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Aula 05 Auditoria

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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 05 
 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1
Introdução . ....................................................................................... 01 
Representações formais (carta de responsabilidade da administração) . ...... 02 
Estimativas Contábeis . ........................................................................ 08 
Continuidade Operacional . ................................................................... 14 
Contingências . ................................................................................... 24 
Lista de questões . .............................................................................. 32 
Bibliografia . ....................................................................................... 38 
Introdução 
Prezado Aluno, 
Bem vindo à quinta aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e 
Exercícios. 
Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes 
assuntos: 
• Representações formais (carta de responsabilidade da administração); 
• Estimativas Contábeis; 
• Continuidade Operacional; e 
• Contingências. 
Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final 
do arquivo, caso você queira tentar resolvê-las antes de ver os comentários. 
Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do 
Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar 
no aprimoramento dos nossos cursos. 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
Professores: Barreto e Fernando Graeff 
Aula 05 
 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2
Representações formais (carta de responsabilidade da administração)
Com a entrada em vigor das novas normas de auditoria, a figura da carta de 
responsabilidade da administração da empresa, disciplinado pela Resolução 
CFC nº 1.054/05, ora revogada, deixou de existir. Ela foi substituída pela 
“representação formal”, instituída pela NBC TA 5801. 
Inicialmente, vamos fazer uma comparação entre as definições trazidas nas 
normas antigas e nas novas: 
Representação formal Carta de responsabilidade da 
administração 
É uma declaração escrita pela 
administração, fornecida ao auditor, 
para confirmar certos assuntos ou 
suportar outra evidência de auditoria. 
É um documento emitido pelos 
administradores da entidade, cujas 
Demonstrações Contábeis estão sendo 
auditadas. 
Da mesma forma, vamos recorrer às normas revogadas e às em vigor para 
comparar a utilidade dessa evidência: 
Representação formal Carta de responsabilidade da 
administração 
Entre outros usos, o auditor deve 
solicitar à administração que forneça 
representação formal de que ela 
cumpriu a sua responsabilidade pela 
elaboração das demonstrações 
contábeis de acordo com a estrutura 
de relatório financeiro aplicável, 
incluindo quando relevante a 
adequada apresentação, como 
estabelecido nos termos do trabalho 
de auditoria. 
A administração da entidade deve 
encaminhar a carta ao auditor 
independente, confirmando as 
informações e os dados a ele 
fornecidos, assim como as bases de 
preparação, apresentação e 
divulgação das Demonstrações 
Contábeis submetidas para exame de 
acordo com as Normas de Auditoria 
Independente das Demonstrações 
Contábeis. 
Comparando os quadros acima chegamos à seguinte conclusão: só mudou a 
denominação. 
Ou seja, tanto a representação formal, quanto a carta de responsabilidade, 
representa evidência de que a administração reconhece a responsabilidade 
 
1 Resolução CFC nº 1.227/09 - Representações Formais 
 
 
 
 
 
 
 
Auditoria Regular – Teoria e Exercícios 
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pela preparação e apresentação adequada, assim como pela aprovação das 
Demonstrações Contábeis objeto da auditoria. 
Bom, sempre que o auditor não possa ter uma expectativa razoável quanto à 
existência de outra evidência de auditoria pertinente, ele deve obter 
declarações por escrito da administração sobre os assuntos significativos para 
as Demonstrações Contábeis. 
As declarações devem ser feitas por escrito, pois declarações verbais são de 
difícil comprovação e a possibilidade de mal-entendidos entre o auditor e a 
administração é reduzida quando a evidência é escrita. 
Desta forma, uma declaração por escrito é uma evidência de auditoria 
melhor do que uma declaração verbal. 
Por uma questão de eficiência e praticidade as declarações por escrito 
solicitadas da administração podem estar limitadas aqueles assuntos 
considerados, individual ou coletivamente, como significativos para as 
Demonstrações Contábeis. 
Nesse sentido, muitas vezes caberá ao auditor esclarecer a administração a 
necessidade da representação formal, visto entender relevante o assunto em 
relação às Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto. 
Sempre que, no decorrer da auditoria, a administração da entidade auditada 
fizer declarações ao auditor, espontaneamente ou em resposta a indagações 
específicas, sobre assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis, ele 
deve (o auditor deve ser prudente, por natureza é um ser desconfiado...): 
• buscar evidência comprobatória de auditoria com base em fontes dentro 
e fora da entidade; 
• avaliar se as declarações feitas pela administração são razoáveis e 
consistentes com outras evidências de auditoria obtidas, incluindo outras 
declarações; e 
• analisar se as pessoas que fazem as declarações podem ser consideradas 
bem informadas sobre assuntos específicos sob os quais emitiram suas 
declarações. 
Importante Æ As declarações da administração não substituem outras 
evidências de auditoria. 
O auditor não pode deixar de realizar os procedimentos necessários de 
auditoria para obter as evidências em troca de representações formais. (O 
auditor não pode ser preguiçoso, na maioria das vezes, as evidências mais 
fáceis de serem obtidas são as mais fracas...) 
 
 
 
 
 
 
 
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Assim, constituirá uma limitação de escopo da auditoria o fato do 
auditor não conseguir obter uma evidência de auditoria adequada e 
suficiente, que seja esperado que esteja disponível, sobre um item que tenha 
ou possa ter um efeito significativo sobre as Demonstrações Contábeis, mesmo 
que a administração emita uma declaração sobre isso. (A declaração não 
substitui uma evidência que deveria existir.) 
Porém, em certos casos, uma declaração da administração pode ser a única 
evidência de auditoria que, normalmente, está disponível, como por exemplo, 
para corroborar a intenção da administração de manter um investimento 
específico a longo prazo. 
Devido à natureza das fraudes (que resultam de ações deliberadas, de 
conluios) e das dificuldades inerentes em detectá-las, o auditor deve obter 
declarações formais da administração de que ela reconhece sua 
responsabilidade na elaboração e na implementação dos controles para 
prevenir e detectar sua ocorrência. 
Além disso, o auditor deve obter a declaração da entidade de que ela não tem 
conhecimento de qualquer fraude ou suspeita de fraude que pudesse ter efeito 
relevante nas demonstrações contábeis. 
Caso a declaração da administração seja conflitante com outra evidência de 
auditoria, o auditor deve investigar as circunstâncias e, se necessário, 
reconsiderar a confiabilidade de outras declarações feitas pela administração. 
01. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS NÍVELBÁSICO– 
2009) – Adaptada - A representação formal da administração é um 
documento que compõe os papéis de auditoria. Dessa forma, NÃO seria seu 
objetivo 
(A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. 
(B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. 
(C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a 
auditoria. 
(D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, 
após a publicação das demonstrações. 
(E) atender as normas de auditoria independente. 
Resolução: 
A representação formal não tem por finalidade impedir que o auditor possa ser 
processado societária ou criminalmente, no máximo, pode ser utilizada como 
prova a seu favor. As demais assertivas representam objetivos da 
representação formal. Portanto, gabarito letra “A”. 
 
 
 
 
 
 
 
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02. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2009) – 
Adaptada - As representações formais devem ser emitidas com a mesma data 
do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis a que elas se 
referem. 
Resolução: 
Essa questão trata sobre a data e período abrangido pelas representações 
formais. 
Segundo a NBC TA 580, a data das representações formais deve ser tão 
próxima quanto praticável, mas não posterior à data do relatório do auditor 
sobre as demonstrações contábeis. 
Ou seja, a data deve ser o mais próxima possível da data do relatório de 
auditoria, não precisa ser a mesma data. Somente não pode ser posterior. 
Atenção: Essa é uma diferença importante em relação à NBC T 11 que exigia 
que a carta de responsabilidade da administração fosse emitida na mesma 
data do parecer do auditor independente. Veja o quadro abaixo: 
NBC T 11 NBC TA 580 
Carta de responsabilidade da 
administração 
Representação formal 
Emitida na mesma data do parecer do 
auditor 
Emitida tão próxima quanto 
praticável, mas não posterior à data 
do relatório 
Portanto, de acordo com as novas normas de auditoria o item está errado. 
03. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) – Adaptada - Sempre que não possa 
ter expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria 
pertinente, deve o auditor obter declarações por escrito da administração, 
sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis, por meio 
da(o) chamada(o): 
a) Representação Formal. 
b) Circularização dos Consultores Jurídicos. 
c) Carta de Responsabilidade da Administração. 
d) Termo de Diligência. 
e) Carta de Conforto. 
Resolução: 
 
 
 
 
 
 
 
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Como vimos, com as modificações trazidas pelas normas de auditoria que 
entraram em vigor a partir de 1º/1/2010, foi instituída a NBC TA 580, que 
trata das representações formais. 
Estas são declarações escritas pela administração, fornecidas ao auditor, para 
confirmar certos assuntos ou suportar outras evidências de auditoria. Gabarito 
da questão: Letra “A”. 
04. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e 
Fiscalização/Atuária/SUSEP/2006) - adaptada - A ação a ser praticada 
pelo auditor, quando da recusa por parte da administração da empresa 
auditada no fornecimento de representação formal é 
a) modificar a sua opinião 
b) emitir opinião sem ressalva, desde que conste das notas explicativas. 
c) emitir uma opinião com abstenção de opinião ou adversa. 
d) recusar os trabalhos, e não emitir nenhuma opinião. 
e) emitir uma opinião sem ressalva ou adversa. 
Resolução: 
Quando as representações solicitadas não forem fornecidas, o auditor deve: 
(a) discutir o assunto com a administração; 
(b) reavaliar a integridade da administração e avaliar o efeito que isso 
pode ter sobre a confiabilidade das representações (verbais ou 
escritas) e da evidência de auditoria em geral; e 
(c) tomar ações apropriadas, inclusive determinar o possível efeito 
sobre a sua opinião no relatório de auditoria (opinião com ressalva 
ou adversa). 
Se a representação formal versar sobre as responsabilidades da administração 
o auditor pode abster-se de emitir opinião no relatório sobre as demonstrações 
se: 
(a) concluir que há dúvida suficiente a respeito da integridade da 
administração; ou 
(b) a administração não fornecer as representações formais exigidas. 
Ou seja, dependendo da relevância da omissão e do assunto da representação 
formal, o auditor pode alterar sua opinião para com ressalva, adversa, ou 
ainda, abster-se de opinar. Portanto, o gabarito é a letra “A”. 
 
 
 
 
 
 
 
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05. (ESAF/AFRE – Sefaz MG/2005) O não fornecimento, pela 
administração da empresa auditada, da Carta de Responsabilidade ao auditor 
independente caracteriza 
(A) limitação de escopo. 
(B) impossibilidade de auditoria. 
(C) suspensão da auditoria. 
(D) fraude em auditoria. 
(E) a renúncia ao trabalho. 
Resolução: 
Pelo que vimos da importância das representações formais como evidência de 
auditoria, se o auditor concluir que as representações formais não são 
confiáveis, ou se a administração não fornecê-las, o auditor não terá condição 
de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. 
Existe o que chamamos de limitação de escopo. 
Os possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis de tal limitação não se 
limitam a elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis 
e, portanto, estão disseminados. 
Assim, o auditor deve se abster de opinar sobre as demonstrações contábeis 
em tais circunstâncias. 
Logo, temos que o gabarito é letra “A”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estimativas Contábeis 
Vamos falar agora sobre estimativas contábeis, que estão tratadas na NBC TA 
5402. 
Mas, o que são estimativas contábeis? 
Como resultado das incertezas inerentes às atividades das entidades, muitos 
itens contábeis não podem ser mensurados com precisão. 
Então, eles precisam ser estimados, ou seja, a estimativa contábil é uma 
previsão quanto ao valor de um item contábil que envolve julgamentos 
baseados nas melhores evidências disponíveis (normalmente, é feita a 
comparação com o comportamento dos itens no período anterior ao das 
Demonstrações Contábeis). 
O uso de estimativas, desde que razoáveis, é uma parte essencial da 
preparação das demonstrações contábeis e não afeta sua confiabilidade. 
De quem é a responsabilidade pelas estimativas contábeis? 
Guarde bem Æ O cálculo das estimativas contábeis são de exclusiva 
responsabilidade da administração da entidade. 
A entidade deve basear as estimativas em fatores objetivos e subjetivos, elas 
envolvem o julgamento na determinação do valor adequado a ser registrado 
nas Demonstrações Contábeis. Muitas vezes, as estimativas são feitas em 
condições de incerteza com relação ao resultado de eventos que ocorreram ou 
têm probabilidade de ocorrer. 
A entidade pode fazer as estimativas contábeis como parte do seu sistema 
contábil rotineiro (que opera em base contínua), ou não-rotineiro (que opera 
somente no final de determinado período contábil: mensal, trimestral, 
semestral ou anual). 
Ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram 
apuradas, analisando os controles, os procedimentos e os métodosutilizados pela entidade, e deve assegurar-se que as estimativas relevantes, 
individualmente consideradas, são razoáveis. 
O entendimento e a compreensão dos procedimentos e métodos, incluindo o 
sistema contábil e de controle interno, usados pela administração ao 
 
2 Resolução CFC nº. 1.223/09 
 
 
 
 
 
 
 
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determinar estimativas contábeis, é importante para o auditor planejar a 
natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria. 
Estimativas poderão ser necessárias, por exemplo, para o seguinte: 
™ Créditos de liquidação duvidosa (provisão para devedores duvidosos); 
™ Estoques obsoletos; 
™ Provisões para: 
o reduzir ativos ao seu valor provável de realização; 
o alocar o custo de itens do ativo durante suas vidas úteis estimadas 
(depreciação, exaustão ou amortização); 
o perdas em geral; 
o obrigações decorrentes de garantias; 
o indenizações; 
™ Receitas auferidas; 
™ Valor justo de ativos ou passivos financeiros; 
™ Custos e despesas incorridos; 
™ Impostos diferidos; e 
™ Prejuízos sobre contratos em andamento. 
O que os itens contábeis citados acima têm em comum? 
Perceba que todos eles podem envolver algum grau de incerteza na definição 
do valor que constará nas Demonstrações Contábeis. 
Por exemplo, a provisão para devedores duvidosos é formada com base na 
estimativa de probabilidade das quantias que deixarão de ser pagas por 
inadimplemento dos devedores. 
Atenção Æ Então, para verificar se as estimativas são razoáveis o auditor 
deve: 
¾ Analisar a fundamentação matemático-estatística dos procedimentos 
utilizados pela entidade na quantificação das estimativas; e 
¾ Verificar a coerência das estimativas com o comportamento dos itens 
estimados em períodos anteriores, as práticas correntes em entidades 
semelhantes, os planos futuros da entidade, a conjuntura econômica e 
as suas projeções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quando possível, o auditor deve comparar as estimativas contábeis 
de períodos anteriores com os resultados reais desses períodos, para: 
9 obter evidências sobre a adequação dos procedimentos de estimativas 
da entidade; 
9 considerar se são necessários ajustes nos procedimentos e nas 
fórmulas de cálculos das estimativas; e 
9 avaliar se as diferenças entre os resultados reais e as estimativas 
anteriores foram quantificadas e se foram feitas divulgações nas 
Demonstrações Contábeis, se relevantes. 
Se o auditor apurar que houve uma diferença significativa entre as estimativas 
feitas em períodos anteriores e os resultados reais desses períodos ele deve 
verificar se houve o competente ajuste nos procedimentos, de forma a permitir 
estimativas mais apropriadas no período em exame. 
Ou seja, se nos períodos anteriores as estimativas foram furadas, o auditor 
deve verificar se a administração tomou providências para deixá-las mais 
próximas da realidade no período atual. 
Vamos ver como esse assunto pode ser cobrado: 
06. (ESAF/AFRFB/2009) - ADAPTADA - O auditor, ao avaliar as provisões 
para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A., percebeu 
que nos últimos três anos, os valores provisionados ficaram distantes dos 
valores reais. Dessa forma, deve o auditor: 
a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa, no 
período. 
b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálcu-
los que garantam os valores registrados. 
c) ressalvar o relatório, por inadequação dos procedimentos, dimensionando os 
reflexos nas demonstrações contábeis. 
d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três 
anos, para estabelecer o valor da provisão. 
e) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas 
demonstrações contábeis correntes. 
Resolução: 
Segundo as novas normas de auditoria, o auditor deve revisar o desfecho das 
estimativas contábeis incluídas nas demonstrações contábeis do período 
anterior ou, quando aplicável, seus recálculos posteriores para o período 
corrente. 
 
 
 
 
 
 
 
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A natureza e a extensão da revisão do auditor levam em consideração a 
natureza das estimativas contábeis e, se as informações obtidas na revisão 
seriam relevantes, para identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de 
estimativas feitas nas demonstrações contábeis correntes. 
Entretanto, essa revisão não visa questionar os julgamentos feitos nos 
períodos anteriores que foram baseados em informações disponíveis na época, 
mas avaliar a adequação dos procedimentos utilizados no passado com base 
nos resultados alcançados. 
Gabarito da questão: Letra “A”. 
07. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) – 
ADAPTADA – Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item 
que considera as melhores evidências disponíveis quando não há forma precisa 
de quantificação e deve ser objeto de atenção do auditor para se certificar 
quanto à sua razoabilidade. As estimativas contábeis 
(A) são de responsabilidade exclusiva do auditor independente, embora ele 
possa utilizar informações dos controles contábeis da entidade auditada. 
(B) sempre podem ser determinadas com segurança, porque todas as 
incertezas são quantificáveis estatisticamente. 
(C) pontuais da administração representam a falta de neutralidade da 
administração na elaboração e apresentação de informações. 
(D) baseadas em fórmulas ditadas pela experiência devem ser revisadas 
regularmente, com o objetivo de efetuar ajustes. 
(E) que tenham por objeto provisionar valores de ocorrência não-rotineira são 
denominadas estimativas simples. 
Resolução: 
Depois do que vimos, vamos analisar cada um dos itens... 
As estimativas contábeis (A) são de responsabilidade exclusiva do 
auditor independente, embora ele possa utilizar informações dos 
controles contábeis da entidade auditada. 
As estimativas contábeis são responsabilidade da administração da entidade, 
ao auditor cabe tomar conhecimento da forma como as estimativas foram 
apuradas, analisando os controles, os procedimentos e os métodos utilizados 
pela entidade, e deve assegurar-se que as estimativas relevantes, 
individualmente consideradas, são razoáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
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As estimativas contábeis (B) sempre podem ser determinadas com 
segurança, porque todas as incertezas são quantificáveis 
estatisticamente. 
Está errada. Estimativa nunca pode ser algo 100% quantificável ou então não 
se chamaria estimativa, não é mesmo. 
As estimativas contábeis (C) pontuais da administração representam a 
falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de 
informações. 
De acordo com a NBC TA 540, a estimativa pontual da administração é o valor 
selecionado pela administração para registro ou divulgação nas demonstrações 
contábeis como estimativa contábil. 
A falta de neutralidade da administração na elaboração e apresentação de 
informações é denominada incerteza de estimativa. 
As estimativas contábeis (D) baseadas em fórmulas ditadas pela 
experiência devem ser revisadas regularmente, como objetivo de 
efetuar ajustes. 
É fato que fórmulas ditadas pela experiência, ou seja, sem o devido 
embasamento científico, devem ser constantemente revisadas para evitar 
erros e desatualizações. Logo, esse item é o gabarito. 
As estimativas contábeis (E) que tenham por objeto provisionar valores 
de ocorrência não-rotineira são denominadas estimativas simples. 
Errado. Essas estimativas são denominadas complexas, ou seja, são aquelas 
que fogem da rotina, do padrão - precisam ser melhores estudadas e 
requerem maior zelo e profundidade. 
As estimativas simples são aquelas com o objetivo de provisionar ocorrências 
rotineiras. 
Temos então que a resposta correta é o item “D”. 
08. (FCC/Auditor – TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor 
externo na avaliação das estimativas contábeis devem 
I. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados 
pela entidade na quantificação das estimativas. 
II. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em 
períodos passados. 
III. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções 
para períodos futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
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Está correto o que se afirma em 
(A) III, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
(E) I, II e III. 
Resolução: 
Vimos que as estimativas contábeis são responsabilidade da administração da 
entidade. 
No entanto, cabe ao auditor tomar conhecimento da forma como as 
estimativas foram apuradas, analisando os controles, os procedimentos e os 
métodos utilizados pela entidade, e deve assegurar-se que as estimativas 
relevantes, individualmente consideradas, são razoáveis. 
Nesse processo, o auditor deve: 
• fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados 
pela entidade na quantificação das estimativas; 
• verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade 
em períodos passados; e 
• avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções 
para períodos futuros. 
Enfim, todos esses itens fazem parte da análise dos procedimentos e métodos 
aplicados na avaliação das estimativas da entidade. Logo, o gabarito é o item 
“E”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Continuidade Operacional 
Vamos tratar agora da continuidade normal das atividades da entidade, ou 
seja, sobre as responsabilidades do auditor, na auditoria de demonstrações 
contábeis quanto à propriedade do pressuposto de continuidade operacional, 
como uma base para a preparação das demonstrações contábeis. 
Esse assunto é tratado pela NBC TA 5703, válida a partir de 1º de janeiro de 
2010. Anteriormente, esse assunto era tratado pela NBC T 11.10 (hoje 
revogada). No entanto, já adiantamos que não houve alterações significativas 
em relação às normas antigas, principalmente no que é cobrado em provas de 
concursos. 
Pela importância do assunto, com relação ao prazo razoável para consideração 
da continuidade operacional da entidade, vamos fazer um quadro comparativo 
entre as normas: 
Normas novas Normas antigas 
Ao revisar a avaliação da 
administração sobre a capacidade de 
continuidade operacional, o auditor 
deve cobrir o mesmo período utilizado 
pela administração para fazer sua 
avaliação, conforme exigido pela 
estrutura de relatório financeiro, por 
legislação ou regulamentação 
específica, caso esta determine um 
período mais longo. 
Contudo, se a avaliação elaborada 
pela administração cobrir menos de 
doze meses, a partir da data das 
demonstrações contábeis, o auditor 
deve solicitar que a administração 
estenda o período de avaliação para 
pelo menos doze meses. 
É responsabilidade do auditor avaliar 
se a entidade tem capacidade de 
continuar operando normalmente por 
um período razoável, não superior a 
um ano após a data das 
demonstrações contábeis que estão 
sendo auditadas (um ano após a data 
do balanço, geralmente). 
Na ausência de informações em 
contrário, a preparação das 
demonstrações contábeis presume a 
continuidade da entidade em regime 
operacional por um período previsível 
não maior do que um ano, a partir da 
data-base de encerramento do 
exercício. 
Veja que, apesar de melhor detalhado nas novas normas, o espírito continua o 
mesmo. 
 
3 Resolução CFC nº. 1.226/09 
 
 
 
 
 
 
 
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De acordo com o pressuposto de continuidade operacional, a entidade é vista 
como continuando em operação em futuro previsível, ou seja, 
pressupõe-se que as atividades e os negócios da entidade não serão 
interrompidos de uma hora para outra. 
Note que esse pressuposto é essencial para os acionistas e outros interessados 
nas demonstrações contábeis – saber que a empresa vai continuar operando 
normalmente (não vai falir, quebrar, reduzir sua operação drasticamente etc.) 
é de fundamental importância. 
Assim, quando o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado, 
ativos e passivos são registrados considerando que a entidade será 
capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos no curso normal 
dos negócios. 
Note que as demonstrações contábeis, para fins gerais, são elaboradas com 
base na continuidade operacional, a menos que a administração pretenda 
liquidar a entidade ou interromper as operações, ou não tenha nenhuma 
alternativa realista além dessas. 
Atenção: Na ausência de informações em contrário, a preparação das 
demonstrações contábeis presume a continuidade da entidade em 
regime operacional por um período previsível não menor do que 
12(doze) meses, a partir da data das demonstrações contábeis. 
Bom... mas a quem compete fazer a avaliação de continuidade dos negócios da 
entidade? 
Algumas estruturas de relatórios financeiros contêm uma exigência explícita 
para que a administração faça uma avaliação específica da capacidade de 
continuidade operacional. 
Por exemplo, a NBC T 19.27 – Apresentação das Demonstrações Contábeis 
exige que a administração faça uma avaliação da capacidade de continuidade 
da entidade. Ou seja, é papel da administração realizar a avaliação da 
capacidade de continuidade da entidade. 
E o auditor independente? Qual é sua responsabilidade? 
Ora, qual é o objetivo desse profissional? Vimos que é emitir uma opinião 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
Portanto, a responsabilidade do auditor é obter evidência de auditoria 
suficiente sobre a adequação do uso, pela administração, do 
pressuposto de continuidade operacional na elaboração e 
 
 
 
 
 
 
 
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apresentação das demonstrações contábeis e expressar uma conclusão 
sobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de 
continuidade operacional. 
A NBC TA cita, ainda, que essa responsabilidade existe mesmo se a estrutura 
de relatório financeiro usada na elaboração das demonstrações contábeis não 
incluir uma exigência explícita para que a administração faça uma avaliação 
específica da capacidade de continuidade operacional. 
Além disso, como sempre falamos o auditor traz apenas umagarantia 
razoável, ou seja, a ausência de qualquer referência à incerteza de 
continuidade operacional, no relatório do auditor independente, não 
pode ser considerada uma garantia da capacidade de continuidade 
operacional. 
Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade de continuidade 
operacional, o auditor deve cobrir o mesmo período utilizado pela 
administração para fazer sua avaliação, conforme exigido pela estrutura 
de relatório financeiro, por legislação ou regulamentação específica. 
Atenção: Não é responsabilidade do auditor corrigir a falta de análise da 
administração, cabe a ele apenas avaliar e emitir uma conclusão sobre essa 
análise. 
Como já falamos, o período de avaliação sobre a capacidade de continuidade 
operacional depende da estrutura de relatório financeiro aplicável, ou seja, dos 
tipos de demonstrações emitidas de acordo com a legislação e os 
regulamentos aplicáveis àquela entidade. 
Enfim, esse período pode ir de zero até vários anos... 
No entanto, de acordo com a NBC TA 5604, se esse período for menor do que 
12 (doze) meses, o auditor deve solicitar que a administração estenda o 
período de avaliação para pelo menos doze meses, a partir da data do 
balanço. 
Resumindo: o auditor tem que revisar a avaliação da administração sobre a 
capacidade de continuidade operacional, cobrindo o mesmo período utilizado 
pela administração em sua avaliação – período este que deve ser de, no 
mínimo, 12 meses a partir da data das demonstrações contábeis. 
Depois do que expusemos, talvez tenha ficado um pouco no ar o que 
realmente consiste essa avaliação de continuidade operacional. 
 
4 Resolução CFC nº. 1.225/09 
 
 
 
 
 
 
 
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Normalmente, as informações que levantam dúvida substancial sobre a 
pressuposição da continuidade normal das atividades relacionam-se com a 
incapacidade da entidade em continuar a liquidar suas obrigações no 
vencimento, sem que, fora do curso normal das operações, tenha que fazer 
venda substancial de ativos, ou que tenha que reescalonar dívidas, 
reestruturar as operações em razão de forças externas, ou tomar medidas 
semelhantes. 
Essas indicações de que a continuidade da entidade em regime operacional 
está em risco podem vir das demonstrações contábeis ou de outras 
fontes. Enfim são eventos ou condições como: 
1) Indicações Financeiras: 
• patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto); 
• empréstimos com prazo fixo, próximos do vencimento, sem 
previsões realistas de renovação ou liquidação; ou utilização 
excessiva de empréstimos de curto prazo para financiar ativos 
de longo prazo; 
• indicações de retirada de suporte financeiro por credores; 
• fluxos de caixa operacionais negativos indicados por 
demonstrações contábeis históricas ou prospectivas; 
• principais índices financeiros adversos; 
• prejuízos operacionais significativos ou deterioração significativa 
do valor dos ativos usados para gerar fluxos de caixa; 
• atraso ou suspensão de dividendos; 
• incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento; 
• incapacidade de cumprir com os termos contratuais de 
empréstimo; 
• mudança nas condições de pagamento a fornecedores, de 
compras a prazo para pagamento à vista; 
• incapacidade de obter financiamento para o desenvolvimento de 
novos produtos essenciais ou outros investimentos essenciais. 
2) Indicações Operacionais: 
• intenções da administração de liquidar a entidade ou 
interromper as operações; 
• perda de pessoal chave da administração sem reposição; 
• perda de mercado importante, clientes importantes, franquia, 
licença, ou principais fornecedores; 
• dificuldades na manutenção de mão-de-obra; 
• falta de suprimentos importantes; 
• surgimento de concorrente altamente competitivo. 
3) Outras Indicações: 
 
 
 
 
 
 
 
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• descumprimento de exigências de capital, incluindo outras 
exigências legais; 
• processos legais ou regulatórios pendentes contra a entidade 
que podem, no caso de perda, resultar em indenização que a 
entidade provavelmente não terá capacidade de saldar; 
• mudanças de legislação, regulamentação ou política 
governamental, que supostamente afetam a entidade de 
maneira adversa; 
• catástrofe não segurada ou segurada por valor inferior, quando 
de sua ocorrência. 
Note que esta listagem não inclui todos os eventos e condições, ela não 
é taxativa, portanto, nada de decorar, OK? Procure entender... 
Fique atento: a análise desses indicadores feita isoladamente pode não 
ser suficiente para caracterizar a possibilidade da descontinuidade das 
operações da empresa. 
Esses indicadores têm que ser analisados em conjunto, pois muitas vezes uma 
situação adversa em um deles pode ser mitigada por uma situação positiva em 
outro. 
Por exemplo, o efeito numa entidade que não está podendo pagar suas dívidas 
normais pode ser contrabalançado por planos da administração para manter 
fluxos de caixa adequados por outros meios, tais como por alienação de ativos, 
reescalonamento de pagamentos de empréstimos ou obtenção de capital 
adicional. 
Do mesmo modo, a entidade pode mitigar a perda de um fornecedor 
importante, se dispuser de outra fonte de fornecimento adequada. 
A avaliação sobre se existe dúvida significativa geralmente baseia-se nos 
resultados dos procedimentos normais de auditoria que foram aplicados 
durante as fases de planejamento, na coleta de evidências para fundamentar 
vários objetivos de auditoria e na conclusão da auditoria. 
Comunicação com os responsáveis pela governança 
A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na 
administração da entidade, o auditor deve comunicar a esses responsáveis os 
eventos ou condições identificados que possam levantar dúvida significativa 
quanto à capacidade de continuidade operacional. 
Essa comunicação com os responsáveis pela governança deve incluir o 
seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
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(a) se os eventos ou condições constituem incerteza significativa; 
(b) se o uso do pressuposto de continuidade operacional é apropriado 
na elaboração e apresentação das demonstrações contábeis; e 
(c) a adequação da respectiva divulgação nas demonstrações 
contábeis. 
Atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis 
Se houver atraso significativo na aprovação das demonstrações contábeis pela 
administração ou pelos responsáveis pela governança após a data-base das 
demonstrações contábeis, o auditor deve indagar as razões do atraso. 
Se o auditor acredita que o atraso pode estar relacionado a eventos ou 
condições relacionados com a avaliação da continuidade operacional, o auditor 
deve executar procedimentos adicionais de auditoria, bem como considerar o 
efeito na sua conclusão sobre a existência de incerteza significativa. 
09. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTDA – De 
acordo com o disposto na NBC TA 570 do Conselho Federal de Contabilidade, 
considera-se que a continuidade normal dos negócios da entidade objeto da 
auditoria externa está caracterizada se houver evidência de normalidade das 
operações no prazo de um ano após a data 
(A) da emissão do parecer dos auditores. 
(B) da publicação das demonstrações contábeis. 
(C) das demonstrações contábeis.(D) do início das atividades da auditoria. 
(E) da assembléia de acionistas que aprovar o parecer dos auditores. 
Resolução: 
A continuidade normal dos negócios da entidade está caracterizada se houver 
evidência de normalidade das operações no prazo de um ano após a data das 
demonstrações. Portanto, o gabarito é o item “C”. 
10. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) No 
exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade 
normal das atividades desta deve ser objeto de atenção dos auditores 
independentes. É um dos indicadores desse risco: 
(A) passivo exigível em valor superior ao do patrimônio líquido. 
(B) existência de empréstimos e financiamentos de curto prazo para financiar o 
giro. 
 
 
 
 
 
 
 
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(C) índices financeiros adversos de forma contínua. 
(D) investimento operacional em giro negativo. 
(E) flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das vendas. 
Resolução: 
Vejamos qual dos itens é um dos indicadores do risco de continuidade 
operacional: 
(A) passivo exigível em valor superior ao do patrimônio líquido. 
Bom... isso não é problema, desde que o patrimônio líquido seja positivo, ou 
seja, o ativo seja maior que o passivo exigível. 
(B) existência de empréstimos e financiamentos de curto prazo para 
financiar o giro. 
Isso também não representa um risco. A grande maioria das empresas utiliza 
empréstimos de curto prazo para financiar suas operações. 
(C) índices financeiros adversos de forma contínua. 
Este sim é um problema. Indicadores financeiros continuamente negativos 
representam um risco de continuidade da empresa. Observe o nosso grifo... 
queremos dizer que um indicar financeiro negativo, isoladamente, em um curto 
período de tempo, não representa um risco por si só. A continuidade desses 
indicadores negativos é que é o ponto crítico. 
 
(D) investimento operacional em giro negativo. 
Também não é problema. É natural ter giro negativo em determinado 
investimento. Faz parte do negócio. 
(E) flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das 
vendas. 
Flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das vendas 
também não representam um risco. É natural que, em determinados períodos, 
as vendas caiam e afetem o resultado, é o que acontece, por exemplo, com 
hotéis no período de baixa estação. 
Temos então que o gabarito é a letra “C”. 
11. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) Na 
análise de continuidade da empresa pelo auditor, a avaliação da perda de 
financiador estratégico, e se a empresa está com patrimônio líquido negativo 
representam, respectivamente, indicadores 
 
 
 
 
 
 
 
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(A) de operação e de operação. 
(B) de operação e financeiro. 
(C) bancário e de operação. 
(D) financeiro e financeiro. 
(E) comercial e relevância. 
Resolução: 
Essa é mais uma questão sobre os tipos de indicadores de descontinuidade. 
Podemos afirmar que, sobre o tópico, esse tipo questão é de longe o mais 
cobrado. 
E depois do que já vimos, é fácil responder, não é mesmo? 
• perda de financiador estratégico – operacional 
• empresa está com patrimônio líquido negativo – financeiro 
Logo, a resposta é a letra “B”. 
12. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009) Ao avaliar o pressuposto de 
continuidade operacional da entidade auditada, o auditor deve lançar mão de 
indicações que, isoladamente ou não, possam sugerir dificuldades na 
continuação normal dos negócios. Entre tais indicações, não se inclui: 
(A) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos 
vencimentos. 
(B) alteração na política econômica governamental que afete a todos os 
segmentos produtivos. 
(C) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo). 
(D) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital Circulante). 
(E) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos 
com a entidade. 
13. (FCC/Analista: Contabilidade – MPE SE/2009) – ADAPTADA – 
Segundo a NBC TA 570, a análise da continuidade da entidade auditada, 
caracterizam-se como indicadores financeiros 
(A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador 
estratégico. 
(B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que 
resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de 
financiador estratégico. 
(C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus 
compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais 
substanciais de forma continuada. 
 
 
 
 
 
 
 
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(D) a perda de fornecedor essencial, a existência de passivo a descoberto e a 
perda de mercado importante. 
(E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de 
pessoal-chave na administração, sem que haja substituição. 
14. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE MA/2005) Determina o 
Conselho Federal de Contabilidade que o auditor em seu trabalho avalie a 
certeza de continuidade da empresa utilizando indicadores de operação, 
financeiros e outros. De acordo com esta classificação é um indicador de 
operação a 
(A) existência de passivo a descoberto. 
(B) perda de fornecedor essencial. 
(C) apuração de CCL negativo. 
(D) não observância das normas legais. 
(E) identificação de perdas nos resultados. 
Resolução: 
As questões 12, 13 e 14, estão aqui apenas com o propósito de que veja 
quanto esses indicadores de continuidade são cobrados nas provas... 
Na questão 12, o único item que não pode ser considerado um indicador de 
descontinuidade é o “B” (alteração na política econômica governamental que 
afete a todos os segmentos produtivos). 
Ora, trata-se de uma política aplicada a todos os segmentos produtivos, logo 
não se pode pensar que isso irá causar a descontinuidade de determinada 
entidade. Faz parte do jogo democrático a implantação de políticas que afetem 
os diversos segmentos (incentivos, aumento de tributos, regulações 
ambientais etc.). 
Na questão 13, o único indicador de descontinuidade financeiro é o item “C” (a 
falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos 
com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais substanciais de forma 
continuada). Os demais constituem indicadores operacionais. 
Finalmente, na questão 14, o único indicador de descontinuidade operacional é 
o item “B” (perda de fornecedor essencial). Os demais constituem indicadores 
financeiros. 
15. (ESAF/AFRFB/2009) - No processo de análise da continuidade dos 
negócios da empresa Extensão S.A., o auditor constatou que a empresa estava 
com passivo a descoberto. Os diretores financeiro e de produção pediram 
demissão, estando a empresa com dificuldades para substituí-los. A entidade 
 
 
 
 
 
 
 
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foi autuada por impostos não recolhidos, sem grandes chances de sucesso em 
sua defesa. Esses fatos representam respectivamente indicadores: 
a) de operação, de operação e financeiro. 
b) financeiro, financeiro e financeiro. 
c) de outras indicações, de operação e financeiro. 
d) financeiro, financeiro e de operação. 
e) financeiro, de operação e de outras indicações.Resolução: 
Na questão proposta temos diversos indicadores: 
1) a empresa estava com passivo a descoberto – indicador financeiro; 
2) diretores financeiro e de produção pediram demissão estando a empresa 
com dificuldades para substituí-los – indicador de operação; e, 
3) entidade foi autuada por impostos não recolhidos, sem grandes chances de 
sucesso em sua defesa – outros indicadores. 
A sequencia correta fica: financeiro - de operação - de outras indicações. 
Gabarito da questão: Letra “E”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Contingências 
Vamos ao último tópico de nossa aula de hoje, falaremos sobre contingências. 
Contingência, bem resumidamente, é algo que não é certo, que não é 
determinado, mas que se acontecer pode ter grande relevância quanto a real 
situação ou mesmo quanto à continuidade normal das atividades da empresa. 
Antes de tudo, vamos dar uma repassada em alguns termos que você já deve 
conhecer da disciplina de Contabilidade, mas que pela importância para nosso 
tema vale uma revisada, ressalvando que essas definições devem ser vistas 
sob a ótica da contingência: 
• Provisão é um passivo de prazo ou valor incerto. Ela deve ser 
reconhecida quando, cumulativamente: 
− a entidade tem uma obrigação legal ou não-formalizada presente 
como consequência de um evento passado; 
− é provável que recursos sejam exigidos para liquidar a obrigação; e 
− o montante da obrigação possa ser estimado com suficiente 
segurança. 
• Passivo é uma obrigação presente da entidade, decorrente de eventos já 
ocorridos, cuja liquidação resultará em uma entrega de recursos. 
• Obrigação Legal é aquela que deriva de um contrato, por meio de termos 
explícitos ou implícitos, de lei ou de outro instrumento fundamentado em 
lei. 
• Obrigação Não-formalizada é aquela que surge quando a entidade, 
mediante práticas do passado, políticas divulgadas ou declarações feitas, 
cria expectativa válida por parte de terceiros e, por conta disso, assume 
um compromisso. 
• Contingência Passiva é: 
o uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada 
somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, 
que não estejam totalmente sob o controle da entidade; ou, 
o uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que 
não é reconhecida porque: 
ƒ é improvável que a entidade tenha de liquidá-la; ou, 
 
 
 
 
 
 
 
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ƒ o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente 
segurança. 
• Contingência Ativa é um possível ativo, decorrente de eventos passados, 
cuja existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um 
ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da 
entidade. 
• Fato Gerador, no que se refere às contingências, é um evento passado 
que cria uma obrigação presente para entidade, legal ou 
nãoformalizada. 
• Contrato Oneroso é o contrato no qual, apesar de ainda não-concluído, 
ou até mesmo iniciado, já apresenta prejuízo decorrente da existência de 
custos inevitáveis que excedem os benefícios econômicos esperados do 
contrato. 
Vamos fazer um comparativo entre as normas antigas (Resolução CFC 
nº 1.066/05) e as novas (Resolução CFC nº 1.180/09) quanto à classificação 
dos ativos e passivos como contingentes ou não. 
A norma antiga usa os seguintes conceitos: 
Obrigação presente – é uma obrigação legal ou não formalizada 
que pode resultar em um passivo para a entidade. 
Obrigação possível – existência será confirmada apenas pela 
ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não 
totalmente sob controle da entidade. 
Praticamente certo - este termo é mais fortemente utilizado no 
julgamento de ativos contingentes. Ele é aplicado para refletir a 
situação na qual um evento futuro é certo, apesar de não-ocorrido. 
Essa certeza advém de situações cujo controle está com a 
administração da entidade, e depende apenas dela, ou de situações 
em que há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis para a 
entidade, sobre as quais não cabem mais recursos. 
Provável - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer 
é maior do que a de não ocorrer. 
Possível - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer 
é menor que provável, mas maior que remota. 
Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é muito 
pequena. 
 
 
 
 
 
 
 
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Atenção! As normas antigas traziam a classificação possível que não mais 
está explícita nas novas normas. Na prática, a classificação possível é o mesmo 
que “não provável”, aplicada nas situações em que a probabilidade de 
ocorrência está entre provável e remota. 
Por sua vez, a norma nova traz duas tabelas que relacionam o tipo de 
contingência com a probabilidade de o evento ocorrer e com o tratamento que 
deve ser dado: 
Passivo Contingente 
Obrigação presente 
com provável saída 
de recursos. 
Obrigação presente com 
não provável saída de 
recursos. 
(POSSÍVEL) 
Obrigação com 
probabilidade remota 
de saída de recursos. 
A provisão é 
reconhecida e 
divulgada. 
Provisão apenas divulgada.
Provisão não é 
reconhecida nem 
divulgada. 
Ativo Contingente 
Entrada de 
benefícios 
econômicos é 
praticamente 
certa. 
Entrada de benefícios 
econômicos é provável, 
mas não praticamente 
certa. 
Entrada de benefícios 
é não provável. 
(POSSÍVEL) 
Não se trata de um 
ativo contingente, 
mas de um ativo 
que deve ser 
reconhecido. 
Divulgação do ativo 
contingente. 
Ativo contingente não 
é divulgado. 
Observação: um ativo contingente nunca pode ser reconhecido (princípio da 
prudência). Note que, quando a entrada de benefícios econômicos for 
praticamente certa, não se trata de ativo contingente, mas de ativo 
propriamente dito. 
Em qualquer dos casos a administração da entidade é a responsável pela 
adoção de políticas e procedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou 
divulgar, adequadamente, os passivos não-registrados e as contingências. 
No entanto, o auditor independente deve considerar alguns procedimentos na 
realização de um exame para identificar passivos não-registrados e 
contingências ativas ou passivas relacionados a litígios, pedidos de indenização 
ou questões tributárias, e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou 
 
 
 
 
 
 
 
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divulgação nas demonstrações contábeis examinadas, de acordo com a tabela 
que acabamos de ver. 
Em outras palavras, o auditor deve verificar se as contingências relevantes 
estão devidamente tratadas nas demonstrações contábeis, seja pela 
contabilização, seja pela divulgação, de acordo com a probabilidade de sua 
ocorrência. 
Atenção: como regra, a empresa não deverá reconhecer as contingências 
(=contabilizar) em suas demonstrações contábeis, elas devem ser 
adequadamente divulgadas nas notas explicativas. As exceções são: as 
contingências ativas praticamente certas e as contingências passivas 
prováveis. 
Identificação das contingências 
Muitas vezes os passivos não-registrados e as contingências são de difícil 
identificação, então o auditor pode se valer de diversos procedimentos, entre 
eles: 
a) indagar e discutircom a administração a respeito das políticas e 
dos procedimentos adotados; 
b) obter, formalmente, da administração uma descrição das 
contingências na data de encerramento das demonstrações contábeis; 
c) examinar os documentos em poder do cliente vinculados aos 
passivos não-registrados e às contingências, incluindo correspondências 
e faturas de consultores jurídicos; e, 
d) obter representação formal da administração, contendo a lista de 
consultores ou assessores jurídicos que cuidam do assunto e 
representação de que todas as contingências potenciais ou ainda não-
formalizadas, relevantes, foram divulgadas nas Demonstrações 
Contábeis. 
Alertamos mais uma vez, não se preocupe em gravar listas como essa de 
procedimentos, pois além de serem na maioria das vezes exemplificativas, são 
bem intuitivas, caso apareça uma questão sobre esse assunto (que achamos 
muito difícil de ocorrer) simplesmente avalie a pertinência do procedimento 
adotado com o objetivo de identificar as contingências, se parecer lógico 
marque correta, se for absurdo, marque errada. 
Bom... Voltando ao assunto. Caso considere necessário, o auditor, baseado nas 
informações obtidas dos consultores jurídicos, tendo em vista eventuais 
incertezas e relevância do assunto, deve solicitar à administração a opinião de 
outro consultor jurídico independente. 
 
 
 
 
 
 
 
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A circularização dos consultores jurídicos é uma forma de o auditor obter 
confirmação independente das informações fornecidas pela administração 
referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou 
questões tributárias. 
Importante salientar que a recusa de um consultor jurídico em fornecer a 
informação solicitada, por meio de circularização ou em reunião, ou a ausência 
de opinião de outro consultor jurídico independente nas condições 
consideradas necessárias é uma limitação na extensão da auditoria suficiente 
para impedir a emissão de uma opinião sem ressalvas. 
Devemos considerar ainda que alguns fatores fogem da competência ou do 
conhecimento do consultor jurídico e podem influenciar a probabilidade de um 
resultado desfavorável, como, por exemplo, a inexistência de jurisprudência 
sobre o assunto. 
Em tais circunstâncias, o auditor pode concluir que as demonstrações 
contábeis estão afetadas por uma incerteza relativa ao resultado de um evento 
futuro que não é suscetível de ser, razoavelmente, estimado. 
O auditor deve avaliar todas essas circunstâncias e as evidências obtidas 
durante a aplicação de seus procedimentos de auditoria para passivos 
nãoregistrados e contingências para formar o seu julgamento quanto à adequação 
às práticas contábeis adotadas na elaboração e na apresentação das 
demonstrações contábeis sob exame. 
Vamos ver algumas questões sobre esse assunto: 
16. (FCC/APOFP/2010) - NÃO pode ser entendida e contabilizada como 
provisão para contingência a provisão para 
(A) 13o salário e férias. 
(B) danos ambientais. 
(C) autuações fiscais. 
(D) indenizações trabalhistas. 
(E) garantias de produtos. 
Resolução: 
Contingência é algo que não é certo, que não é determinado, mas que se 
acontecer pode ter grande relevância quanto a real situação ou mesmo quanto 
à continuidade normal das atividades da empresa. 
Das opções listadas acima, apenas o item “A” (13º salário e férias), pois são 
eventos previsíveis dentro da operação da entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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Portanto, o gabarito é a letra “A”. 
17. (ESAF/ATM/Natal/2008) – Adaptada -Uma firma de auditoria, ao 
circularizar os escritórios de advocacia, prestadores de serviços da empresa 
auditada, recebeu a seguinte posição de contingências, relativa aos R$ 
3.000.000,00 em processos existentes: 
I. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%; 
II. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%; 
III. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%. 
Assim, deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de: 
a) R$ 750.000,00 
b) R$ 900.000,00 
c) R$ 1.650.000,00 
d) R$ 2.250.000,00 
e) R$ 3.000.000,00 
Resolução: 
Dos R$ 3 milhões em contingências passivas, temos que saber o que deve ser 
provisionado. Fácil… basta saber quais são àquelas prováveis (lembre da tabela 
que mostramos acima). 
Logo, como os processos prováveis de perda pela empresa representam 30% 
do total, temos que o valor provisionado será: 
30% x (R$ 3 milhões) = R$ 900 mil. 
18. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS I – 2006) – 
Adaptada - O auditor deve obter carta de advogados da entidade quanto à 
existência de passivos contingentes da entidade na época da execução dos 
trabalhos finais de auditoria. 
Resolução: 
Vimos que o auditor independente deve considerar alguns procedimentos na 
realização de um exame para identificar passivos não-registrados e 
contingências ativas ou passivas relacionados a litígios, pedidos de indenização 
ou questões tributárias, e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou 
divulgação nas demonstrações contábeis examinadas. Portanto, item correto. 
 
 
 
 
 
 
 
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19. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2009) - 
Adaptada - Contingências ativas são registros contábeis feitos com base em 
estimativas sobre fatos que possam resultar em efeitos negativos sobre o 
patrimônio líquido da entidade auditada. 
Resolução: 
As contingências ativas não são resultado de estimativas, muito menos 
resultam em efeitos negativos no patrimônio da entidade. 
Contingência ativa é um possível ativo, decorrente de eventos passados, cuja 
existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais 
eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade. Item 
Errado. 
20. (ESAF/ATM/Natal/2008) - Constitui-se como elemento que diferencia e 
conduz a classificação de um processo como possível de perda e não como 
provável de perda: 
a) a tendência jurisprudencial dos tribunais favoráveis à empresa. 
b) as teses já transitadas em tribunais superiores de teor semelhante, que 
envolvam matéria de direito. 
c) a facilidade do processante dispor de provas documentais ou testemunhais. 
d) as decisões favoráveis e desfavoráveis de primeira instância de forma 
equilibrada. 
e) a existência de provas periciais contrária à empresa. 
Resolução: 
Essa questão já entra um pouco mais no detalhe de quais são os elementos 
que caracterizam um evento como provável, não provável (possível) ou 
remoto. 
O termo provável em relação a não provável indica que há maior probabilidade 
de o fato ocorrer. 
Geralmente, em um processo, cujo prognóstico é provável perda, há 
elementos, dados ou outros indicativos que possibilitam tal classificação, 
como: 
• tendência jurisprudencial dos tribunais; 
• tese já apreciada em tribunais superiores para questões que envolvam 
matéria de direito 
• produção ou a facilidade de se dispor de provas (documental, 
testemunhal – principalmente em questões trabalhistas – ou periciais) 
para questões que envolvam matéria de fato. 
 
 
 
 
 
 
 
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Já o prognóstico de possível perda pode acontecer quando não for 
fundamentado emelementos ou dados que não são suficientes ou claros de tal 
forma que permitam concluir que a tendência será perda ou ganho no 
processo. Um exemplo disso são as decisões judiciais equilibradas de primeiro 
ou de segundo grau. 
Além disso, mesmo essas decisões quando assumem uma posição dominante, 
podem não ser tão importantes quando há desfechos (julgamento final) 
contrários em tribunal superior ou de última instância. 
Voltando à nossa questão, o enunciado pede a circunstância que classifica um 
processo como possível de perda e não como provável. 
Pelo que vimos, a resposta é a letra “D”. 
21. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) – ADAPTADA – Uma das críticas às 
demonstrações contábeis no serviço público diz respeito ao não-uso de 
provisões contábeis na medida necessária. Como exemplo dessa situação, é 
possível citar a manutenção de elevados saldos da dívida ativa constantes no 
balanço patrimonial quando é sabido que parte desse valor dificilmente será 
arrecadado, sobretudo em função da falta de garantias. O Conselho Federal de 
Contabilidade, por meio da Resolução 1.180 de 2009, quando trata de 
contingências, determina que os auditores considerem, ao analisar a 
probabilidade de Ativos Contingentes, as seguintes categorias de chance de 
sucesso: 
(A) provável, possível e remoto. 
(B) certo, possível e remoto. 
(C) provável, possível e remota. 
(D) certo, provável e remota. 
(E) praticamente certo, provável, e não provável. 
Resolução: 
Na análise dos Ativos Contingentes, as seguintes categorias de chance de 
sucesso são consideradas: praticamente certo, provável e não provável 
(possível). Logo, a resposta item “E”. 
Bom... nossa aula termina por aqui. Não se esqueça de participar do nosso 
Fórum. 
A gente se vê na próxima semana. 
Forte abraço, 
 e Fernando 
 
 
 
 
 
 
 
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Lista de Questões 
01. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS NÍVEL BÁSICO– 
2009) – Adaptada - A representação formal da administração é um 
documento que compõe os papéis de auditoria. Dessa forma, NÃO seria seu 
objetivo 
(A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. 
(B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. 
(C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a 
auditoria. 
(D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, 
após a publicação das demonstrações. 
(E) atender as normas de auditoria independente. 
02. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2009) – 
Adaptada - As representações formais devem ser emitidas com a mesma data 
do relatório do auditor sobre as demonstrações contábeis a que elas se 
referem. 
03. (ESAF/APOFP/Sefaz-SP/2009) – Adaptada - Sempre que não possa 
ter expectativa razoável quanto à existência de outra evidência de auditoria 
pertinente, deve o auditor obter declarações por escrito da administração, 
sobre os assuntos significativos para as Demonstrações Contábeis, por meio 
da(o) chamada(o): 
a) Representação Formal. 
b) Circularização dos Consultores Jurídicos. 
c) Carta de Responsabilidade da Administração. 
d) Termo de Diligência. 
e) Carta de Conforto. 
04. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e 
Fiscalização/Atuária/SUSEP/2006) - adaptada - A ação a ser praticada 
pelo auditor, quando da recusa por parte da administração da empresa 
auditada no fornecimento de representação formal é 
a) modificar a sua opinião 
b) emitir opinião sem ressalva, desde que conste das notas explicativas. 
c) emitir uma opinião com abstenção de opinião ou adversa. 
d) recusar os trabalhos, e não emitir nenhuma opinião. 
e) emitir uma opinião sem ressalva ou adversa. 
 
 
 
 
 
 
 
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05. (ESAF/AFRE – Sefaz MG/2005) O não fornecimento, pela 
administração da empresa auditada, da Carta de Responsabilidade ao auditor 
independente caracteriza 
(A) limitação de escopo. 
(B) impossibilidade de auditoria. 
(C) suspensão da auditoria. 
(D) fraude em auditoria. 
(E) a renúncia ao trabalho. 
06. (ESAF/AFRFB/2009) - ADAPTADA - O auditor, ao avaliar as provisões 
para processos trabalhistas elaboradas pela Empresa Projeções S.A., percebeu 
que nos últimos três anos, os valores provisionados ficaram distantes dos 
valores reais. Dessa forma, deve o auditor: 
a) estabelecer novos critérios para realização das estimativas pela empresa, no 
período. 
b) determinar que a administração apresente novos procedimentos de cálculos 
que garantam os valores registrados. 
c) ressalvar o relatório, por inadequação dos procedimentos, dimensionando os 
reflexos nas demonstrações contábeis. 
d) exigir que seja feita uma média ponderada das perdas dos últimos três 
anos, para estabelecer o valor da provisão. 
e) identificar e avaliar os riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas 
demonstrações contábeis correntes. 
07. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) – 
ADAPTADA – Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item 
que considera as melhores evidências disponíveis quando não há forma precisa 
de quantificação e deve ser objeto de atenção do auditor para se certificar 
quanto à sua razoabilidade. As estimativas contábeis 
(A) são de responsabilidade exclusiva do auditor independente, embora ele 
possa utilizar informações dos controles contábeis da entidade auditada. 
(B) sempre podem ser determinadas com segurança, porque todas as 
incertezas são quantificáveis estatisticamente. 
(C) pontuais da administração representam a falta de neutralidade da 
administração na elaboração e apresentação de informações. 
(D) baseadas em fórmulas ditadas pela experiência devem ser revisadas 
regularmente, com o objetivo de efetuar ajustes. 
(E) que tenham por objeto provisionar valores de ocorrência não-rotineira são 
denominadas estimativas simples. 
08. (FCC/Auditor – TCE SP/2008) Os exames realizados pelo auditor 
externo na avaliação das estimativas contábeis devem 
 
 
 
 
 
 
 
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I. fundamentar matemática e estatisticamente os procedimentos utilizados 
pela entidade na quantificação das estimativas. 
II. verificar a coerência das estimativas com o comportamento da entidade em 
períodos passados. 
III. avaliar a conjuntura econômica existente no momento e suas projeções 
para períodos futuros. 
Está correto o que se afirma em 
(A) III, apenas. 
(B) II, apenas. 
(C) I, apenas. 
(D) I e II, apenas. 
(E) I, II e III. 
09. (FCC/Agente Fiscal de Rendas – Sefaz SP/2006) – ADAPTDA – De 
acordo com o disposto na NBC TA 570 do Conselho Federal de Contabilidade, 
considera-se que a continuidade normal dos negócios da entidade objeto da 
auditoria externa está caracterizada se houver evidência de normalidade das 
operações no prazo de um ano após a data 
(A) da emissão do parecer dos auditores. 
(B) da publicação das demonstrações contábeis. 
(C) das demonstrações contábeis. 
(D) do início das atividades da auditoria. 
(E) da assembléia de acionistas que aprovar o parecer dos auditores. 
10. (FCC/Auditor-Fiscal Tributário Municipal – SEFIN SP/2006) No 
exame das demonstrações contábeis de uma entidade, o risco de continuidade 
normal das atividades desta deve ser objeto de atenção dos auditores 
independentes. É um dos indicadores desse risco: 
(A) passivo exigível em valor superior ao do patrimônio líquido.(B) existência de empréstimos e financiamentos de curto prazo para financiar o 
giro. 
(C) índices financeiros adversos de forma contínua. 
(D) investimento operacional em giro negativo. 
(E) flutuações cíclicas do resultado em função de sazonalidade das vendas. 
11. (FCC/Auditor Tributário – Sefin Jaboatão dos Guararapes/2006) Na 
análise de continuidade da empresa pelo auditor, a avaliação da perda de 
financiador estratégico, e se a empresa está com patrimônio líquido negativo 
representam, respectivamente, indicadores 
(A) de operação e de operação. 
(B) de operação e financeiro. 
(C) bancário e de operação. 
 
 
 
 
 
 
 
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(D) financeiro e financeiro. 
(E) comercial e relevância. 
12. (ESAF/APOFP – Sefaz SP/2009) Ao avaliar o pressuposto de 
continuidade operacional da entidade auditada, o auditor deve lançar mão de 
indicações que, isoladamente ou não, possam sugerir dificuldades na 
continuação normal dos negócios. Entre tais indicações, não se inclui: 
(A) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nos 
vencimentos. 
(B) alteração na política econômica governamental que afete a todos os 
segmentos produtivos. 
(C) existência de passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo). 
(D) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital Circulante). 
(E) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus compromissos 
com a entidade. 
13. (FCC/Analista: Contabilidade – MPE SE/2009) – ADAPTADA – 
Segundo a NBC TA 570, a análise da continuidade da entidade auditada, 
caracterizam-se como indicadores financeiros 
(A) a falta continuada de suprimentos importantes e a perda de financiador 
estratégico. 
(B) os processos legais e administrativos pendentes contra a entidade que 
resultem em obrigações que não possam ser cumpridas e a perda de 
financiador estratégico. 
(C) a falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus 
compromissos com a entidade e a verificação de prejuízos operacionais 
substanciais de forma continuada. 
(D) a perda de fornecedor essencial, a existência de passivo a descoberto e a 
perda de mercado importante. 
(E) os prejuízos operacionais substanciais de forma continuada e a perda de 
pessoal-chave na administração, sem que haja substituição. 
14. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE MA/2005) Determina o 
Conselho Federal de Contabilidade que o auditor em seu trabalho avalie a 
certeza de continuidade da empresa utilizando indicadores de operação, 
financeiros e outros. De acordo com esta classificação é um indicador de 
operação a 
(A) existência de passivo a descoberto. 
(B) perda de fornecedor essencial. 
(C) apuração de CCL negativo. 
(D) não observância das normas legais. 
(E) identificação de perdas nos resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
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15. (ESAF/AFRFB/2009) - No processo de análise da continuidade dos 
negócios da empresa Extensão S.A., o auditor constatou que a empresa estava 
com passivo a descoberto. Os diretores financeiro e de produção pediram 
demissão, estando a empresa com dificuldades para substituí-los. A entidade 
foi autuada por impostos não recolhidos, sem grandes chances de sucesso em 
sua defesa. Esses fatos representam respectivamente indicadores: 
a) de operação, de operação e financeiro. 
b) financeiro, financeiro e financeiro. 
c) de outras indicações, de operação e financeiro. 
d) financeiro, financeiro e de operação. 
e) financeiro, de operação e de outras indicações. 
16. (FCC/APOFP/2010) - NÃO pode ser entendida e contabilizada como 
provisão para contingência a provisão para 
(A) 13o salário e férias. 
(B) danos ambientais. 
(C) autuações fiscais. 
(D) indenizações trabalhistas. 
(E) garantias de produtos. 
17. (ESAF/ATM/Natal/2008) – Adaptada -Uma firma de auditoria, ao 
circularizar os escritórios de advocacia, prestadores de serviços da empresa 
auditada, recebeu a seguinte posição de contingências, relativa aos R$ 
3.000.000,00 em processos existentes: 
I. Processos prováveis de perda pela empresa: 30%; 
II. Processos possíveis de perda por parte da empresa: 45%; 
III. Processos remotos de perdas por parte da empresa: 25%. 
Assim, deve a empresa constituir provisão para contingências no valor de: 
a) R$ 750.000,00 
b) R$ 900.000,00 
c) R$ 1.650.000,00 
d) R$ 2.250.000,00 
e) R$ 3.000.000,00 
18. (FCC –SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS I – 2006) – 
Adaptada - O auditor deve obter carta de advogados da entidade quanto à 
existência de passivos contingentes da entidade na época da execução dos 
trabalhos finais de auditoria. 
19. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2009) - 
Adaptada - Contingências ativas são registros contábeis feitos com base em 
 
 
 
 
 
 
 
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estimativas sobre fatos que possam resultar em efeitos negativos sobre o 
patrimônio líquido da entidade auditada. 
20. (ESAF/ATM/Natal/2008) - Constitui-se como elemento que diferencia e 
conduz a classificação de um processo como possível de perda e não como 
provável de perda: 
a) a tendência jurisprudencial dos tribunais favoráveis à empresa. 
b) as teses já transitadas em tribunais superiores de teor semelhante, que 
envolvam matéria de direito. 
c) a facilidade do processante dispor de provas documentais ou testemunhais. 
d) as decisões favoráveis e desfavoráveis de primeira instância de forma 
equilibrada. 
e) a existência de provas periciais contrária à empresa. 
21. (FGV/TCM RJ – Auditor/2008) – ADAPTADA – Uma das críticas às 
demonstrações contábeis no serviço público diz respeito ao não-uso de 
provisões contábeis na medida necessária. Como exemplo dessa situação, é 
possível citar a manutenção de elevados saldos da dívida ativa constantes no 
balanço patrimonial quando é sabido que parte desse valor dificilmente será 
arrecadado, sobretudo em função da falta de garantias. O Conselho Federal de 
Contabilidade, por meio da Resolução 1.180 de 2009, quando trata de 
contingências, determina que os auditores considerem, ao analisar a 
probabilidade de Ativos Contingentes, as seguintes categorias de chance de 
sucesso: 
(A) provável, possível e remoto. 
(B) certo, possível e remoto. 
(C) provável, possível e remota. 
(D) certo, provável e remota. 
(E) praticamente certo, provável, e não provável. 
Gabarito: 
1. A 2. Errado 3. A 4. A 
5. A 6. A 7. D 8. E 
9. C 10. C 11. B 12. B 
13. C 14. B 15. E 16. A 
17. B 18. Certo 19. Errado 20. D 
21. E 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 820/97 - NBC T 
11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis, com 
alterações e dá outras providências 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.066/05 - NBC T 
19.7 – Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.180/09 - NBC T 
19.7 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1203/09 - NBC TA 
200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria 
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade.

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