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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Edlaine Xavier – B746CH1
Gleides Aparecida Ramos Ribeiro – B7120D9
Lilyane Pires de Morais – B88JIJ4
Sônia dos Santos – B720115
Stela Martins – T498597
LUTO EM MULHERES SUBMETIDAS À MASTECTOMIA TOTAL DEVIDO AO CÂNCER DE MAMA: EM UMA ABORDAGEM PSICANÁLITICA
Goiânia
2016
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
Edlaine Xavier – B746CH1
Gleides Aparecida Ramos Ribeiro – B7120D9
Lilyane Pires de Morais – B88JIJ4
Sônia dos Santos – B720115
Stela Martins – T498597
LUTO EM MULHERES SUBMETIDAS À MASTECTOMIA TOTAL DEVIDO AO CÂNCER DE MAMA: EM UMA ABORDAGEM PSICANÁLITICA
Projeto de Pesquisa apresentado para disciplina Projeto de Pesquisa em Psicologia, sob a orientação da Professora Doutoranda Anna Rogéria N. de Oliveira.
	
Goiânia
2016
1. INTRODUÇÃO
O câncer de mama ocupa, hoje, lugar de destaque na literatura médica por apresentar incidência crescente, e elevada taxa de mortalidade entre mulheres brasileiras. 
Esta pesquisa abordará aspectos importantes da subjetividade das mulheres envolvidas no processo de enlutamento por perda do seio devido ao câncer de mama. Terá o propósito de levantar alguns pontos para a reflexão, especificamente no que se relaciona aos significados que a doença adquire e no que ela afeta a identidade feminina.
Segundo Bowlby (1984), o processo de enlutamento constitui-se como um conjunto de reações diante de uma perda, contendo quatro fases, a saber. A primeira é denominada fase do choque e tem duração de algumas horas ou semanas, podendo vir acompanhada de manifestações como desespero, afastamento, intensificação das reações emocionais, ataques de pânico e raiva; a segunda se caracteriza pelo desejo de busca da figura perdida, podendo durar meses ou anos. A raiva pode estar presente quando existe a percepção de que houve efetivamente uma perda, no entanto, ao mesmo tempo, existe a ilusão de que talvez tudo não tenha passado de um pesadelo e de que nada mudou. Tais processos, aparentemente antagônicos, coexistem com a realidade da perda e da esperança do reencontro; a terceira fase é marcada pela desorganização e pelo desespero; a última fase é a da organização, em que se processa a aceitação da perda definitiva, além da constatação de que uma nova vida precisa ser recomeçada. 
O câncer de mama é uma doença que deixa a mulher com muitos temores, principalmente em relação à morte, e o tratamento dessa doença causa algumas mudanças em sua imagem corporal, principalmente a mastectomia. Sendo assim, podemos afirmar que ela atinge o estado psíquico e físico dessa mulher pelo fato de trazer consigo consequências que mudam principalmente sua forma física.
1.2 REVISÃO DE LITERATURA
1.2.1 Luto ou melancolia?
Freud, em “Luto e Melancolia”, inicia seu texto dizendo que o luto, geralmente, é a reação à perda de um ente querido ou à perda de alguma abstração que ocupou o lugar desse ente querido, quer seja um país, a liberdade ou o ideal de alguém. Embora envolva graves sofrimentos psíquicos, além daqueles encontrados ordinariamente, o luto não é considerado patológico, pois se supõe que, após certo tempo, seja superado (Freud, 1974 [1917-1915]). Segundo Esslinger (1995), a má elaboração do luto, ou seja, a impossibilidade de entrar em contato com a perda, com a separação, pode culminar na depressão. É o que se chama de luto patológico, onde o sintoma se manifesta de forma crônica, que Freud denominou de melancolia.
 Sandra Edler (2008), observa que se pode perder de várias maneiras: a morte, perda absoluta, separação, desistência, desaparecimento, exílio, e que as perdas não se referem apenas a pessoas. Podem-se perder determinadas posições sociais e profissionais, assim como, bens, patrimônios, entre outros. A autora enfatiza que perder faz parte da vida, mas a maneira como cada um reage às perdas difere enormemente. A morte, por exemplo, impõe ao narcisismo um golpe significativo e esse confronto provoca uma tomada de posição e uma reorganização interna. Importante salientar que no trabalho de luto, mesmo sabendo que o objeto amado não existe mais, se provoca uma forte oposição, visto que não se abandona de boa vontade uma posição libidinal mesmo que o objeto tenha sido perdido e algum substituto surja num horizonte de possibilidades. Isto quer dizer que o abandono se faz aos poucos, por partes, prolongando-se assim a existência do objeto perdido. Garcia-Roza diferencia a perda objetal sofrida no luto da perda na melancolia. “[...] enquanto no luto é o mundo que se torna pobre e vazio, na melancolia é o próprio eu” (Garcia-Roza, 2004, p. 76).
1.2.2 A representação do seio na vida da mulher
A terminologia utilizada: “mama e “seio” representa bem a existência conjunta de um corpo biológico e um psíquico, onde o médico comunica que vai retirar a “mama”, mas a paciente recebe a informação de que vai perder o “seio”, ou seja, a mastectomia é a amputação real no corpo da paciente (Quintana, 1999). 
Bleichmar & Bleichmar (1992), citando a teoria de Melanie Klein diz que os seios são a primeira representação mental para os indivíduos, pois se trata do modelo primário de genitalidade. Assumirão uma conotação estética-erótica ligada à sedução e estarão ligados também ao papel feminino de maternidade enquanto fonte de alimento.
Devido à feminilidade, sexualidade e maternidade que estão associadas à mama, sendo está um objeto de investimento libidinal, a sua perda pode gerar um processo de luto. Mulheres com câncer sofrem muitas perdas significativas que se transformam em fontes de medo ou tristeza. São perdas ligadas à enfermidade, sofrimento, mutilação, dificuldades sexuais e de relacionamento (Pacheco e cols., 1996). Complementando o pensamento, Zecchin (2004), destacou que as pacientes com câncer de mama apresentam uma angústia muito grande. A perda do seio e o diagnóstico do câncer são algo que fazem a paciente experimentar todos estes afetos: angústia, dor, luto e desprazer. 
A falta do seio pode afetar a autoestima da mulher de uma maneira que dificulta sua relação com seu próprio corpo, pensar na mastectomia (cirurgia mutiladora), é lembrar-se de toda agressão à imagem e ao esquema corporal, nos aspectos simbólicos que a cirurgia desperta, remetendo ao que podemos chamar de uma ferida narcísica (LÔBO, SANTOS, et al., 2006). 
O narcisismo do indivíduo surge deslocado em direção a esse novo ego ideal, o qual, como o ego infantil, se acha possuído de toda perfeição de valor. Como acontece sempre que a libido está envolvida, mais uma vez aqui o homem se mostra incapaz de abrir mão de uma satisfação de que outrora desfrutou. Ele não está disposto a renunciar à perfeição narcisista de sua infância; e quando, ao crescer, se vê perturbado pelas admoestações de terceiros e pelo despertar de seu próprio julgamento crítico, de modo a não mais poder reter aquela perfeição, procura recuperá-la sob a nova forma de um ego ideal. O que ele projeta diante de si como sendo seu ideal é o substituto do narcisismo perdido de sua infância na qual ele era o seu próprio ideal (FREUD, 1914/1974, p. 111). 
Devido à mastectomia, a mulher perde seu objeto de investimento libidinal e consequentemente seu ideal narcísico. Uma forma de recuperá-lo, atualmente, é a cirurgia de reconstituição da mama. Uma mulher que passa pela mastectomia necessita de uma terapia que enfoque o problema, trazendo à tona todas as questões ligadas à autoestima e à autoimagem (SOARES, 2008). As técnicas de reconstrução mamária vêm evoluindo, com o objetivo de amenizar o trauma físico, psíquico e emocional causado pela mastectomia, sendo de grande significância para mulheres submetidas a essa intervenção, podendo ser feita de forma imediata, no próprio ato cirúrgico, ou posteriormente (MENKE ET AL., 2007).
Baseado no Complexo de Castração citado por Freud pode-se dizer que a retirada da mama ou de qualquer órgão é sentida no inconscientecomo uma castração, ainda se a fase edipiana não foi resolvida de maneira adequada. Na amputação da mama, isto acontece, especialmente, se a castração sexual trouxe consigo um sentimento de deterioração do instinto materno (Chiattone & Biaggi, 1993). 
O seio tem um importante papel na identidade feminina, de caráter único e que só pode ser experienciado pela mulher, desejado desde a infância pela menina, o seio é o ideal identificatório feminino que é realizado quando ela sai da adolescência e inicia sua vida adulta. O fato de ser feminina e ser mulher está diretamente ligado ao seio. Primeiramente pela questão sexual, no qual é um órgão de intenso investimento sensível às carícias amorosas. Em segundo plano, fica a representação materna onde o seio evidencia a onipotência da mãe mediante as necessidades do filho (ZECCHIN, 2004). 
1.2.3 Autoestima, autoimagem
Nasio (1995), referindo-se à teoria de Lacan diz que o “eu” está ligado à imagem do próprio corpo e a imagem do corpo pela imagem do espelho. A teoria do “estádio do espelho” representa o surgimento do eu, sendo o primeiro espelho o olhar da mãe.
Almeida (2010), explica que, na abordagem psicanalítica, o seio ocupa um lugar importante e singular. É um órgão definidor na vida da mulher, cheio de investimento erógeno e ao ser mutilado fere a própria essência da feminilidade e altera a percepção do corpo elencando sentimentos de baixa autoestima. Diante de um diagnóstico de câncer de mama, colocamos em questionamento a qualidade de vida dessas mulheres pós mutilação da mama. Após a eliminação do nódulo, nos casos em que há mastectomia, a mulher sente que partes da sua sexualidade e da representação que a mama tem frente ao simbolismo materno, foram arrancadas, desencadeando um sentimento de castração, baixa autoestima etc. Pontuando a qualidade de vida das mulheres mastectomizadas se percebe as emoções que dizem respeito à autoimagem e à consciência corporal. Freud, em seus estudos, não utilizou o termo imagem corporal, e sim ego corporal, quando fala do corpo como sendo o lugar das pulsões, das representações, do prazer, como meio para se relacionar, como objeto e base do ego. A parte mais material e visível do nosso “eu” é o corpo, portanto o ego é, antes de tudo, um ego corporal (Freud, 1997). 
A autoestima expressa o tamanho do ego e está relacionada com o elemento narcisista do amor, uma parte da autoestima é primária – o resíduo do narcisismo infantil. Uma segunda parte da autoestima é proveniente da realização do ideal do ego, enquanto uma terceira parte provém da satisfação da libido objetal (FREUD, 1915/1974).
Wanderley (1994), ressaltou que a mama, como símbolo de sensualidade, quando danificada, altera a autoimagem acarretando à paciente sentimentos de inferioridade e medo de rejeição, sendo que, quanto maior for o investimento da mulher neste órgão, maior será o sentimento de perda.
1.3 PROBLEMA
Como as mulheres submetidas à mastectomia total vivenciaram o luto do corpo ideal?
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 OBJETIVO GERAL
Dentro de uma perspectiva psicanalítica, o objetivo da nossa pesquisa será verificar o luto gerado em mulheres submetidas à mastectomia devido ao câncer de mama, tendo como tema o Luto.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar as possíveis modificações na vida das mulheres mastectomizadas no que se refere às repercussões a nível psicológico.
Identificar como a mastectomia influencia no sentimento de perda da identidade da mulher como pessoa sexualmente desejável.
Investigar a identificação da mama como simbolismo materno em mulheres que sofreram mastectomia.
Verificar o luto em mulheres mastectomizadas.
1.5 HIPÓTESE
Mulheres mastectomizadas têm dificuldade em elaborar o luto.
1.6 JUSTIFICATIVA
A relevância do estudo proposto justifica-se pela necessidade de se aprofundar nas pesquisas com relação aos aspectos emocionais do câncer de mama. Além disso, introduz-se um diálogo da psicanálise abrindo caminho para novos olhares interdisciplinares. 
A compreensão mais aprofundada deste tema fornece subsídios para a elaboração de estratégias de intervenção na comunidade, clínicas e hospitais em níveis primários e secundários como a promoção de grupos de autoconhecimento e palestras informativas na prevenção primária, além da elaboração de grupos de apoio, que possibilitem às mulheres uma ressignificação da doença e reestruturação da vida através de um melhor conhecimento de suas emoções. Neste sentido propõe-se um novo olhar sobre o processo de enlutamento dessas mulheres.
O impacto tanto do diagnóstico quanto da cirurgia está ligado ao contexto sociocultural ao qual a pessoa está inserida, sendo de grande importância no processo de elaboração do luto e, consequentemente, à reconstrução da autoimagem em mulheres mastectomizadas.
2. METODOLOGIA
Este projeto de pesquisa apresentará um maior entendimento sobre o processo de enlutamento em mulheres submetidas à mastectomia.
A abordagem qualitativa tem como um de seus princípios a busca de compreensão dos fenômenos na perspectiva daqueles que o vivenciam, como apontam Ludke e André (1986). Conforme estes autores, uma vez que a perspectiva qualitativa é rica em dados descritivos e tem um plano aberto e flexível, favorece o enfoque da realidade de forma complexa e contextualizada. Assim, uma das principais características do método qualitativo é fornecer uma visão de dentro do grupo pesquisado, expresso na lógica interna do seu sistema de conhecimento (Víctora, Knauth & Hassen, 2000).
2.1 Sujeitos
Esta pesquisa será realizada na cidade de Goiânia – GO, na clínica particular com nome fantasia CITO-MED, CNPJ: 05.326.693/0001-20, que faz acompanhamento de mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo que será realizada com dez mulheres submetidas à mastectomia total com idade entre 30 e 60 anos de classe média ou classe média alta.
2.2 Instrumentos
Para coleta de dados será utilizada a entrevista semiestruturada (anexo 1), pois esta possibilitará a interação de ambos os envolvidos na entrevista, assim como descrito por Turato:
A escolha pela entrevista semidirigida, como instrumento auxiliar para a pesquisa clínico-qualitativa, dá-se então pelo motivo de que ambos os integrantes da relação têm momentos para dar alguma direção, representando ganho para reunir os dados segundo os objetivos propostos (2003, p. 313).
As entrevistas foram elaboradas com intuito de abordar os temas que responderão aos objetivos dessa pesquisa. Serão elencamos os principais aspectos em categorias. São eles: autoimagem, luto e mastectomia.
2.3 Aparatos de pesquisa
Os equipamentos empregados na elaboração desta pesquisa serão: computadores, softwares, gravador, folhas A4, caneta, lápis, borracha, livros, impressora, artigos e blocos de anotações.
2.4 Procedimento para coleta de dados
Será feito um levantamento das pacientes que estão sendo acompanhadas na clínica citada após a mastectomia total (com a colaboração e consentimento médico). Á posteriori se entrará em contato com as mesmas para verificar a disponibilidade e o desejo em fornecerem uma entrevista em dias e locais alternativos. As entrevistas a realizar-se serão registradas com suas intercorrências em um diário de campo. 
Optar-se-á por anotar os registros telefônicos das mesmas com o intuito de se agendar um horário quando elas retornarem para a próxima consulta, especialmente, das pacientes de regiões adjacentes e municípios vizinhos fato que pode vir a dificultar a realização de algumas entrevistas.
As entrevistadas assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo 2) após serem informadas de todos os aspectos que envolvam sua participação na pesquisa.
Na presente pesquisa, de natureza qualitativa, pretende-se investigar o processo de luto e como este é processado pelas pacientes. Minayo (2007), afirma que a metodologia qualitativa preocupa-se com os significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudesdecorrentes de ação humana objetiva, apreendidos no cotidiano, da experiência e da descrição das pessoas que vivenciam determinado fenômeno.
Pretende-se entrevistar dez mulheres através de entrevista semiestruturada com perguntas norteadoras, onde partes das perguntas já serão pré-definidas e também ocorrerão perguntas espontâneas.
2.5 Procedimento de análise de dados
Para exame dos relatos será aplicada a técnica de análise de conteúdo que consiste em manipulação das mensagens, tanto do seu conteúdo quanto da expressão do mesmo para colocar em evidência questões subjetivas que podem surgir durante as coletas de dados (OLIVEIRA, 2008).
A base teórica para interpretação dos dados colhidos será fundamentalmente a psicanálise, por se entender que é a teoria que melhor explica os termos utilizados na revisão de literatura, principalmente luto e narcisismo que são termos centrais desta pesquisa.
2.6 Ressalvas éticas
Em relação à dimensão ética envolvida na pesquisa com seres humanos, será tomado como princípio básico o respeito à autonomia dos voluntários e à instituição, de acordo com as normas definidas pelo Conselho Nacional de Saúde, na Resolução nº 466, de dezembro de 2012, sobre pesquisa envolvendo seres humanos.
Ter-se-á, ainda, a preocupação de solicitar previamente a anuência formalizada das que concordarem em participar do estudo mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo 2). O sigilo é algo primordial. Todas as entrevistas e informações obtidas de cada paciente serão de nossa responsabilidade e confidencialidade.
Esta pesquisa atenderá aos fundamentos éticos e científicos envolvendo seres humanos. Será assegurado aos participantes as condições de acompanhamento, assistência e orientação, conforme o caso, e quando necessário se fará o encaminhamento para o Centro de Psicologia Aplicada da Universidade Paulista- UNIP.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. L. A feminilidade em questão: percepção corporal e necessidades de afeto da mulher com câncer. Repositório FAVIP. Caruaru, 2010. Disponível em: <http://repositorio.favip.edu.br:8080/bitstresm/123456789/648/1/TCC_2010_LOURDINHA+2010+Conclu%C3%ADdo.pdf> Acesso em: 25 de abril de 2016.
BLEICHMAR, N.M.; Bleichmar, C.L. (1992) A psicanálise depois de Freud. Porto Alegre Artes Medicas.
BOWLBY, J. (1984). Apego e perda: separação: angústia e raiva (Vol. 2). (L. H. B. Hegenberg, O. S. da Mota, & M. Hegenberg, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE (BRASIL). Resolução n o 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, 2012 [citado 2014 Mar 11]. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html. Acesso em 25 de abril de 2016.
CHIATTONE, H. B. C.; Biaggi, T. D. (1993) Aspectos emocionais do câncer. Em: Halbe, H.W. Tratado de ginecologia. 2ª ed. São Paulo: Roca. 
EDLER, S. (2008). Luto e melancolia: à sombra do espetáculo (Para ler Freud). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
ESSLINGER, I. (1995). As representações do espaço da morte no curso de psicologia: um estudo exploratório. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.
FREUD, S. Sobre o Narcisismo: Uma Introdução. In: FREUD, S. Vol.XIV – A historia do movimento psicanalítico, artigo sobre metapsicologia e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1914/1974. p.85-275.
FREUD, Sigmund. (1914- 1917). Luto e melancolia. In: FREUD, Sigmund. Obras CompletasHeckert, U. (1995). Reações Psíquicas à Mastectomia. Revista Juiz de Fora.v. 21, (p. 97- 102), Minas Gerais, dezembro. 
FREUD, S. (1997). O ego e o id: uma neurose demoníaca do séc. XVII e outros trabalhos. Em: Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud.Rio de Janeiro: Imago- versão eletrônica (originalmente publicado em 1923- 1925). 
GARCIA-ROZA, L. A. (2004). Introdução à metodologia freudiana. (Vol. 3). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
LÔBO, R.C.M.M.et al. Crenças relacionadas ao processo de adoecimento e cura em mulheres mastectomizadas: Um estudo psicanalítico.2006. Disponível em;<http://pepsic.bvspsi.org.br/scielo.php?script=sci_artext&pid=S167774092006000100003&Ing=es&nrm=>. Acesso em: 30 março 2016.
LUDKE, M. & Andre, M. E. D. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, EPU.
MENKE, C.H. et al. Rotinas em Mastologia. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10. Ed. São Paulo: Hucitec, 2007.
NASIO, J. D. (1995). Lições sobre os sete conceitos cruciais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 
OLIVEIRA, D. C. Análise de conteúdo temático-categorial: Uma proposta de sistematização, 2008. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v16n4/v16n4a19.pdf.> Acesso em 09 maio 2015.
PACHECO, S.S., Botega, N.J., Silveira, G.P.G. (1996). Repercussões Psicossociais em mulheres acometidas por Câncer de Mama. Revista Médica PUCRS. v. 06, nº 03, Porto Alegre.
QUINTANA, A. M. (1999). Negação e estigma em pacientes com câncer de mama. Revista Brasileira de Cancerologia. (p.45-56), v.45, nº 4, out/nov/dez. 
SOARES, R. G. Aspectos emocionais do câncer de mama, 2008. Disponível em: <www.bsvpsi.org.br/espec/MonografiaRenataGoltbliatasSoares.pdf>. Acesso em: 14 março 2016. 
TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa Clínico-Qualitativa: construção teórico-epistemológica discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas.Editora vozes. 2 ed. Petrópolis 2003.
VÍCTORA, C. G.; Knauth, D. R. & Hassen, M. N. A. (2000). Pesquisa qualitativa em saúde: uma introdução ao tempo. Porto Alegre: Tomo Editorial.
WANDERLEY, K. S. (1994) Aspectos Psicológicos do Câncer de Mama. Revista Brasileira de Cancerologia. (p.45-56), v. 45, nº4, out/nov/dez.
ZECCHIN, R.N. (2004). A perda do seio: um trabalho psicanalítico institucional com mulheres com câncer de mama. São Paulo: Casa do Psicólogo. 
ANEXOS
ANEXO 1
Pesquisa: Luto em mulheres submetidas à mastectomia total devido ao câncer de mama: em uma abordagem psicanalítica.
Data:
Local: 
Nº da Entrevista:
Nome:
Idade:
Estado Civil:
Escolaridade:
Ocupação:
ENTREVISTA
1. Como você se sentiu ao receber o diagnóstico de que teria que passar pela cirurgia de retirada da mama?
2. Como foi o suporte familiar?
3. Como foi o suporte de seus amigos
4. Quais foram as maiores mudanças que aconteceram na sua vida após a cirurgia da mastectomia? Como.
5. Como foi a sua percepção dos outros sobre você?
6. Qual sua relação com seu meio profissional após a cirurgia?
7. Quais as principais mudanças na sua rotina após a cirurgia? 
8. Houve mudanças no relacionamento conjugal (amoroso)? Quais?
9. Você percebeu alguma mudança por parte do seu parceiro à sexualidade após a cirurgia? Explique.
10. Após a cirurgia você passou a sentir desconforto ao se olhar no espelho? Explique.
ANEXO 2
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP	
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CURSO DE PSICOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro Participante:
Gostaríamos de convidá-la para participar como voluntária da pesquisa intitulada “Luto em Mulheres Submetidas à mastectomia total devido ao câncer de mama: em uma Abordagem Psicanalítica”, que se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso das alunas Edlaine Xavier Machado, Gleides Aparecida Ramos Ribeiro, Lilyane Pires de Morais, Sônia dos Santos e Stela Martins, do curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP.
O objetivo deste estudo é verificar o luto gerado em mulheres submetidas à mastectomia devido ao câncer de mama dentro de uma abordagem psicanalítica. Os resultados contribuirão para aprofundar as pesquisas com relação aos aspectos emocionais causados pelo câncer de mama, introduzindo um diálogo da psicanálise abrindo caminho para novos olhares interdisciplinares além de um novo olhar sobre o processo de enlutamento dessas mulheres.
Resumidamente, a pesquisaserá realizada da seguinte forma: Pretende-se entrevistar mulheres que passaram pela mastectomia (retirada total da mama) através do instrumento de anamnese para conhecer a história clínica das pacientes seguida de entrevista semiestruturada com perguntas norteadoras, onde partes das perguntas já serão pré-definidas e também pode vir a ocorrer perguntas espontâneas; para exame dos relatos será aplicada a técnica de análise de conteúdo e análise de discurso, a base teórica para interpretação dos dados colhidos será fundamentalmente a psicanálise. Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato; e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Não será cobrado nada, não haverá gastos e não estão previstos ressarcimentos ou indenizações.
Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como mínimo. Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar seu consentimento, ou ainda interromper sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Nesta pesquisa se utilizará de uma entrevista semiestruturada, você poderá recusar-se a responder as perguntas que causem eventuais constrangimentos de qualquer natureza a você. 
Desde já, agradecemos sua atenção e participação, e colocamo-nos à disposição para maiores informações. Se você desejar, poderá ter acesso a este trabalho do qual participou. Você ficará com uma cópia deste Termo e em caso de dúvidas ou necessidade de outros esclarecimentos sobre esta pesquisa, poderá entrar em contato com o pesquisador principal: Edlaine Xavier Machado, que reside na Rua Livorno Qd. 10 Lt. 11 Jardim Abaporu, Goiânia Goiás; cel: (62) 99315-1954.
Eu _____________________________________________________________
Portadora do RG:________________ confirmo que Edlaine Xavier Machado, Gleides Aparecida Ramos Ribeiro, Lilyane Pires de Morais, Sônia dos Santos e Stela Martins explicaram-me os objetivos desta pesquisa, bem como a forma de minha participação. As condições que envolvem a minha participação também foram discutidas. Autorizo a gravação em áudio da entrevista que porventura venha a dar, e sua posterior transcrição pela equipe de alunos-pesquisadores responsáveis, para fins de ensino e pesquisa. Autorizo a publicação deste material em meios acadêmicos e científicos e estou ciente de que serão removidos ou modificados dados de identificação pessoal, de modo a garantir minha privacidade e anonimato. Eu li e compreendi este Termo de Consentimento; portanto, concordo em participar como voluntária desta pesquisa.
Goiânia, ___/___/_______
______________________________________________________________________
Entrevistada
Eu, _________________________________________________________________
Obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido da participante da pesquisa.
____________________________________________________________________
Pesquisadora
___________________________________________________________________
Pesquisadora responsável

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