões de anos início de formação do planeta – formação das primeiras rochas (magmáticas) – ausência de fósseis MESOZÓICA 220 milhões de anos intenso vulcanismo – formação de rochas vulcânicas – grandes répteis e aves – bacias sedimentares – migração dos continentes PALEOZÓICA 600 milhões de anos formação de rochas sedimentares – formação de jazidas de carvão com o soterramento de grandes florestas – bacias sedimentares mais antigas –vida marítima, anfíbia e terrestre – fragmentação de continentes PROTEROZÓICA – 2 bilhões de anos formação de rochas metamórficas – primeiros seres vivos (muito primitivos) – formação dos escudos cristalinos e jazidas de minerais metálicos ARQUEOZÓICA – 5 bilhões de anos início de formação do planeta – formação das primeiras rochas (magmáticas) – ausência de fósseis
Compartilhar