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Apresentacao Ergonomia UFG 07 05 13

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Análise Ergonômica do Trabalho 
(AET) AET – Análise Ergonômica do Trabalho 
Abordagem Tradicional 
• Baseia-se no estudo dos movimentos corporais do ser humano 
necessários para executar uma tarefa, e na medida do tempo 
gasto em cada movimento. 
 
• A sequência de movimentos necessários para executar uma 
tarefa é baseada numa série de princípios de economia de 
movimentos, sendo que o melhor método é escolhido pelo 
critério do menor tempo gasto. 
 
• O desenvolvimento do melhor método é feito, geralmente, em 
laboratório de engenharia de métodos, onde os diversos 
dispositivos, materiais e ferramentas são colocados em posições 
mais convenientes, baseados em critérios empíricos e em 
experiências pessoais dos próprios analistas de métodos. 
Curso de Design - UCG 2009/10 - Ergonomia I Prof. Rodrigo Balestra 
Fundamentos Conceituais 
 
 
- Tarefa é aquilo que a organização do trabalho estabelece ou 
prescreve para o trabalho a ser realizado. 
 
- Atividade é aquilo que o sujeito realmente faz para atingir os 
objetivos prescritos. 
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Estudo Ergonômico do Posto de Trabalho 
 
 
• Análise da demanda: definição do problema a ser estudado, a 
partir do ponto de vista dos diversos atores sociais envolvidos; 
 
• Análise da tarefa: análise das condições ambientais, técnicas e 
organizacionais de trabalho; 
 
• Análise das atividades: análise dos comportamentos do ser 
humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios e 
cognitivos). 
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Análise da Demanda 
• É o ponto de partida de toda análise ergonômica do trabalho; 
 
• Permite delimitar o (s) problema (s) a ser abordado em uma análise 
ergonômica; 
 
• Permite a definição de um contrato e delimitação da intervenção 
(prazos, custos, acesso às diversas áreas da empresa, informações 
e pessoas); 
 
• Permite a definição de um plano de intervenção. 
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Análise da Tarefa 
As técnicas empregadas na análise da tarefa, baseiam-se em: 
 
• análise de documentos; 
 
• observações sistemáticas; 
 
• entrevistas com as diversas pessoas envolvidas (direção, 
gerentes, supervisores e trabalhadores); 
 
• medidas realizadas sobre o ambiente de trabalho. 
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Técnicas de Análise da Tarefa 
Níveis de tarefa (segundo Poyet, 1990): 
 
- Tarefa prescrita: conjunto de objetivos, procedimentos, métodos e 
meios de trabalho fixados pela organização aos trabalhadores. 
 
- Tarefa induzida ou redefinida: representação que o trabalhador 
elabora da tarefa, a partir dos conhecimentos que possui dos diversas 
componentes do sistema homem-tarefa. 
 
- Tarefa atualizada: em função dos imprevistos e das condicionantes 
da situação de trabalho, o indivíduo modifica a tarefa induzida às 
especificidades desta situação, atualizando, assim, a sua 
representação mental referente ao que deveria ser feito. 
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Dados referentes ao ser humano: 
 
 
• Trabalhador que intervém no posto e seu papel no sistema de 
produção; 
 
• Formação e qualificação profissional; 
 
• Número de trabalhadores trabalhando simultaneamente sobre 
cada posto e regras de divisão de tarefas (quem faz o que?); 
 
• Número de trabalhadores trabalhando sucessivamente sobre cada 
posto e regras de sucessão (horários, modos de alternância de 
equipes); 
 
• Características da população: idade, sexo, forma de admissão, 
remuneração, estabilidade no posto e na empresa, absenteísmo, 
turn-over, sindicalização etc. 
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Dados referentes às condições técnicas-máquina: 
 
 
• Estrutura geral da(s) máquina(s); 
 
• Dimensões características (croquis, fotos, fluxo de produção); 
 
• Órgãos de comando da máquina; 
 
• Órgãos de controle da máquina; 
 
• Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico, 
hidráulico, pneumático, eletrônico); 
 
• Problemas aparentes na máquina; 
 
• Aspectos críticos evidentes na máquina. 
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Dados referentes às condições ambientais: 
 
 
• O espaço e planos de trabalho; 
 
• O ambiente térmico; 
 
• O ambiente acústico; 
 
• O ambiente luminoso; 
 
• O ambiente vibratório; 
 
• A qualidade do ar. 
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Dados referentes às condições organizacionais: 
 
 
• Repartição de funções entre os diferentes postos; 
 
• O arranjo físico das máquinas e sistemas de produção; 
 
• A estrutura das comunicações; 
 
• Os métodos e procedimentos de trabalho; 
 
• As modalidades de execução do trabalho (horários, equipes, 
normas de produção, modo de remuneração); 
 
• As modalidades de planificação e de tomada de decisão. 
 
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Recomendações 
 
 
- Manter a mesma postura e os mesmos movimentos por períodos 
prolongados desequilibram o corpo ou sujeita-o ao estresse. 
Tenções na coluna vertebral, músculos contraídos por longos 
períodos ou dores nos membros são consequências de uma base 
fraca para um trabalho concentrado e pensamento eficiente. 
 
- O movimento advém da mudança. Se quiser sentar de forma 
sadia e manter-se intelectualmente ativo, terá que realizar 
mudanças repetidas de posição e movimentos utilizando uma 
cadeira adequadamente equipada. 
 
- Alterne posições sentadas e em pé, aliviando a tensão sobre o 
organismo, na coluna vertebral, músculos e atuando na circulação 
sanguínea. 
Os sereshumanos são feitos de mente, espírito e corpo. Sem a 
mente, não há ação. Têm experiências nesses três níveis e as 
retêm em sua memória, onde as condições mentais, espirituais e 
físicas interagem entre si e influenciam-se mutuamente. Dessa 
forma, quando as necessidades físicas são levadas em 
consideração, a mente e o espírito também desempenham seu 
papel. 
 
Na Psicologia e Filosofia, esta associação mútua e 
interdependente frequentemente são ilustradas por um modelo 
triádico: o equilíbrio entre espírito, o coração e a mente. 
 
Se esses três aspectos estiverem em equilíbrio, a pessoa está 
“bem”. Se estiver em um “triângulo obtuso”, quando um aspecto 
se sobrepõe aos demais, há um desequilíbrio. As condições 
mentais, espirituais e físicas estão sujeitas aos ciclos individuais, 
sendo que a harmonia do corpo, mente e espírito constitui um 
processo contínuo de um sistema vivo. 
É importante lembrarmos das correlações entre o pensamento, 
sentimento e ação. 
 
A motivação vem do pensamento positivo, que gera sentimentos 
positivos e também uma alta habilidade de ação. A desmotivação 
advém do pensamento negativo, que gera sentimentos negativos e 
resulta em uma baixa atividade de ação. 
 
Qualquer projeto, programa ou plano determinado a valorização de 
seus recursos humanos, deve sempre considerar e motivar todas 
estas três perspectivas. 
 
Desta forma, uma cadeira de escritório deve ser projetada para 
prestar os melhores serviços possíveis aos seres humanos, 
satisfazer aspectos orgânicos de apoio, de sustentação e 
movimento, traduzidos num mecanismo apropriado. O aspecto de 
ajuste individual deve ser somado a isso, considerando-se o fato 
de que os seres humanos não possuem tamanhos padronizados. 
A cadeira ergonômica apoia, sustenta e move seu ocupante por 
meio de características bem concebidas e mecanismos inteligentes, 
onde os recursos de ajuste disponibilizados são importantes para: 
 
• o correto apoio às partes críticas do corpo; 
• contato com o piso, para os pés; 
• ângulos que aliviem o peso dos braços e pernas; 
• evitar a pressão (por exemplo, na região poplítea). 
 
Problematização 
Problema Interfacial - os livros utilizados em paralelo ao uso do 
computador ficam sob os braços gerando posturas prejudiciais: leve 
abdução dos ombros, leve flexão do punho e leve desvio radial. 
Altura do funcionário 1,72 m 
Conteúdo da disciplina de Ergonomia Prof. Rodrigo Balestra - Curso de Design - UCG 2009/01 
Problema Interfacial - quando ocorre o atendimento ao telefone 
concomitantemente à atividade no computador, a postura assumida 
caracteriza-se por abdução do ombro, inclinação lateral do pescoço 
e elevação dos ombros, o que pode causar desconforto e/ou dores 
na musculatura do trapézio. 
Conteúdo da disciplina de Ergonomia Prof. Rodrigo Balestra - Curso de Design - UCG 2009/01 
Problema Interfacial - para manipular o mouse, o braço fica semi-
flexionado e o ante-braço extendido, o que pode causar desconforto 
e/ou dores na musculatura do ombro. 
Conteúdo da disciplina de Ergonomia Prof. Rodrigo Balestra - Curso de Design - UCG 2009/01 
Problema Interfacial - para manipular o mouse, o braço fica semi-
abdusido, semi-flexionado e o ante-braço extendido. O punho 
realiza desvio ulnar e radial com frequência, podendo causar 
desconforto e dores. 
Altura da funcionária 1,53 m 
Conteúdo da disciplina de Ergonomia Prof. Rodrigo Balestra - Curso de Design - UCG 2009/01 
Materiais 
 
 
“Ergonomia significa sentir-se bem e a superfície também 
conta”. 
 
Quando se está sentado, existe também o contato com o material 
da cadeira. Um desenho agradável e materiais de revestimento 
constituem um dos critérios ergonômicos na projetação de novas 
cadeiras. 
 
Eles devem atenuar o resultado das atividades fisiológicas da pele 
(regulação da temperatura e o grau de umidade do corpo), levando 
em consideração também a escolha do tecido e das partes que se 
interagem com o corpo humano. 
Os materiais sempre exerceram um grande poder de sedução 
entre os consumidores, sendo a percepção visual e tátil, 
importantes fatores de decisão de compra de um produto. 
 
O conhecimento dos diversos materiais e de suas propriedades, 
aliado à possibilidade de associá-los, permite a concepção de 
produtos que atendam às necessidades e desejos dos usuários. A 
seleção dos materiais a serem utilizados nos produtos industriais, 
portanto, é um dos fatores determinantes para a sua qualidade e 
para o seu sucesso. 
 
Não apenas influencia o seu desempenho técnico, como trata-se é 
um dos fatores que afetam o consumidor/usuário na sua decisão, 
frequentemente subjetiva, ao adquirir um determinado produto. 
A seleção dos materiais costumava ser apresentada como 
decorrente dos requisitos de uso (Bonsiepe,1978; Bomfim,1981), 
associados à realização de sua função prática ou objetiva, e a 
requisitos técnicos . A dimensão objetiva da seleção de materiais 
está relacionada a fatores como desempenho, durabilidade, custos, 
etc. ,com o suporte da Engenharia de Materiais ao Design. 
 
A dimensão subjetiva está associada a fatores como cultura, gostos 
e experiências individuais (muitas vezes não conscientes), valores, 
preconceitos,etc. Tal conjunto de fatores corresponde ao que Löbach 
(1981) classificou como funções estética e simbólica, 
complementares à função prática do produto, e ao que Bürdek 
(1994) considerou como a função de linguagem do produto. 
Recentemente, a Semântica de Produtos tem-se dedicado a 
investigar os significados que as pessoas atribuem aos produtos: “o 
ser humano não responde às qualidades físicas das coisas, mas ao 
que elas significam para ele” (Krippendorff, 2000). 
Na dimensão subjetiva encontra-se a percepção do conforto. Para 
o senso comum, e para alguns autores, o conforto é definido como 
a ausência de desconforto. Para Zhang et al (1996) o conforto 
trata-se de um sentimento de relaxamento e bem estar, associado 
a questões estéticas, enquanto que o desconforto está ligado ao 
atendimento de questões biomecânicas. 
 
Outros estudos demonstram o quanto a aparência de conforto 
influi na avaliação de conforto. Além da percepção da forma, os 
produtos são percebidos diferentemente quanto aos seus 
materiais. Para o consumidor, esta percepção induzirá ou não à 
sua escolha; para o usuário, a percepção levará ou não à 
satisfação quanto ao seu uso. A percepção dos materiais envolve 
duas dimensões principais: a semântica e as propriedades dos 
materiais. A primeira provém do contexto cultural e é enfocada por 
diversas teorias, a segunda é do domínio da Ciência dos 
Materiais. 
As propriedades dos materiais podem ser classificadas, conforme Ashby et 
al (1996), em duas categorias: intrínsecas e atributivas. As propriedades 
intrínsecas englobam propriedades físicas gerais, mecânicas, térmicas, 
elétricas e magnéticas, e de interação com o ambiente. Enquanto que as 
propriedades atributivas correspondem a aspectos econômicos, de 
produção e estéticas. 
Propriedades de maior interesse nos produtos: 
 
- Condutividade térmica: materiais que deverão trabalhar com temperaturas 
extremas ou onde a percepção do calor ou do frio pode ser agradável ou não. 
Ex: fornos, panelas, embalagens etc. 
- Condutividade elétrica:o produto deve ter a segurança como requisito no 
uso ou manipulação, independente da função que venha a cumprir. 
- Densidade: é associada à percepção de ‘leveza’ do material (conforto), onde 
produtos são feitos com materiais de determinadas densidades, podendo ser 
um requisito do projeto ou uma restrição (pranchas de surf). Nos casos de 
colchões e assentos, envolve a dureza. 
- Dureza: resistência de um material à penetração, relacionada com o conforto 
e sentida através do tato (calçados, colchões). 
- Módulo de elasticidade: a rigidez é importante na percepção do conforto, 
quando sofrer forças como tração e compressão. Ex: cadeiras. 
- Acabamento superficial: responsável pela interface produto/usuário, cria a 
sensação agradável ou não que o usuário irá associar ao produto. É uma 
propriedade do processo e não do material, onde as rugosidades ou texturas 
têm estreita relação com a percepção tátil. 
 
As primeiras são propriedades intrínsecas ao material enquanto que a última é 
uma propriedade atributiva, dependente dos processos de fabricação. 
Relação de Dependência 
Conceitos-chave do Estilo 
 
1. A visão determina aquilo que gostamos, onde as propriedades do sistema 
visual determinam, em grande parte, o que é visto com qualidades atraentes 
num produto. 
 
As regras do Gestalt indicam os tipos de produtos que são melhor processados 
visualmente e que produzem apelo visual imediato: simetria, figuras 
geométricas simples, harmonia e equilíbrio visual, sugerindo que deve-se 
combinar complexidade moderada com simplicidade. 
 
2. Efeitos Sociais, Culturais e Comerciais podem sobrepujar as preferências 
por formas simples. Ex: (I) Moda – preferências de estilo periodicamente, (II) 
Ambiente Cultural – afetam nossos valores pessoais e sociais, (III) Decisões 
empresariais pode determinar novos rumos do estilo em produtos. 
 
3. Atratividade exercida pelos Produtos pode ser classificada em (I) 
Conhecimento Prévio - familiaridade; (II) Atração Semântica – transmite 
imagem de bom funcionamento; (III) Atração Simbólica – representa valores 
pessoais e sociais; (IV) Atração Intrínseca – a forma do produto apresenta uma 
beleza própria. 
 
Projetos de ambientes + mobiliário 
Obrigado pela atenção!

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