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Educação e Trabalho Acerca do processo de trabalho como exploração no Capitalismo (trabalho alienado, estranhado, desumanizador): “Chega-se, por conseguinte, ao resultado de que o homem (o trabalhador) só se sente como ser livre e ativo em suas funçõ es animais, comer, beber e procriar, q uando m uito ainda ha bitação, adornos etc., e em suas funções hum anas só se sente com o animal. [...] O trabalhador só se sente, por conseguinte e em primeiro lu gar, junto de s i quando fora d o trabalho e fora de si quando no trabalho. Está em c asa quando n ão tra balha e, quando trabalha, não está em casa. O seu trabalho não é, portanto, v oluntário, mas forçado, trabalho obrigatór io. O trabalho não é, por isso, a satisfação de uma carên cia, m as somente um meio para satisfa zer necessi dades fora dele”. (MARX apud AL VES e RODRIGUES, T exto 04, p.67). Por que e como isto ocorre no Capitalismo? Assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso nas alternativas a seguir: a) ( ) No modo capitalista de produção a organização do trabalho se faz de modo que a classe trabalhadora não seja proprietária d e nenhum meio de produçã o; b) ( ) Os traba lhadores só pos suem a sua força de trabalho, física e m ental a qual ele vende ao capitalis ta em troc a de um salário; c) ( ) O capitalismo é um sistema socioeconôm ico em que os meios de produç ão são proprieda de duma classe social em cooperação e harmonia com a classe de trabalhadores não -pro prietários; d) ( ) No capitalism o opera -se um a expropriação do trabalh ador, qu e ret ira dele o dom ínio sobre as decisões em relação ao conj unto do processo produtivo, pass ando este controle para as m ãos do capitalista; e) ( ) Sob a lógica o capital o trabalhador é um indivíduo que, ao vender sua força de trabalho , se transforma em fator de produção, p erdendo, j unto com o controle do proc esso e do produto do trabalho, o c ontrole sobre si mesm o. Gabarito: VVFVV É falsa a questão c O capitalismo é um sistema socioeconôm ico em que os meios de produç ão são proprieda de duma classe social em cooperação e harmonia com a classe de trabalhadores não -proprietários; 1) Por que podemos afirmar que trabalho e educação são atividades especificadamente humanas? O ser humano diferentemente de outros animais precisa trabalhar para seu sustento e de sua família.(...) 2) Verifica-se nas sociedades capitalistas a estrutura dual de ensino , isto é a oferta de escolas e processos formativos diferenciados, de acordo com a classe social dos sujeitos. Com base nesta afirmação responda: a) Como se manifesta a dualidade educacional na realidade brasileira? A realidade da Educação brasileira se divide em: Educação de conhecimento teóricos e educação de conhecimento trabalhista. (...) b) A formação humana e integral defendida por alguns teóricos reforça ou busca modificar esta estrutura? De que modo? Assim como a educação humana é integral, pois o ser humano está sempre em fase de aprendizagem, no decorrer dos anos de sua vida,(...) uma estrutura dual de educação deve se modificar, mudando o modo de pensar e agir, aplicando o conhecimento igual para todos sem distinção de pessoas, cor, nação condições sociais e outros. 3) O Texto de Eliana Koepsel (aula4) focaliza a relação estabelecida em três documentos elaborados e divulgados pela UNESCO: A Declaração Mundial sobre Educação para Todos, Relatório Delors e o texto Educacion Y trabajo. De modo geral os referidos documentos atribuem um papel primordial a educação. Que papel é esse? Atribuem o papel primordial que a Educação devem ser para todos sem nenhuma restrição de pessoas, ou condições sociais, além de que a educação não deve restringir ao ensino do trabalho em si. 4) Os documentos publicados pela UNESCO indicam que as questões sociais (desemprego, pobreza, desigualdade,...) podem ser resolvidas por meio da educação. Com base na Análise de Eliana Koepel e considerando a realidade brasileira a autora concorda com essa idéia? Por quê? As questões sociais de modo geral podem sim ser resolvidas por meio da educação. Pois com a educação o indivíduo conhece seus direitos... (...) 5) Apresente 3 consequências da transição para o modo de produção ca pita lista Resposta: 1 - dissolução do mundo feudal com uma progressiva dissolução dos vínculos do trabal hador 2 – a lenta formação da burguesia 3 – a i nstitui ção do trabalho como mercadoria p or meio do assa lari ame nto 4) Explique a i mportâ nci a do educa dor ter a c lare za de q ual é a co ncepçã o ontológi ca de ser huma no na qua l acred ita? Resposta: Tod o ed ucador trabal ha com a fo rmação huma na, p orta nto p reci sa ter o má xi mo de conheci men to sobre os seres h uma nos e seu de se nvo lvi me nto , a práti ca ed uca ti va re fle te a s vi sões de ser huma no q ue faze m p ar te do nosso se r. C onsci ente s da o ntolo gia huma na e da conce pção huma na na q ua l a nco ra -se s ua vi são de m undo , os ed ucado res pod erão p lane ja r suas prá tica s educa ti vas com mais clare za e a lcança r o s ob je ti vos com mai s e fi ciênci a 5) Considerando as ideias sobre os conceitos de Trabalho, Educação, Escola e a relação entre eles, as quais são desenvolvidas nos textos 01, 02 e no vídeo- palestra 01 de Dermeval Saviani, bem como no texto 03, verbete sobre o conceito de Trabalho, por Gaudêncio Frigotto, responda ao que se pe de a seguir: a) Defina o conceito de TRABALHO entendido como ativ idade humana essencial no processo de humanização, isto é, no processo em que o homem ser biológico/natural torna-se ser social/cultural. (1.5 ponto) “conforme determinado ser natural se destaca da natureza e é obrigado, para existir, a produzir sua própria vida é que ele se constitui propriamente enquanto homem. Em outros termos, diferentemente dos animais, que se adaptam à natureza, os homens têm que fazer o contrário: eles adaptam a natureza a si. Ora, o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o q ue conhecemos com o nome de trabalho. Podemos, pois, di zer que a essência do homem é o trabalho. A essência humana não é, então, dada ao homem; não é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a existência do homem. Ao contrário, a essência h umana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo trabalho. A essência do homem é um feito humano. É um trabalh o que se desenvolve, se aprofunda e se complexifica ao longo do tempo: é um processo histórico” b) Qual o significado da palavra “Scholé”, em grego? Explique a partir disto qual é a origem e a finalidade da Escola como modalidade distinta e específica de Educação. (1.5 ponto) GABARITO: O sign ificado etimológico do termo “escola (scholé, em grego)”, que significa “lugar do ócio”, expressa com qual finalidade f oi criada a escola como modalidade especifica de educação, diferenciada da f orma h abitual e geral de educação conhecida e desenvolvida pela maioria da sociedade. A “scholé” como o “lugar do ócio”, era o local para onde eram encaminhados os filhos dos proprietários, daqueles que estavam livres do trabalho braçal para sobreviver e assim poderiam aproveitar o seu tempo livre para desenvolverem os seus con hecimentos em âmbito mais geral, sobretudo os conhecimentos in telectuais,os q uais visavam em última análise prepará-los para “conduzir” e “gerenciar” os negócios da família e a sociedade. Ocorre neste processo a separação entre t rabalho intelectual e trabalho manual. A os trabalhadores restou apenas continuar a desen volver a sua educação como sempre o fizeram, ou seja, no próprio processo de trabalho. “Era o aprender f azendo. A prendia-se lidando com a realidade, aprendia-se agindo sobre a matéria, transformando-a”. c) Com o advento da sociedade Moderna, da sociedade burguesa, a Escola irá se colocar como uma exigência generalizada e predominante de Educação Para Todos, at é para os trabalhadores, o u seja, um in strumento de universalização daqueles elementos necessários a v iver nessa nova condição social. Neste sentido é que vai se firmar , segundo Saviani, a ideia de uma escola pr imária, universal, pública e leiga. Explique quais o s eventos históricos e o s motivos que provocaram esta mudança tão radical no campo da Educação. (1.5 ponto) GABARITO: “O eixo do processo produtivo desloca-se do campo para a cidade e da agricultura para a indústria, que converte o saber de potência intelectual em potência material. E a estrutura da sociedade deixa de fundar-se em laços naturais para pautar-se por laços propriamente sociais, isto é, produzidos pelos próprios homens. Trata-se da sociedade contratual, cuja base é o direito positivo e não mais o direito natural ou consuetudinário. Com isso, o domínio de uma cultura intelectual, cujo c omponente mais elementar é o alfabeto, impõe-se c omo exigência generalizada a todos os membros da sociedade. E a escola, sendo o instrumento por excelência para viabilizar o acesso a esse tipo de cultura, é erigida na forma principal, dominante e generalizada de educação”. “Por se tratar agora de uma sociedade contratual, baseada no c ontrato, ou seja, na lei escrita ( na Constituição, na carteira de trabalho, na c ertidão de nascimento, certidão de casamento, c ertidão de óbito, carteira de motorista, contrato de locação, compra ou venda de i móveis, diploma escolar etc.), o domínio da leitura e da escrita, do saber ler e escrever e contar torna-se f undamental para esta sociedade e seus membros, é uma condição básica de “cidadania”. Daí a importância da “sociedade contratual” no processo de generalização da escola, a qual visa atender uma necessidade objetiva da sociedade burguesa, capitalista, em formação. O domínio dos códigos escritos irá trazer então a exigência e importância da alfabetização de todos. Esse processo assume contornos mais nítidos com a con solidação da nova ordem social propiciada pela indústria moderna no contexto da Revolução Industrial”. 6) Antônio Gramsci sem pre fez duras crít icas à for ma como se co ncebe a relação Escola e Emprego. Destacamos um trecho onde ele se manifesta a este respeito: (...) não se deve esquecer que, antes de se r operário, o homem é um home m, ao qual não d eve ser r etirada, sobre pretext o de su jeitá-lo imediatamente à máquina, a possibilidad e de que se e xpanda no s mais amplos horiz ontes do espírito [...] O proletaria do precisa de uma escola desinteressada. Uma escola na qual seja dada à cr iança a possibilidad e de ter u ma formaçã o, de tornar- se homem, de adquirir a queles critéri os gerais que servem pa ra o desenvolvime nto d o ca ráter. Em suma, uma escola humanista [... ] Uma escola que não hipote que o futuro da criança e nã o c onstrinja sua von tade, sua inteligência, sua consciência em for mação a mover-se por um ca minho cuja meta seja pr efixada. ( Texto 08: MONASTA , p.64-66). . (2.0 pontos) Considerando estas ideias redija uma dissertação comentando as crí ticas do autor ao atrelamento precoce das f inalidades da escola básica (ensino fundamental e en sino médio hoje) às necessidades e interesses i mediatos do mercado de trabalho. Analise em que medida isto empobrece a formação de estudantes ativos e conscientes para vida em sociedade nos tempos atuais. (2.0 pontos) a) An tônio Gramsci propõe a escola desinteressada, no sentido de não ser uma escola para o mercado. “Uma escola de liberdade e de livre iniciativa, não uma escola de escravidão e de orientação mecânica. Também os filhos do proletariado devem ter diante de si todas a s possibilidades, todos os terrenos livres para poder realizar sua própria individualidade do melhor modo possível e, por isso, do modo mais produtivo para eles mesmos e para a coletividade. A escola profissional não deve se tornar uma incubadora de pequenos monstros aridamente instruídos para um ofício, sem ideias gerais, sem cultura geral, sem alma, mas só com o olho certeiro e a mão firme. Mesmo através da cultura profissional é possível fazer que surja da c riança o homem, contanto q ue se trate de cultura educativa e n ão só nformativa, ou não só prática manual [...] Decerto, para os industriais mesquinhamente burgueses, pode ser mais útil ter operários-máquinas em vez de operários-homens”. b) O senso comum, incluindo muitos profissionais da educação, ainda percebem a educação escolar como f ortemente relacionada ao mundo do trabalho de uma forma distorcida, ou seja, na busca de qualificação individual do aluno para conseguir um emprego ou melhorar seu desempenho.
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