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Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 1 de 35 Aula 01 – Orçamento Público Olá, amigos(as) concurseiros(as), É com grande prazer e satisfação que iniciamos, hoje, este curso on-line, começando por ORÇAMENTO PÚBLICO. Trata-se de um assunto bastante cobrado em provas, como veremos no decorrer da aula, e que requer bastante atenção e dedicação, porém não é nenhum “bicho de sete cabeças”. Coloco-me sempre pronto a responder dúvidas no fórum e aberto a críticas e sugestões que possam melhorar a nossa aula pelo email: otavio@pontodosconcursos.com.br Vamos começar!!! O que é o orçamento na Administração Pública? Vamos começar o nosso estudo vendo o conceito de alguns doutrinadores renomados: ORÇAMENTO PÚBLICO Conceito, classificação, ciclo e princípios orçamentários 1. Conceito Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 2 de 35 ORÇAMENTO: “É o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo lhe autoriza, por certo período, e em pormenor, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei” (Aliomar Baleeiro). “Lei que complementa a previsão de receitas e despesas programando a vida econômica e financeira do Estado, por um certo período” (Regis Fernandes de Oliveira e Estevão Hovarth). “Ato de previsão de receita e fixação da despesa para um determinado período de tempo, geralmente, um ano e constitui o documento fundamental das finanças do Estado, bem como da contabilidade pública” (Manual do Contador da Administração Pública – Citado por Heilio kohama). Mas, qual o conceito que é cobrado, em provas, pelas bancas examinadoras? Bom, após analisar várias questões de provas, podemos concluir que: orçamento é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para um determinado período, um exercício financeiro, sendo este, de 12 meses. No caso do Brasil, a Lei 4.320/64 determina em seu art. 34, que “o exercício financeiro coincidirá com o ano civil” - e o Poder Legislativo autoriza, através de lei, a execução das despesas destinadas ao funcionamento de toda a Administração Pública. Já que o orçamento é uma LEI, de quem é a iniciativa? A iniciativa é do Poder Executivo. O Executivo elabora o projeto de lei que estima receita e fixa despesa para um exercício financeiro, que como já vimos coincidirá com o ano civil. E o legislativo aprova essa lei, que só vigorará no exercício seguinte. É assim em todas as esferas de governo (União, Estados e Municípios). Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 3 de 35 Mas, é apenas o Poder Executivo que faz orçamento? Não. O Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público elaboram e executam seus orçamentos. O que acontece é que a maior parte das despesas públicas fica com o Poder Executivo, afinal, essa é a sua função típica, administrar. Então ele consolida as propostas orçamentárias dos outros poderes e envia o Projeto de Lei Orçamentária ao Legislativo para aprovação. O orçamento é uma lei que fixa as despesas e prevê as receitas para um período determinado, um exercício financeiro (ano civil – 1º de janeiro a 31 de dezembro). Essa lei é elaborada pelo Poder Executivo e aprovada pelo Poder Legislativo para entrar em vigor no próximo exercício financeiro, ou seja, no ano seguinte. (ESAF-AGU-1999) Pode-se definir o orçamento como: (A) Lei que contém previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, por certo período. (B) Conjunto de normas que disciplinam as despesas e receitas originárias e derivadas do Estado, segundo as normas constitucionais. (C) Lei que determina a estimativa das entradas e saídas do caixa do governo. (D) Projeto de lei que procura estabelecer o quantum monetário que entrará e sairá dos cofres públicos, seja federal, estadual ou municipal. (E) Norma constitucional que prevê anualmente as receitas ordinárias e extraordinárias e estima as despesas financeiras e operacionais do Estado. Veja como cai em prova!!! RELEMBRANDO Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 4 de 35 Comentário: Depois do que estudamos acima, fica fácil “matar” esta questão, não é verdade?! Orçamento é a lei que prevê receitas e fixa despesas. Gabarito: A Veremos agora os aspectos constitucionais do orçamento. A Constituição Federal em seu art. 165 determina, no que se refere à matéria orçamentária, que as leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. 1) O Plano Plurianual – PPA – é o plano de médio prazo que ordena as ações do governo para alcançar os objetivos e as metas fixadas para um período de quatro anos. O projeto do plano plurianual será elaborado pelo Poder Executivo no primeiro ano do governo para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandado governamental subsequente. O PPA deverá estabelecer, segundo o § 1º do art. 165 da CF/88, “de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” Será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro). 2) A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – é a lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, adequando-os aos objetivos e às metas da administração pública estabelecidos no plano plurianual. É anual. Conforme o § 2º do art. 165 da CF/88, compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 5 de 35 O projeto da LDO deve ser encaminhado ao Poder Legislativo, pelo Poder Executivo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho) O plano plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias antecedem o orçamento anual. 3) A Lei Orçamentária Anual – LOA – é o instrumento de curto prazo que transforma em realidade as ações planejadas no plano plurianual. Nela são programadas as tarefas a serem executadas no exercício, visando alcançar os objetivos e metas estabelecidas. Deve ser compatível com o plano plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000). A Lei Orçamentária deverá ser enviada, em forma de projeto, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa (22 de dezembro. Compreenderá, segundo o art. 165, § 5º, o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade social. Orçamento Fiscal, referente aos Poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário), seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; Orçamento de Investimento das empresas em que aUnião, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social com direito a voto (excluída, portanto, a parte referente ao custeio); Orçamento da Seguridade Social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos pelo Poder Público. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 6 de 35 São esses os tipos de orçamentos previstos pela nossa Carta Magna e que compõem a LOA. Parece muita informação de uma só vez não é? Vamos fazer um quadro traçando um comparativo entre eles: Leis Periodicidade Estabelece Data para enviar ao Legislativo Data para devolver para sanção PPA Quadrienal Diretrizes Objetivos e Metas Até 31 de agosto Até 22 de dezembro LDA Anual Metas e Prioridades Até 15 de abril Até 17 de julho LOA Anual Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento, Orçamento da Seguridade Social Até 31 de agosto Até 22 de dezembro (UFPR-Contador-2010-adaptada) Em relação ao orçamento público, identifique as alternativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) De acordo com a Constituição Federal, o orçamento anual é composto de: orçamento fiscal, orçamento de seguridade social e orçamento de investimento das empresas. ( ) A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem vigência de quatro anos, sendo três anos para gestão do administrador que a elaborou e mais um ano para o próximo governante. ( ) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as despesas relativas aos programas de duração continuada. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 7 de 35 (A) V – F – V. (B) V – F – F. (C) F – V – V. (D) F – F – F. (E) F – V – V. Comentário: Item I – Verdadeiro. Conforme visto anteriormente, a LOA compreenderá, segundo o art. 165, § 5º, da CF/88: Orçamento Fiscal; Orçamento de Investimento das empresas; Orçamento da Seguridade Social. Item II – Falso. Essa vigência de quatro anos, sendo três anos para gestão do administrador que a elaborou e mais um ano para o próximo governante, aplica-se ao PPA (Plano Plurianual). A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) tem vigência de 01 (um) ano. Item III – Verdadeiro. O PPA deverá estabelecer, segundo o § 1º do art. 165 da CF/88, “de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.” Gabarito: A Depois de conceituarmos o orçamento público, vamos, agora, conhecer quais são as formas de orçamento que surgiram com o decorrer dos anos, fruto das mudanças por que passou a Administração Pública. 1) ORÇAMENTO TRADICIONAL – também conhecido como clássico, é o orçamento em que o seu processo de elaboração trata apenas de um detalhamento das 2. Classificação Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 8 de 35 receitas a arrecadar e das despesas a executar, previstos de uma forma comparativa, sem qualquer especificação do programa e das metas governamentais. Enfatiza o que o governo compra, não o que o governo faz. Prevaleceu no Brasil até o advento da Lei 4.320 de 1964, que introduziu o orçamento-programa. 2) ORÇAMENTO-PROGRAMA – é adotado no Brasil pela Lei nº 4.320/64 que estabelece a prática orçamentária, quando no seu art. 2º determina que a Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo. Pode-se entender o orçamento-programa como um plano de trabalho do governo que apresenta os propósitos, objetivos e metas para as quais a Administração Pública precisará prover os fundos. 3) ORÇAMENTO DESENVOLVIMENTO – também chamado de orçamento por realizações. Surgiu no período de evolução do orçamento clássico (tradicional) para o orçamento moderno (o orçamento-programa). Nele procura-se saber o que o governo faz, não as coisas que o governo compra. Porém, ainda não havia vinculação do orçamento com o planejamento governamental. 4) ORÇAMENTO BASE ZERO – ou orçamento por estratégia, tem como características principais a análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente. O orçamento base zero, exige que o administrador, justifique detalhadamente os recursos solicitados, a cada novo exercício financeiro. (FCC–Analista Judiciário-Contabilidade–TRF 4ª Região–2010) O orçamento cuja técnica de elaboração exige que cada unidade orçamentária deve justificar, a cada ano, as atividades que desenvolve, sem levar em conta o volume dos Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 9 de 35 recursos recebidos em exercícios anteriores, é denominado Orçamento (A) Programa Ortodoxo. (B) Tradicional. (C) Base Zero. (D) de Desempenho. (E) Funcional Programático. Comentário: A alternativa “C” traz o conceito do Orçamento Base Zero. O que deve ser enfatizado, aqui, é que o administrador deve justificar, a cada exercício financeiro, os recursos solicitados. Gabarito: C Passaremos, agora, a estudar o ciclo da Lei Orçamentária Anual (LOA), que como já vimos, é o próprio orçamento. O ciclo orçamentário corresponde ao período de processamento das atividades da lei orçamentária. Esse ciclo, doutrinariamente, costuma ser dividido em quatro fases, quais sejam: ELABORAÇÃO APRECIAÇÃO, APROVAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO EXECUÇÃO CONTROLE ELABORAÇÃO – compreende a fase em que são estabelecidas as metas e prioridades, fixação dos objetivos, definição dos programas, bem como os cálculos dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua concretização e as estimativas de receitas. Incluem-se, ainda, 3. Ciclo orçamentário Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 10 de 35 nesta fase as discussões com a população e com entidades representativas. É nessa fase, também, que os Poderes Legislativo, Judiciário e o Ministério Público elaboram as propostas parciais em ralação às suas despesas e as encaminham ao Poder Executivo, que tem a competência constitucional de enviar a proposta consolidada do orçamento ao Poder Legislativo para apreciação e votação. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo, conforme art. 22 da Lei nº 4.320/64, compor-se-á de: “I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - Projeto de Lei de Orçamento; III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunasdistintas e para fins de comparação: a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 11 de 35 IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.” Vejamos o próximo passo no processo orçamentário. APRECIAÇÃO, APROVAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO – é passo seguinte no processo legislativo, depois de o Poder Executivo enviar a proposta de lei elaborada. É a fase de competência do Poder Legislativo. Consiste em o Legislativo apreciar a proposta, votá-la até o encerramento da sessão legislativa, e, uma vez aprovada, devolvê-la ao Chefe do Executivo para sancioná- lo ou vetá-lo. Sancionado, o projeto de lei, deverá ser encaminhado para publicação. A proposta de lei orçamentária deverá ser enviada pelo Executivo para o Legislativo até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa (22 de dezembro). Se o Legislativo não receber a proposta orçamentária no prazo fixado, considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente! Isso costuma ser bastante cobrado em provas! RELEMBRANDO Atenção Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 12 de 35 Ainda na fase de apreciação e votação, o projeto de lei orçamentária poderá ser modificado através de emendas, conforme art. 166, § 3º da Constituição Federal. “As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.” Fique atento, pois mesmo depois de votado o orçamento e já estando em execução, o processo legislativo poderá novamente acontecer, se houver projeto de lei destinado a solicitar autorizações para abertura de créditos adicionais. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 13 de 35 (FCC-Contador-Prefeitura Municipal de São Paulo-2010) A Prefeitura Municipal de Escaravelho contratou um especialista na elaboração de orçamentos públicos. O contratado, indagado sobre a possibilidade legal de um projeto de Lei Orçamentária Anual sofrer emenda, informou corretamente que é possível realizar a emenda desde que (A) Não vincule a redação da futura LOA à da LDO nem a do PPA. (B) As alterações propostas se limitem a 10% dos valores inicialmente previstos. (C) Os recursos necessários não sejam provenientes de anulação de despesa. (D) Seja relacionada com correção de erros ou omissões ou com dispositivos do próprio texto de lei. (E) As alterações propostas se limitem a matéria ainda não contemplada no texto original. Comentário: Não resta dúvida de que seja a alternativa “D”. Como acabamos de ver, ela traz o texto legal literalmente. Art. 166, § 3º, III da CF/88: “As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.” Gabarito: D O processo legislativo encerra-se com a publicação da lei orçamentária, depois de votada e aprovada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Chefe do Poder Executivo. Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 14 de 35 EXECUÇÃO – essa é a fase em que os administradores começarão a executar o orçamento aprovado. Nessa etapa é que são realizadas a arrecadação da receita e o processamento da despesa pública. A execução deve fundamentar-se na programação orçamentária da lei aprovada. Como funciona essa etapa de execução? Com base nos limites fixados na lei orçamentária, o Poder Executivo deverá aprovar um quadro de cotas trimestrais de despesas que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar (art. 47 da Lei 4.320/64). A fixação dessas cotas deverá atender aos objetivos estabelecidos no art. 48 da Lei 4.320/64, quais sejam: a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho; b) manter, durante o exercício, na medida do possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.” Estando a Lei Orçamentária Anual em execução, deverá ser, essa execução, controlada, avaliada por quem tem essa competência, no caso, o Poder Legislativo e os Tribunais de Contas. Essa é a nossa próxima fase a ser estudada. CONTROLE – nessa fase, depois de executada uma despesa, caberá aos agentes dos próprios órgãos, que realizam o controle interno, e, especialmente os órgãos responsáveis pelo controle externo, o Poder Legislativo auxiliado pelos Tribunais de Contas, apreciar e julgar se a aplicação dos recursos públicos enquadra-se na previsão do orçamento. Esse controle poderá acontecer, também, simultaneamente à execução de uma despesa. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 15 de 35 Os órgãos de controle poderão, a qualquer tempo, proceder a auditorias e inspeções. Fazendo, também, a apreciação final das contas públicas. Para encerrarmos o tópico vamos fazer uma rápida Revisão: O ciclo orçamentário costuma ser dividido em 4 (quatro) fases: 1) ELABORAÇÃO 2) APRECIAÇÃO, APROVAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO 3) EXECUÇÃO 4) CONTROLE ELABORAÇÃO É a fase em que é elaborado o projeto da lei orçamentária. Competência do Poder Executivo. Prazo para envio do projeto ao Legislativo, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e deverá ser devolvido para sanção até o final da sessão legislativa (22 de dezembro). O projeto orçamentário será composto por: Mensagem que conterá exposição circunstanciada da situação econômico financeira, Projeto de Lei de Orçamento e Tabelas explicativas. APRECIAÇÃO, APROVAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO Fase de apreciação da proposta, votação e aprovação até o encerramento da sessão legislativa, e, uma vez aprovada, devolução ao Chefe do Executivo para sanção, e publicação. É a fase de competência do Poder Legislativo. EXECUÇÃO Fase de realização do orçamento, de arrecadação da receita e o processamento da despesapública. A execução deve ser fundamentada na programação orçamentária da lei aprovada. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 16 de 35 CONTROLE Fase de acompanhamento e avaliação do processo de execução orçamentária, em que agentes dos próprios órgãos realizam o controle interno, e/ou os órgãos de controle externo, o Poder Legislativo auxiliado pelos Tribunais de Contas, apreciam e julgam se a execução das despesas enquadra-se na previsão orçamentária. Que tal, agora, resolvermos uma questão? (FCC-Analista Judiciário-Contabilidade-TRF 4ª Região-2010) Em relação ao processo orçamentário, é correto afirmar: (A) O projeto do plano plurianual deverá ter vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. (B) É vedada a utilização de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos, independentemente de autorização legislativa. (C) Nenhum órgão do Poder Judiciário tem assegurada autonomia administrativa e financeira para elaborar suas próprias propostas orçamentárias. (D) O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro ao Poder Legislativo, para respectiva aprovação. (E) Os projetos do plano plurianual, da Lei das Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual não poderão sofrer emendas no Congresso Nacional, devendo ser aprovadas ou rejeitadas in totum. Comentário: A – “Logo de cara” a alternativa correta, o plano plurianual, realmente, deverá ter vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. Já que ele é elaborado no primeiro ano do governo para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandado governamental subsequente. Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 17 de 35 B – Alternativa errada. O artigo 167, VIII da CF/88, veda a utilização de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos, sem autorização legislativa específica. Havendo autorização, não haverá a vedação. C – Alternativa errada. Como vimos em aula, cada órgão elabora e executa seu próprio orçamento, o Poder Executivo, consolida todos em uma só proposta e a envia ao Legislativo para apreciação e votação. Pois a Constituição lhe atribui a competência de iniciativa para propor o projeto da LOA. D – Alternativa errada. O projeto da LDO deve ser encaminhado ao Poder Legislativo, pelo Poder Executivo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). E – Alternativa errada. O projeto de lei orçamentária poderá ser modificado através de emendas, na fase de apreciação e votação, conforme art. 166, § 3º da Constituição Federal. Gabarito: A Trataremos agora de um tópico muitíssimo importante, cobrado com bastante frequência em provas. Pelo que tenho visto, diria que em toda prova de contabilidade pública, tem pelo menos uma questão sobre princípios orçamentários. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 18 de 35 Antes de citarmos quais são os princípios orçamentários, vejamos o que são princípios. Nas palavras de Miguel Reale, “princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, quer para a aplicação e interpretação, quer para a elaboração de novas normas”. Em suma, os princípios orçamentários são fundamentos que norteiam e normatizam a elaboração e execução da lei orçamentária. A Lei 4.320/64 em seu art. 2º dispõe apenas sobre três princípios, porém doutrinadores estabelecem vários outros que são consagrados pela contabilidade aplicada ao setor público, e que também costumam cair bastante em provas. Estudaremos, aqui, os princípios de maior representatividade. Comecemos, então pela Lei! Art. 2º da Lei 4320/64: “A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômico- financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.” O que enuncia cada um destes princípios? 1. Princípio da Unidade – segundo essa premissa, o orçamento público deve se constituir em uma peça única, abrangendo as despesas e receitas do exercício financeiro. Apesar de a Constituição Federal estabelecer três esferas orçamentárias, como já vimos antes, orçamento fiscal, orçamento de investimento e orçamento da seguridade 4. Princípios orçamentários Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 19 de 35 social, essas peças devem ser entendidas como partes integrantes de um todo chamado Lei Orçamentária Anual. 2. Princípio da Universalidade – O orçamento deve conter TODAS as despesas e receitas do exercício financeiro, para que possa oferecer ao Poder Legislativo o controle adequado sobre as operações financeiras realizadas pelo Poder Executivo. 3. Princípio da Anualidade – também chamado de Periodicidade, este princípio dispõe que as previsões de receita e despesa devem referir-se a um período limitado de tempo, ou seja, um exercício financeiro. No nosso caso é um período de 12 meses, coincidente com o ano civil (conforme determina a Lei 4.320/64 em seu art. 34). (FCC- Contador-Prefeitura do Município de São Paulo-2010) O Prefeito Municipal de Escorpião solicitou ao contabilista da Prefeitura que elaborasse um projeto de Lei Orçamentária Anual sem considerar as despesas com educação. O contabilista, corretamente, informou que o pedido não poderia ser atendido em razão do princípio: (A) da clareza (B) do equilíbrio (C) da exclusividade (D) da anualidade (E) da universalidade Comentário: Princípio da Universalidade - por este princípio deverão ser incluídas no orçamento todas as receitas e despesas. É disso que fala o enunciado da questão, quando o contabilista não atende ao pedido do Prefeito, de não considerar as despesas com educação, ele está obedecendo ao Princípio da Universalidade. Por isso, a alternativa “E” é a correta. Todos os outros princípios serão estudados no decorrer da aula. Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 20 de 35 Gabarito: E Veremos, agora, outros princípios consagrados pela doutrina contábil: 4. Princípio da Exclusividade – de acordo com este princípio, lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária, não poderá tratar de outro assunto que não diga respeito à previsão de receitas e fixação de despesas. O art. 165, § 8º da CF/88, que estabelece este princípio, determina também as únicas exceções: abertura de crédito suplementar e contratação de operações de crédito, inclusive, por antecipação de receita orçamentária (ARO). “A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão de receitas e à fixação de despesas, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de crédito suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receitas, nos termos da lei.”5. Princípio do Orçamento Bruto – por este princípio, Todas as receitas e despesas devem constar da lei orçamentária anual, pelos seus valores brutos, sem nenhuma dedução. Conforme o art. 6º da Lei 4320/64: “Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus valores totais, vedadas quaisquer deduções.” EXCEÇÕES ao Princípio da Exclusividade: ABERTURA DE CRÉDITO SUPLEMENTAR; CONTRATAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, inclusive, ARO (Antecipação de Receita Orçamentária) Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 21 de 35 6. Princípio da não-vinculação ou não-afetação de receitas – este princípio está previsto no art. 167, IV da CF/88: “São vedados: ... a vinculação da receita de impostos a órgão, fundos ou despesa...” por ele não se pode reservar ou comprometer parte da receita geral para atender a certos e determinados gastos. Lembramos que a não-vinculação aplica-se tão somente às receitas provenientes de IMPOSTOS, porém a própria constituição estabelece uma lista de ressalvas em seu art. 167, IV, como a repartição do produto da arrecadação dos impostos (arts. 158 e 159 da CF/88), a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e para manutenção e desenvolvimento do ensino, entre outras. Vale lembrar, ainda, que os demais tributos, como por exemplo, o empréstimo compulsório e contribuições sociais estão fora do alcance desse princípio. (FCC-Analista Judiciário-Contabilidade-TRT 18ª Região-2008) Em relação aos princípios orçamentários adotados no Brasil, é correto afirmar: (A) O princípio da não afetação de receitas deve ser cumprido rigidamente, uma vez que não há exceções previstas na Constituição Federal. (B) O princípio da exclusividade não impede que a lei orçamentária possa conter autorização para abertura de créditos suplementares. (C) O princípio da anualidade não implica que o orçamento coincida com o ano civil. (D) O princípio da universalidade admite exceções no tocante à fixação das despesas. (E) O princípio orçamentário da unidade não está previsto na Lei nº 4.320/64 Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 22 de 35 Comentário: A – Alternativa errada. A própria constituição em seu art. 167, IV, estabelece uma lista de exceções ao princípio da não-afetação. B – Alternativa correta. O Princípio da exclusividade não impede que a lei orçamentária possa conter autorização para abertura de créditos suplementares, visto ser uma das exceções a esse princípio, juntamente com contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO). C – Alternativa errada. Princípio da anualidade – por determinação legal o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, Lei 4.320/64, art. 34. D – Alternativa errada. Pelo princípio da universalidade, o orçamento deverá conter TODAS as despesa e receitas pertinentes ao exercício financeiro. E – Alternativa errada. A Lei 4.320/64 prevê os princípios da anualidade, unidade e universalidade em seu art. 2º. Gabarito: B Vamos continuar vendo mais princípios que norteiam o orçamento! 7. Princípio da Especificação – o orçamento deve atender ao princípio da especialização ou da discriminação, segundo o qual “a lei não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvados o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único” art. 5º da Lei 4.320/64 Por um lado este princípio propicia um maior controle na execução do orçamento, por outro diminui a agilidade e poder de decisão do administrador público. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 23 de 35 A ressalva na parte final do artigo traduz, na verdade, uma exceção a este princípio. Trata-se da autorização global para realização de despesa em regime de execução especial. A outra exceção é a reserva de contingência, tratada no art. 91 do Decreto-Lei 200/67. 8. Princípio do Equilíbrio – estabelece que o total da despesa orçamentária não pode ultrapassar o total da receita prevista para cada exercício financeiro. Esse princípio estabelecido pela LRF em seu art. 4º, I, representa uma ferramenta muito importante no controle dos gastos públicos. 9. Princípio da Clareza – o orçamento público deve ser elaborado de forma clara e compreensível para qualquer indivíduo, ou seja, a pessoa comum, sem nenhuma especialização deverá compreendê-lo. 10. Princípio da Publicidade ou da Transparência – conforme art. 37 da CF/88, a publicidade é um dos princípios da Administração Pública. Por ele, o orçamento deverá ser publicado para que toda a comunidade possa conhecer os objetivos do Estado e para que possa ser válido. Esses são os princípios mais cobrados em provas de concursos, portanto, vale a pena estudar atentamente cada um deles. EXCEÇÕES ao Princípio da Especificação. Autorização global: Para realização de despesa em REGIME DE EXECUÇÃO ESPECIAL e Intitulada de RESERVA DE CONTINGÊNCIA Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 24 de 35 (Funiversa-Especialista-Contabilidade-DF-2010) Correlacione os princípios orçamentários da primeira coluna com as características apresentadas na segunda coluna e assinale a alternativa que apresenta a correlação correta obtida de cima para baixo. (1) Princípio da Unidade. (2) Princípio da Universalidade. (3) Princípio da Exclusividade. (4) Princípio da Não-afetação da receita. (5) Princípio do equilíbrio. ( ) A receita não deve ser comprometida para atender a certas e determinadas despesas. ( ) Para cada exercício financeiro, o montante fixado para a despesa orçamentária não deve ser maior que o da receita prevista. ( ) Cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. ( ) A lei orçamentária não deve conter dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação das despesas. ( ) O Orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. (A) 3-4-2-5-1 (B) 4-5-1-3-2 (C) 3-4-1-5-2 (D) 4-5-3-2-1 (E) 4-3-5-2-1 Comentário: Essa é uma questão de fácil resolução e que serve de treinamento e revisão dos princípios que há pouco estudamos. Gabarito: B Veja como cai em prova!!! Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 25 de 35 (CESPE – Analista de Controle Externo–TCE-AC–2009) Acerca de princípios orçamentários, assinale a opção correta. (A) As contribuições sociais, econômicas e de intervenção no domínio econômico representam, no âmbito da União, dificuldades para o cumprimento do princípio orçamentário da não-afetação das receitas públicas. (B) Um orçamento altamente especificado dificulta a fiscalização parlamentar. (C) O cumprimento do princípio da anualidade impede a inclusão, na lei orçamentária, de autorização para abertura de crédito adicional. (D) O princípio da universalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado para conhecimento de toda a sociedade. (E) O princípio do equilíbrio determina que a receita fixada não deve ultrapassar a despesa prevista. Comentário: A – Alternativa correta. Porque o princípio da não- afetação ou da não-vinculação das receitas aplica-se tão somente às receitas de impostos. B –Alternativa errada. Um orçamento detalhado, pelo contrário, facilita a fiscalização. C – Alternativa errada. O princípio da anualidade dispõe que as previsões de receita e despesa devem referir-se a um período limitado de tempo. D – Alternativa Errada. Esse princípio de que trata a alternativa é o da publicidade. E – Alternativa errada. O princípio do equilíbrio determina que a despesa não deve ultrapassar a receita, e não o contrário. Gabarito: A Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 26 de 35 Encerramos por aqui nossa aula. Fica uma lista de questões extraídas de provas anteriores para você treinar o que aprendeu. Obrigado pela atenção e conte sempre comigo! Um forte abraço! QUESTÕES: 01 – (ESAF–Analista – Orçamento – MPU – 2004) No que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não se pode afirmar que a) orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), bem como sua execução. b) estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública para programas de duração continuada, sendo componente básico de planejamento estratégico governamental. c) compreende as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente. d) dispõe sobre as alterações na legislação tributária. e) estabelece a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 02 – (ESAF–Analista Adm–Ciências Contábeis–ANA-2009) Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio orçamentário do equilíbrio. a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas são executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da lei orçamentária anual. b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência das receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de capital. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 27 de 35 c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores estimados com os realizados da receita pública e os valores fixados e realizados da despesa. d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as receitas de capital dentro do exercício considerado. e) É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. 03 – (ESAF–Auditor Federal de Controle Externo–TCU–2006) No que diz respeito ao conceito de orçamento público e princípios orçamentários, identifique a opção incorreta. A) O orçamento público deve manter o equilíbrio entre as receitas fixadas e as despesas estimadas. B) São impositivos nos orçamentos públicos os princípios orçamentários. C) Segundo o princípio da unidade, o orçamento público deve constituir uma única peça, indicando as receitas e os programas de trabalho a serem desenvolvidos pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. D) O orçamento público é uma lei de iniciativa do Poder Executivo, que estabelece as políticas públicas para o exercício a que se referir. E) O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um exercício financeiro, coincidente com o ano civil. 04 – (ESAF–Auditor Federal de Controle Externo–TCU–2006) No que se refere à matéria orçamentária, a Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique a opção falsa com relação ao tema. A) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. B) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a realização das ações planejadas no Plano Plurianual e transformá-las em realidade. C) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Poder Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 28 de 35 Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (30 de junho). D) O Plano Plurianual corresponde a um plano, por meio do qual se procura ordenar as ações do governo que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados para um período de três anos. E) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro (31 de agosto) e devolvida para sanção até o final da sessão legislativa. 05 – (FCC – Analista de Controle Externo - TCE–GO–2009) O art. 5o da Lei no 4.320/64 ao determinar que a Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único, incorpora às suas disposições o princípio orçamentário da (A) exclusividade. (B) unidade. (C) universalidade. (D) anualidade. (E) especificação. 06 – (FCC – Analista de Controle Externo - TCE–GO–2009) 65. Sobre as disposições constitucionais e legais referentes à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), considere: I. A LDO disporá sobre normas relativas ao controle de custos dos programas financiados com recursos dos orçamentos. II. A LDO disporá sobre as orientações para elaboração da Lei do Plano Plurianual, assim como sobre as alterações na legislação tributária. III. A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. IV. As emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 29 de 35 (B) II e III. (C) III e IV. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. 07 – (ESAF-Técnico em Orçamento-MPU-2004) No Brasil, a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) deverá espelhar A) exclusivamente os investimentos. B) as metas fiscais somente para as despesas. C) a autorização para criar novas taxas. D) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. E) as estimativas de receita e a fixação de despesas 08 – (ESAF-Técnico em Orçamento-MPU-2004) Aponte a opção incorreta no que diz respeito ao Orçamento Público no Brasil. A) A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social. B) A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e metas da administração pública, estabelecidos na lei orçamentária anual. C) O Plano Plurianual é um plano de médio prazo, através do qual procura-se ordenar as ações do governo que levem o atingimento dos objetivos e metas fixadas para um período de quatro anos. D) A lei dos orçamentos anuais é o instrumento utilizado para a conseqüente materialização do conjunto de ações e objetivos que foram planejados visando ao atendimento e bem-estar da coletividade. E) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderáas metas e prioridades da administração pública. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 30 de 35 09 – (FCC-Agente Técnico Legislativo-Direito-ALESP-2010) Considere as assertivas abaixo. I. O Princípio da Universalidade do Orçamento é aquele segundo o qual a lei orçamentária deve compreender todas as receitas e todas as despesas pelos seus totais. II. Ciclo Orçamentário é o período compreendido entre o início e o fim da execução do orçamento. III. A Lei Orçamentária Anual (LOA) contém a discriminação da receita e da despesa pública, de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade. IV. O Orçamento Programa tem como principais características a análise, revisão e avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente; assim sendo, todos os programas devem ser justificados cada vez que se inicia um novo ciclo orçamentário. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e IV. (E) III e IV. 10 – (ESAF-Técnico em Orçamento-MPU-2004) O princípio que estabelece que deverão ser incluídos todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente aqueles que envolvam qualquer transação financeira e econômica, denomina-se A) unidade. B) universalidade. C) exclusividade. D) anualidade. E) clareza. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 31 de 35 Gabarito: 01 – B 02 – E 03 – A 04 – D 05 – E 06 – D 07 – E 08 – B 09 – B 10 – B Lista das questões comentadas na aula: 1. (ESAF-AGU-1999) Pode-se definir o orçamento como: (A) Lei que contém previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, por certo período. (B) Conjunto de normas que disciplinam as despesas e receitas originárias e derivadas do Estado, segundo as normas constitucionais. (C) Lei que determina a estimativa das entradas e saídas do caixa do governo. (D) Projeto de lei que procura estabelecer o quantum monetário que entrará e sairá dos cofres públicos, seja federal, estadual ou municipal. (E) Norma constitucional que prevê anualmente as receitas ordinárias e extraordinárias e estima as despesas financeiras e operacionais do Estado. Gabarito: A Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 32 de 35 2. (UFPR-Contador-2010-adaptada) Em relação ao orçamento público, identifique as alternativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) De acordo com a Constituição Federal, o orçamento anual é composto de: orçamento fiscal, orçamento de seguridade social e orçamento de investimento das empresas. ( ) A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem vigência de quatro anos, sendo três anos para gestão do administrador que a elaborou e mais um ano para o próximo governante. ( ) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as despesas relativas aos programas de duração continuada. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. (A) V – F – V. (B) V – F – F. (C) F – V – V. (D) F – F – F. (E) F – V – V. Gabarito: A 3.(FCC–Analista Judiciário–Contabilidade-TRF 4ªRegião–2010) O orçamento cuja técnica de elaboração exige que cada unidade orçamentária deve justificar, a cada ano, as atividades que desenvolve, sem levar em conta o volume dos recursos recebidos em exercícios anteriores, é denominado Orçamento (A) Programa Ortodoxo. (B) Tradicional. (C) Base Zero. (D) de Desempenho. (E) Funcional Programático. Gabarito: C Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 33 de 35 4. (FCC-Contador-Prefeitura Municipal de São Paulo-2010) A Prefeitura Municipal de Escaravelho contratou um especialista na elaboração de orçamentos públicos. O contratado, indagado sobre a possibilidade legal de um projeto de Lei Orçamentária Anual sofrer emenda, informou corretamente que é possível realizar a emenda desde que (A) Não vincule a redação da futura LOA à da LDO nem a do PPA. (B) As alterações propostas se limitem a 10% dos valores inicialmente previstos. (C) Os recursos necessários não sejam provenientes de anulação de despesa. (D) Seja relacionada com correção de erros ou omissões ou com dispositivos do próprio texto de lei. (E) As alterações propostas se limitem a matéria ainda não contemplada no texto original. Gabarito: D 5.(FCC-Analista Judiciário-Contabilidade TRF 4ª Região-2010) Em relação ao processo orçamentário, é correto afirmar: (A) O projeto do plano plurianual deverá ter vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. (B) É vedada a utilização de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos, independentemente de autorização legislativa. (C) Nenhum órgão do Poder Judiciário tem assegurada autonomia administrativa e financeira para elaborar suas próprias propostas orçamentárias. (D) O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro ao Poder Legislativo, para respectiva aprovação. (E) Os projetos do plano plurianual, da Lei das Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual não poderão sofres emendas no Congresso Nacional, devendo ser aprovadas ou rejeitadas in totum. Gabarito: A Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 34 de 35 6. (FCC- Contador-Prefeitura do Município de São Paulo-2010) O Prefeito Municipal de Escorpião solicitou ao contabilista da Prefeitura que elaborasse um projeto de Lei Orçamentária Anual sem considerar as despesas com educação. O contabilista, corretamente, informou que o pedido não poderia ser atendido em razão do princípio: (A) da clareza (B) do equilíbrio (C) da exclusividade (D) da anualidade (E) da universalidade Gabarito: E 7.(FCC-Analista Judiciário–Contabilidade-TRT18ªRegião-2008) Em relação aos princípios orçamentários adotados no Brasil, é correto afirmar: (A) O princípio da não afetação de receitas deve ser cumprido rigidamente, uma vez que não há exceções previstas na Constituição Federal. (B) O princípio da exclusividade não impede que a lei orçamentária possa conter autorização para abertura de créditos suplementares. (C) O princípio da anualidade não implica que o orçamento coincida com o ano civil. (D) O princípio da universalidade admite exceções no tocante à fixação das despesas. (E) O princípio orçamentário da unidade não está previsto na Lei nº 4.320/64 Gabarito: B 8. (Funiversa-Especialista-Contabilidade-DF-2010) Correlacione os princípios orçamentários da primeira coluna com as características apresentadas na segunda coluna e assinale a alternativa que apresenta a correlação correta obtida de cima para baixo. (1) Princípio da Unidade. (2) Princípio da Universalidade. (3) Princípio da Exclusividade. Aula 01 Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br 35 de 35 (4) Princípio da Não-afetação da receita. (5) Princípio do equilíbrio. ( ) A receita não deve ser comprometida para atender a certase determinadas despesas. ( ) Para cada exercício financeiro, o montante fixado para a despesa orçamentária não deve ser maior que o da receita prevista. ( ) Cada unidade governamental deve possuir apenas um orçamento. ( ) A lei orçamentária não deve conter dispositivos estranhos à previsão da receita e à fixação das despesas. ( ) O Orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. (A) 3-4-2-5-1 (B) 4-5-1-3-2 (C) 3-4-1-5-2 (D) 4-5-3-2-1 (E) 4-3-5-2-1 Gabarito: B 9. (CESPE – Analista de Controle Externo–TCE-AC–2009) Acerca de princípios orçamentários, assinale a opção correta. (A) As contribuições sociais, econômicas e de intervenção no domínio econômico representam, no âmbito da União, dificuldades para o cumprimento do princípio orçamentário da não-afetação das receitas públicas. (B) Um orçamento altamente especificado dificulta a fiscalização parlamentar. (C) O cumprimento do princípio da anualidade impede a inclusão, na lei orçamentária, de autorização para abertura de crédito adicional. (D) O princípio da universalidade determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado para conhecimento de toda a sociedade. (E) O princípio do equilíbrio determina que a receita fixada não deve ultrapassar a despesa prevista. Gabarito: A
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