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Corporações e Contexto Empreendedor Aula 2 Ademir Bueno INTRODUÇÃO Olá, seja bem-vindo(a) à mais uma aula da disciplina Corporações e Contexto Empreendedor. Agora, o professor Ademir vai nos fizer quais serão os assuntos de hoje! O FIM DA ECONOMIA FEUDAL A forma de organização do homem para manter-se vivo, como ser individual e social, passou por várias mudanças. Desde a pré-história, quando o que era mais importante era conseguir alimento e água para manter vivo, a si e sua prole. Depois a organização social o levou a mudar comportamentos e forma de se organizar em grupo, inicialmente pequenos grupos, depois foram aumentando, o que levou à formação de comunidades e posteriormente cidades. Estas foram ganhando importância com o decorrer do tempo, assim as cidades se tornaram no centro de convivência dos grupos humanos e “evoluíram” até os modelos que vemos hoje à nossa volta. Se foi melhor ou pior é uma questão de visão, há defensores para ambos as posições. O que conhecemos hoje por sistema capitalista de produção é fruto da própria organização humana em sociedade. É um passo a diante do que conhecemos como Feudalismo. Esse sistema de produção, o Feudal, onde os feudos eram aglomerados de pessoas em torno de uma propriedade, onde havia um Senhor Feudal, o dono das terras, e aqueles que para ele trabalhava. Ali se produzia para a subsistência, ou seja, somente para manter aquela comunidade alimentada. E claro, depois isso passa por algumas alterações e vem desembocar naquilo no que conhecemos como sistema capitalista. Nesta rota discutiremos como esteve organizado o Feudalismo, suas características, por quais transformações passou para se constituir no Sistema Capitalista de Produção, bem como, das transformações que ocorreram em termos de processos e produtos para alcançarmos mais produtividade e qualidade. Nada comparado ao que temos hoje, mas com certeza foi nessa época que se deu origem ao que temos na atualidade das formas de produção e também que surgiram as empresas/corporações que existem até nossos dias. Ao final, vamos apresentar fórmulas para se identificar oportunidades de negócios e o conceito, características, vantagens e desvantagens do sistema de Franquias como possibilidade de investimento para quem deseja abrir um novo negócio. PROBLEMATIZAÇÃO Analise as afirmativas a seguir: A burguesia é uma classe social que surgiu nos últimos séculos da Idade Média (por volta do século XII e XIII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, jóias, etc) e prestação de serviços (atividades financeiras). Habitavam os burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico. Daí a possibilidade de serem chamados de empreendedores da idade média. Assim sendo: I. Na expansão burguesa, as funções políticas desta classe estão intrinsecamente ligadas ao seu poder econômico. II. O Estado condensa os interesses comuns de toda a sociedade. A esse respeito é possível concluir que: a) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. b) as duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. c) a primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. d) a primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira. e) as duas afirmativas são falsas. Resposta certa: C OBJETIVOS DE ESTUDO Vamos conhecer os objetivos da aula de hoje de acordo com a Taxinomia de Bloom Conhecimento efetivo Não se aplica Conhecimento Conceitual Conhecer e diferenciar conceitos de feudalismo, corporação, empresa, entender as diversas fórmulas para identificar oportunidades de negócios. Conhecimento Procedural Identificar e diferenciar conceitos dos sistemas de produção apresentados (feudalismo e capitalismo), além de distinguir as diversas formas de se identificar oportunidades de negócios, compreendendo como isso se processa no dia a dia do empreendedor/gestor. Conhecimento Metacognitivo Integrar os conceitos e as características dos sistemas de produção, avaliando a influência do passado, da forma de organização social, econômica e política na maneira de gerir as empresas, bem como, ter condições de identificar oportunidades de negócios a partir da dedicação e estudo da realidade na qual esteja inserido. Processo cognitivo Lembrar dos conceitos e suas diferenças. Entender as nuances de cada conceito e sua aplicabilidade às funções do administrador. Aplicar em sua atuação a visão ampliada a partir dos conhecimentos adquiridos em sua atuação. Analisar as diversas possibilidades de oportunidades de negócios no mercado. Sintetizar as características do feudalismo, capitalismo e aplicá- las à sua atuação. Classificar/Avaliar os sistemas de produção e suas características, bem como, escolher qual fórmula ou quais irá utilizar para identificar oportunidades de negócios. CONCEITOS E DIFERENÇAS A Idade Média contempla o período do Século X ao XV, sendo que o Feudalismo compreende o intervalo entre os séculos IX e XII. Era um sistema sócio, econômico e político. Onde os senhores feudais, donos de terras, recebiam pessoas vindas das cidades, as quais não eram seguras para se viver, e esses tornavam-se trabalhadores da terra, sendo que parte do que produziam era entregue aos donos da terra. Era dessa forma: o vassalo era o dono da terra e servos os que trabalhavam em parte da propriedade rural. Período marcado pela agricultura, subsistência e autossuficiência. Não havia produção excedente, se produzia o necessário para manter as pessoas alimentadas e vivas para continuarem a servir os senhores feudais. Não havendo assim comércio, somente escambo, onde se pegava um determinado produto e trocava-se por outro, não havia a necessidade de moeda. Com a diminuição do número de servos nos feudos, os senhores feudais começam a oferecer pequenos salários para que continuasse tendo trabalhadores em suas propriedades. Eles diminuem o peso das cobranças em termos de impostos e obrigações dos servos para mantê-los sob seu domínio. Esse renascimento comercial e urbano se dá no século XIII, onde as cidades ganham importância, quando há o início de forma mais estruturada do comércio, as trocas, não mais como era – por meio do escambo –, mas troca de produto por moeda. É no século XIV que o Feudalismo por passar por sucessivas crises deixa sua predominância como sistema de organização social, econômica e política dando espaço para outra forma de organização. Uma das crises foi a baixa produção agrícola, onde o solo já não mais apresentava a mesma produtividade e enchentes e alagamentos os quais eram provenientes do corte de árvores para aumentar o espaço de cultivo. Alguma semelhança com os dias atuais? Quando diminui a produtividade, os senhores feudais começam a brigar com outros donos de terras para conquistar mais solo, em melhores condições e ao mesmo tempo aumentam a pressão sobre seus servos para que produzam mais, havendo aí o levante destes contra os senhores feudais e com isso a erupção deste sistema de organização social. Enfim, uma das principais transformações sociais decorrentes da crise do sistema feudal foi a consolidação de uma nova classe social: a burguesia (habitantes do burgo-cidade). Essaclasse nasceu dentro do próprio feudalismo e cresceu com sua expansão econômica. Dominava as atividades comerciais, artesanais e bancárias. Com o empobrecimento da nobreza, os burgueses passaram a comprar terras dos senhores feudais e a investir na produção agrícola. Essa classe foi muito importante na desagregação do feudalismo, pois começou a deslocar, lentamente, o eixo da economia para as atividades comerciais urbanas. No entanto, com a passagem de uma sociedade de economia quase exclusivamente agrária para outra, caracterizada pela crescente participação de atividades urbanas, promoveu mudanças também na vida cultural e intelectual da Europa. Ainda que a influência da religião cristã fosse predominante durante a Baixa Idade Média, começou a se desenvolver uma cultura leiga, isto é, fundamentalmente preocupada com as coisas deste mundo. Essa nova cultura foi criada pela burguesia, principalmente por meio das Universidades que surgiram nas cidades medievais, assinalando o século XIV o início do Humanismo. O Humanismo vinha a ser um retorno à antiguidade clássica, a volta da valorização do homem. O repensar da humanidade. O homem passa a pensar a sua própria situação. A figura a seguir apresenta esquematicamente as mudanças pelas quais as empresas passaram no decorrer do tempo e como as revoluções: agrícola, industrial e da informação acabaram influenciando a estrutura e atuação delas no decorrer do tempo. AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS – SUAS INFLUÊNCIAS Como foi descrito no início desta Rota a forma de organização do homem em sociedade passou e continua passando por alterações e mudanças, porém acontecimentos e fatos influenciaram a maneira de organizar-se em sociedade, bem como, de produzir sua subsistência. Na literatura há uma convenção em destacar que as Revoluções Industriais, até o momento passamos por duas, tiveram grande impacto na forma como o homem se constituiu em sociedade para produzir bens e serviços que levaram a manter a sociedade em movimento. A seguir, apresentamos as características e respectivas influências destas Revoluções sobre a forma de organização de produção. Para tanto utilizaremos das descrições feitas por Chiavenato, em seu livro Teoria Geral da Administração de 2003. O autor inicia sua explanação destacando que foi a invenção da máquina a vapor por James Watt e sua utilização junto aos processos produtivos que levou a uma nova concepção de trabalho, segundo ele, este equipamento ... “modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social...” (p. 33) Essas alterações não se processaram do dia para a noite, mas foram profundas e marcaram uma nova forma de utilização da energia, não mais a mercê do tempo, em termos climatológicos, mas sim deu ao homem a supremacia de poder ter à sua mão outra forma de energia, e esta podia ser controlada, condicionada à vontade humana, e não como ocorria até então que um navio se movimentava graças ao vento, se este não fosse forte o suficiente deixava a embarcação parada, os moinhos sofriam do mesmo mal, quando os rios tinham seus níveis reduzidos as atividades dos mesmos eram prejudicadas. Com o advento desta importante máquina para a história humana há um controle maior sobre o fornecimento de energia. Segundo Chiavenato (2003, p. 33) a Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra e pode ser dividida em duas épocas: 1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro 1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade Para ele, Chiavenato, a 1ª Revolução Industrial passou por quatro fases distintas. Confira quais são nas próximas telas. Como já descrito, a partir de 1860 a Revolução Industrial passa para a segunda fase influenciada por: Aparecimento do processo de fabricação do aço (1856) O aperfeiçoamento do dínamo (1873) Invenção do motor de combustão interna (1873) Ainda para Chiavenato, 2003, abaixo algumas características da 2ª Revolução Industrial: Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico. Substituição do vapor pela eletricidade e derivados de petróleo como fontes de energia. Desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do trabalhador. Crescente domínio da indústria pela ciência. Transformações radicais nos transportes e nas comunicações. Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista. Sai do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro. Ainda esse autor afirma que: “A calma produção do artesanato – em que os operários se conheciam e eram organizados em corporações de ofício regidas por estatutos –, foi substituída pelo regime de produção por meio de máquinas, dentro de grandes fábricas. Em função disso, houve uma súbita transformação...” (2003, p. 34) Essas mudanças passaram pela transferência de habilidade do artesão para a máquina, o que levou a maior rapidez na produção, maior quantidade produzida, melhoria na qualidade, possibilitando diminuição nos custos de produção. Além da substituição do animal e da força humana pela capacidade produtiva da máquina a vapor. Isso tudo revolucionou a produção, aumentando os itens produzidos em menor tempo e maior economia. A figura abaixo retrata a união da ação humana e máquina. Assim “O rápido e intenso fenômeno da “maquinização” das oficinas provocou fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores e que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em fábricas. O operário foi substituído pela máquina nas tarefas em que se podia automatizar e acelerar pela repetição.” Chiavenato, 2003, p. 34 Essas mudanças mexeram com a vida de todos, dos empresários que passaram a ter maior economia com mão de obra, que passaram a produzir mais e mais barato, para o consumidor maior diversidade de produtos, chegando mais rápido e com preços mais acessíveis. O crescimento das fábricas era improvisado e baseado na experiência, não havia estudos para aumentar a produção ou melhorar a qualidade. Isso se dará no futuro com o nascimento da ciência da Administração. A qual teve como pai Frederick Taylor. Os trabalhadores passam a ser explorados de forma quase desumana neste período, tendo jornadas de trabalho de 12/13 horas por dia, condições de trabalho insalubres e com alto grau de risco à sua saúde física. Assim alguns países passaram a interferir nas relações entre os operários e fábricas baixando leis trabalhistas. Para Chiavenato, 2003, p. 35-36, a empresa moderna nasceu com a Revolução Industrial por conta de alguns fatores que são elencados a seguir: 1. A ruptura das estruturas corporativas da Idade Média. 2. O avanço tecnológico e a aplicação dos progressos científicos à produção, a descoberta de novas formas de energia e a enorme ampliação de mercados. 3. A substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção. 4. Substituição do artesão pelo operário especializado. 5. Crescimento das cidades e aumento da necessidade de administração pública. 6. Surgimento dos sindicatos como organização proletária. 7. Primeiras experiências sobre administração de empresas. E posterior consolidação desta área de conhecimento. 8. Início da Era Industrial que se prolongou até a última década do século XX. Nesta época como surgiam as empresas? Quem iniciava-as? Com quais objetivos? Quem eram seus donos? O surgimento das empresasé fruto da própria organização social, das relações humanas, tendo em vista que os produtos eram destinados às pessoas de uma determinada sociedade. As invenções de homens desta sociedade levaram a transformações no modo de se fabricar aquilo que era necessário à vida em sociedade. Quando novas tecnologias eram desenvolvidas – exemplo máquina a vapor – afetavam a vida de todos os cidadãos, direta e indiretamente, pois, de um lado os artesãos que viraram operários, os empresários que ganharam em produtividade e menor custo e o consumidor com maior acesso aos produtos fabricados com preços menores. As empresas eram iniciadas por capitalistas, pessoas que possuíam dinheiro e viram a possibilidade de aumentar seu capital e ganhos sendo dono de fábricas de produtos que seriam utilizados pelas pessoas que viviam nas cidades e campo. O objetivo maior do capitalista era rentabilizar seu capital a partir do lucro obtido com a produção em suas fábricas. Para tanto, exploravam a mão de obra disponível com alta carga horária e baixos salários. E vendiam seus produtos na cidade onde estava instalada e outras onde conseguia chegar por meio dos transportes disponíveis na época. Na Rota 1 afirmamos que os negócios são iniciados por necessidade ou por oportunidade. Parece-nos que durante a Revolução Industrial os negócios começavam porque o capitalista via nessa ação uma possibilidade de atender uma necessidade de sua sociedade e de aumentar seu capital. E hoje quais são as formas possíveis de se identificar oportunidades de negócios? Essa resposta se pretende dar a partir da discussão do próximo item. Uma pequena lição de casa ... Assista ao filme “Tempos Modernos, de Charles Chaplin”: https://www.youtube.com/watch?v=ieJ1_5y7fT8 E, em seguida: Observe a imagem, cena do personagem Carlitos no filme Tempos modernos, 1936: http://www.avidaquer.com.br/wp-content/uploads/2010/09/charles- chaplin-5-500x333.jpg Visualizou a imagem? Percebeu que, Tempos modernos, de Charles Chaplin, representa a situação econômica e social dos Estados Unidos da América dos anos trinta do século passado. Agora responda, no filme, as aventuras de Carlitos transcorrem numa sociedade: a) capitalista em desenvolvimento e conflagrada pelos movimentos operários de destruição das máquinas. b) globalizada, em que o poder financeiro tornava desnecessário o uso das máquinas na produção de mercadorias. c) imperialista e mecanizada, que aplicava os lucros adquiridos na exploração dos países pobres em benefício dos operários americanos. d) abalada pelo desemprego e caracterizada pela submissão do trabalho humano ao movimento e utilização maciça das máquinas. e) pós-capitalista, na qual o emprego da máquina libertava o homem da opressão do trabalho industrial. Resposta certa: D SAIBA MAIS Vamos conhecer “A história do surgimento da eletricidade”? Confira! http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/historiaeletricidade. htm IDENTIFICANDO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS Para identificar novas possibilidades de negócios o futuro empreendedor deve colocar em ação basicamente duas características: A primeira – disposição – para estar atento a tudo que o cerca, o que engloba amigos, familiares, meios de comunicação, internet, noticiário, revistas, jornais, mídias sociais, negócios existentes entre outros. Pois, é estando disposto a observar tudo à sua volta que poderá antes do que outros a identificar um campo ou área que demande um novo produto, serviço ou abertura de um negócio. A criatividade, a qual seria a energia para produzir algo novo ou fazer conexões inusitadas com a possibilidade de se chegar a um produto, serviço ou negócio ainda não pensado. Isso não quer dizer que, ser criativo é chegar ao ponto de inventar a roda ou descobrir o fogo, isso já foi feito pelo homem em outra época e situação. Criatividade no sentido de enxergar possibilidades onde outros enxergariam problemas, ver condições mínimas para se pensar em elaborar um Plano de Negócios para se estudar a viabilidade de um novo empreendimento, seja este de pequeno, médio ou grande. Uma vez que o empreendedor coloque em ação essas duas características deve se utilizar de uma ou mais das formas abaixo que lhe possibilite identificar oportunidades de negócios: IDENTIFICAÇÃO DE NECESSIDADES Essa é a fórmula clássica, pois nenhum negócio deve ser pensado, planejado e posto em prática se não houver ou vier para atender a necessidade de um determinado público-alvo. Para identificar quais necessidades as pessoas têm seja em sua vida pessoal, profissional, acadêmica, amorosa, em suas horas de lazer etc, é preciso atenção ao que se passa à sua frente, ao que se ouve, ao que se vive. Por exemplo, se você for à Panificadora perto de sua casa e todo dia não encontrar uma variedade de produtos fresquinhos e com preços acessíveis e bom atendimento, provavelmente naquela região há a necessidade de uma nova panificadora. Se ouvir sua mãe, mulher ou namorada sempre reclamar do fornecedor de gás e água mineral possivelmente naquela região um negócio deste segmento que superasse essas reclamações seria uma boa opção de negócio. Esta fórmula para identificar oportunidades de negócios é basicamente fruto da observação, de dedicação do futuro empreendedor para observar o que há de desejo não atendido em termos de produtos e serviços que poderão ser com a abertura de um novo empreendimento. OBSERVAÇÃO DE DEFICIÊNCIAS Como descrito anteriormente se o empreendedor estiver atento irá identificar as necessidades não atendidas em sua região ou cidade e a partir disso pode começar a elaborar um Plano de Negócios ou utilizar a matriz do BMG, apresentada na 1ª Rota para estudar e estruturar o futuro negócio. O que são deficiências? Depende. Pode ser a localização do empreendimento, a falta de estacionamento, o espaço físico, a variedade de produtos, a qualidade dos serviços, o mau atendimento, falta de pós venda, assistência técnica deficitária, preços elevados em relação ao produto/serviço oferecido, demora na entrega, problemas no site, falta de retorno, etc, etc, etc. Ou seja, cabe ao empreendedor identificar a percepção dos consumidores/clientes, entender o que eles visualizam como deficiência em determinado empreendimento e ver se vale a pena estruturar um negócio que responda aos anseios do consumidor. Uma vez que o empreendedor compreender qual ou quais são as deficiências percebidas pelo consumidor deve se debruçar sobre números para analisar a viabilidade. Pois o que o consumidor pode ver como deficiência às vezes não conseguirá ser superada sem aumento de preço ou mudanças na forma de apresentação do produto ou serviço o que pode também ser visto, novamente, como deficiência. Complexo? Sim. Mas que disse que era simples? OBSERVAÇÃO DE TENDÊNCIAS Quais são os negócios que serão muito requisitados daqui a 5 ou 10 anos, qual o formato deles, onde estarão localizados, que produtos ou serviços oferecerão? As respostas a estas e outras perguntas demanda uma característica do empreendedor já descrita, a disposição. Pois, sem leitura de livros, jornais e revistas. Sem pesquisa, sem estar atento não se descobrirá o que será uma tendência que apresente possibilidade de sucesso de negócio no futuro. Então, cabe ao empreendedor estar atento a tudo à sua volta para poder antecipar-se às tendências. Pois, depois que no seu bairro ou região já tiverem creches para idosos ou para bichos de estimação, clínicas especializadasno atendimento a pessoas da terceira idade, restaurantes que ofereçam cardápio com opções mais saudáveis, não adianta querer se lançar a esses “novos negócios”, pois a tendência já estará consolidada e muitos empreendimentos iniciados para atendê- las. Assim, o empreendedor que conseguir visualizar tendências antes do que os outros, que conseguir elaborar um Plano de Negócios para estudar a viabilidade, terá maiores chances de ter sucesso. Claro que não é porque já existe um negócio aberto que outro não será possível. Mas lembre-se, pioneirismo é um fator de sucesso. DERIVAÇÃO DA OCUPAÇÃO ATUAL O que você faz hoje como empregado é algo que poderia torná-lo um empreendedor de sucesso no futuro? Se a resposta for sim, não se limite a pensar, permita-se sonhar em tornar sua atuação profissional atual em um futuro empreendimento. Essa fórmula de identificação de oportunidade de negócios é uma das mais indicadas, mas fique atento a alguns aspectos, que você irá conhecer logo a seguir... • Analise se o que você conhece do negócio é só uma área, tipo comercial, ou tem uma visão geral, tipo de compra, gestão de pessoas, financeiro etc. • Pondere se a situação do negócio vai bem porque é um bom ramo ou se é porque o empreendedor é diferente dos demais e isso é que é o diferencial. • Veja se o que você pensa é o mesmo que os clientes pensam, ou seja, se eles deixariam aquele empreendimento para se tornar seus clientes; • Considere se conseguirá tempo e disposição para dedicar-se como empreendedor ao negócio e não como faz na atualidade como empregado, que tem hora para entrar e sair, salário fixo e todos os benefícios de ser empregado. • Avalie o que precisa ainda aprender/desenvolver para dominar todas as áreas do empreendimento; • Seja frio e calculista e imagine que sua percepção pode estar equivocada, o que você considera como um sucesso absoluto pode ser um fracasso mascarado. • Decida se está disposto a sair da zona de conforto de ser empregado para tornar-se empreendedor e todos os riscos que isso envolve. Se depois de estudar cada item listado e chegar à conclusão que sua experiência em sua área de atuação o categoriza para deixar de ser empregado e tornar-se empreendedor mãos à obra, estude e aja para passar de empregado a patrão. PROCURA DE OUTRAS APLICAÇÕES Se você é do tipo professor pardal, aquele que não perde uma oportunidade para criar geringonças e objetos que podem ser uteis em casa ou no trabalho, essa fórmula é para você. Ela é baseada na criatividade, no olhar atento do empreendedor de vislumbrar novas possibilidades de uso ou utilização de objetos e produtos. Ela significa que você vê em algo já existente outra possibilidade de uso e que isso pode se transformar num negócio rentável e lucrativo. Veja alguns exemplos desta categoria: • Coca-cola: foi inicialmente criada para ser um xarope, mas alguém viu que poderia ser adaptada para se transformar em um refrigerante, o qual é hoje o mais vendido em todo o mundo. • Post it da 3M: sua criação foi baseada num produto que havia sido abandonado pelo seu criador, alguém um dia conversando com o descobridor da “cola que não cola” tiveram a ideia de formular esse produto que é líder mundial em vendas. • Teflon: foi criado inicialmente pela NASA, agência espacial americana, para suportar o calor das espaçonaves ao retornar à terra quando entravam em contato com a atmosfera. Posteriormente alguém viu nesse produto um elemento que poderia servir de base para produtos para a cozinha doméstica/industrial. EXPLORAÇÃO DE HOBBIES O que você faz quando ninguém está te vendo? Brincadeiras à parte, essa também é uma fórmula para identificar oportunidades de negócios. Se o que você faz como hobby é algo que outras pessoas poderiam se interessar ou já se interessam. Exemplo: se gosta de tocar algum tipo de instrumento musical, se gosta de pescar, de ir à academia, andar de bicicleta, cozinhar entre outras coisas. Tudo isso daria um estudo para abertura de um novo empreendimento. Vejamos, se gosta de pescar pode começar a organizar viagens para locais para onde essas pessoas gostam de ir para praticarem seu hobby. Se gosta de pedalar poderia estruturar uma revenda de bikes ou oficina para este esporte/lazer. Se gosta de cozinhar poderia escrever um blog, fazer comida congelada, abrir um café etc. Mas atenção, tome cuidado para estudar com calma os prós e contras de um negócio daquilo que te dá prazer quando o pratica como hobby, pois uma coisa é pedalar e curtir o vento na cara, outra é fazer compras de bikes e acessórios, administrar uma conta corrente que possa ter mais débitos do que créditos, fazer a gestão de um equipe etc. Segundo o SEBRAE quando se abre um negócio que era um hobby geralmente esses empreendimentos não se tornam grandes empresas. E o maior cuidado que o empreendedor deve ter é não transformar esse hobby em um desprazer, caso o negócio não saia conforme planejou. Uma história ... Leia a situação descrita abaixo, extraída do Livro Caminhada Empreendedora e a seguir assinale a opção correta em relação a moral da história que podemos retirar/aprender: Miguel sempre foi um aficionado por música. Gostava não somente de tocar guitarra, piano e bateria, como também de efetuar gravações de suas performances. Em conjunto com dois amigos, teve a ideia de produzir CDs com aulas de música. Porém, em 2000, a tecnologia de produção de CDs ainda era algo restrito e os equipamentos e softwares necessários eram caros. A opção que tinham era produzir as aulas em estúdio próprio e terceirizar a produção dos CDs, ou usar um estúdio alugado. Não havia dinheiro para mobilizar as duas ações e muito menos se mostrava interessante terceirizar tudo, visto que ficariam à mercê dos terceirizados em toda a linha de produção. Resolveram estudar mais o método de ensino de música que pretendiam desenvolver para inserção nos cursos por CDs e aproveitaram o amplo poder de pesquisa da internet, com o apoio do recém surgido Google. Quanto mais pesquisavam métodos, mas queriam aprimorar o método que desejavam implementar. Em paralelo, pesquisavam o maquinário necessário para produção dos CDs e os estúdios disponíveis para locação. Avançaram nas pesquisas, evoluíram bastante no método que iriam adotar e estavam praticamente prontos para a ação. Porém, havia passado dois anos desde a ideia original. A realidade de 2002 era outra e bem menos amigável ao projeto que haviam amadurecido no decorrer dos últimos 24 meses. Havia estourado de forma ampla a tecnologia MP3, os programas P2P (pessoa a pessoa) estavam sendo amplamente utilizados e a mídia CD estava entrando em decadência. Seria imprevidência abrir um negócio para a produção de CDs em um mundo que estava focando trânsito de mídia pela internet, em formato MP3 e independente de mídias físicas. A pergunta que fizeram era: valeria a pena desenvolver CDs com um mundo em que circulariam dezenas de cópias de seu curso pela internet sem que as pessoas precisassem pagar por ele? A resposta era óbvia: o modelo de negócio que haviam desenvolvido não teria viabilidade no mundo de P2P que ganhava corpo e iria dominar o mundo fonográfico em poucos anos. Fonte: Schneider, E, I; Castelo Branco, H. J. Caminhada Empreendedora, Curitiba, Intersaberes, 2012, p. 72-73 Agora, avalie qual alternativa revela a moral da história, depois clique: a) Nem sempre algo que está sendo ultrapassando, em termos de tecnologia, será necessariamente um mau empreendimento.b) Não basta identificar uma oportunidade de negócio se não houver capital suficiente para iniciá-lo de forma a superar a concorrência. c) Todo negócio que leva 2 anos para ser iniciado/inaugurado estará ultrapassado. d) Somente através de muita pesquisa, estudos e dedicação para conhecer todos os aspectos do futuro empreendimento é que o empresário saberá se vale a pena ou não fazer o investimento financeiro para concretizar sua ideia. e) Todo negócio dará certo, basta definir um bom produto para determinado público, independente se já está se tornando ultrapassado ou não. Resposta certa: D PESQUISA DE FRANQUIAS Esta outra fórmula para se identificar possíveis negócios a se iniciar. Abaixo, conceituamos o que é esse sistema, de onde surgiu, vantagens e desvantagens de se tornar um franqueado. O QUE É UMA FRANQUIA OU FRANCHISING? É uma empresa criada por um indivíduo, o qual teve uma ideia, a colocou em prática, obteve sucesso, desenvolveu uma marca, padronizou produtos, serviços, lay out, processos e resolveu compartilhar com possíveis interessados essa sua ideia de negócio. Porém, estruturou seu negócio e comercializa o direito de outros usarem sua marca, produtos e serviços. O QUE É UM FRANQUEADOR? É a empresa detentora de uma marca que comercializa o direito de seu uso, cobrando royalties por esse uso que pode ser sobre o faturamento bruto, sobre produtos comprados ou uma taxa fixa mensal. É a gestora da marca e das franquias que são adquiridas por pessoas interessadas em tornarem-se empresários. O QUE É UM FRANQUEADO? É o indivíduo que pensando em iniciar um negócio opta em comprar uma Franquia de uma Franqueadora, a qual é conhecida no mercado por seus produtos e serviços. O QUE É A TAXA DE FRANQUIA? É o valor estipulado por uma franqueadora para que alguém tenha o direito de usar sua marca, revender seus produtos ou representar seus serviços. É paga para que o Franqueado possa iniciar seu empreendimento. Mas deve-se ressaltar que esse pagamento é para o uso da marca e depois o futuro empreendedor deve ter capital para estruturar o negócio: Locar e fazer possíveis reformas no imóvel, comprar máquinas, equipamentos, utensílios, matéria-prima, produtos, contratação e treinamento de pessoal, despesas com abertura legal da empresa, verba para execução do plano de marketing, capital de giro para pagamentos das despesas enquanto a empresa não oferece resultados superiores às despesas, etc. UM POUCO DE HISTÓRIA As franquias não são algo novo, abaixo descrevemos um pouco da história deste sistema de criação e gestão de empresas, baseados no site franquia.com.br. A origem do franchising remonta a Idade Média. Segundo o professor francês Michel Kahn, do ponto de vista histórico, a franquia nasceu na França (Vale do Rio Reno) ao longo dos séculos XII e XIII d.c. Tem-se o conhecimento de que a assinatura de um dos primeiros contratos de franquia ocorreu em 1.232, referindo-se aos franqueados da cidade de Chambery. Franc – palavra do francês antigo – significa transferência de um direito, outorga de um privilégio ou concessão exclusiva. Assim, a Igreja concedia, naquela época a alguns senhores feudais, o direito de cobrar impostos dos camponeses em seu nome, dando a estes um percentual sobre o total arrecadado. Pode estar aí a origem semântica do termo franquia. Mesmo considerando que em 1850 a Singer Seqing tenha expandido sua rede de distribuição através da cessão de sua marca a terceiros, segundo o mesmo professor Kahn, foi em 1930, nos Estados Unidos, que o então presidente da General Motors (GM), Alfred Sloan, lançou as bases modernas da franquia comercial como uma forma de driblar a lei antitruste. O franchising foi aos poucos revolucionando a distribuição naquele país fazendo surgir gigantes do capitalismo mundial. E, junto com eles, surgiram inúmeras pequenas empresas, sobretudo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial com o apoio do governo americano através do SBA (Small Business Administration). Em 1955, Ray Kroc transformou uma pequena lanchonete de hambúrgueres em Desplanes (Illinois) através da franchising, no chamado Mc Donald’s, expandindo o conceito para a fórmula hoje adotada da Franquia Negócio Formatado. Pode-se afirmar que hoje, o franchising está presente no mundo inteiro pela internacionalização de grandes marcas americanas e mesmo brasileiras e pela difusão em diversos países. No Brasil, em 1910, o baiano Artur de Almeida Santos levou sua marca Stella pelo interior do Estado da Bahia através da cessão de sua marca. Mas somente a partir da década de 80 o franchising se expande no Brasil de forma vigorosa até consolidar a posição quarto maior pólo mundial entre os países membros da WFC (Word Franchise Council). QUAIS AS VANTAGENS DE SER UM FRANQUEADO? Abaixo, descrevemos os pontos positivos de não se começar um empreendimento do zero, e sim fazê-lo a partir de uma marca já conhecida e desenvolvida: Maior garantia de sucesso tendo em vista que o negócio já foi testado e obteve êxito; Marca já conhecida no mercado; Maior facilidade para instalação do negócio, a franqueadora já desenvolveu o passo a passo para auxiliar o franqueado com todos os detalhes necessários; Propaganda e marketing cooperados, em lugar de se fazer algo isolado a Franqueadora coordena as ações para que se utilizem os melhores canais, com menores custos; Desenvolvimento contínuo, em lugar do Franqueado pensar em quais produtos ou serviços irá lançar ou atualizar isso fica por conta da Franqueadora que faz isso para toda sua rede; Maior poder de negociação, uma vez que uma rede de lojas/unidades tem maior força do que uma única empresa; Suporte em todas as áreas, pois a Franqueadora tem profissionais especializados para dar suporte aos seus Franqueados, como Marketing, Desenvolvimento, Comercial etc. Sistema de gestão já testado e aperfeiçoado, pois a Franqueadora precisa ter controle sobre o Franqueado e para tanto desenvolve sistema que permite a ele ter controle de estoque, produtos, serviços, vendas, financeiro etc. QUAIS AS DESVANTAGENS DE SER UM FRANQUEADO? A seguir são apresentadas as possíveis desvantagens para o empreendedor que opte pelo sistema de franquias/franchising: Riscos referentes a escolha errada da marca a investir, pois nem sempre tudo o que se vê e se ouve é a mais pura verdade sobre determinada marca e com isso podem ser feitas escolhas erradas; Menor liberdade de ação, pois a Franqueadora impõe através de um rigoroso contrato todas as obrigações do Franqueado e as sanções e punições em caso de descumprimento; Risco inerentes ao desempenho do Franqueador, caso o gestor da marca cometa grandes equívocos de gestão isso irá refletir diretamente lá na ponta, ou seja, nas Unidades Franqueadas; Limitações na hora da venda, pois a franqueadora pode não aprovar o novo pretendente, caso o Franqueado atual queira vender; Limitação na escolha de produtos e serviços, pois só se pode comercializar aquilo que é disponibilizado pela Franqueadora e qualquer coisa que fuja disso pode acarretar punição. Assistência deficitária, a Franqueadora na hora da venda de seu direito de uso pode fazer promessas que não serão cumpridas no dia a dia e o Franqueado não terá o suporte prometido para alcançar o sucesso desejado. MITOS E VERDADES SOBRE FRANQUIAS Acesse o ícone a seguir e veja os mitos e verdades sobre as franquias. http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/album/2014/05/29/veja-mitos-e-verdade-sobre-abertura-de-franquias.htm#fotoNav=2 TEXTOS DE LEITURA OBRIGATÓRIA Conheça, no ícone a seguir, cases de sucesso, pessoas que se transformaram em grandes empreendedores. http://pme.estadao.com.br/noticias/noticias,conheca-a-historia-de- empresarios-de-sucesso-que-ja-foram-chamados-de- loucos,4132,0.htm SAIBA MAIS Para saber mais sobre Franquias, acesse: http://www.portaldofranchising.com.br/guia-de-franquias/faixa-de- investimento/0/25000 Ou, vai empreender por meio de uma Franquia? Leia essas dicas antes: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/10-dicas-imperdiveis- para-escolher-a-franquia-ideal SÍNTESE DA AULA O objetivo desta Rota foi inicialmente tratar das características do Feudalismo, bem como, suas transformações e como foi influenciado pela organização social, econômica e política da época vindo a ser alterado e transformando-se no Sistema de Produção Capitalista, graças as inovações e invenções que ocorreram em termos de produtos, processos e necessidades da própria sociedade. Posteriormente, apresentou-se quais foram os fatos e criações que levaram ao surgimento do Capitalismo e como se dava a criação e gestão, ainda que precária, das empresas em seu início. A seguir foram apresentadas as fórmulas mais conhecidas para se identificar oportunidades de negócios, as quais permitem ao futuro empreendedor analisar quais tipos de negócios são mais interessantes e viáveis para sua realidade financeira, suas aptidões, e aquilo que o mercado exige em termos de novos negócios. Para concluir essa Rota foi apresentado o conceito de Franquia e Franqueador, vantagens e desvantagens de se tornar empresário por meio de um negócio já existente e testado. REFERÊNCIAS Chiavenato, I. Teoria Geral da Administração. 7 ed. Atualizada e revisada, São Paulo, Campus, 2003. Schneider, E, I; Castelo Branco, H. J. Caminhada Empreendedora. Curitiba, Intersaberes, 2012 Schwartz, J. C. Franquia de A a Z. Rio de Janeiro, Qualitymark, 2013.
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