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Aula 2

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Corporações e Contexto Empreendedor 
 
 
 
 
 
Aula 2 
 
 
 
 
 
Ademir Bueno 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Olá, seja bem-vindo(a) à mais uma aula da disciplina Corporações e 
Contexto Empreendedor. Agora, o professor Ademir vai nos fizer 
quais serão os assuntos de hoje! 
 
O FIM DA ECONOMIA FEUDAL 
A forma de organização do homem para manter-se vivo, como ser 
individual e social, passou por várias mudanças. Desde a pré-história, 
quando o que era mais importante era conseguir alimento e água para 
manter vivo, a si e sua prole. 
Depois a organização social o levou a mudar comportamentos e forma 
de se organizar em grupo, inicialmente pequenos grupos, depois 
foram aumentando, o que levou à formação de comunidades e 
posteriormente cidades. 
Estas foram ganhando importância com o decorrer do tempo, assim as 
cidades se tornaram no centro de convivência dos grupos humanos e 
“evoluíram” até os modelos que vemos hoje à nossa volta. Se foi 
melhor ou pior é uma questão de visão, há defensores para ambos as 
posições. 
O que conhecemos hoje por sistema capitalista de produção é fruto da 
própria organização humana em sociedade. É um passo a diante do 
que conhecemos como Feudalismo. Esse sistema de produção, o 
Feudal, onde os feudos eram aglomerados de pessoas em torno de 
uma propriedade, onde havia um Senhor Feudal, o dono das terras, e 
aqueles que para ele trabalhava. 
Ali se produzia para a subsistência, ou seja, somente para manter 
aquela comunidade alimentada. E claro, depois isso passa por 
algumas alterações e vem desembocar naquilo no que conhecemos 
como sistema capitalista. 
Nesta rota discutiremos como esteve organizado o Feudalismo, suas 
características, por quais transformações passou para se constituir no 
Sistema Capitalista de Produção, bem como, das transformações que 
ocorreram em termos de processos e produtos para alcançarmos mais 
produtividade e qualidade. Nada comparado ao que temos hoje, mas 
com certeza foi nessa época que se deu origem ao que temos na 
atualidade das formas de produção e também que surgiram as 
empresas/corporações que existem até nossos dias. 
Ao final, vamos apresentar fórmulas para se identificar oportunidades 
de negócios e o conceito, características, vantagens e desvantagens 
do sistema de Franquias como possibilidade de investimento para 
quem deseja abrir um novo negócio. 
 
PROBLEMATIZAÇÃO 
Analise as afirmativas a seguir: 
A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos 
da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento 
comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias 
(roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços 
(atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram 
pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas 
ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos 
integrantes do clero católico. Daí a possibilidade de serem 
chamados de empreendedores da idade média. 
Assim sendo: 
I. Na expansão burguesa, as funções políticas desta classe estão 
intrinsecamente ligadas ao seu poder econômico. 
II. O Estado condensa os interesses comuns de toda a sociedade. 
A esse respeito é possível concluir que: 
 
 
a) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a 
primeira. 
b) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda não justifica a 
primeira. 
c) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. 
d) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira. 
e) as duas afirmativas são falsas. 
Resposta certa: C 
 
 
OBJETIVOS DE ESTUDO 
Vamos conhecer os objetivos da aula de hoje de acordo com a 
Taxinomia de Bloom 
Conhecimento efetivo 
Não se aplica 
Conhecimento Conceitual 
Conhecer e diferenciar conceitos de feudalismo, corporação, empresa, 
entender as diversas fórmulas para identificar oportunidades de 
negócios. 
 
Conhecimento Procedural 
Identificar e diferenciar conceitos dos sistemas de produção 
apresentados (feudalismo e capitalismo), além de distinguir as 
diversas formas de se identificar oportunidades de negócios, 
compreendendo como isso se processa no dia a dia do 
empreendedor/gestor. 
Conhecimento Metacognitivo 
Integrar os conceitos e as características dos sistemas de produção, 
avaliando a influência do passado, da forma de organização social, 
econômica e política na maneira de gerir as empresas, bem como, ter 
condições de identificar oportunidades de negócios a partir da 
dedicação e estudo da realidade na qual esteja inserido. 
 
Processo cognitivo 
 Lembrar dos conceitos e suas diferenças. 
 Entender as nuances de cada conceito e sua aplicabilidade às 
funções do administrador. 
 Aplicar em sua atuação a visão ampliada a partir dos 
conhecimentos adquiridos em sua atuação. 
 Analisar as diversas possibilidades de oportunidades de 
negócios no mercado. 
 Sintetizar as características do feudalismo, capitalismo e aplicá-
las à sua atuação. 
 Classificar/Avaliar os sistemas de produção e suas 
características, bem como, escolher qual fórmula ou quais irá 
utilizar para identificar oportunidades de negócios. 
CONCEITOS E DIFERENÇAS 
A Idade Média contempla o período do Século X ao XV, sendo que o 
Feudalismo compreende o intervalo entre os séculos IX e XII. Era um 
sistema sócio, econômico e político. Onde os senhores feudais, donos 
de terras, recebiam pessoas vindas das cidades, as quais não eram 
seguras para se viver, e esses tornavam-se trabalhadores da terra, 
sendo que parte do que produziam era entregue aos donos da terra. 
 
 
Era dessa forma: o vassalo era o dono da terra e servos os que 
trabalhavam em parte da propriedade rural. Período marcado pela 
agricultura, subsistência e autossuficiência. Não havia produção 
excedente, se produzia o necessário para manter as pessoas 
alimentadas e vivas para continuarem a servir os senhores feudais. 
Não havendo assim comércio, somente escambo, onde se pegava um 
determinado produto e trocava-se por outro, não havia a necessidade 
de moeda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com a diminuição do número de servos nos feudos, os senhores 
feudais começam a oferecer pequenos salários para que continuasse 
tendo trabalhadores em suas propriedades. Eles diminuem o peso das 
cobranças em termos de impostos e obrigações dos servos para 
mantê-los sob seu domínio. Esse renascimento comercial e urbano se 
dá no século XIII, onde as cidades ganham importância, quando há o 
início de forma mais estruturada do comércio, as trocas, não mais 
como era – por meio do escambo –, mas troca de produto por moeda. 
É no século XIV que o Feudalismo por passar por sucessivas crises 
deixa sua predominância como sistema de organização social, 
econômica e política dando espaço para outra forma de organização. 
Uma das crises foi a baixa produção agrícola, onde o solo já não mais 
apresentava a mesma produtividade e enchentes e alagamentos os 
quais eram provenientes do corte de árvores para aumentar o espaço 
de cultivo. Alguma semelhança com os dias atuais? 
Quando diminui a produtividade, os senhores feudais começam a 
brigar com outros donos de terras para conquistar mais solo, em 
melhores condições e ao mesmo tempo aumentam a pressão sobre 
seus servos para que produzam mais, havendo aí o levante destes 
contra os senhores feudais e com isso a erupção deste sistema de 
organização social. 
Enfim, uma das principais transformações sociais decorrentes da crise 
do sistema feudal foi a consolidação de uma nova classe social: a 
burguesia (habitantes do burgo-cidade). Essaclasse nasceu dentro do 
próprio feudalismo e cresceu com sua expansão econômica. 
Dominava as atividades comerciais, artesanais e bancárias. Com o 
empobrecimento da nobreza, os burgueses passaram a comprar 
terras dos senhores feudais e a investir na produção agrícola. Essa 
classe foi muito importante na desagregação do feudalismo, pois 
começou a deslocar, lentamente, o eixo da economia para as 
atividades comerciais urbanas. 
No entanto, com a passagem de uma sociedade de economia quase 
exclusivamente agrária para outra, caracterizada pela crescente 
participação de atividades urbanas, promoveu mudanças também na 
vida cultural e intelectual da Europa. 
Ainda que a influência da religião cristã fosse predominante durante a 
Baixa Idade Média, começou a se desenvolver uma cultura leiga, isto 
é, fundamentalmente preocupada com as coisas deste mundo. Essa 
nova cultura foi criada pela burguesia, principalmente por meio das 
Universidades que surgiram nas cidades medievais, assinalando o 
 
 
século XIV o início do Humanismo. O Humanismo vinha a ser um 
retorno à antiguidade clássica, a volta da valorização do homem. O 
repensar da humanidade. O homem passa a pensar a sua própria 
situação. 
A figura a seguir apresenta esquematicamente as mudanças pelas 
quais as empresas passaram no decorrer do tempo e como as 
revoluções: agrícola, industrial e da informação acabaram 
influenciando a estrutura e atuação delas no decorrer do tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS – SUAS INFLUÊNCIAS 
Como foi descrito no início desta Rota a forma de organização do 
homem em sociedade passou e continua passando por alterações e 
mudanças, porém acontecimentos e fatos influenciaram a maneira de 
organizar-se em sociedade, bem como, de produzir sua subsistência. 
Na literatura há uma convenção em destacar que as Revoluções 
Industriais, até o momento passamos por duas, tiveram grande 
impacto na forma como o homem se constituiu em sociedade para 
produzir bens e serviços que levaram a manter a sociedade em 
movimento. 
A seguir, apresentamos as características e respectivas influências 
destas Revoluções sobre a forma de organização de produção. Para 
tanto utilizaremos das descrições feitas por Chiavenato, em seu livro 
Teoria Geral da Administração de 2003. 
O autor inicia sua explanação destacando que foi a invenção da 
máquina a vapor por James Watt e sua utilização junto aos processos 
produtivos que levou a uma nova concepção de trabalho, segundo ele, 
este equipamento ... 
“modificou completamente a estrutura social e comercial da época, 
provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, 
política e social...” (p. 33) 
Essas alterações não se processaram do dia para a noite, mas foram 
profundas e marcaram uma nova forma de utilização da energia, não 
mais a mercê do tempo, em termos climatológicos, mas sim deu ao 
homem a supremacia de poder ter à sua mão outra forma de energia, 
e esta podia ser controlada, condicionada à vontade humana, e não 
como ocorria até então que um navio se movimentava graças ao 
vento, se este não fosse forte o suficiente deixava a embarcação 
parada, os moinhos sofriam do mesmo mal, quando os rios tinham 
seus níveis reduzidos as atividades dos mesmos eram prejudicadas. 
Com o advento desta importante máquina para a história humana há 
um controle maior sobre o fornecimento de energia. 
Segundo Chiavenato (2003, p. 33) a Revolução Industrial iniciou-se na 
Inglaterra e pode ser dividida em duas épocas: 
 
 
 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e 
do ferro 
 1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou do aço e da 
eletricidade 
Para ele, Chiavenato, a 1ª Revolução Industrial passou por quatro 
fases distintas. Confira quais são nas próximas telas. 
 
 
 
Como já descrito, a partir de 1860 a Revolução Industrial passa para a 
segunda fase influenciada por: 
 Aparecimento do processo de fabricação do aço (1856) 
 O aperfeiçoamento do dínamo (1873) 
 Invenção do motor de combustão interna (1873) 
 
Ainda para Chiavenato, 2003, abaixo algumas características da 2ª 
Revolução Industrial: 
 Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico. 
 Substituição do vapor pela eletricidade e derivados de petróleo 
como fontes de energia. 
 Desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização 
do trabalhador. 
 Crescente domínio da indústria pela ciência. 
 Transformações radicais nos transportes e nas comunicações. 
 Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista. 
Sai do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro. 
 
Ainda esse autor afirma que: 
“A calma produção do artesanato – em que os operários se conheciam 
e eram organizados em corporações de ofício regidas por estatutos –, 
foi substituída pelo regime de produção por meio de máquinas, dentro 
de grandes fábricas. Em função disso, houve uma súbita 
transformação...” (2003, p. 34) 
Essas mudanças passaram pela transferência de habilidade do 
artesão para a máquina, o que levou a maior rapidez na produção, 
maior quantidade produzida, melhoria na qualidade, possibilitando 
diminuição nos custos de produção. Além da substituição do animal e 
da força humana pela capacidade produtiva da máquina a vapor. Isso 
tudo revolucionou a produção, aumentando os itens produzidos em 
menor tempo e maior economia. 
 
 
A figura abaixo retrata a união da ação humana e máquina. 
 
Assim “O rápido e intenso fenômeno da “maquinização” das oficinas 
provocou fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras 
maiores e que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em 
fábricas. O operário foi substituído pela máquina nas tarefas em que 
se podia automatizar e acelerar pela repetição.” Chiavenato, 2003, p. 
34 
Essas mudanças mexeram com a vida de todos, dos empresários que 
passaram a ter maior economia com mão de obra, que passaram a 
produzir mais e mais barato, para o consumidor maior diversidade de 
produtos, chegando mais rápido e com preços mais acessíveis. 
O crescimento das fábricas era improvisado e baseado na experiência, 
não havia estudos para aumentar a produção ou melhorar a 
qualidade. Isso se dará no futuro com o nascimento da ciência da 
Administração. A qual teve como pai Frederick Taylor. 
Os trabalhadores passam a ser explorados de forma quase desumana 
neste período, tendo jornadas de trabalho de 12/13 horas por dia, 
condições de trabalho insalubres e com alto grau de risco à sua saúde 
física. Assim alguns países passaram a interferir nas relações entre os 
operários e fábricas baixando leis trabalhistas. 
Para Chiavenato, 2003, p. 35-36, a empresa moderna nasceu com a 
Revolução Industrial por conta de alguns fatores que são elencados a 
seguir: 
1. A ruptura das estruturas corporativas da Idade Média. 
2. O avanço tecnológico e a aplicação dos progressos científicos à 
produção, a descoberta de novas formas de energia e a enorme 
ampliação de mercados. 
3. A substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de 
produção. 
4. Substituição do artesão pelo operário especializado. 
5. Crescimento das cidades e aumento da necessidade de 
administração pública. 
6. Surgimento dos sindicatos como organização proletária. 
7. Primeiras experiências sobre administração de empresas. E 
posterior consolidação desta área de conhecimento. 
8. Início da Era Industrial que se prolongou até a última década do 
século XX. 
Nesta época como surgiam as empresas? Quem iniciava-as? Com 
quais objetivos? Quem eram seus donos? 
O surgimento das empresasé fruto da própria organização social, das 
relações humanas, tendo em vista que os produtos eram destinados 
às pessoas de uma determinada sociedade. As invenções de homens 
desta sociedade levaram a transformações no modo de se fabricar 
aquilo que era necessário à vida em sociedade. 
Quando novas tecnologias eram desenvolvidas – exemplo máquina a 
vapor – afetavam a vida de todos os cidadãos, direta e indiretamente, 
pois, de um lado os artesãos que viraram operários, os empresários 
 
 
que ganharam em produtividade e menor custo e o consumidor com 
maior acesso aos produtos fabricados com preços menores. 
As empresas eram iniciadas por capitalistas, pessoas que possuíam 
dinheiro e viram a possibilidade de aumentar seu capital e ganhos 
sendo dono de fábricas de produtos que seriam utilizados pelas 
pessoas que viviam nas cidades e campo. 
O objetivo maior do capitalista era rentabilizar seu capital a partir do 
lucro obtido com a produção em suas fábricas. Para tanto, exploravam 
a mão de obra disponível com alta carga horária e baixos salários. E 
vendiam seus produtos na cidade onde estava instalada e outras onde 
conseguia chegar por meio dos transportes disponíveis na época. 
Na Rota 1 afirmamos que os negócios são iniciados por necessidade 
ou por oportunidade. Parece-nos que durante a Revolução Industrial 
os negócios começavam porque o capitalista via nessa ação uma 
possibilidade de atender uma necessidade de sua sociedade e de 
aumentar seu capital. 
E hoje quais são as formas possíveis de se identificar oportunidades 
de negócios? Essa resposta se pretende dar a partir da discussão do 
próximo item. 
Uma pequena lição de casa ... 
Assista ao filme “Tempos Modernos, de Charles Chaplin”: 
https://www.youtube.com/watch?v=ieJ1_5y7fT8 
 
E, em seguida: 
Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos 
modernos, 1936: 
http://www.avidaquer.com.br/wp-content/uploads/2010/09/charles-
chaplin-5-500x333.jpg 
 
Visualizou a imagem? Percebeu que, Tempos modernos, de Charles 
Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados Unidos 
da América dos anos trinta do século passado. Agora responda, no 
filme, as aventuras de Carlitos transcorrem numa sociedade: 
a) capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos 
operários de destruição das máquinas. 
b) globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o 
uso das máquinas na produção de mercadorias. 
c) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na 
exploração dos países pobres em benefício dos operários americanos. 
d) abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do 
trabalho humano ao movimento e utilização maciça das máquinas. 
e) pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o 
homem da opressão do trabalho industrial. 
Resposta certa: D 
 
SAIBA MAIS 
Vamos conhecer “A história do surgimento da eletricidade”? Confira! 
http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/historiaeletricidade.
htm 
IDENTIFICANDO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS 
Para identificar novas possibilidades de negócios o futuro 
empreendedor deve colocar em ação basicamente duas 
características: 
A primeira – disposição – para estar atento a tudo que o cerca, o que 
engloba amigos, familiares, meios de comunicação, internet, noticiário, 
 
 
revistas, jornais, mídias sociais, negócios existentes entre outros. Pois, 
é estando disposto a observar tudo à sua volta que poderá antes do 
que outros a identificar um campo ou área que demande um novo 
produto, serviço ou abertura de um negócio. 
A criatividade, a qual seria a energia para produzir algo novo ou fazer 
conexões inusitadas com a possibilidade de se chegar a um produto, 
serviço ou negócio ainda não pensado. Isso não quer dizer que, ser 
criativo é chegar ao ponto de inventar a roda ou descobrir o fogo, isso 
já foi feito pelo homem em outra época e situação. Criatividade no 
sentido de enxergar possibilidades onde outros enxergariam 
problemas, ver condições mínimas para se pensar em elaborar um 
Plano de Negócios para se estudar a viabilidade de um novo 
empreendimento, seja este de pequeno, médio ou grande. 
Uma vez que o empreendedor coloque em ação essas duas 
características deve se utilizar de uma ou mais das formas abaixo que 
lhe possibilite identificar oportunidades de negócios: 
 
IDENTIFICAÇÃO DE NECESSIDADES 
Essa é a fórmula clássica, pois nenhum negócio deve ser pensado, 
planejado e posto em prática se não houver ou vier para atender a 
necessidade de um determinado público-alvo. Para identificar quais 
necessidades as pessoas têm seja em sua vida pessoal, profissional, 
acadêmica, amorosa, em suas horas de lazer etc, é preciso atenção 
ao que se passa à sua frente, ao que se ouve, ao que se vive. 
Por exemplo, se você for à Panificadora perto de sua casa e todo dia 
não encontrar uma variedade de produtos fresquinhos e com preços 
acessíveis e bom atendimento, provavelmente naquela região há a 
necessidade de uma nova panificadora. Se ouvir sua mãe, mulher ou 
namorada sempre reclamar do fornecedor de gás e água mineral 
possivelmente naquela região um negócio deste segmento que 
superasse essas reclamações seria uma boa opção de negócio. 
Esta fórmula para identificar oportunidades de negócios é basicamente 
fruto da observação, de dedicação do futuro empreendedor para 
observar o que há de desejo não atendido em termos de produtos e 
serviços que poderão ser com a abertura de um novo 
empreendimento. 
 
OBSERVAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS 
Como descrito anteriormente se o empreendedor estiver atento irá 
identificar as necessidades não atendidas em sua região ou cidade e a 
partir disso pode começar a elaborar um Plano de Negócios ou utilizar 
a matriz do BMG, apresentada na 1ª Rota para estudar e estruturar o 
futuro negócio. 
O que são deficiências? Depende. Pode ser a localização do 
empreendimento, a falta de estacionamento, o espaço físico, a 
variedade de produtos, a qualidade dos serviços, o mau atendimento, 
falta de pós venda, assistência técnica deficitária, preços elevados em 
relação ao produto/serviço oferecido, demora na entrega, problemas 
no site, falta de retorno, etc, etc, etc. 
Ou seja, cabe ao empreendedor identificar a percepção dos 
consumidores/clientes, entender o que eles visualizam como 
deficiência em determinado empreendimento e ver se vale a pena 
estruturar um negócio que responda aos anseios do consumidor. 
 
Uma vez que o empreendedor compreender qual ou quais são as 
deficiências percebidas pelo consumidor deve se debruçar sobre 
números para analisar a viabilidade. Pois o que o consumidor pode ver 
como deficiência às vezes não conseguirá ser superada sem aumento 
de preço ou mudanças na forma de apresentação do produto ou 
serviço o que pode também ser visto, novamente, como deficiência. 
Complexo? Sim. Mas que disse que era simples? 
 
 
 
OBSERVAÇÃO DE TENDÊNCIAS 
Quais são os negócios que serão muito requisitados daqui a 5 ou 10 
anos, qual o formato deles, onde estarão localizados, que produtos ou 
serviços oferecerão? 
As respostas a estas e outras perguntas demanda uma característica 
do empreendedor já descrita, a disposição. Pois, sem leitura de livros, 
jornais e revistas. Sem pesquisa, sem estar atento não se descobrirá o 
que será uma tendência que apresente possibilidade de sucesso de 
negócio no futuro. 
Então, cabe ao empreendedor estar atento a tudo à sua volta para 
poder antecipar-se às tendências. Pois, depois que no seu bairro ou 
região já tiverem creches para idosos ou para bichos de estimação, 
clínicas especializadasno atendimento a pessoas da terceira idade, 
restaurantes que ofereçam cardápio com opções mais saudáveis, não 
adianta querer se lançar a esses “novos negócios”, pois a tendência já 
estará consolidada e muitos empreendimentos iniciados para atendê-
las. 
Assim, o empreendedor que conseguir visualizar tendências antes do 
que os outros, que conseguir elaborar um Plano de Negócios para 
estudar a viabilidade, terá maiores chances de ter sucesso. Claro que 
não é porque já existe um negócio aberto que outro não será possível. 
Mas lembre-se, pioneirismo é um fator de sucesso. 
DERIVAÇÃO DA OCUPAÇÃO ATUAL 
O que você faz hoje como empregado é algo que poderia torná-lo um 
empreendedor de sucesso no futuro? Se a resposta for sim, não se 
limite a pensar, permita-se sonhar em tornar sua atuação profissional 
atual em um futuro empreendimento. 
Essa fórmula de identificação de oportunidade de negócios é uma das 
mais indicadas, mas fique atento a alguns aspectos, que você irá 
conhecer logo a seguir... 
• Analise se o que você conhece do negócio é só uma área, tipo 
comercial, ou tem uma visão geral, tipo de compra, gestão de 
pessoas, financeiro etc. 
• Pondere se a situação do negócio vai bem porque é um bom ramo 
ou se é porque o empreendedor é diferente dos demais e isso é que é 
o diferencial. 
• Veja se o que você pensa é o mesmo que os clientes pensam, ou 
seja, se eles deixariam aquele empreendimento para se tornar seus 
clientes; 
• Considere se conseguirá tempo e disposição para dedicar-se como 
empreendedor ao negócio e não como faz na atualidade como 
empregado, que tem hora para entrar e sair, salário fixo e todos os 
benefícios de ser empregado. 
• Avalie o que precisa ainda aprender/desenvolver para dominar todas 
as áreas do empreendimento; 
• Seja frio e calculista e imagine que sua percepção pode estar 
equivocada, o que você considera como um sucesso absoluto pode 
ser um fracasso mascarado. 
• Decida se está disposto a sair da zona de conforto de ser empregado 
para tornar-se empreendedor e todos os riscos que isso envolve. 
 
Se depois de estudar cada item listado e chegar à conclusão que sua 
experiência em sua área de atuação o categoriza para deixar de ser 
empregado e tornar-se empreendedor mãos à obra, estude e aja para 
passar de empregado a patrão. 
 
 
 
PROCURA DE OUTRAS APLICAÇÕES 
Se você é do tipo professor pardal, aquele que não perde uma 
oportunidade para criar geringonças e objetos que podem ser uteis em 
casa ou no trabalho, essa fórmula é para você. 
Ela é baseada na criatividade, no olhar atento do empreendedor de 
vislumbrar novas possibilidades de uso ou utilização de objetos e 
produtos. 
Ela significa que você vê em algo já existente outra possibilidade de 
uso e que isso pode se transformar num negócio rentável e lucrativo. 
Veja alguns exemplos desta categoria: 
• Coca-cola: foi inicialmente criada para ser um xarope, mas alguém 
viu que poderia ser adaptada para se transformar em um refrigerante, 
o qual é hoje o mais vendido em todo o mundo. 
• Post it da 3M: sua criação foi baseada num produto que havia sido 
abandonado pelo seu criador, alguém um dia conversando com o 
descobridor da “cola que não cola” tiveram a ideia de formular esse 
produto que é líder mundial em vendas. 
• Teflon: foi criado inicialmente pela NASA, agência espacial 
americana, para suportar o calor das espaçonaves ao retornar à terra 
quando entravam em contato com a atmosfera. Posteriormente 
alguém viu nesse produto um elemento que poderia servir de base 
para produtos para a cozinha doméstica/industrial. 
 
EXPLORAÇÃO DE HOBBIES 
O que você faz quando ninguém está te vendo? 
Brincadeiras à parte, essa também é uma fórmula para identificar 
oportunidades de negócios. Se o que você faz como hobby é algo que 
outras pessoas poderiam se interessar ou já se interessam. Exemplo: 
se gosta de tocar algum tipo de instrumento musical, se gosta de 
pescar, de ir à academia, andar de bicicleta, cozinhar entre outras 
coisas. Tudo isso daria um estudo para abertura de um novo 
empreendimento. 
Vejamos, se gosta de pescar pode começar a organizar viagens para 
locais para onde essas pessoas gostam de ir para praticarem seu 
hobby. Se gosta de pedalar poderia estruturar uma revenda de bikes 
ou oficina para este esporte/lazer. Se gosta de cozinhar poderia 
escrever um blog, fazer comida congelada, abrir um café etc. 
Mas atenção, tome cuidado para estudar com calma os prós e contras 
de um negócio daquilo que te dá prazer quando o pratica como hobby, 
pois uma coisa é pedalar e curtir o vento na cara, outra é fazer 
compras de bikes e acessórios, administrar uma conta corrente que 
possa ter mais débitos do que créditos, fazer a gestão de um equipe 
etc. 
Segundo o SEBRAE quando se abre um negócio que era um hobby 
geralmente esses empreendimentos não se tornam grandes 
empresas. 
E o maior cuidado que o empreendedor deve ter é não transformar 
esse hobby em um desprazer, caso o negócio não saia conforme 
planejou. 
 
 
 
Uma história ... 
Leia a situação descrita abaixo, extraída do Livro Caminhada 
Empreendedora e a seguir assinale a opção correta em relação a 
moral da história que podemos retirar/aprender: 
 
 
Miguel sempre foi um aficionado por música. Gostava não somente de 
tocar guitarra, piano e bateria, como também de efetuar gravações de 
suas performances. Em conjunto com dois amigos, teve a ideia de 
produzir CDs com aulas de música. Porém, em 2000, a tecnologia de 
produção de CDs ainda era algo restrito e os equipamentos e 
softwares necessários eram caros. 
A opção que tinham era produzir as aulas em estúdio próprio e 
terceirizar a produção dos CDs, ou usar um estúdio alugado. Não 
havia dinheiro para mobilizar as duas ações e muito menos se 
mostrava interessante terceirizar tudo, visto que ficariam à mercê dos 
terceirizados em toda a linha de produção. 
Resolveram estudar mais o método de ensino de música que 
pretendiam desenvolver para inserção nos cursos por CDs e 
aproveitaram o amplo poder de pesquisa da internet, com o apoio do 
recém surgido Google. Quanto mais pesquisavam métodos, mas 
queriam aprimorar o método que desejavam implementar. 
Em paralelo, pesquisavam o maquinário necessário para produção 
dos CDs e os estúdios disponíveis para locação. Avançaram nas 
pesquisas, evoluíram bastante no método que iriam adotar e estavam 
praticamente prontos para a ação. Porém, havia passado dois anos 
desde a ideia original. 
A realidade de 2002 era outra e bem menos amigável ao projeto que 
haviam amadurecido no decorrer dos últimos 24 meses. 
Havia estourado de forma ampla a tecnologia MP3, os programas P2P 
(pessoa a pessoa) estavam sendo amplamente utilizados e a mídia 
CD estava entrando em decadência. Seria imprevidência abrir um 
negócio para a produção de CDs em um mundo que estava focando 
trânsito de mídia pela internet, em formato MP3 e independente de 
mídias físicas. A pergunta que fizeram era: valeria a pena desenvolver 
CDs com um mundo em que circulariam dezenas de cópias de seu 
curso pela internet sem que as pessoas precisassem pagar por ele? 
A resposta era óbvia: o modelo de negócio que haviam desenvolvido 
não teria viabilidade no mundo de P2P que ganhava corpo e iria 
dominar o mundo fonográfico em poucos anos. 
Fonte: Schneider, E, I; Castelo Branco, H. J. Caminhada 
Empreendedora, Curitiba, Intersaberes, 2012, p. 72-73 
 
Agora, avalie qual alternativa revela a moral da história, depois clique: 
a) Nem sempre algo que está sendo ultrapassando, em termos de 
tecnologia, será necessariamente um mau empreendimento.b) Não basta identificar uma oportunidade de negócio se não houver 
capital suficiente para iniciá-lo de forma a superar a concorrência. 
c) Todo negócio que leva 2 anos para ser iniciado/inaugurado estará 
ultrapassado. 
d) Somente através de muita pesquisa, estudos e dedicação para 
conhecer todos os aspectos do futuro empreendimento é que o 
empresário saberá se vale a pena ou não fazer o investimento 
financeiro para concretizar sua ideia. 
e) Todo negócio dará certo, basta definir um bom produto para 
determinado público, independente se já está se tornando 
ultrapassado ou não. 
Resposta certa: D 
 
PESQUISA DE FRANQUIAS 
Esta outra fórmula para se identificar possíveis negócios a se iniciar. 
Abaixo, conceituamos o que é esse sistema, de onde surgiu, 
vantagens e desvantagens de se tornar um franqueado. 
 
 
 
O QUE É UMA FRANQUIA OU FRANCHISING? 
É uma empresa criada por um indivíduo, o qual teve uma ideia, a 
colocou em prática, obteve sucesso, desenvolveu uma marca, 
padronizou produtos, serviços, lay out, processos e resolveu 
compartilhar com possíveis interessados essa sua ideia de negócio. 
Porém, estruturou seu negócio e comercializa o direito de outros 
usarem sua marca, produtos e serviços. 
 
O QUE É UM FRANQUEADOR? 
É a empresa detentora de uma marca que comercializa o direito de 
seu uso, cobrando royalties por esse uso que pode ser sobre o 
faturamento bruto, sobre produtos comprados ou uma taxa fixa 
mensal. 
É a gestora da marca e das franquias que são adquiridas por pessoas 
interessadas em tornarem-se empresários. 
 
 
O QUE É UM FRANQUEADO? 
É o indivíduo que pensando em iniciar um negócio opta em comprar 
uma Franquia de uma Franqueadora, a qual é conhecida no mercado 
por seus produtos e serviços. 
 
O QUE É A TAXA DE FRANQUIA? 
É o valor estipulado por uma franqueadora para que alguém tenha o 
direito de usar sua marca, revender seus produtos ou representar seus 
serviços. 
É paga para que o Franqueado possa iniciar seu empreendimento. 
Mas deve-se ressaltar que esse pagamento é para o uso da marca e 
depois o futuro empreendedor deve ter capital para estruturar o 
negócio: 
Locar e fazer possíveis reformas no imóvel, comprar máquinas, 
equipamentos, utensílios, matéria-prima, produtos, contratação e 
treinamento de pessoal, despesas com abertura legal da empresa, 
verba para execução do plano de marketing, capital de giro para 
pagamentos das despesas enquanto a empresa não oferece 
resultados superiores às despesas, etc. 
 
UM POUCO DE HISTÓRIA 
As franquias não são algo novo, abaixo descrevemos um pouco da 
história deste sistema de criação e gestão de empresas, baseados no 
site franquia.com.br. 
A origem do franchising remonta a Idade Média. Segundo o professor 
francês Michel Kahn, do ponto de vista histórico, a franquia nasceu na 
França (Vale do Rio Reno) ao longo dos séculos XII e XIII d.c. 
Tem-se o conhecimento de que a assinatura de um dos primeiros 
contratos de franquia ocorreu em 1.232, referindo-se aos franqueados 
da cidade de Chambery. 
Franc – palavra do francês antigo – significa transferência de um 
direito, outorga de um privilégio ou concessão exclusiva. 
Assim, a Igreja concedia, naquela época a alguns senhores feudais, o 
direito de cobrar impostos dos camponeses em seu nome, dando a 
estes um percentual sobre o total arrecadado. Pode estar aí a origem 
semântica do termo franquia. 
Mesmo considerando que em 1850 a Singer Seqing tenha expandido 
sua rede de distribuição através da cessão de sua marca a terceiros, 
 
 
segundo o mesmo professor Kahn, foi em 1930, nos Estados Unidos, 
que o então presidente da General Motors (GM), Alfred Sloan, lançou 
as bases modernas da franquia comercial como uma forma de driblar 
a lei antitruste. 
O franchising foi aos poucos revolucionando a distribuição naquele 
país fazendo surgir gigantes do capitalismo mundial. E, junto com eles, 
surgiram inúmeras pequenas empresas, sobretudo após o 
encerramento da Segunda Guerra Mundial com o apoio do governo 
americano através do SBA (Small Business Administration). 
Em 1955, Ray Kroc transformou uma pequena lanchonete de 
hambúrgueres em Desplanes (Illinois) através da franchising, no 
chamado Mc Donald’s, expandindo o conceito para a fórmula hoje 
adotada da Franquia Negócio Formatado. 
Pode-se afirmar que hoje, o franchising está presente no mundo inteiro 
pela internacionalização de grandes marcas americanas e mesmo 
brasileiras e pela difusão em diversos países. No Brasil, em 1910, o 
baiano Artur de Almeida Santos levou sua marca Stella pelo interior do 
Estado da Bahia através da cessão de sua marca. 
Mas somente a partir da década de 80 o franchising se expande no 
Brasil de forma vigorosa até consolidar a posição quarto maior pólo 
mundial entre os países membros da WFC (Word Franchise Council). 
 
QUAIS AS VANTAGENS DE SER UM FRANQUEADO? 
Abaixo, descrevemos os pontos positivos de não se começar um 
empreendimento do zero, e sim fazê-lo a partir de uma marca já 
conhecida e desenvolvida: 
 Maior garantia de sucesso tendo em vista que o negócio já foi 
testado e obteve êxito; 
 Marca já conhecida no mercado; 
 Maior facilidade para instalação do negócio, a franqueadora já 
desenvolveu o passo a passo para auxiliar o franqueado com todos os 
detalhes necessários; 
 Propaganda e marketing cooperados, em lugar de se fazer algo 
isolado a Franqueadora coordena as ações para que se utilizem os 
melhores canais, com menores custos; 
 Desenvolvimento contínuo, em lugar do Franqueado pensar em 
quais produtos ou serviços irá lançar ou atualizar isso fica por conta da 
Franqueadora que faz isso para toda sua rede; 
 Maior poder de negociação, uma vez que uma rede de 
lojas/unidades tem maior força do que uma única empresa; 
 Suporte em todas as áreas, pois a Franqueadora tem profissionais 
especializados para dar suporte aos seus Franqueados, como 
Marketing, Desenvolvimento, Comercial etc. 
 Sistema de gestão já testado e aperfeiçoado, pois a Franqueadora 
precisa ter controle sobre o Franqueado e para tanto desenvolve 
sistema que permite a ele ter controle de estoque, produtos, serviços, 
vendas, financeiro etc. 
 
QUAIS AS DESVANTAGENS DE SER UM FRANQUEADO? 
A seguir são apresentadas as possíveis desvantagens para o 
empreendedor que opte pelo sistema de franquias/franchising: 
 Riscos referentes a escolha errada da marca a investir, pois nem 
sempre tudo o que se vê e se ouve é a mais pura verdade sobre 
determinada marca e com isso podem ser feitas escolhas erradas; 
 Menor liberdade de ação, pois a Franqueadora impõe através de um 
rigoroso contrato todas as obrigações do Franqueado e as sanções e 
punições em caso de descumprimento; 
 
 
 Risco inerentes ao desempenho do Franqueador, caso o gestor da 
marca cometa grandes equívocos de gestão isso irá refletir 
diretamente lá na ponta, ou seja, nas Unidades Franqueadas; 
 Limitações na hora da venda, pois a franqueadora pode não aprovar 
o novo pretendente, caso o Franqueado atual queira vender; 
 Limitação na escolha de produtos e serviços, pois só se pode 
comercializar aquilo que é disponibilizado pela Franqueadora e 
qualquer coisa que fuja disso pode acarretar punição. 
 Assistência deficitária, a Franqueadora na hora da venda de seu 
direito de uso pode fazer promessas que não serão cumpridas no dia 
a dia e o Franqueado não terá o suporte prometido para alcançar o 
sucesso desejado. 
 
 
 
MITOS E VERDADES SOBRE FRANQUIAS 
Acesse o ícone a seguir e veja os mitos e verdades sobre as 
franquias. 
http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/album/2014/05/29/veja-mitos-e-verdade-sobre-abertura-de-franquias.htm#fotoNav=2 
TEXTOS DE LEITURA OBRIGATÓRIA 
Conheça, no ícone a seguir, cases de sucesso, pessoas que se 
transformaram em grandes empreendedores. 
http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,conheca-a-historia-de-
empresarios-de-sucesso-que-ja-foram-chamados-de-
loucos,4132,0.htm 
 
SAIBA MAIS 
Para saber mais sobre Franquias, acesse: 
http://www.portaldofranchising.com.br/guia-de-franquias/faixa-de-
investimento/0/25000 
 
Ou, vai empreender por meio de uma Franquia? Leia essas dicas 
antes: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/10-dicas-imperdiveis-
para-escolher-a-franquia-ideal 
SÍNTESE DA AULA 
O objetivo desta Rota foi inicialmente tratar das características do 
Feudalismo, bem como, suas transformações e como foi influenciado 
pela organização social, econômica e política da época vindo a ser 
alterado e transformando-se no Sistema de Produção Capitalista, 
graças as inovações e invenções que ocorreram em termos de 
produtos, processos e necessidades da própria sociedade. 
Posteriormente, apresentou-se quais foram os fatos e criações que 
levaram ao surgimento do Capitalismo e como se dava a criação e 
gestão, ainda que precária, das empresas em seu início. 
A seguir foram apresentadas as fórmulas mais conhecidas para se 
identificar oportunidades de negócios, as quais permitem ao futuro 
empreendedor analisar quais tipos de negócios são mais interessantes 
e viáveis para sua realidade financeira, suas aptidões, e aquilo que o 
mercado exige em termos de novos negócios. 
Para concluir essa Rota foi apresentado o conceito de Franquia e 
Franqueador, vantagens e desvantagens de se tornar empresário por 
meio de um negócio já existente e testado. 
REFERÊNCIAS 
Chiavenato, I. Teoria Geral da Administração. 7 ed. Atualizada e 
revisada, São Paulo, Campus, 2003. 
 
 
Schneider, E, I; Castelo Branco, H. J. Caminhada Empreendedora. 
Curitiba, Intersaberes, 2012 
Schwartz, J. C. Franquia de A a Z. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2013.

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