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Ditaduras na América Latina

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Ditaduras na América Latina
A implantação das Ditaduras militares na América-latina inseriu-se no contexto da Guerra Fria, quando as ideologias capitalista e socialista, representadas respectivamente pelos EUA e pela URSS, estiveram em disputa por áreas de influência.
Após a Revolução Cubana (1961), que derrubou o ditador Fulgêncio Batista, os EUA acirrou a política de contenção do avanço comunista na América, estimulando os sucessivos golpes de estado engendrados pelos militares nos anos seguintes. O primeiro país na América do Sul onde os militares tomaram o poder foi o Brasil (1964), que serviu de modelo para os golpes seguintes: na Bolívia (1964), Argentina (1966), Peru (1968), Uruguai (1973), Chile (1973), entre outros.
Os governos militares adotaram a Doutrina de Segurança Nacional, ideologia na qual o aparelho de estado estava voltado para o combate daqueles que não se identificavam com os regimes e eram entendidos como “inimigos da nação” e associados ao “comunismo”. A colaboração entre os países do Cone-sul na repressão àqueles que resistiam aos regimes ditatoriais chamou-se Operação Condor. A Operação Condor foi responsável pela troca de informações entre as ditaduras e pela tortura, pelos assassinatos de dissidentes e pelo desaparecimento de filhos de revolucionários.
A Argentina vivera uma grande instabilidade política desde os anos de 1955, quando os militares produziram o primeiro golpe, depondo o presidente Perón. Os anos seguintes foram marcados pela perseguição ao peronismo e resultaram em um novo golpe militar, no ano de 1966, quando o General Ongania toma o poder. Após desencadear uma intensa repressão, Ongania perdeu o apoio e, em 1973, Perón foi novamente eleito. O presidente falece deixando a presidência para Isabelita Perón, sua esposa e vice-presidente. Um novo golpe militar retirou Isabelita do poder, em 1976. Os militares governaram o país até 1983. Durante estes anos estima-se que o governo foi responsável pelo desaparecimento de cerca de trinta mil pessoas.
No Chile o golpe militar de 1973 derrubou o governo socialista democraticamente eleito de Salvador Allende. O governo de Allende contrariava as intenções norte-americanas, por isso, a CIA passou a financiar e incentivar os militares a tomar o poder. No dia 11 de setembro daquele ano, o general Pinochet, que até então participara do governo de Allende, lidera as forças armadas na tomada do governo. Allende recusa-se a deixar o palácio de La Moneda, sede da presidência, que é bombardeado por aviões e tomado pelos militares. O presidente se suicida e Pinochet passa a governar. A repressão no Chile é intensa, o número de presos políticos foi tão grande nos primeiros dias que estádios de futebol foram transformados em prisões. Milhares de pessoas foram fuziladas e enterradas em covas coletivas. O governo militar acabou em 1990, quando Pinochet deixou o poder.

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