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EMBRIOLOGIA TEMA Fecundação e 1.ª semana do desenvolvimento embrionário Dra. Patrícia E.C. Chipoletti Esteves Caro aluno, Estes slides contêm somente tópicos relacionados aos conteúdos discutidos em aula. Para ter acesso ao conteúdo completo, consulte a bibliografia indicada no Plano de Aula. Didaticamente, a gestação é estudada em períodos, o que permite relacionar cada evento com o tempo de gestação. É importante salientar que esses períodos não são exatos, ou seja, ocorrem variações em função de uma diversidade de fatores. Esquematicamente, alguns eventos e o período (aproximado) em que ocorrem estão demonstrados abaixo. Evento Característica Período Fecundação/Fertilização União do espermatozoide com o ovócito II. Ocorre, normalmente, no 14º dia do ciclo menstrual. Clivagens/Segmentações iniciais. Blastogênese. Série de divisões mitóticas sofridas pelo zigoto. Do 1.º dia até cerca de 6 dias após a fecundação. Embriogênese /organogênese. Formação dos principais órgãos e sistemas humanos Da 3.ª semana até a 8.ª semana de gestação. O novo ser é chamado de embrião. Crescimento e amadurecimento fetal. Crescimento intenso, ganho de massa e capacitação funcional dos órgãos. Da 9.ª semana até o parto. O novo ser é chamado de feto. TERMINOLOGIA EMBRIOLÓGICA CONCEPTO: este termo refere-se a todas as estruturas que se formam a partir do zigoto: o embrião e as membranas associadas (anexos fetais). EMBRIÃO: nome dado ao novo ser desde a fecundação até a 8.ª semana do desenvolvimento. FETO: nome dado ao novo ser a partir da 9.ª semana do desenvolvimento e até o parto. TEMPO DE GESTAÇÃO Ponto de referência Dias Semanas Meses de calendário Fertilização 266 38 8 ¾ LNMP (início do último período menstrual) 280 40 9 ¼ O OVÓCITO E SEUS ENVOLTÓRIOS Zona Pelúcida: camada de glicoproteínas que circunda o ovócito e mantém a ligação do espermatozóide e induz a reação acrossômica. Serve de proteção mecânica. Corona radiata Conjunto de células foliculares que fornece ao ovócito moléculas precursoras de macromoléculas. O ovócito é uma célula haplóide, ou seja, possui somente um conjunto de cromossomos, que na espécie humana corresponde a 23 cromossomos. Quando é liberado pelo ovário, é envolvido pela zona pelúcida e corona radiata. OVOCITAÇÃO FASES DA FECUNDAÇÃO De maneira simplificada, diz-se que a fecundação é o processo pelo qual o gameta masculino (espermatozoide) e o feminino (ovócito) se fundem, geralmente, na ampola da tuba uterina, dando origem a uma célula chamada ovo ou zigoto, mas esse processo ocorre nas seguintes etapas: 1. Penetração na corona radiata. 2. Reconhecimento e adesão. 3. Reação acrossômica. 4. Desnudação. 5. Penetração na zona pelúcida. 6. Fusão. 7. Bloqueio da polispermia. 8. Retomada da 2.ª divisão meiótica pelo ovócito secundário. 9. Formação dos pró-núcleos masculino e feminino. 10. Singamia e anfimixia. Para detalhes estudar: Hib J. Embriologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. Fecundação; p. 8-14. FASES DA FECUNDAÇÃO FASES DA FECUNDAÇÃO 1 – Estimula o ovócito II (secundário) a completar a 2.ª divisão meiótica; 2 – Restaura o número diplóide de cromossomos (46); 3 – Variação genética da espécie humana; 4 – Determinação do sexo genético: espermatozóide portador de X (menina); espermatozóide portador de y (menino); 5 – Início da clivagem (mitoses): sem fertilização, o ovócito geralmente se degenera 24 horas após a ovocitação. CONSEQUÊNCIAS DIRETAS DA FECUNDAÇÃO DETECÇÃO DA GRAVIDEZ 1. Fator do início da gravidez (EPF): proteína imunossupressora produzida pelo trofoblasto. Está presente no soro materno 24/48 horas após a fecundação. É a base dos testes de gravidez durante os primeiros 10 dias após a fecundação. 2. Gonanadotrofina coriônica humana (hCG): produzida pelo sinciciotrofoblasto. Esse hormônio mantém a atividade endócrina do corpo lúteo. É produzido em quantidade suficiente para ser detectado na urina no final da 2ª semana de desenvolvimento embrionário. 3. Ultrassonografia: pode detectar a gravidez a partir da 5ª semana de desenvolvimento. FECUNDAÇÃO E 1ª SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 1 – Ovócito após a ovocitação; 2 – Fertilização ou fecundação; 3 – União dos pró-núcleos masculino e feminino (singamia); 4 – 1.ª divisão mitótica; 5 – Estágio de 2 células (blastômeros): após 30 horas; 6 – Mórula (12~16 blastômeros): 3 dias após a fecundação; 7 – Mórula avançada chegando ao útero: 4 dias após a fecundação. Assim que chega ao útero a zona pelúcida começa a sofrer degeneração. Líquido da cavidade uterina começa a penetrar na mórula, formando um espaço cheio de fluído em seu interior. Esse espaço é denominado blastocele e a estrutura embrionária passa a ser chamada de blastocisto; 8 – Blastocisto inicial:4 a 5 dias após a fecundação. A degeneração da zona pelúcida permite ao blastocisto aumentar de tamanho rapidamente; 9 – Implantação do blastocisto: 5 a 6 dias após a fecundação. Enquanto sofre implantação, formam-se no blastocisto duas massas celulares: trofoblasto e embrioblasto (Final da 1.ª semana/início da 2.ª semana). 1ª SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO O zigoto começa a sofrer sucessivas mitoses (clivagem) e suas células-filhas recebem o nome de blastômeros. Esse processo é conhecido como blastogênese. ESTRUTURAS EMBRIONÁRIAS FORMADAS APÓS A FECUNDAÇÃO ESTRUTURAS EMBRIONÁRIAS FORMADAS APÓS A FECUNDAÇÃO O BLASTOCISTO ESTRUTURAS EMBRIONÁRIAS FORMADAS APÓS A FECUNDAÇÃO DESTINO DO CORPO LÚTEO APÓS A OVULAÇÃO MANUTENÇÃO DO ÚTERO GRAVÍDICO PELO CORPO LÚTEO O corpo lúteo é uma estrutura temporária formada pelas células granulosas ou foliculares (grânulo-luteínicas) e da teca interna (teco- luteínicas) que secretam progesterona e estrógeno. Esses hormônios estimulam o crescimento e a atividade secretória do endométrio (camada interna do útero), essencial à preparação desse tecido para a implantação do embrião em desenvolvimento. É considerado um órgão endócrino e, na ausência da implantação, mantém sua atividade por cerca de 12 dias (10 a 14 dias), entrando em degeneração. Quando ocorre a implantação, as gonadotrofinas coriônicas que são, inicialmente, produzidas pelo trofoblasto (sinciciotrofoblasto) e, posteriormente, pela placenta, irão estimular a persistência do corpo lúteo, que passa a ser chamado corpo lúteo gravídico. O corpo lúteo é essencial para a manutenção da gravidez, no entanto, com a produção hormonal pela placenta, entra em degeneração, processo que ocorre ao redor do 4º mês. Quando ocorre a degeneração do corpo lúteo (luteólise), forma-se no local um tecido hialino amorfo, denominado de corpo albicante.
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