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* Drª. Regina Lúcia Braga Barreto Depto. de Ginecologia e Obstetrícia Faculdade de Medicina UNOESTE AMNIORREXE PREMATURA PREMATURIDADE * CONCEITO: rotura da membrana amniótica antes de instalado o trabalho de parto e acima da 20ª semana de gestação. O tempo decorrido entre a rotura da bolsa e o início expontâneo do trabalho de parto denominamos Período de latência. AMNIORREXE PREMATURA * IMPORTÂNCIA: 1) É responsável por cerca de 1/3 dos casos de partos pré-termo – aumento da mortalidade perinatal. 2) Aumenta também a mortalidade materna pelo risco de infecção. 3) Ocorre em cerca de 12% do número total de partos. AMNIORREXE PREMATURA * FISIOPATOLOGIA: A amniorrexe prematura tem com o substato anatomopatológico a corioamnionite pela agressão direta de germes da vagina ou indireta de enzimas por eles produzidas (tratar sistematicamente as infecções vaginais). As membrana ovulares, comprometidas pelo processo inflamatório, tornam-se mais suscetíveis de se romperem quando submetidas às contrações de Braxton – Ricks. * INCIDÊNCIA: Em todas as situações que predispõem à cervicodilatação precoce, como: multiparidade gemelaridade polihidrâmnio Macrossomia Insuficiência istmocervical DIAGNÓSTICO: Fundamentalmente clínico. Quando necessário completar com propedêutica laboratorial e ultra-sonográfica. * ANAMNESE: Informação sobre perda líquida em grande quantidade, súbita e indolor. Fazer diagnóstico diferencial com urina, tampão mucoso, leucorréia. Sendo o diagnóstico certo, caracterizar o líquido quanto a cheiro, cor e presença ou não de grumos ou mecônio. * EXAME ESPECULAR: (instumental esterilizado e rigor na assepsia) sem lubrificante – visualização do colo, observando-se saída de líquido pelo O.E. Pode-se pedir à paciente realizar prensa abdominal ou o auxiliar mobiliza a apresentação fetal. Pode-se colher conteúdo vaginal e cervical TOQUE: Na maioria das vezes é dispensável. Afasta eventual prolapso de cordão. * PH vaginal: nitrazina ou tornassol são eficazes em 90% dos casos. O LA torna o pH menos ácido, acima de 6. Cristalização: material colhido do canal cervical em lâmina (cristalóides do LA) Citologia pela coloração de Papanicolau ou Schorr-Hanis:permite detectar células de descamação do feto ou do âmnio. continuação ... * Pesquisa histoquímica de gorduras realizada pelo Sudam Presença de células orangiófilas provenientes de descamação fetal: sulfato de azul de Nilo a 1% Teste de Lanetta (1984): mudança de coloração (incolor para marrom) de esfregaço de amostra de LA em lâmina, aquecida durante 1 minuto. * ULTRA-SONOGRAFIA: É método importante, mas não definitivo. Mostra redução do volume do LA Há falso-positivo nos casos de oliogoâmnio. CONDUTA: (internar) Expectante Ativa Conforme idade gestacional, vigência de infecção e vitalidade fetal. * Nas gestações comreendidas entre 26 e 34 semanas. Repouso Penso vaginal Controle de Pulso e Tº de 6/6h Avaliar vitalidade fetal – BCF Avaliar idade gestacional Abastinência sexual Evitar toque vaginal Realizar leucograma, VHS, proteína C Reativa a cada 2 dias Cardiotocografia fetal diária US com perfil biofísico fetal cada 2-3 dias * Não usar uterolíticos risco de infecção Rotura prematura em idade gestacional inferior a 26 semanas: interromper a gravidez. Rotura prematura acima de 34 semanas: interromper a gravidez Rotura prematura com quadro clínico de infecção: iniciar antibióticoterapia e interromper a gravidez. Nos casos de interrupção, na ausência de infecção, está indicada corticoterapia antenatal. * AMNIORREX PREMATURA * VIA DE PARTO Abaixo de 26 semanas: preferir via vagina Entre 26 e 34 semanas: preferir via alta 35 semanas ou mais: via de parto por indicação obstétrica Enviar placenta para exame anátomo-patológico (infecção congênita e/ou corioamnionite). * PROGNÓSTICO MATERNO: 3 a 5 vezes maior risco de infecção puerperal e infecções em incisões. FETAL: pior quanto maior a prematuridade e vigência de infecção perinatal. * PREMATURIDADE CONCEITO: Nascidos entre 22 e 37 semanas (ou 154 a 259 dias) Presença de contrações 1 a cada 5 a 8 minutos, dilatação > que 2 cm e/ou esvaecimento > 50% IMPORTÂNCIA: Responsável por 75% da morbidade e mortalidade perinatal A prematuridade ocorre em 5 a 8 % das gestações nos países desenvolvidos. Na América Latina atinge alarmantes 40% * CAUSAS (GUARIENTO e DELASCIO, 1987) CAUSAS OBSTÉTRICAS: primiparidade jovem e idosa; pequeno intervalo interpartal; grande multípara; prematuridade prévia; morte fetal anterior; gravidez múltipla; DHEG; doença hemolítica perinatal; polihidrâmnio; inserção baixa da placenta; DPP; rotura prematura das membranas; corioamnionite; anomalias congênitas; insuficiência ístmica. CAUSAS GINECOLÓGICAS: malformações interinas; sinéquias uterinas; leiomiomas do útero; gestação com DIU * CAUSAS EXTRA-GINECOLÓGICAS: baixo nível socioeconômico; desnutrição e anemias; raça negra; gestante jovem; pequena estatura materna; tabagismo; alcoolismo; estados hipertensivos; diabete melito; colagenoses; coardiopatia materna; infecções maternas; bacteriúria assintomática e ITU. 20 a 40% dos casos têm causa desconhecida (fatores emocionais ?) * CONDUTA IMPORTANTE Predição Prevenção do TP pré-termo * ELEMENTOS PREDITIVOS: MARCADORES Clínicos Ultra-sonográficos bioquímicos Fatore de risco citados e os * MARCADORES CLÍNICOS: dilatação e esvaecimento do colo, contratilidade uterina, sangramento genital, corrimentos vaginais, etc. MARCADORES ULTRA-SONOGRÁFICOS: comprimento do colo < 3,9cm (chance de 80% de parto pré-termo) Dilatação do OI > 1,0cm no 2º trimestre (chance de 25% de parto pré-termo) * MARCADORES BIOQUÍMICOS: prot. C reativa, citocinas inflamatórias, fibronectina fetal. Esta última constitui o marcador laboratorial mais em evidência; é proteína detectada na secreção vaginal, indicativa de risco. * ELEMENTOS PREVENTIVOS: Repouso relativo ( atividade física e sexual) Prevenção de infecções urinárias e genitais Adequado aporte nutricional e hidratação Consultas pré-natal + frequentes Uterolíticos (inibem o TP) Uso de corticosteróides para acelerar a maturidade pulmonar fetal (entre 24 e 34 semanas) * CONDUTA NO TP PRÉ-TERMO PRINCÍPIOS GERAIS: evitar ao máximo a anoxia e o trauma fetal. evitar uso de ocitócitos amniotomia praticada no período expulsivo evitar sedativos e tranquilizantes episiotomia ampla anestesia peridural ou loco-regional período do expulsivo curto, no máximo 20 minuto clampear o cordão umbelical após 45 – 60 segundos neonatologista na sala de parto * VIA DE PARTO Apresentação pélvica acima de 28 semanas: cesareana Gestação abaixo de 28 semanas: via vaginal Apresentação cefálica, fletida, com membranas íntegras: via vaginal * BIBLIOGRAFIA Bussamara Neme Jorde de Resende Manual do Ministério de Saúde, 2000 Gestação de Alto Ricos Terapêutica em G.O – José Mendes Aldrighi Atualização Terapêutica 2004 F. Cintra do Prado Jairo Ramos J. Ribeiro do Valle
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