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AP1 Educação e Trabalho GABARITO 2017 2 (1)

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Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e 
Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro 
 
Centro de Educação Superior a 
Distância do Estado do Rio de 
Janeiro 
 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL – 2017.2 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E TRABALHO 
Coordenação: Prof. Dr. Dalton Alves 
 
Nome: 
Matrícula: 
E-mail: 
Telefone: 
Polo: 
Cidade que reside: 
 
Caro (a) aluno (a): 
 
 Essa é a sua Primeira Avaliação Presencial (AP-1). Leia os enunciados com 
atenção e procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas. 
Leia atentamente as Instruções abaixo: 
• Você vai encontrar nesta avaliação 04(quatro) questões na PARTE I e 02 (duas) 
Questões na PARTE II para responder; 
• Leia atentamente todas as questões; 
• Escreva com letra legível; 
• Revise suas respostas e verifique se as ideias estão claras; 
• Esta avaliação é individual e sem consulta; 
• Responda com caneta azul ou preta; 
• Utilize o caderno de resposta. 
 
 
 
Bom Trabalho !!! 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO 
RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em Pedagogia- EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
ATIVIDADES DE APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA 
(10.0 Pontos) 
 
� PARTE I : 
 
Considerando as ideias sobre os conceitos de Trabalho, Educação, Escola e a 
relação entre eles, as quais são desenvolvidas nos textos 01, 02 e no vídeo-
palestra 01 de Dermeval Saviani, bem como no texto 03, verbete sobre o 
conceito de Trabalho, por Gaudêncio Frigotto, responda ao que se pede a 
seguir: 
 
1) Defina o conceito de TRABALHO entendido como atividade humana 
essencial no processo de humanização, isto é, no processo em que o homem 
ser biológico/natural torna-se ser social/cultural. (1.5 ponto) 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
SAVIANI [TEXTO 1 e 2] = “conforme determinado ser natural se destaca da 
natureza e é obrigado, para existir, a produzir sua própria vida é que ele se constitui 
propriamente enquanto homem. Em outros termos, diferentemente dos animais, que se 
adaptam à natureza, os homens têm que fazer o contrário: eles adaptam a natureza a si. 
Ora, o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades 
humanas é o que conhecemos com o nome de trabalho. Podemos, pois, dizer que a 
essência do homem é o trabalho. A essência humana não é, então, dada ao homem; não 
é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao 
contrário, a essência humana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-
o pelo trabalho. A essência do homem é um feito humano. É um trabalho que se 
desenvolve, se aprofunda e se complexifica ao longo do tempo: é um processo 
histórico”. 
SAVIANI [TEXTO 2] = “se a existência humana não é garantida pela natureza, não 
é uma dádiva natural, mas tem de ser produzida pelos próprios homens, sendo, pois, 
um produto do trabalho, isso significa que o homem não nasce homem. Ele forma-se 
homem. Ele não nasce sabendo produzir-se como homem. Ele necessita aprender a ser 
homem, precisa aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do 
homem é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo. A 
origem da educação coincide, então, com a origem do homem mesmo”. 
FRIGOTO = “na sua dimensão mais crucial, o trabalho aparece como atividade que 
responde à produção dos elementos necessários e imperativos à vida biológica dos 
seres humanos como seres ou animais evoluídos da natureza. Concomitantemente, 
porém, responde às necessidades de sua vida intelectual, cultural, social, estética, 
simbólica, lúdica e afetiva. Trata-se de necessidades, que, por serem históricas, 
assumem especificidades no tempo e no espaço. Com justa razão se pode designar o 
homem que trabalha, ou seja, o animal tornado homem através do trabalho, como um 
ser que dá respostas. Com efeito, é inegável que toda a atividade laborativa surge 
como solução de respostas ao carecimento que a provoca”. (LUKÁCS, 1978, p. 5). 
 
2) Qual o significado da palavra “Scholé”, em grego? Explique a partir disto 
qual é a origem e a finalidade da Escola como modalidade distinta e 
específica de Educação. (1.5 ponto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
O significado etimológico do termo “escola (scholé, em grego)”, que significa “lugar 
do ócio”, expressa com qual finalidade foi criada a escola como modalidade especifica 
de educação, diferenciada da forma habitual e geral de educação conhecida e 
desenvolvida pela maioria da sociedade. A “scholé” como o “lugar do ócio”, era o local 
para onde eram encaminhados os filhos dos proprietários, daqueles que estavam livres 
do trabalho braçal para sobreviver e assim poderiam aproveitar o seu tempo livre para 
desenvolverem os seus conhecimentos em âmbito mais geral, sobretudo os 
conhecimentos intelectuais, os quais visavam em última análise prepará-los para 
“conduzir” e “gerenciar” os negócios da família e a sociedade. 
Ocorre neste processo a separação entre trabalho intelectual e trabalho manual. Aos 
trabalhadores restou apenas continuar a desenvolver a sua educação como sempre o 
fizeram, ou seja, no próprio processo de trabalho. “Era o aprender fazendo. Aprendia-
se lidando com a realidade, aprendia-se agindo sobre a matéria, transformando-a”. 
 
 
3) Com o advento da sociedade Moderna, da sociedade burguesa, a Escola irá 
se colocar como uma exigência generalizada e predominante de Educação 
Para Todos, até para os trabalhadores, ou seja, um instrumento de 
universalização daqueles elementos necessários a viver nessa nova condição 
social. Neste sentido é que vai se firmar, segundo Saviani, a ideia de uma 
escola primária, universal, pública e leiga. Explique quais os eventos 
históricos e os motivos que provocaram esta mudança tão radical no 
campo da Educação. (1.5 ponto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
“O eixo do processo produtivo desloca-se do campo para a cidade e da 
agricultura para a indústria, que converte o saber de potência intelectual em potência 
material. E a estrutura da sociedade deixa de fundar-se em laços naturais para pautar-
se por laços propriamente sociais, isto é, produzidos pelos próprios homens. Trata-se 
da sociedade contratual, cuja base é o direito positivo e não mais o direito natural ou 
consuetudinário. Com isso, o domínio de uma cultura intelectual, cujo componente 
mais elementar é o alfabeto, impõe-se como exigência generalizada a todos os 
membros da sociedade. E a escola, sendo o instrumento por excelência para viabilizar o 
acesso a esse tipo de cultura, é erigida na forma principal, dominante e generalizada de 
educação”. 
“Por se tratar agora de uma sociedade contratual, baseada no contrato, ou seja, 
na lei escrita (na Constituição, na carteira de trabalho, na certidão de nascimento, 
certidão de casamento, certidão de óbito, carteira de motorista, contrato de locação, 
compra ou venda de imóveis, diploma escolar etc.), o domínio da leitura e da escrita, 
do saber ler e escrever e contar torna-se fundamental para esta sociedade e seus 
membros, é uma condição básica de “cidadania”. Daí a importância da “sociedade 
contratual” no processo de generalização da escola, a qual visa atender uma 
necessidade objetiva da sociedade burguesa, capitalista, em formação. O domínio dos 
códigos escritos irá trazer então a exigência e importância da alfabetização de todos. 
Esse processo assume contornos mais nítidos com a consolidação da nova ordem social 
propiciada pela indústria moderna no contexto da Revolução Industrial”. 
 
 
 
4) Comente quais foram as mudanças ocorridas no Modo de Organização do 
Trabalho produtivo a partir da Revolução Industrial e o que isto tem a ver 
com a questão da Educação e da Escola. (1.5 ponto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
O domínio dos códigos escritos e a importância da alfabetizaçãoligam-se à nova 
relação que se estabelecerá entre Ciência e Técnica, sobretudo a partir da Revolução 
Industrial, onde a Ciência pura torna-se-á ciência aplicada à produção – tecnologia – e 
colocará a exigência de um domínio teórico, por mínimo que seja, dos fundamentos 
científicos dos instrumentos e técnicas necessários à indústria. E uma vez que são os 
trabalhadores quem deveriam operar tais maquinários, precisavam dar aos 
trabalhadores algum domínio do saber científico engendrados nas técnicas e máquinas 
da indústria. É assim que irá surgir como uma necessidade objetiva o problema do 
acesso dos trabalhadores à Scholé, local por excelência do desenvolvimento e acesso aos 
conhecimentos científicos e teóricos. Mas em que medida deveria isto ser feito? Até 
onde deveria ir o domínio por parte dos trabalhadores desses conhecimentos 
científicos e teóricos? A solução será organizar um tipo de escola para a classe trabalhadora, 
por quem não é trabalhador, mas dele precisa – surge então a tese da educação escolar em doses 
homeopáticas para os trabalhadores como a solução mais adequada aos interesses em jogo 
naquele momento visando adaptar os trabalhadores à nova ordem social nascente, à 
ordem burguesa e capitalista. A qual irá determinar o sentido real do lema e da defesa 
de uma ESCOLA PÚBLICA PARA TODOS levantada e defendida pela burguesia. 
 
 
 
 
� PARTE II : 
 
 
5) Cíntia Sousa, no texto 04, trata da relação trabalho-educação com enfoque 
principal na análise do trabalho infanto-juvenil. Em seu estudo recorda o 
que diz sobre isto Frigotto, segundo o qual, 
O trabalho constitui-se por ser um [...] dever a ser aprendido, socializado, 
desde a infância. Trata-se de aprender que o ser humano – como ser natural 
– necessita elaborar a natureza, transformá-la, e pelo trabalho extrair dela 
bens úteis para satisfazer as suas necessidades vitais e socioculturais. 
Quando não socializa esse valor, a criança e o jovem tornam-se, ao dizer de 
Gramsci, espécies de mamíferos de luxo, que acham natural viverem do 
trabalho e da exploração dos outros. Não se trata aqui de defender a 
exploração capitalista do trabalho infanto-juvenil, que mutila e degrada a 
vida da infância e da juventude. Trata-se de educar a criança e o jovem para 
participar das tarefas da produção, de cuidar de sua própria vida e da vida 
coletiva e para partilhar de tarefas compatíveis com sua idade (SOUSA, 
p.29). 
� Considerando estas ideias redija um texto dissertativo para cada um dos 
itens indicados a seguir, com uma reflexão e exemplos em que apareça o 
contexto no qual o trabalho na infância e na adolescência configura-se 
como: 
a) “Forma educativa do trabalho”. Dê exemplos reais do seu cotidiano ou 
observados em sua cidade. (1.0 ponto) 
b) E quando este se identifica com o “trabalho como exploração”. Dê exemplos 
reais do seu cotidiano ou observados em sua cidade. (1.0 ponto) 
 
GABARITO: 
FRIGOTTO (2005, p.14-15)) ajuda-nos a compreender o trabalho por sua dupla 
face, que ao mesmo tempo em que ele é o criador da vida humana ele é destruição 
da vida. Ou seja, do mesmo modo que ele organiza a vida, pois precisamos nos 
manter, usamos nossa mão de obra para conseguir renda; ele é destruição na 
perspectiva da exploração do capitalismo, através das condições de trabalho, 
extensas jornadas diárias, um trabalho alienante nas linhas de produções e o 
trabalho infantojuvenil em que crianças e adolescentes são inseridas de forma 
precoce e desprotegida. 
a) “Forma educativa do trabalho”. (1.0 ponto) = O trabalho constitui-se por ser 
um elemento criador da vida humana, num dever e num direito. Um dever a ser 
aprendido, socializado, desde a infância. Trata-se de aprender que o ser humano – 
como ser natural – necessita elaborar a natureza, transformá-la, e pelo trabalho 
extrair dela bens úteis para satisfazer as suas necessidades vitais e socioculturais. 
Trata-se de educar a criança e o jovem para participar das tarefas da produção, de 
cuidar de sua própria vida e da vida coletiva e para partilhar de tarefas compatíveis 
com sua idade = precisamos aprender a ser humanos, aprende que precisamos 
transformar a natureza para podermos extrair bens uteis delas. E que esse 
movimento se torna um processo educativo, daí vem a relação do trabalho e 
educação. 
Dê exemplos = importante para a criança/adolescente saber que deve 
compartilhar as tarefas (nos trabalhos domésticos, por exemplo): arrumar a cama, 
lavar a louça, varrer a casa, porque é necessário que o sujeito, desde pequeno, 
compreenda que temos nossas necessidades e que se não a realizamos alguém faz 
por nós. 
b) “trabalho como exploração” – (1.0 ponto): 
Associar trabalho e educação parece muito comum = o trabalho infantojuvenil e 
a exploração da força de trabalho pelo capitalismo. = Toda a prática laboral – 
formal ou não-formal – realizada por crianças e adolescentes, menores de 18 anos, 
sem caráter educativo, desrespeitando os limites do sujeito, com riscos diretos ou 
indiretos, como estratégia de sobrevivência, remunerada direta ou indiretamente, 
desenvolvida em casa ou na rua, caracterizando exploração da força de trabalho. E, 
mesmo quando travestido de ajuda, a forma de trabalho explicita marcas de classe, 
etnia e gênero. Compreendendo que a contradição principal do fenômeno, crianças 
e adolescentes inseridos de forma precoce e/ou desprotegida do mundo do 
trabalho, está no enfraquecimento da potencialidade ontológica dessa forma de 
trabalho, isto é, quando fazemos o corte geracional, o trabalho, categoria fundante 
do ser social e cuja centralidade determina a vida humana, torna-se mutilador do 
presente e do futuro; não raro, reproduzindo vivências familiares 
“A exploração ocorre sob diversas formas. Cabe destacar a diferença entre ajuda 
e o trabalho doméstico, em conversas e oficinas realizadas na escola as meninas se 
mostravam como “mães” dos irmãos mais novos e ou “donas de casa”, pois 
ficavam a elas a responsabilidade de cuidar dos irmãos e o serviço doméstico”. 
Dê exemplos = Fonseca (2008) chama a atenção para a diferença entre ajuda e a 
exploração do trabalho infanto-juvenil = no momento em que a criança abre mão 
de ir para a escola porque tem que cuidar dos irmãos, isso não se caracteriza mais 
como ajuda, e sim como trabalho. O excesso de faltas de uma aluna devido ao seu 
compromisso de cuidar dos irmãos, isso já não se caracteriza como ajuda, mas sim 
como exploração. Alunos que faltavam à escola e ao SASE devido à questão do 
trabalho infantojuvenil, tais como: avião no tráfico de drogas, catador de resíduos 
sólidos para reciclagem, exploração sexual e comercial, vendedor de frutas e 
verduras em carroças ou na feira, vendedor de balas nos semáforos e coletivos 
entre outras. Situações vistas como algo natural, ou seja, sempre foi assim. Mas isto 
não tem nada de natural, trata-se de ações humanas deliberadas e bem 
determinadas, aí também se caracteriza a “EXPLORAÇÃO”. 
 
6) Antônio Gramsci sempre fez duras críticas à forma como se concebe a 
relação Escola e Emprego. Destacamos um trecho onde ele se manifesta a 
este respeito: 
(...) não se deve esquecer que, antes de ser operário, o homem é um homem, 
ao qual não deve ser retirada, sobre pretexto de sujeitá-lo imediatamente à 
máquina, a possibilidade de que se expanda nos mais amplos horizontes do 
espírito [...] O proletariado precisa de uma escola desinteressada. Uma escola 
na qual seja dada à criança a possibilidade de ter uma formação, de tornar-se 
homem, de adquirir aqueles critérios gerais que servem para o 
desenvolvimento do caráter. Em suma, uma escola humanista [...] Uma 
escola que não hipoteque o futuro da criança e não constrinja sua vontade, 
sua inteligência, sua consciência em formação a mover-se por um caminho 
cuja meta seja prefixada.(Texto 08: MONASTA, p.64-66). 
� Considerando estas ideias redija uma dissertação comentando as críticas 
do autor ao atrelamento precoce das finalidades da escola básica (ensino 
fundamental e ensino médio hoje) às necessidades e interesses imediatos 
do mercado de trabalho. Analise em que medida isto empobrece a 
formação de estudantes ativos e conscientes para vida em sociedade nos 
tempos atuais. (2.0 pontos) 
GABARITO: 
a) Antônio Gramsci propõe a escola desinteressada, no sentido de não ser uma 
escola para o mercado. “Uma escola de liberdade e de livre iniciativa, não uma 
escola de escravidão e de orientação mecânica. Também os filhos do proletariado 
devem ter diante de si todas as possibilidades, todos os terrenos livres para poder 
realizar sua própria individualidade do melhor modo possível e, por isso, do modo 
mais produtivo para eles mesmos e para a coletividade. A escola profissional não 
deve se tornar uma incubadora de pequenos monstros aridamente instruídos para 
um ofício, sem ideias gerais, sem cultura geral, sem alma, mas só com o olho 
certeiro e a mão firme. Mesmo através da cultura profissional é possível fazer que 
surja da criança o homem, contanto que se trate de cultura educativa e não só 
informativa, ou não só prática manual [...] Decerto, para os industriais 
mesquinhamente burgueses, pode ser mais útil ter operários-máquinas em vez de 
operários-homens”. 
b) O senso comum, incluindo muitos profissionais da educação, ainda 
percebem a educação escolar como fortemente relacionada ao mundo do trabalho 
de uma forma distorcida, ou seja, na busca de qualificação individual do aluno para 
conseguir um emprego ou melhorar seu desempenho. Em geral, as expectativas 
dos estudantes, futuros trabalhadores, é a busca pela empregabilidade. Ou uma 
melhoria de desempenho e consequente salário. Temos visto que a maior 
preocupação do setor educacional tem sido com o mercado de trabalho. 
No entanto, em nossa disciplina optamos, como Gramsci, por acreditar que a 
educação não deve qualificar somente para o mercado, mas principalmente para a 
vida. Segundo o texto 04 da Cíntia Sousa, “Mészáros (2005) sustenta que a 
educação deve servir para a emancipação humana, que o homem como um ser 
social, tenha capacidade de conhecer, ter ciência do real e de, portanto, poder 
transformá-lo. Ou seja, a finalidade da educação é fazer com que o homem se 
perceba como um sujeito crítico, político, histórico, que tome ciência dos seus 
direitos enquanto cidadão, que lute por eles na busca de uma sociedade menos 
desigual, na qual o capital não explore mais os tempos de lazer, que os homens não 
sejam mais dominados pelas classes dominantes”.

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