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unidade 1 sociologia parte 1

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Sociologia e Antropologia 
Jurídica
� UNIDADE I: 
� SIGNIFICADO, OBJETO E ÂMBITO DA SOCIOLOGIA 
GERAL 
� CONCEPÇÃO E OBJETO DA SOCIOLOGIA GERAL 
� A ORIGEM DA SOCIOLOGIA: AUGUSTO COMTE E O 
POSITIVISMO 
� SIGNIFICADO E OBJETO DA SOCIOLOGIA E 
ANTROPOLOGIA DO DIREITO 
� CONCEPÇÃO E OBJETO DA SOCIOLOGIA DO DIREITO 
� CONCEPÇÃO E OBJETO DA ANTROPOLOGIA 
JURÍDICA 
•‘Um grupo de cientistas colocou cinco macacos 
numa jaula, em cujo centro pôs uma escada e, sobre 
ela, um cacho de bananas. 
•Quando um macaco subia a escada para apanhar as 
bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria 
nos que estavam no chão. 
•Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir 
a escada, os outros o enchiam de pancada. 
•Passado mais algum tempo, nenhum macaco subiu 
mais a escada, apesar da tentação das bananas. 
•Então os cientistas substituíram um dos cinco 
macacos.
•A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, 
dela sendo rapidamente retirado pelo outros, que 
lhe bateram. 
•Depois de algumas surras, o novo integrante do 
grupo não subia mais a escada.
•Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, 
tendo o primeiro substituto participado, com 
entusiasmo, na surra ao novato.
•Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. 
•Um quarto, e finalmente, o ultimo dos veteranos foi 
substituído.
•Os cientistas ficaram, então, com um grupo de 
cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado 
um banho frio, continuavam a bater naquele que 
tentasse chegar às bananas. 
•Se fosse possível perguntar a algum deles porque 
batia em quem tentasse subir a escada, com 
certeza a resposta seria:
• “Não sei, as coisas sempre foram assim por 
aqui...” (Texto atribuído a Albert Einstein)
O que a história dos macacos 
têm a ver com a Sociologia ?
E o que a Sociologia tem a ver 
comigo ou com a minha vida?
A Sociologia se debruça sobre 
fenômenos sociais que nos afetam em 
nosso dia a dia.
•Por que a vida em sociedade é como é?
•Por que uns têm tanto e outros têm pouco?
•Por que obedecemos ou contestamos?
•Por que as pessoas se reúnem ou se tornam 
rivais? 
•O que nos é proibido e o que nos é imposto 
por obrigação?
•Por que os governos se organizam de uma 
forma ou de outra?
“ A objeção que os membros leigos da 
sociedade frequentemente fazem aos 
postulados da sociologia é... que seus 
“achados” não lhes dizem nada além do 
que já sabem ou, o que é pior, vestem 
com linguagem técnica o que é
perfeitamente familiar na terminologia 
de todos os dias” (Anthony Giddens)
AlguAlguéém jm jáá disse que a sociologia disse que a sociologia éé a a 
““ciência do obviociência do obvio”” (Nelson Rodrigues)(Nelson Rodrigues)
Em outras palavras, aqueles que criticam 
a sociologia, segundo Giddens, muitas 
vezes dizem que ela trata do que todo 
mundo já sabe em uma linguagem que uma linguagem que 
ninguninguéém entende. m entende. 
A sociologia trata do que todo A sociologia trata do que todo 
mundo jmundo jáá sabesabe.
Darcy Ribeiro, cientista social, em um texto sobre 
o óbvio, diz que o negócio dos cientistas é
mesmo lidar com o óbvio.
O que a ciência faz é ir tirando os véus, 
desvendando a realidade, a fim de revelar a 
obviedade do óbvio. 
•Na realidade, parece ter sentido.
•Afinal, para que estudar sociologia? 
•Por que estudar a sociedade em que 
vivemos? 
•Não basta vivê-la? 
•É possível conhecer a sociedade 
cientificamente? 
•A Sociologia serve para quê?
A sociologia nos ajuda a refletir sobre as certeza 
que temos, põe sob observação nossas opiniões 
mais arraigadas. 
Ela modifica nossa percepção sobre o que 
vivemos em nossa rotina e assim contribui para 
alterar a maneira de vermos nossa própria vida 
e o mundo que nos cerca.
“A maior parte do tempo, o sociólogo aborda 
aspectos da experiência que lhe são 
perfeitamente familiares, assim como à maioria 
dos seus compatriotas e contemporâneos. 
Estuda grupos, instituições, atividades que os 
jornais falam todos os dias. Mas as suas 
investigações comportam outro tipo de paixão da 
descoberta. Não é a emoção da descoberta de 
uma realidade familiar mudar de significação aos 
nossos olhos. A sedução da sociologia provém 
de ela nos fazer ver sob uma outra luz o mundo 
da vida cotidiana no qual todos vivemos”.
(Peter Berger)
OBJETO DA SOCIOLOGIAOBJETO DA SOCIOLOGIA
• Explicação da Vida Social, 
uma tentativa de reflexão 
sobre a sociedade moderna.
• A sociologia constitui um 
projeto intelectual tenso e 
contraditório. Suas explica-
ções sempre continveram 
intenções práticas, um forte 
desejo de interferir no rumo 
desta civilização. 
mundo inundado de mudanças, 
tensões, enormes conflitos e 
divisões sociais e ataque destrutivo 
da tecnologia moderna ao ambiente 
natural.
Século XXI
Preocupações da 
sociologia, 
enquanto ciência Possibilidades de controlar o 
nosso destino e moldar nossas 
vidas muito maiores do que as 
gerações anteriores.
Por que nossas condições de vida 
são tão diferentes daquelas de 
nossos pais e avós?? 
Que direção as mudanças 
tomarão no futuro?
porque somos o que somos e 
porque agimos como agimos? 
Sociologia
aquilo que encaramos como 
natural, inevitável, bom ou 
verdadeiro pode não ser bem 
assim
os “dados” de nossas vidas 
são influenciados por forças 
sociais e históricas
Abrangência
desde a análise de 
encontros ocasionais entre 
indivíduos na rua até a 
investigação de proces-
sos sociais globais
Aprender a 
pensar socio-
logicamente
cultivar a ima-
ginação
Libertar-se do imedia-
tismo das circuns-
cunstâncias pesso-
ais e ver as coisas 
num contexto mais 
amplo 
Exemplo: considere o simples ato de tomar o café da manhã. 
A imaginaA imaginaçção sociolão sociolóógica (gica (WrightWright MillsMills))
No capitalismo, a produção de cada objeto envolve uma complexa rede 
de trabalho e trabalhadores
Veja as suas dimensões: 
O café tem um valor simbólico 
O café é uma droga
O café cria relacionamentos 
sociais e econômicos
Há um processo histórico de 
desenvolvimento social e econômico
O café está ligado à globalização, comercio 
internacional, direitos humanos e destruição 
ambiental
O café não é somente uma bebida. 
Ele possui um valor simbólico, às vezes, o 
ritual associado a beber café é muito mais 
importante do que o ato de consumir a 
bebida. 
Considere o seu ritual ao longo do dia nas 
suas interações sociais.
Valor simbólico
O café é uma droga por conter 
cafeína que tem um efeito 
estimulante sobre o cérebro. 
Cria dependência mas é uma 
droga socialmente aceita, ao 
contrário, por exemplo, da 
maconha.
Uma droga
Um indivíduo que bebe uma 
xícara de café cria uma trama 
de relacionamentos sociais 
que se estendem pelo mundo. 
O café é uma bebida que 
conecta as pessoas das 
mais ricas e das mais 
pobres: é consumido nos 
países ricos mas cultivado 
nos países pobres. 
Relacionamentos sociais
Ao lado do petróleo, o café é
uma das mercadorias mais mercadorias mais 
valiosas valiosas no comércio interna-
cional. 
Relacionamentos econômicos
Relacionamentos econômicos
A produção supõe o plantio, 
a colheita, a secagem, o 
transporte e a distribuição 
que requerem relações 
contínuas entre pessoas a 
milhares de quilômetros de 
distância do consumidor.
Colheita e secagem na Fazenda 
Cabral - Jacui – MG-2009
O ato de beber café pressupõe 
todo um processo passado de 
desenvolvimento social e eco-
nômico. 
O café só passou a ser 
consumido em larga escala a 
partir dos fins do século XIX. 
O legado colonial tem tido um 
impacto enorme no desenvol-
vimento do comércio mundial 
do café.
Processo histórico de desenvolvimentosocial e econômico
Processo histórico de desenvolvimento social e 
econômico
No Brasil, no Vale da Paraíba, 
foi em torno da fazenda, como 
unidade básica da agricultura 
mercantil, que se articulou a 
vida social. 
A produção do café perma-
neceu dentro dos moldes colo-
niais, baseada no trabalho 
escravo e no plantio de 
grandes extensões de terra,
segundo técnicas agrícolas 
rudimentares.
Processo histórico de desenvolvimento social e 
econômico
A expansão da cultura do café pelos 
“Oestes” paulistas, a partir de 1870, foi 
um momento fundamental para a 
formação da sociedade brasileira 
contemporânea.
Provocou a decadência do trabalho 
escravo e a introdução do trabalho 
livre.
As riquezas acumuladas pelo café, o 
capital cafeeiro, foram o motor do 
desenvolvimento capitalista no Brasil
O café é um produto que permanece no centro dos 
debates contemporâneos sobre a globalização, 
direitos humanos e destruição ambiental. 
Passou a ser uma “marca” e foi politizado. 
Os consumidores podem boicotar o café que vem 
de países que violam os direitos humanos e 
acordos ambientais
Globalização,Comércio Internacional, Direitos 
Humanos e Destruição Ambiental
Trigo
Sal
Água
Fermento
TrigoTrigo
PlantioPlantio
ColheitaColheita
MoagemMoagem
ComercializaComercializaççãoão
SalSal
Retirada do marRetirada do mar
ProcessamentoProcessamento
EmbalagemEmbalagem
Água
Fermento
Captação
Tratamento
Distribuição
Produção
Comercialização
Distribuição
Equipamentos
Máquina para preparar a 
massa
Forno para assar o pão
Fabricados em 
indústrias
Matéria prima
Tipo de energia
Fogo
Madeira
Carvão
Energia 
elétrica
Linhas de 
transmissão
Consumidor
Tempo de 
trabalho
Tempo de 
trabalho
Comparação de trabalho 
humano
Equivalência
Se para tomar uma café da manhã, há tanta 
gente envolvida, direta ou indiretamente, você 
pode imaginar quanto trabalho é necessário 
para a fabricação de ônibus, bicicleta, 
automóvel, para a construção da casa em que 
você vive ou da Universidade onde estuda.
IMAGINAÇÃO
SOCIOLÓGICA
capacidade de a pessoa poder ver a 
sua própria sociedade como uma 
pessoa de fora o faria, em vez de 
fazê-lo apenas da perspectiva das 
experiências pessoais e dos 
preconceitos culturais
permite ir além das experiências e 
observações pessoais para compre-
ender as questões com maior 
amplitude.
é uma ferramenta que nos 
proporciona poder, pois nos 
permite olhar para além de uma 
compreensão limitada do compor-
tamento humano.
IMAGINAÇAO
SOCIOLÓGICA
Permite-nos ver que muitos aconte-
cimentos que parecem dizer respeito 
somente aos indivíduos, na verdade, 
refletem questões sociais mais 
amplas. 
Ex. o divórcio, o desemprego, etc. 
Embora sejamos influenciados pelo con-
texto social em que nos encontramos, 
nenhum de nós está determinado em 
nosso comportamento por aquele 
contexto. Possuímos e criamos a 
nossa própria individualidade.
Tente aplicar este tipo de perspectiva à
sua própria vida. Use sua imaginação 
sociológica em relação a uma 
realidade social.
Como a sociedade era 
conhecida antes do 
aparecimento da ciên-
cia?
A Sociologia é a ciência da sociedade.
Toda ciência é
conhecimento
Todo conhecimento é
um produto histórico Quais foram os fatores 
históricos que propicia-
ram o surgimento da 
sociologia?
ANTES DO APARECIMENTO DA 
CIÊNCIA
O SURGIMENTO DA CIÊNCIA
AS CARACTERISTICAS DO 
CONHECIMENTO CIENTIFICO
CIÊNCIAS NATURAIS E CIÊN-
CIAS HUMANAS
AS DIFICULDADES METODO-
LÓGICAS DAS CIÊNCIAS 
HUMANAS
EVOLUÇÃO DO 
CONHECIMENTO 
DA SOCIEDADE
Pré-História
Idade Antiga
Idade Média
Idade Moderna
TEOCENTRISMO 
(Deus no centro do universo)
COSMOCENTRISMO
(O Universo, o Cosmos é o centro 
das investigações e atenções.)
ANTROPOCENTRISMO 
(Homem no centro do universo)
Pré-História
antes da escrita
Mito Imaginação
Idade Antiga
Do aparecimento da escrita até 476 d. C.
Filosofia Razão
Idade Média
de 476 d. C. até 1453
Teologia Fé
Idade Moderna Revolução
Científica
Dados da 
Realidade
1453 até ... Ciências Humanas
DA 
FILOSOFIA
SOCIAL
(O QUE DEVE SER)
PRÉ-
HISTÓRIA
IDADE 
ANTIGA
MITO
FILOSOFIA
TEOLOGIA
FATORES
DETERMINANTES
SOCIO-
CULTURAIS
INTELECTUAIS
RELATIVOS AO 
SISTEMA DE 
CIÊNCIA
Ascensão da Burguesia
Formação do Estado 
Nacional
Descoberta do Novo 
Mundo
Revolução Comercial
Reforma protestante
Revolução Industrial
Renascimento
Racionalismo
Iluminismo
Revolução Francesa
Aplicação do método 
cientifico ao 
conhecimento da 
sociedadeCIÊNCIAS HUMANAS
= 
CIÊNCIAS NATURAIS POSITIVISMO
Utopismo
PARA
CIÊNCIA 
SOCIAL
(O QUE É)
DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS
ANTES
DEPOIS
SECULOS
XVI, XVII
XVIII
IDADE 
MEDIA
Mito – Pré-História
Mito
Histórias orais
Identidade cultural de 
um povo
Concepção de mundo
Mito – Pré-História
Modelos antropomórficos e divinizados das relações 
humanas sobre os fenômenos naturais.
A ideia da superioridade do homem sobre a mulher, como 
uma coisa natural e divina. 
O trabalho como castigo.
O IMAGINÁRIO COLETIVO:
Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde vamos?
Mito – Pré-História
O mito não é um estado de infantilidade da 
humanidade. 
O mito é o estado de consciência de um povo sobre 
si mesmo e sobre a realidade que o circunda
Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, 
pré-reflexiva, não havendo comprovações crítica e 
racionais
Não pode ser apresentado como uma primeira forma 
de “ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é
parte do saber acumulado de um povo, numa 
determinada época
O MITO DE PANDORA
Os mitos revelam uma forte carga 
pedagógica, pois, as narrativas com-
têm ensinamentos sobre o modo 
como as pessoas vivem e concebem 
o mundo
O MITO DE PANDORA
Prometeu, deus cujo nome em grego significa "aquele 
que vê o futuro", doou aos homens o fogo e as técnicas 
para acendê-lo e mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses, 
se enfureceu com esse ato, porque o segredo do fogo 
deveria ser mantido entre os deuses. Por isso, ordenou a 
Hefesto, que criasse uma mulher que fosse perfeita, e que 
a apresentasse à assembléia dos deuses. Atena, a deusa 
da sabedoria e da guerra, vestiu essa mulher com uma 
roupa branquíssima e adornou--lhe a cabeça com uma 
guirlanda de flores, montada sobre uma coroa de ouro. 
Hefesto a conduziu pessoalmente aos deuses, e todos 
ficaram admirados; cada um lhe deu um dom particular:
Atena lhe ensinou as artes que convêm ao seu sexo, 
como a arte de tecer;
Afrodite lhe deu o encanto, que despertaria o desejo dos 
homens;
As Cárites, deusas da beleza, e a deusa da persuasão 
ornaram seu pescoço com colares de ouro;
O MITO DE PANDORA
Hermes, o mensageiro dos deuses, lhe concedeu a 
capacidade de falar, juntamente com a arte de seduzir os 
corações por meio de discursos insinuantes.
Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes, 
ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer 
"todos os dons".
Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada, e 
ordenou que ela a levasse como presente a Prometeu. 
Entretanto, ele não quis receber nem Pandora, nem a 
caixa, e recomendou a seu irmão, Epimeteu, que também 
não aceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome 
significa "aquele que reflete tarde demais", ficou 
encantado com a beleza de Pandora e a tomou como 
esposa.
A caixa de Pandora foi então aberta e de lá escaparam a 
Senilidade, a Insanidade, a Doença, a Inveja, a Paixão, o 
Vício, a Praga, a Fome e todos os outros males, que se 
espalharam pelo mundo e tomarammiserável a existência 
dos homens a partir de então. Epimeteu tentou fechá-la, 
mas só restou dentro a Esperança, uma criatura alada que 
estava preste a voar, mas que ficou aprisionada na caixa 
[...] e é graças a ela que os homens conseguem enfrentar 
todos os males e não desistem de viver.
Mito
ou
Realidade ?
ADÃO E EVA
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
FIM DA ORGANIZA-
ÇÃO TRIBAL – ORGA-
NIZAÇÃO DAS CIDA-
DES GREGAS
o desenvolvimento do comércio
o aparecimento da moeda
a utilização da escrita
a base econômica assentada no 
trabalho escravo
Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas 
ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicar-
se, “dar-se ao luxo” à cultura letrada.
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A BUSCA DA 
EXPLICAÇÃO DA 
REALIDADE
2. O avanço dos conhecimentos 
matemáticos, astronômicos, criando 
modelos de racionalidade. 
1. As formas míticas de representação 
não davam mais conta de “explicar” a 
complexa teia sócio-política-econô-
mica da vida humana. 
3. Nasce a Filosofia – no século V a. 
C., considerada pelos historiadores 
como a primeira forma de “ciência”
(conhecimento).
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A FILOSOFIA 
GREGA
1. foi um avanço em termos de sistematiza-
ção racional em face do antigo paradigma 
mítico, 
2. não permitiu, porém, uma verificação empírica, o 
que tornava as conclusões desprovidas de utilidade 
prática
3. A filosofia grega revela um conteúdo ideológico 
relativo aos costumes e interesses sociais da 
época ao refletir o desprezo pelo trabalho manual. 
4. A base aristocrática e escravagista do “modus
vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a 
“ciência” da época ser voltada para a especulação 
teórica e não ter desenvolvido a técnica.
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
A EXPLICAÇÃO 
DA SOCIEDADE
1. a filosofia propunha normas 
para melhorar a sociedade de 
acordo com seus princípios. 
2. Os estudos sobre a vida social 
tinham sempre por objetivo propor 
formas ideais de organização da 
sociedade mais do que lhe 
compreender a organização real. 
3. Eram normativos (buscavam 
estabelecer regras e normas) e 
finalistas (propunham uma finalidade 
para a organização social).
Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.)
Filosofia 
Esses estudos eram fragmentários e o fator político 
sob o domínio de um interesse puramente ético tinha 
prioridade sob o fator social 
Platão 
(427/347 a.C.) 
República
Aristóteles 
(384/322 a. 
C.) Política
Teologia – Idade Media 476 a 1453 
SÉCULO V
Desagregação do Império Romano
Invasão dos bárbaros
Fechamento da Europa
sobre si mesma
Economia de subsistência : os feudos
A instituição mais bem
estruturada no período. 
Livros e artes reunidos e 
conservados em mosteiros
MONOPÓLIO DO SABER
IGREJA CATÓLICA
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A “CIÊNCIA”(conheci-
mento) tornou-se 
TEOCÊNTRICA
Tudo era interpretado 
à luz da fé
Tudo o que não fosse 
ligado à fé era falso
A Igreja era detentora 
da verdade
Noção grega de 
verdade
Verdade logico-
racional
Noção medieval 
de verdade
Verdade revela-
da pela fé
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
A“ciência”(conhecimento) continua 
distanciada da técnica e da experimen-
tação
As elites (nobreza e clero) levavam vida 
aristocrática, valorizavam o ócio, des-
prezavam as atividades práticas. 
O corpo era desprezado, castigado. A 
preocupação fundamental era a salvação 
da alma 
Teologia – Idade Média (de 476 à 1453)
Santo Agostinho 
(354/430) 
A Cidade de Deus: os homens 
viviam na cidade onde reinava o 
pecado e deveriam caminhar 
para a cidade da graça, a cidade 
de Deus.
Teologia 
Santo Tomas de Aquino 
( 1227/1274) 
A Suma Teológica : uma filosofia 
cristã, chamada filosofia 
escolástica, que estudava as 
relações do homem com Deus.
Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e 
normativos

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