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Apostila Evolução

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CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
Sumário 
Introdução..........................................................................................................................................................1 
Capítulo 1 – As teorias evolutivas: do criacionismo ao neodarwinismo...................................................1 
1.1 Criacionismo ou fixismo.......................................................................................................................1 
1.2 Lamarckismo.......................................................................................................................................1 
1.2.1 Lei do uso e desuso.................................................................................................................1 
1.2.2 Lei da herança dos caracteres adquiridos...............................................................................2 
1.2.3 Críticas ao Lamarckismo.........................................................................................................2 
1.3 Darwinismo.........................................................................................................................................2 
1.3.1 Críticas ao Darwinismo............................................................................................................3 
1.4 As girafas de Lamarck e Darwin..........................................................................................................3 
1.5 Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução..................................................................................3 
1.6 Revisando as ideias principais............................................................................................................4 
Sessão Leitura...................................................................................................................................................5 
Capítulo 1 – Exercícios de fixação.....................................................................................................................7 
Pintou no ENEM................................................................................................................................................8 
Capítulo 2 – Evidências da evolução: dos fósseis ao DNA.........................................................................9 
2.1 Fósseis..................................................................................................................................................9 
2.2 Embriologia e anatomia comparadas....................................................................................................9 
2.2.1 Órgãos homólogos..................................................................................................................9 
2.2.2 Órgãos análogos....................................................................................................................10 
2.2.3 Órgãos vestigiais...................................................................................................................10 
2.2.4 Semelhanças embriológicas..................................................................................................10 
2.3 Semelhanças moleculares...............................................................................................................11 
2.4 Revisando as ideias principais..........................................................................................................11 
Sessão Leitura.................................................................................................................................................12 
Capítulo 2 – Exercícios de fixação...................................................................................................................13 
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................14 
Capítulo 3 – Genética das populações – do equilíbrio à deriva genética................................................15 
3.1 Evolução das populações..................................................................................................................15 
3.2 Deriva genética..................................................................................................................................16 
3.3 Equilíbrio de Hardy Weinberg............................................................................................................16 
3.4 Revisando as ideias principais..........................................................................................................16 
Sessão Leitura.................................................................................................................................................17 
Capítulo 3 – Exercícios de fixação...................................................................................................................18 
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................18 
Capítulo 4 – Formação de novas espécies: do isolamento geográfico ao reprodutivo.........................19 
4.1 Especiação........................................................................................................................................19 
4.2 Isolamento geográfico.......................................................................................................................19 
4.2.1 Mecanismos pré-zigóticos.....................................................................................................19 
4.2.2 Mecanismos pós-zigóticos.....................................................................................................19 
 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
4.3 Especiação sem isolamento geográfico............................................................................................19 
4.4 Revisando as ideias principais..........................................................................................................19 
Sessão Leitura................................................................................................................................................21 
Capítulo 4 – Exercícios de fixação...................................................................................................................23 
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................24 
 
 
Capítulo 5 – Tópicos especiais.....................................................................................................................25 
5.1 Formas de adaptação........................................................................................................................25 
5.1.1 Camuflagem...........................................................................................................................25 
5.1.2 Mimetismo..............................................................................................................................25 
5.1.2.1 Mimetismo batesiano...................................................................................................25 
5.1.2.2 Mimetismo mülleriano..................................................................................................25 
5.2 Tipos de seleção natural...................................................................................................................26 
5.2.1 Seleção estabilizadora...........................................................................................................26 
5.2.2 Seleção direcional..................................................................................................................265.2.3 Seleção disruptiva..................................................................................................................26 
5.3 Seleção artificial................................................................................................................................26 
5.4 O caso das mariposas de Manchester..............................................................................................27 
5.5 Revisando as ideias principais..........................................................................................................27 
Sessão Leitura.................................................................................................................................................28 
Capítulo 5 – Exercícios de fixação...................................................................................................................30 
Pintou no ENEM..............................................................................................................................................30 
 
Exercícios de Revisão.....................................................................................................................................31 
Gabaritos.........................................................................................................................................................36 
Referências......................................................................................................................................................38 
 
1 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
Introdução 
 Os cientistas já descreveram cerca de 2 milhões de espécies de seres vivos. Com o estudo da 
evolução procuramos explicar como todas essas espécies surgiram na Terra, como elas podem se 
transformar ao longo do tempo e originar outras espécies, a razão de suas semelhanças e diferenças e por 
que cada ser vivo está adaptado ao ambiente em que vive. 
 Nesta apostila vamos estudar como os seres vivos evoluem e como uma espécie pode se 
transformar e dar origem a uma nova espécie. Vamos conhecer também quais as evidências e os métodos 
de estudo dessa evolução. 
 
Capítulo 1 – As teorias evolutivas: do criacionismo ao neodarwinismo 
 
1.1 Criacionismo ou fixismo 
 Até o século XVIII predominava a ideia de que cada espécie teria surgido por um ato de criação 
divina, de maneira independente, permanecendo sempre com as mesmas características. Essa teoria 
filosófica (não científica) ficou conhecida como criacionismo (uma referência à ideia da criação divina) ou 
fixismo (uma referência à ideia de que as espécies permaneciam imutáveis, fixas). 
 No início do século XIX, várias evidências fizeram como que a ideia de uma transformação das 
espécies, isto é, uma evolução, fosse considerada por alguns cientistas, que passaram a contestar a teoria 
do criacionismo vigente até então. Essas evidências, que são os fósseis, a embriologia e a anatomia 
comparada e, mais recentemente, as semelhanças moleculares, serão estudas no próximo capítulo. 
 
1.2 Lamarckismo 
 O primeiro a tentar explicar o processo da evolução foi Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). 
Segundo Lamarck, as transformações das espécies dependeriam de dois fatores fundamentais, enunciados 
como leis do mecanismo da evolução. A primeira é a lei do uso e desuso; a segunda, a lei da herança 
dos caracteres adquiridos. 
 
1.2.1 Lei do uso e desuso 
 Para Lamarck, no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do 
 corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem. 
 Um dos exemplos mais conhecidos é o do pescoço da girafa 
(ver Figura 1). Segundo Lamarck, as girafas atuais, com pescoço 
comprido, eram descendentes de girafas ancestrais que 
provavelmente tinham pescoço curto, mas, com a necessidade de 
alcançar alimentos (folhagens das árvores), tinham de esticar o 
pescoço, e, com o tempo, o pescoço alongou-se. 
 Lamarck utilizou-se de outros exemplos, como o das aves que 
vivem em regiões alagadas e possuem as pernas altas, de tanto 
esforço que faziam para não molhar as penas quando se locomoviam. 
Os tamanduás apresentam a língua comprida de tanto esticá-la na 
Figura. 1 – Exemplo da lei do uso e desuso. 
Observe o aumento no tamanho do pescoço 
da girafa ao longo do tempo. 
2 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
captura de formigas. 
1.2.2 Lei da herança dos caracteres adquiridos 
 Segundo essa lei, alterações no corpo do organismo (caráter adquirido) provocadas pelo 
uso ou desuso são transmitidas aos descendentes. 
 
1.2.3 Críticas ao Lamarckismo 
 A primeira lei de Lamarck apresenta uma verdade apenas parcial porque, como explicado 
 na apostila de Genética, o ambiente só pode alterar as características do organismo dentro de 
 certos limites predeterminados pelo gene (o que chamamos norma de reação). Assim, embora a 
 altura de um indivíduo possa variar, dependendo das condições em que ocorra o seu crescimento 
 valores máximos e mínimos previstos pelos genes do indivíduo. 
 Além disso, para certas características, o efeito do ambiente tem pouca ou nenhuma 
 influência. Nossa percepção visual, por exemplo, não aumenta com o uso dos olhos. 
 O mais importante, porém, é que essas características não se transmitem aos 
 descendentes. As variações entre indivíduos dependem da informação genética e que somente 
 essas informações e as mutações dos genes podem ser transmitidas a uma geração seguinte. 
 O biólogo alemão Weissman (1868 a 1876) conseguiu refutar as Leis de Lamarck: cortou a 
 cauda de ratos durante várias gerações, e os seus filhotes continuavam a nascer com cauda. Por 
 esse experimento, Weissman provou que essa característica adquirida pelos ratos — ausência de 
 cauda — não foi transmitida a outras gerações. 
 Outro argumento contra a teoria de Lamarck é que muitas características adquiridas são 
 prejudiciais. É o caso de doenças adquiridas ao longo da vida e das degenerações que 
 acompanham o processo do envelhecimento. Se a lei da transmissão fosse verdadeira, deveríamos 
 esperar uma progressiva degeneração das espécies, mas essas doenças afetam apenas o fenótipo, 
 mas não o genótipo, e não passam, portanto, para os filhos. 
 O maior mérito de Lamarck foi seu pioneirismo. Sua tese provocou muitas discussões e 
 permitiu que o conhecimento desses fenômenos biológico se generalizasse. 
 
1.4 Darwinismo 
 Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, expôs em seu livro “A origem das espécies” suas 
ideias a respeito da evolução e do mecanismo de transformações das espécies. Aos 22 anos, embarcou a 
bordo do barco inglês Beagle, e durante cinco anos viajou ao redor do mundo — América do Sul (inclusive o 
Brasil), as ilhas Galápagos; depois a Nova Zelândia e a Austrália. Nas terras visitadas coletou dados e 
inúmeros exemplares de organismos, que levou para a Inglaterra. Quando iniciou os estudos e a 
organização do material coletado como resultado de suas observações, Darwin admitiu que as 
transformações que ocorriam com as espécies eram alterações das espécies já existentes. Mas Darwin 
desconhecia as causas que levariam as espécies a se modificar. Uma pista surgiu quando, lendo um 
trabalho publicado por Thomas Malthus sobre populações, no qual afirmava que as populações tendem a 
crescer em progressão geométrica, e os alimentos cresciam em progressão aritmética. O crescimento 
acelerado da população levaria à escassez de alimentos e de espaço necessário à sobrevivência. 
 A obra de Malthus contribuiu para que Darwin elaborasse a teoria de seleção natural, na qual 
3 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
concluiu que todos os organismosque nascem nem sempre apresentam condições de sobrevivência. 
Apenas sobrevivem os seres vivos que têm maiores condições de adaptarem-se às condições ambientais, 
chamados por Darwin de mais aptos, que se reproduzem deixando descendentes férteis. 
 
1.4.1 Críticas ao Darwinismo 
 O principal problema da teoria darwiniana foi a falta de uma teoria que explicasse a origem 
 e a transmissão das características favoráveis que permitiam ao organismo sobreviver e gerar 
 descendentes. 
 Darwin não sabia explicar, por exemplo, como novos indivíduos (uma girafa com pescoço 
 maior que o de seus pais, por exemplo) poderiam surgir, visto que os genes, a mutação e a 
 recombinação genética – resultante da meiose e da fecundação no processo de reprodução 
 sexuada – não eram conhecidos na época. 
 
1.5 As girafas de Lamarck e Darwin 
 Vimos que Lamarck, ao explicar o comprimento do pescoço da girafa, dizia que ele se alongara 
devido à necessidade de alcançar alimentos nas partes mais altas das árvores. Já Darwin entendia que, no 
passado, os ancestrais das girafas atuais possuíam pescoços de tamanho variável, e a competição pelo 
alimento disponível favoreceu as girafas de pescoço longo. 
 Para Lamarck, o ambiente induz os seres a modificarem-se para se adaptarem a ele. Para Darwin, 
o meio age selecionando as mudanças já existentes (ver Figura 2). 
 
 
1.6 Neodarwinismo ou teoria sintética da evolução 
 Vimos no item 1.3.1 que Darwin não sabia explicar como as variações podiam ser transmitidas aos 
descendentes (ele ignorava as Leis de Mendel) nem como elas apareciam (ignorava as mutações). 
Esclarecidas essas dúvidas, surgiu o neodarwinismo, que consiste na teoria da seleção natural já 
elaborada por Darwin, acrescida do conjunto das descobertas que explicam a variabilidade entre os 
Figura 2 – Em cima explicação de Lamarck para pescoço longo da girafa, embaixo, explicação de Darwin. 
4 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
organismos (ver Figura 3). 
 A variabilidade genética entre os indivíduos de uma população depende basicamente das 
mutações e da reprodução sexuada (em que o corre a permutação ou crossing-over e a segregação 
independente dos cromossomos). Esses fatores de variabilidade são estudados com mais detalhes na 
apostila de genética, porém, cabe aqui, uma rápida revisão. 
 As mutações são responsáveis pela variabilidade genética, fornecendo matéria-prima para 
evolução. Quando novos genes são produzidos, novas características genotípicas aparecem, podendo ser 
úteis ou não à espécie. 
 O crossing-over, troca 
de pedaços de cromáticas que 
ocorrem na prófase I da meiose, 
permite novos arranjos de 
genes, os quais chegarão aos 
gametas. Após a fecundação e a 
formação do zigoto, novas 
características poderão surgir. 
Um número maior de permuta 
proporcionará uma maior 
variabilidade dos gametas, e em 
consequência maior será o 
número de genótipos formados. 
 
1.7 Revisando as ideias principais 
 Até o século XVIII predominava a ideia de que cada espécie havia sido criada de maneira 
independente, com as mesmas características de hoje (criacionismo ou fixismo). 
 O lamarckismo consistia de duas leis: lei do uso e desuso e lei da herança dos caracteres 
adquiridos 
 Ao lamarckismo podem ser feitas as seguintes críticas: o desenvolvimento do órgão só ocorre 
dentro de limites determinados pelo genótipo; somente alterações no DNA são hereditárias. 
 O darwinismo estabeleceu o conceito de seleção natural, mas não explica corretamente a 
origem e transmissão das variações 
 O neodarwinismo ou teoria sintética é a teoria aceita atualmente para explicar a evolução. Ela 
consiste na teoria da seleção natural acrescida dos conceitos de mutação e variabilidade 
genérica. 
 
 
 
 
 
Figura 3 – resumo esquemático do neodarwinismo 
5 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
Sessão Leitura 
A evolução, com a bênção do papa 
Thomaz Favaro e Jim Zuckerman/Corbis/Latin Stock 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afresco de Michelangelo, no teto da Capela Sistina, é uma representação simbólica da criação de Adão 
 
 O reverendo anglicano Michael Reiss cometeu uma heresia. Em discurso na Inglaterra, há duas 
semanas, ele sugeriu que a teoria da evolução, de Charles Darwin, deveria ceder ao criacionismo parte de 
seu espaço no currículo escolar básico. O que se seguiu ao pronunciamento foi uma tempestade pública 
que só amainou com a demissão sumária de Reiss do cargo de diretor de educação da Royal Society, a 
mais prestigiada sociedade científica da Inglaterra. O episódio deu a oportunidade para duas das mais 
importantes confissões cristãs reiterarem seu apoio à teoria da evolução de Darwin. O primeiro veio da 
Igreja Anglicana, na qual o naturalista inglês foi batizado, que pediu perdão pela posição contrária de alguns 
de seus clérigos – mas não da instituição, que jamais o condenou – em relação a suas idéias: "Duzentos 
anos após seu nascimento, a Igreja da Inglaterra lhe deve desculpas pelos mal-entendidos". O segundo 
veio do presidente do Conselho para a Cultura do Vaticano, Gianfranco Ravasi, que reafirmou que não há 
contradições entre o evolucionismo e as idéias católicas. 
 A Igreja Católica jamais condenou formalmente a teoria de Darwin, embora tenha mostrado certa 
relutância em aceitá-la nas primeiras décadas após a publicação de A Origem das Espécies, em 1859. A 
retomada das descobertas genéticas do monge austríaco Gregor Mendel, no século XX, permitiu à ciência 
comprovar a teoria evolucionista – até então controversa e puramente abstrata. Em 1950, o papa Pio XII 
afirmou que não há contradição entre a evolução e a doutrina cristã, posição reforçada por João Paulo II, 
em 1996. "Os primeiros mal-entendidos a respeito da aceitação da teoria da evolução pela doutrina católica 
referem-se a uma interpretação literal da narração bíblica da criação", disse a VEJA Rafael Martínez, 
sacerdote espanhol e professor de história da ciência da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma. 
"Hoje sabemos que a sabedoria divina criou o mundo utilizando as forças da natureza." 
 A aversão atual às idéias de Darwin deve-se a um grupo de religiões, como algumas confissões de 
batistas, metodistas e pentecostais, que permanece preso à leitura ao pé da letra da origem do universo 
contida na Bíblia. São os criacionistas, um grupo minoritário, mas bem instalado em algumas regiões dos 
Estados Unidos. Felizmente, sua influência é diminuta fora do país, exceto por alguns casos pontuais, como 
o de Michael Reiss. Que assim continue. 
 
A evolução, com a bênção do papa. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/240908/p_115.shtml>. Acesso em 04 Abr, 2014 
Darwin e Lamarck: quem são esses dois? 
6 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
 
 
Darwin e Lamarck: quem são esses dois? Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/vida-
universidade/vestibular/cainaprova/conteudo.phtml?id=917131>. Acesso em 05 Maio 2014 
 
 
7 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
Capítulo 1 – Exercícios de fixação 
 
01) Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre a cor de pele na espécie humana. 
“A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção 
de vitamina D. À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há 
cerca de 100 mil anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões. 
A cor da pele das populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os 
primeiros seres humanos surgiram ali”. (Scientific American Brasil, vol.6, novembro de 2002). 
Nessesdois trechos, encontram-se subjacentes ideias 
a) da Teoria Sintética da Evolução. 
b) darwinistas 
c) neodarwinistas 
d) lamarckistas 
e) sobre especiação 
 
02) Os pesquisadores Robert Simmons e Lue Scheepers questionaram a visão tradicional de como 
a girafa desenvolveu o pescoço comprido. Observações feitas na África demonstraram que as 
girafas que atingem alturas de 4 a 5 metros, geralmente se alimentam de folhas a 3 metros do solo. O 
pescoço comprido é usado como uma arma nos combates corpo a corpo pelos machos na disputa 
por fêmeas. As fêmeas também preferem acasalar com machos de pescoço grande. Esses 
pesquisadores argumentam que o pescoço da girafa ficou grande devido à seleção sexual; machos 
com pescoços mais compridos deixavam mais descendentes do que machos com pescoços mais 
curtos. 
(Simmons and Scheepers, 1996. American Naturalist Vol. 148: pp. 771-786. Adaptado) 
Sobre a visão tradicional de como a girafa desenvolve um pescoço comprido, é CORRETO afirmar 
que: 
a) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei de uso e desuso. 
As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço mais comprido e, 
cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho. 
b) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência 
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às 
outras, e deixam, portanto, mais descendentes. 
c) na visão tradicional baseada em Lamarck, a girafa adquire o pescoço comprido pela lei do uso e desuso. 
Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às outras, e deixam, 
portanto, mais descendentes. 
d) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência 
diferencial de girafas. Aquelas com pescoço comprido conseguem se alimentar de folhas inacessíveis às 
outras, e deixam, portanto, mais descendentes. 
e) na visão tradicional baseada em Darwin, a girafa adquire o pescoço comprido com a sobrevivência 
diferencial de girafas. As girafas que esticam seus pescoços geram uma prole que já nasce com pescoço 
mais comprido e, cumulativamente, através das gerações, o pescoço, em média, aumenta de tamanho. 
8 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
 
03) Considere as afirmativas a seguir. 
I) As mutações, sendo fonte de variabilidade genética, ocorrem continuamente com o propósito de 
adaptar os indivíduos ao ambiente. 
II) A migração permite que se estabeleça fluxo gênico entre populações diferentes, diminuindo as 
diferenças genéticas entre elas e reduzindo a chance de especiação. 
III) A seleção natural não altera a freqüência dos genes. 
IV) O estabelecimento de uma nova população, a partir de poucos indivíduos que emigram da 
população original, é um exemplo de princípio ou efeito do fundador. 
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas CORRETAS. 
a) I e II 
b) I e III 
c) I e IV 
d) II e III 
e) II e IV 
 
 
01) ENEM 2005 
As cobras estão entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil, principalmente 
na área rural. As cascavéis (Crotalus), apesar de extremamente venenosas, são cobras que, em 
relação a outras espécies, causam poucos acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu 
“chocalho”, que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as evitem. Esses animais só 
atacam os seres humanos para sua defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar 
disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente detectadas. Ultimamente os 
cientistas observaram que essas cobras têm ficado mais silenciosas, o que passa a ser um 
problema, pois, se as pessoas não as percebem, aumentam os riscos de acidentes. A explicação 
darwinista para o fato de a cascavel estar ficando mais silenciosa é que: 
a) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu comportamento. 
b) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-la. 
c) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela pudesse adaptar-se. 
d) as variedades mais silenciosas foram selecionadas positivamente. 
e) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à presença de seres humanos 
 
 
 
 
9 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
Capítulo 2 – Evidências da evolução: dos fósseis ao DNA 
 
2.1 Fósseis 
 Muitas das evidências que levaram os cientistas a questionarem o criacionismo vieram da 
Paleontologia, através da descoberta de fósseis de seres vivos que não se pareciam com nenhum 
organismo existente. Esses fósseis contestavam a ideia fixista de que as espécies permaneciam imutáveis 
por toda sua existência. 
 Um fóssil é qualquer vestígio de um ser vivo que habitou o nosso planeta em tempos remotos, como 
uma parte do corpo, uma pegada e uma impressão corporal. O estudo dos fósseis permite deduzir o 
tamanho e a forma dos organismos que os deixaram, possibilitando a reconstrução de uma imagem, 
possivelmente parecida, dos animais quando eram vivos. 
 Um fóssil se forma quando os restos mortais de um organismo ficam a salvo tanto da ação dos 
agentes decompositores como das intempéries naturais (vento, sol direto, chuvas, etc.). As condições mais 
favoráveis a fossilização ocorrem quando o corpo de um animal ou uma planta é sepultado no fundo de um 
lago e rapidamente coberto por sedimentos (ver Figura 4). 
 Analisando as semelhanças e diferenças existentes entre as espécies, pode-se concluir que ocorreu 
surgimento de algumas espécies e desaparecimento de outras ao longo do tempo. 
 
2.2 Embriologia e anatomia comparadas 
 Outras evidências contra o criacionismo vieram com o estudo da Embriologia e da Anatomia 
comparada, que mostrava grandes semelhanças entre diversos grupos de seres vivos, o que fazia supor 
que eles poderiam ter um ancestral comum, ou seja, um ser vivo que deu origem a vários outros, 
contestando dessa forma a ideia de que as espécies teriam surgido por ato divino e de maneira 
independente uma da outra. 
 As semelhanças do desenvolvimento embrionário e da anatomia de alguns seres vivos indicam que 
possivelmente esses organismos são aparentados e descendem de um mesmo organismo. Comparando a 
anatomia muitas vezes é possível determinar o grau de parentesco e a sequência evolutiva ente eles. 
 
2.2.1 Órgãos homólogos 
 São aqueles que apresentam a mesma origem embrionária e semelhanças anatômicas, 
 mas realizam funções diferentes, como por exemplo os membros anteriores do homem, do cão, as 
Figura 4 – Processo de fossilização 
10 
 
CURSO PRÉ-UNIVERSITÁRIO POPULAR – UFJF 2014 
 asas das aves e dos morcegos, as nadadeiras dos golfinhos e das baleias (ver Figura 5). 
 Provavelmente as diferenças nas funções devem-se a adaptação à ambientes diversos, de 
 espécies que se originam de um ancestral comum. O processo que originou órgãos homólogos 
 com funções diferentes é chamado de divergência evolutiva. 
 
2.2.2 Órgãos análogos 
 São aqueles que apresentam origem embrionária e estruturas anatômicas diferentes, mas 
 exercem a mesma função. Como exemplo, podemos citar as asas das aves e dos insetos. Mesmo 
 sendo órgãos adaptados ao voo, as asas das aves apresentam uma estrutura interna dotada de 
 ossos, músculos e nervos. Já as asas dos insetos são estruturas constituídas de quitina, crescem 
 como expansões do revestimento do corpo. Surgem por convergência evolutiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.3 Órgãos vestigiais 
 A presença de vestígios de patas 
 nas baleias e em certas cobras indica que 
 esses animais vieram deancestrais com 
 patas. O apêndice do homem e vestígio de 
 um compartimento do intestino que 
 abrigava micróbios para a digestão da 
 celulose em nossos ancestrais herbívoros. 
 
2.2.4 Semelhanças embriológicas 
 Quando adultos peixes, anfíbios, 
 répteis, aves e mamíferos são muito 
 diferentes, mas seus embriões são muito 
 semelhantes (ver Figura 7). De novo 
 estamos diante de uma evidência a favor 
 da evolução: provavelmente, todos esses 
Figura 5 – Exemplos de órgãos homólogos e análogos 
Figura 6 – Semelhanças embriológicas entre os mamíferos 
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 animais descendem de um mesmo organismo. 
2.3 Semelhanças moleculares 
 Os recentes avanços da Biologia Molecular têm permitido comparar diretamente a estrutura 
genética de diferentes espécies, através da comparação das seqüências de nucleotídeos presentes nas 
moléculas de DNA. 
 Os resultados das análises bioquímicas têm confirmado as estimativas de parentesco entre 
espécies obtidas por meio do estudo de fósseis e anatomia comparada. Isso reforça ainda mais a teoria de 
que os seres vivos atuais resultam da evolução de seres vivos que viveram no passado, estando todos os 
seres vivos relacionados por graus de parentescos mais ou menos distantes. 
 
2.4 Revisando as ideias principais 
 Fósseis são restos de seres vivos de épocas passadas ou quaisquer vestígios deixados por 
esses seres. 
 A embriologia e a anatomia comparadas são fundamentais na determinação do grau de 
parentesco dos seres vivos. 
 Órgãos homólogos apresentam a mesma origem embrionária e evolutiva e o mesmo tipo de 
anatomia, mas podem tem funções diferentes 
 Órgãos análogos apresentam origem embrionária e anatomia interna diferentes, mas a 
mesma função. 
 Quanto maior a semelhança entre as moléculas de dois organismos, maior seu grau de 
parentesco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sessão Leitura 
Cientistas usam impressora 3D para recriar ossos de dinossauros 
Carolina Vilaverde 
 
 Pesquisadores da Universidade de Drexel, na Filadélfia, estão usando impressoras 3D para recriar 
ossos de dinossauros. A ideia até que é simples: os ossos originais (fossilizados) são escaneados e 
digitalizados para, em seguida, cópias serem impressas em três dimensões. Os modelos são feitos com 
camadas finas de plástico, que vão sendo construídas gradualmente pela impressora. 
 A equipe pretende, mais pra frente, juntar os ossos impressos com músculos e tendões 
artificiais para reconstruir também os movimentos dos dinossauros. Mas calma, ninguém está construindo 
um Jurassic Park de verdade: o paleontólogo Kenneth Lacovara e o engenheiro mecânico da equipe, James 
Tangorra, estão montando, por enquanto, figuras em escala reduzida. 
 O mais bacana da ideia é que universidades e museus geralmente olham com cara feia para os 
pesquisadores que querem fazer experimentos com ossos fossilizados. Com eles impressos,cientistas 
podem testar suas teorias sobre a vida e a mobilidade dos dinossauros sem causar problemas nos fósseis 
originais. “A tecnologia na paleontologia não mudou nos últimos 150 anos. Nós ainda usamos pás, 
picaretas, estopas e gesso”, afirmou Lacovara. 
 E nem deve demorar muito tempo até que isso aconteça. Lacovara acredita que vai ter um dos 
membros do dinossauro pronto para experimentos até o final do ano. Criar um dinossauro robô completo, 
porém, deve demorar entre um e dois anos. 
 
Cientistas usam impressora 3D para recriar ossos de dinossauro. Disponível em: 
<http://super.abril.com.br/blogs/superblog/tag/fosseis/>. Acesso em 08 Abr 2014. 
 
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Capítulo 2 – Exercícios de fixação 
 
01) Dentre as afirmativas seguintes, assinale a que NÃO corresponde a uma evidência que apóie a 
Teoria de Evolução das espécies: 
a) Estudos de anatomia comparada mostram que as semelhanças internas entre seres de espécies 
diferentes são resultantes de irradiação adaptativa. 
b) Os embriões dos vertebrados apresentam os mesmos padrões básicos de desenvolvimento, decorrentes 
do parentesco entre eles. 
c) Os estudos envolvendo fósseis indicam que a vida na terra sofreu alterações ao longo do tempo, além de 
permitirem comparações com os seres vivos atuais. 
d) Ao longo de sua vida, os seres vivos sofrem alterações de seu material genético, em conseqüência das 
pressões seletivas do ambiente em que vivem. 
 
02) Em relação às evidências da evolução biológica, é correto afirmar que: 
a) um órgão vestigial, como o apêndice vermiforme no homem, não é evidência da evolução, porque é uma 
estrutura atrofiada e sem função aparente. 
b) a pata dianteira de um cavalo e a asa de um morcego constituem evidência da evolução, porque são 
estruturas homólogas, apesar de o cavalo ter perdido os dedos, enquanto no morcego estes não só foram 
mantidos como alongados. 
c) a asa de uma ave e o élitro (asa dura) de um besouro podem ser considerados como evidência da 
evolução, porque são estruturas análogas, que possuem origem embriológica diferente. 
d) os fósseis constituem uma evidência da evolução, porque mostram que os organismos atuais são mais 
especializados e mais adaptados que os extintos. 
e) a embriogênese é uma evidência da evolução, porque mostra que uma célula ovo evolui para mórula, 
blástula, gástrula e embrião, que, finalmente, evolui para o indivíduo adulto. 
 
03) O citocromo C é uma proteína respiratória que se encontra em todos os organismos aeróbios. A 
molécula desta proteína existe em todas as espécies com a mesma função, sendo constituída por 
104 aminoácidos. No decurso da evolução, as mutações mudaram os aminoácidos em certas 
posições da proteína, mas o citocromo C de todas as espécies tem proteína, incontestavelmente 
estrutura e função semelhantes, tornando-se, para o evolucionismo, uma evidência de ordem: 
a) paleontológica. b) embriológica. c) citológica. d) anatômica. e) bioquímica. 
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02) ENEM 2007 
As mudanças evolutivas dos organismos resultam de alguns processos comuns à maioria dos seres 
vivos. É um processo evolutivo comum a plantas e animais vertebrados: 
a) movimento de indivíduos ou de material genético entre populações, o que reduz a diversidade de genes e 
cromossomos. 
b) sobrevivência de indivíduos portadores de determinadas características genéticas em ambientes 
específicos. 
c) aparecimento, por geração espontânea, de novos indivíduos adaptados ao ambiente. 
d) aquisição de características genéticas transmitidas aos descendentes em resposta a mudanças 
ambientais. 
e) recombinação de genes presentes em cromossomos do mesmo tipo durante a fase da esporulação. 
 
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Capítulo 3 – Genética das populações – do equilíbrio à deriva genética 
 
3.1 Evolução das populações 
 A população de sapos de uma lagoa ou a de papagaios de uma floresta são formadas por um 
conjunto de indivíduos da mesma espécie que cruzam entre sim. 
 São as populações que evoluem. A evolução pode ser definida como uma mudança, ao longo do 
tempo, da frequência dos genes de uma população. Se um gene é responsável por uma característica útil à 
sobrevivência ou à reprodução, o número de indivíduos portadores desses genes tende a aumentar por 
meio da seleção natural. Com isso, a frequência desse gene também aumenta na população. O oposto 
acontece com genes que prejudicam a sobrevivência ou o sucesso reprodutivo de um indivíduo. 
 Além da seleção natural,a mutação, a migração e a deriva genética são responsáveis pela 
mudança na frequência dos genes de uma população. Destes, a 
deriva genética, por se tratar de um conceito pouco conhecido, 
merece atenção especial 
 
3.2 Deriva genética 
 Desastres ecológicos, como incêndios florestais, 
inundações, desmatamentos, etc., podem reduzir tão drasticamente 
o tamanho de uma população que os poucos sobreviventes não são 
amostras representativas da população original, do ponto de vista 
genético. Por acaso, e não por critérios de adaptação, certos alelos 
podem ter a sua freqüência subitamente aumentada, enquanto os 
outros alelos podem simplesmente desaparecer. Esse fenômeno é 
denominado deriva gênica (ver Figura 7). 
 Um caso extremo de deriva gênica é o chamado princípio do 
fundador: uma nova população é “fundada” por um ou poucos 
indivíduos, seja porque a população ancestral sofreu uma 
diminuição drástica, seja porque um pequeno número de indivíduos 
de uma população migrou para outra região, onde deu origem a uma 
nova população. 
 Nessas condições, os indivíduos que iniciaram a nova 
população, por serem poucos, geralmente não constituem uma 
amostra representativa da população original. Há casos em que uma 
única fêmea grávida funda uma nova população. Essa fêmea 
obviamente não possuirá uma amostra significativa dos diferentes 
tipos de alelos presentes na população original. 
 A deriva gênica parece ter sido um fenômeno comum na 
colonização de ilhas distantes dos continentes, às quais conseguem 
chegar poucos indivíduos provenientes das populações continentais. Nas ilhas, os “fundadores” iniciam 
populações cujas frequências gênicas são geralmente bem diferentes das populações continentais originais. 
 
Figura 7 – Exemplo de deriva genética. 
Observe o aumento na frequência do 
genótipo AA em relação aos demais. 
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3.3 Equilíbrio de Hardy Weinberg 
 Se os quatro fatores que determinam as alterações nas freqüências dos genes da população são a 
seleção natural, a mutação, a migração e a deriva genética, o que acontece com uma população em que 
eles não estão atuando? 
 Estudos realizados por Hardy e Weinberg, que trabalharam independentemente, concluíram que, 
na ausência dessas condições, a frequência dos alelos recessivo e dominante se mantém constante ao 
longo das gerações. Dizemos que uma população que mantêm seus genes constantes está em Equilíbrio 
de Hardy-Weinberg. 
 Em suma, as condições para uma população estar em equilíbrio são: ser suficientemente grande a 
ponto de manter as proporções estatísticas; haver cruzamentos pan-míticos, isto é, todos os indivíduos 
devem ter as mesmas chances de cruzamento (ausência de seleção natural); não ocorrer mutações nem 
migrações. 
 A população descrita por hardy e Weinberg, porém, não existe de verdade; sempre há um fator 
evolutivo alterando a frequência dos genes. Entretanto, com base nessa população hipotética, podemos 
estudar se está havendo alteração na frequência de determinados genes e que fator está provocando essa 
situação. 
 
3.4 Revisando as ideias principais 
 A evolução pode ser definida como uma alteração na frequência dos genes. 
 A lei de hardy-Weinberg afirma que, se os fatores evolutivos (mutação, seleção natural, etc.) 
não se manifestarem, a frequência dos alelos permanecerá constante através das gerações e 
a população estará em equilíbrio. 
 Em populações pequenas podem ocorrer alterações aleatórias na frequência de genes sem 
nenhum valor adaptativo (deriva genética). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sessão Leitura 
Samambaias são fósseis vivos, afirma estudo 
Pesquisadores suecos analisaram um fóssil de 180 milhões de anos da planta e descobriram que seu 
genoma não mudou ao longo dos anos. 
 
Samambaia (Osmunda japonica), parente próxima da espécie encontrada no fóssil do período Jurássico 
 Cientistas encontraram evidências de que as samambaias de hoje são “fósseis vivos”. É o que 
indica um exemplar da planta de 180 milhões de anos encontrado no sul da Suécia. A análise 
das estruturas celulares bem preservadas do fóssil mostrou que ele é praticamente idêntico 
à espécieOsmundastrum cinnamomeum, uma samambaia presente na Europa, na América e na Ásia. 
"O genoma dessas samambaias continuou essencialmente o mesmo desde o período Jurássico (entre 199 
milhões e 145 milhões de anos)", afirma a pesquisadora Vivi Vajda, da Universidade Lund, na Suécia, 
coautora do estudo publicado na última quinta-feira na revistaScience. "Trata-se de um exemplo supremo 
de estagnação evolutiva." 
 Fóssil bem preservado — As análises mostraram que a planta da famíliaOsmundaceae foi 
conservada por uma erupção de lava, antes de começar a se decompor. Com isso, organelas raramente 
encontradas em fósseis, como as membranas celulares, núcleos e cromossomos das células vegetais, 
ficaram preservados e puderam ser recuperados pelos cientistas. Para estudar o fóssil da samambaia, os 
cientistas usaram microscópios, raios-x e análises geoquímicas. E perceberam que o tamanho do núcleo 
das células e o próprio conteúdo do DNA da planta quase não sofreram modificações ao longo dos anos — 
é idêntico a outras espécies da mesma família. 
 O fóssil da samambaia foi recolhido nos anos 1960 por um fazendeiro do sul da Suécia e doado ao 
Museu de História Natural do país. Ele ficou esquecido nos arquivos da instituição por quarenta anos, até 
que a equipe resolveu estudar a rocha. 
 
Samambaias são fósseis vivos, afirma estudo . Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/samambaias-sao-fosseis-
vivos-afirma-estudo> Acesso em: 28 Abr 2014. 
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Capítulo 3 – Exercícios de Fixação 
 
01) Numa população em equilíbrio Hardy-Weinberg a frequência do alelo dominante para um dado 
lócus autossômico é 0,6. Portanto, a frequência dos heterozigotos para este locus será: 
a) 0,24 b) 0,48 c) 0,60 d) 1,20 e) 2,40 
 
02) A frequência do gene a, que determina o albinismo, é de 30% em uma certa população em 
equilíbrio. Em uma amostra de 500 pessoas desta população, quantas se espera encontrar com 
albinismo? 
a) 5 b) 15 c) 45 d) 60 e) nenhuma das anteriores 
 
 
 
03) ENEM 2009 
Os ratos Peromyscus polionotus encontram-se 
distribuídos em ampla região na América do Norte. A 
pelagem de ratos dessa espécie varia do marrom claro 
até o escuro, sendo que os ratos de uma mesma 
população têm coloração muito semelhante. Em geral, 
a coloração da pelagem também é muito parecida à cor 
do solo da região em que se encontram, que também 
apresenta a mesma variação de cor, distribuída ao 
longo de um gradiente sul-norte. Na figura, encontram-
se representadas sete diferentes populações de P. 
polionotus. Cada população é representada pela 
pelagem do rato, por uma amostra de solo e por sua 
posição geográfica no mapa. 
O mecanismo evolutivo envolvido na associação entre 
cores de pelagem e de substrato é 
a) a alimentação, pois pigmentos de terra são absorvidos e alteram a cor da pelagem dos roedores. 
b) o fluxo gênico entre as diferentes populações, que mantém constante a grande diversidade 
interpopulacional. 
c) a seleção natural, que, nesse caso, poderia ser entendida como a sobrevivência diferenciada de 
indivíduos com características distintas. 
d) a mutação genética, que, em certos ambientes, como os de solo mais escuro, têm maior ocorrência e 
capacidade de alterar significativamente a cor da pelagem dos animais. 
e) herança de caracteres adquiridos, capacidadede organismos se adaptarem a diferentes ambientes e 
transmitirem suas características genéticas aos descendentes. 
 
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Capítulo 4 – Formação de novas espécies: do isolamento geográfico ao reprodutivo 
 
4.1 Especiação 
 Espécie é definida como um conjunto de indivíduos que se reproduzem, originando prole fértil. Essa 
definição não se aplica aos organismos fósseis e aos seres que se reproduzem assexuadamente, como as 
bactérias (embora troquem material genético por conjugação, esse processo é bem diferente de um 
cruzamento e não possibilita identificar a espécie). Nesses casos, podem ser usados critérios de 
semelhanças morfológicas (por exemplo, para classificar fósseis), ou semelhanças genéticas, pela análise 
do DNA. 
 Mas essa definição é útil para explicar a especiação, isto é, a formação de novas espécies. 
 
4.2 Isolamento geográfico 
 Indivíduos pertencentes à mesma espécie podem ser separados por uma barreira física, como: rios, 
mares, cordilheiras, lagos, vales etc. Com o isolamento ou separação dos grupos, pode ocorrer que sejam 
submetidos a diferentes pressões seletivas. Desta forma, a seleção natural irá atuar de maneira diferente 
nas duas populações, o que acentuará as diferenças genéticas entre elas. Se as barreiras perdurarem, 
essas diferenças podem chegar ao ponto de impedir o cruzamento entre as populações, formando novas 
espécies; então ocorre o isolamento reprodutivo entre indivíduos que inicialmente pertenciam à mesma 
espécie (Ver Figura 8). O isolamento reprodutivo pode se manifestar de duas formas: mecanismo pré e pós-
zigóticos, que serão estudados a seguir. Esse tipo de especiação é conhecido como alopátrica (alo = 
diferente; patri = local de nascimento). 
 
 
Figura 8 – Especiação. Observe a sequência: isolamento geográfico, tempo, isolamento reprodutivo, novas espécies. 
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4.2.1 Mecanismos pré-zigóticos 
 Antecedem a formação do zigoto; os mais comuns são: 
 • Diferenças comportamentais: quando ocorre diferença de comportamento entre 
espécies no ritual de acasalamento. Ex: canários machos são capazes de atrair com seu canto 
apenas a fêmea de sua espécie. 
 • Barreiras mecânicas: caracterizam-se pelo tamanho diferenciado do aparelho reprodutor 
entre as espécies; ocorrem principalmente com flores, impedindo que determinados agentes 
polinizadores realizem a polinização. 
 • Órgãos sexuais que amadurecem em épocas diferentes: É muito comum em plantas 
 que florescem em épocas diferentes do ano. A sincronização da abertura floral em épocas 
 diferentes evita o cruzamento entre essas espécies. 
 
4.2.2 Mecanismos pós-zigóticos 
 Ocorrem após a formação do zigoto; os principais são: 
 • Inviabilidade do híbrido: a morte é prematura, ainda nos estágios iniciais de 
 desenvolvimento, portanto o embrião não se desenvolve. Algumas espécies de anfíbios, vivendo na 
 mesma lagoa, podem eventualmente cruzarem-se e formar híbridos que não se desenvolvem. 
 • Esterilidade do híbrido: embora apresentem características normais, os híbridos são 
 estéreis, o que revela a incompatibilidade do material genético herdado dos pais de espécies 
 diferentes. O exemplo mais comum é o caso do burro e da mula, consequência do cruzamento de 
 égua com jumento. Nesse caso o burro e a mula são estéreis e, portanto, podemos concluir que a 
 égua e o jumento pertencem a espécies diferentes. 
 
4.3 Especiação sem isolamento geográfico 
 É um tipo de especiação que ocorre com populações que vivem na mesma área e é chamada 
simpátrica (sim = junto). Um exemplo de especificação simpátrica ocorre em plantas, com a formação de 
indivíduos poliploides, isto é, indivíduos que apresentam três ou mais conjuntos de cromossomos em suas 
células. Os que apresentam três são os indivíduos tetraploides (3N). Neste caso, não ocorre empareamento 
dos cromossomos na meiose, já que ocorre um número ímpar de cromossomos. Com isso a meiose deixa 
de ocorrer, e não formarão gametas; o resultado é um indivíduo híbrido estéril. A laranja-da-baía é triploide, 
portanto não produz gametas e nem sementes. 
 
4.4 Revisando as ideias principais 
 Os isolamentos geográfico e reprodutivo são fatores importantes na formação de novas 
espécies. O isolamento geográfico impede o cruzamento entre duas populações que ficam 
cada vez mais diferentes. Há um momento em que o cruzamento entre os indivíduos não pode 
ser realizado, mesmo que eles voltem a viver no mesmo território (isolamento reprodutivo). 
Nesse momento dizemos que ocorreu a formação de novas espécies. 
 A especiação também pode ocorrer sem isolamento geográfico, como em plantas poliplóides. 
 Os mecanismos responsáveis pelo isolamento reprodutivo podem ser classificados em pré e 
pós-zigóticos 
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Sessão Leitura 
Estudo põe em dúvida teoria sobre surgimento de novas espécies3 
EFE Em Washington 03/09/2013 
 
 As barreiras reprodutivas, que por muito tempo foram consideradas como a principal causa do 
surgimento de novas espécies de plantas e animais, poderiam ser um fator secundário, segundo um estudo 
publicado nesta segunda-feira (2) pela revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos, a Pnas 
(Proceedings of the National Academy of Sciences). 
 Charles Darwin se referiu à origem das espécies como "o mistério dos mistérios" e, ainda hoje, mais 
de 150 anos após suas pesquisas, os biólogos da evolução não sabem explicar de forma detalhada como 
surgem novas plantas e animais. 
 Durante décadas, quase todos os estudos neste campo tinham como base a teoria de que a causa 
principal do surgimento de espécies novas, um processo chamado "especiação", são as barreiras que 
interferem no processo de reprodução de populações. 
 Estas barreiras podem ser geográficas - por exemplo uma nova montanha, um rio ou uma geleira 
que separa duas populações de animais e plantas - ou diferenças genéticas que impedem que indivíduos 
incompatíveis produzam descendentes férteis (o cruzamento entre cavalos e asnos dá origem as mulas, 
que são estéreis). 
 
Rato descoberto na Patagônia da 
Argentina recebeu o nome de T. 
kirchnerorum, em homenagem aos 
presidentes Néstor Kirchner e 
Cristina Kirchner. É o primeiro 
animal registrado da zona desértica 
em 50 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Mas agora biólogos das universidades de Chicago e de Michigan, nos Estados Unidos, 
questionaram a teoria de que o isolamento reprodutivo impulsione a "especiação". 
 "Nossos resultados não sustentam esse pressuposto, e nosso estudo é, de fato, a primeira prova 
direta de como estas barreiras afetam a taxa de formação de espécies", afirmaram os responsáveis Daniel 
Rabosky, de Michigan, e Daniel Matute, de Chigago. 
 Os dois cientistas concluíram que, se as barreiras genéticas fossem a principal causa do surgimento 
de novas espécies, os grupos que acumulam rapidamente esses genes também deveriam mostrar altas 
taxas de formação de espécies. 
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 Os pesquisadores tentaram comprovar a ideia comparando as taxas de "especiação" com os 
indicadores genéticos de isolamento reprodutivo em pássaros e moscas de fruta, porque existem extensos 
conjuntos de dados sobre experimentos de cruzamento entre espécies dos dois tipos. 
 Rabosky e Matute usaram os cálculos evolucionistas de taxas de especiação em nove grupos 
maiores de moscas de fruta e em dois terços das espécies de pássaros conhecidas. Eles criaram modelos 
por computador para realizar a comparação e os resultados foram surpreendentes. 
 "Não encontramos provas de queestas coisas estejam relacionadas. A taxa de surgimento das 
barreiras reprodutivas genéticas não prevê a taxa de formação de novas espécies na natureza", confirma o 
artigo publicado. 
 "Se estes resultados fossem certos em termos mais gerais - algo que ainda não afirmamos mas 
suspeitamos que seja concreto - isso significaria que nosso entendimento da formação de espécies é 
extremamente incompleto, porque passamos muito tempo estudando algo errado devido a uma teoria 
equivocada", explicaram os pesquisadores. 
 As barreiras reprodutivas continuam a ser importantes. Todo tipo de plantas e animais vivem juntos 
no mesmo lugar, o que não poderia ocorrer se não houvesse barreiras reprodutivas. 
 Se as conclusões de Matute e Rabosky puderem ser amplamente aplicadas a outros organismos, 
os genes de "especiação" provavelmente desempenham um papel mínimo na formação das espécies, 
segundo a publicação. Os pesquisadores especularam que a parte que falta nos estudos dessa área é, 
paradoxalmente, a extinção. 
 Alguns cientistas sugeriram que a "especiação" poderia estar limitada, primordialmente, por fatores 
associados com a persistência de novas espécies. Estes modelos propõem que é relativamente fácil que 
uma espécie se divida em outras novas, mas que a maioria delas não consegue sobreviver e se estabelecer 
ao longo dos períodos da escala geológica. 
 
 
O seriado "The Big Bang Theory" serviu de inspiração para batizar uma nova espécie de abelhas brasileiras. Trata-se da "Euglossa 
bazinga", que vive na área de transição entre o Cerrado e a Amazônia. Na série, a expressão "bazinga" é dita frequentemente pelo 
"nerd" Sheldon Cooper (Jim Parsons). 
 
UOL Notícias Meio Ambiente. Disponível em: < http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2013/09/03/estudo-
poe-em-duvida-teoria-sobre-surgimento-de-novas-especies.htm#fotoNav=64>. Acesso em: 15 Abr 2014 
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Capítulo 4 – Exercícios de Fixação 
 
01) Em algumas regiões brasileiras, existem exemplares de Euphorbia heterophylla, uma planta 
daninha bastante prejudicial à lavoura de soja e que pode ser resistente a herbicidas. Se, após 
alguns anos, não existir mais o fluxo de genes entre as plantas susceptíveis e resistentes a 
herbicidas dessa espécie, então ocorrerá: 
a) seleção natural. 
b) irradiação adaptativa. 
c) isolamento geográfico. 
d) recombinação gênica. 
e) isolamento reprodutivo. 
 
02) Comportamentos que favorecem a dispersão também promovem, geralmente, a especiação. É 
CORRETO afirmar que, entre os comportamentos que costumam favorecer a especiação, se inclui: 
a) a ocupação de novos nichos. 
b) a territorialidade. 
c) o cuidado com a prole. 
d) o sedentarismo. 
 
03) Qual a condição inicial básica para que ocorra o processo de formação de raças? 
a) Isolamento reprodutivo 
b) Isolamento geográfico 
c) Seleção natural 
d) Esterilidade dos descendentes 
e) Superioridade do híbrido 
 
04) Assinale a complementação correta para a frase abaixo. 
Duas populações de uma mesma espécie, vivendo em ambientes diferentes e isoladas geograficamente: 
a) poderão formar duas espécies, se persistir o isolamento. 
b) terão obrigatoriamente o mesmo conjunto gênico (genético). 
c) não poderão alterar seus conjuntos gênicos com o passar do tempo por estarem isoladas. 
d) nunca poderão formar raças diferentes 
e) obrigatoriamente terão que se extinguir. 
 
 
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04) ENEM 2005 
Há quatro séculos alguns animais domésticos foram introduzidos na Ilha da Trindade como "reserva 
de alimento". Porcos e cabras soltos davam boa carne aos navegantes de passagem, cansados de 
tanto peixe no cardápio. Entretanto, as cabras consumiram toda a vegetação rasteira e ainda 
comeram a casca dos arbustos sobreviventes. Os porcos revolveram raízes e a terra na busca de 
semente. Depois de consumir todo o verde, de volta ao estado selvagem, os porcos passaram a 
devorar qualquer coisa: ovos de tartarugas, de aves marinhas, caranguejos e até cabritos pequenos. 
Com base nos fatos acima, pode-se afirmar que: 
a) a introdução desses animais domésticos, trouxe, com o passar dos anos, o equilíbrio ecológico. 
b) o ecossistema da Ilha da Trindade foi alterado, pois não houve uma interação equilibrada entre os seres 
vivos. 
c) a principal alteração do ecossistema foi a presença dos homens, pois animais nunca geram 
desequilíbrios no ecossistema. 
d) o desequilíbrio só apareceu quando os porcos começaram a comer os cabritos pequenos. 
e) o aumento da biodiversidade, a longo prazo, foi favorecido pela introdução de mais dois tipos de animais 
na ilha 
 
05) ENEM 2011 
 Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedade de peixes por meio da hibridação. sta é 
uma técnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos resultantes, em 
geral, apresentam maior valor comercial do que a média de ambas as espécies parentais, além de 
reduzir a sobrepesca no ambiente natural. Terra da Gente, ano 4,n.47, mar.2008 (adaptado). 
Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e 
a) originar uma nova espécie poliploide. 
b) substituir geneticamente a espécie natural. 
c) ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático. 
d) impedir a integração biológica entre as espécies parentais. 
e) produzir descendentes com o código genético modificado. 
 
 
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Capítulo 5 – Tópicos especiais 
 
5.1 Formas de adaptação 
 O termo adaptação significa a capacidade que todo ser vivo tem de ajustar-se ao ambiente, isto é, 
de transformar-se em resposta a uma alteração ambiental. A capacidade de adaptação está 
indissoluvelmente ligada à manutenção da vida. A seguir, estudaremos alguns exemplos de adaptação 
evolutiva. 
 
5.1.1 Camuflagem 
 Alguns animais podem ter a capacidade de se camuflarem com o meio em que vivem para 
tirar alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma 
presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu 
predador. 
 Existem dois tipos de camuflagem, a homocromia, onde o animal tem a cor é a mesma do 
meio onde vive (ver Figura 9), e a homotipia, onde o animal tem a forma de objetos que compõe o 
meio (ver Figura 10). 
 
 
 
5.1.2 Mimetismo 
 Semelhante à camuflagem, só 
que em vez de se parecerem com o meio, 
os animais que praticam o mimetismo 
tentam se parecer com outros animais. 
5.1.2.1 Mimetismo batesiano 
 Um animal tóxico ou 
perigoso é imitado evolutivamente por espécies “saborosas” ou inofensivas. Neste 
caso, somente a espécie inofensiva se beneficia da “fama” da espécie perigosa, pois 
um predador evitará ambas. 
5.1.2.2 Mimetismo mülleriano 
 Um animal tóxico ou perigoso é imitado evolutivamente por espécies igualmente 
Figura 9 – Exemplo de homocromia Figura 10 – Exemplo de homotipia 
Figura 11 – Mimetismo batesiano. Somente a espécie da esquerda é tóxica 
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tóxicas ou perigosas. Neste caso, as duas espécies se beneficiam. 
5.2 Tipos de seleção natural 
 Quanto aos efeitos que exerce na população, a seleção natural é classificada em três tipos que 
estudaremos a seguir. 
 
5.2.1 Seleção estabilizadora 
 Ocorre quando o fenótipo intermediário é favorecido em 
detrimento dos fenótipos extremos. 
 Observe a Figura 12. Se você fosse um sapo, provavelmente 
iria comer as borboletas mais claras e as mais escuras porque não 
enxergaria direito as cinzas. Portanto o fenótipointermediário 
(coloração cinza) está sendo favorecido pela seleção natural em 
relação aos fenótipos extremos (branco e preto). 
 
5.2.2 Seleção direcional 
 Ocorre quando há mudanças ambientais e um fenótipo antes 
desfavorável passa a ser favorecido. 
 Observe a Figura 13. Se por algum motivo o ambiente em 
que as borboletas viviam se torne mais escuro, o fenótipo preto será 
favorecido em relação aos demais. 
 
5.2.3 Seleção disruptiva 
 Favorece os indivíduos com características extremas, 
enquanto os médios são desfavorecidos. 
 Observe a Figura 14. Se nesse mesmo ambiente por algum 
motivo passassem a existir dois microambientes, um branco e outro 
preto, as borboletas cinzas ficariam em desvantagem em qualquer 
um dos dois e a seleção natural, portanto, favoreceria os fenótipos 
extremos, que em seus respectivos ambientes estariam camuflados. 
 
5.3 Seleção artificial 
 Muito antes de Darwin e Wallace, fazendeiros 
e agricultores estavam usando a ideia de seleção para 
causar mudanças nas características de suas plantas e 
animais ao longo de décadas. Fazendeiros e agricultores 
permitiram a reprodução apenas de plantas e animais com 
características desejáveis, causando a evolução do 
estoque da fazenda. Esse processo é chamado de 
seleção artificial porque são as pessoas (ao invés da 
natureza) que selecionam quais organismos vão se reproduzir. 
 Da mostarda-selvagem, por exemplo, o ser humano conseguiu por seleção artificial o repolho, a 
Figura 12 – Exemplo de seleção estabilizadora 
Figura 13 – Exemplo de seleção direcional 
Figura 14 – Exemplo de seleção disruptiva 
Figura 15 – Exemplo de seleção artificial 
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couve-de-bruxelas e a couve-flor, entre outras variedades comestíveis (ver Figura 15). 
 
5.4 O caso das mariposas de Manchester 
 Um exemplo clássico de seleção natural foi 
observado na Inglaterra em meados do século XIX. 
Antes do início da industrialização da cidade de 
Manchester, era visível o predomínio de mariposas 
claras da espécie Biston betularia em relação à 
escura da espécie Biston carbonaria. Na época, 
devido à ausência de fuligem e outros agentes 
poluentes, os troncos das árvores eram mais claros 
e recobertos de liquens, o que facilitava a 
camuflagem das mariposas claras, tornando difícil 
sua visualização pelos predadores naturais. Com o 
início da industrialização, os liquens foram 
exterminados pela poluição, e os troncos das 
árvores tornaram-se escuros. Com essa nova 
situação, as mariposas escuras foram favorecidas, e 
se tornaram o grupo dominante (ver Figura 16). 
 
5.5 Revisando as ideias principais 
 A camuflagem e o mimetismo são formas de adaptação evolutiva em que um animal se parece 
com o ambiente ou com outro animal, respectivamente. 
 Existem dois tipos de camuflagem (homocromia e homotipia) e dois tipos de mimetismo 
(batesiano e mülleriano). 
 A seleção natural pode ser classificada como estabilizadora (quando favorece o fenótipo 
intermediário), direcional (quando favorece um fenótipo em detrimento dos demais) ou 
disruptiva (quando os fenótipos extremos são favorecidos pela seleção natural). 
 A seleção artificial ocorre quando o ser humano, e não a natureza, define quais as 
características favoráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Mariposas de Manchester. As setas vermelhas mostram as 
mariposas camufladas antes e depois da industrialização da cidade. 
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Sessão Leitura 
5 etapas da evolução humana 
Michel Goulart setembro 26, 2011 
 
 A espécie humana, como conhecemos, foi resultado de uma longa evolução física e biológica que já 
dura, aproximadamente, 4 milhões de anos. À medida que foi se distanciando de seus ancestrais 
macacóides, os hominídeos foram utilizando ferramentas, andando de forma ereta, aumentando a massa 
cerebral, desenvolvendo a linguagem e adquirindo consciência. 
 
Australopiteco 
 
 O Australopiteco é 
considerado o ancestral mais 
antigo do ser humano. Viveu 
na África há 
aproximadamente 3 milhões 
de anos. O volume de seu 
crânio era de cerca de 500 
cm³, um pouco maior que o 
dos atuais macacos. A sua 
forma de linguagem não era 
mais elaborada do que a de 
um chimpanzé. Tendo 
aparecido pelas primeiras vezes no sul de África, as suas principais características físicas englobam a baixa 
altura (não ultrapassava os 1,40 metros), bipedismo, fronte baixa e maxilares bastante salientes. 
 
Homo Habilis 
 
O Homo Habilis inventou as primeiras ferramentas e viveu há 
aproximadamente 2 milhões de anos. O volume de seu crânio era 
de 800 cm³ – o dobro do crânio do chimpanzé. Levava uma vida 
nômade nas savanas do leste da África, alimentando-se de carne, 
obtida através da caça, além de frutos e outros vegetais. Há indícios 
de que tinha um tipo de linguagem rudimentar. A sua altura seria de 
aproximadamente 1,27 cm, com um peso de, aproximadamente 45 
kg. As fêmeas podiam ser menores. 
 
 
 
 
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Homo Erectus 
 
O Homo Erectus viveu há aproximadamente 1 milhão de 
anos. Sabia utilizar alguns instrumentos feitos de pedra e 
era um hábil caçador. O volume de seu crânio era de 1.100 
cm³, o que equivale ao dobro do crânio dos macacos atuais. 
O Homo habilis e todos os Australopitecos foram 
encontrados somente na África, mas o Homo Erectus 
aparece localizado em áreas geográficas mais alargadas, 
como a Ásia, Europa e África. Existem provas que levam a 
concluir que manipulavam o fogo, apresentando de igual 
modo utensílios de pedra mais sofisticados. 
 
Homo Sapiens 
 
O Homo Sapiens viveu há aproximadamente 200 mil anos. 
Já era um artesão habilidoso e os seus utensílios eram 
melhores e mais eficientes do que todos os outros feitos 
anteriormente. O volume de seu crânio atingia 1.500 cm³, o 
mesmo volume do crânio do ser humano moderno. Através 
da indicação do indício fóssil, esse organismo revelou ser de 
baixa estatura e musculoso, com um cérebro praticamente 
do mesmo tamanho que o nosso, com região cerebral 
correspondente à fala bem desenvolvida. 
 
Homo Sapiens Neanderthalensis 
 
O Homo Sapiens Neanderthalensis- ou Homem de 
Neandertal – viveu há aproximadamente 100 mil anos 
. Nesta etapa, o ser humano já tinha preocupações 
espirituais e noção da morte. O volume de seu crânio 
atingia 1.700 cm³, levemente maior do que os 
humanos modernos. Os homens mediam em média 
1,68 cm. Os ossos eram fortes e pesados, mostrando 
sinais de uma poderosa estrutura muscular. Foram 
formidáveis caçadores e há indícios de que já 
praticavam rituais funerários. 
 
5 etapas da evolução humana. Disponível em: <http://www.historiadigital.org/curiosidades/5-etapas-da-longa-e-permanente-evolucao-
humana/>. Acesso em: 05 Maio de 2014. 
 
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Capítulo 5 – Exercícios de Fixação 
 
01) Um dos exemplos mais famosos acerca do processo de seleção natural foi o caso das mariposas 
de Manchester. Inicialmente predominavam as mariposas brancas, que costumavam pousar em 
troncos de árvores — que, naquela época, eram ligeiramente esbranquiçados. Com a Revolução 
Industrial, os troncos ficaram mais escuros e houve um aumento na quantidade das mariposas 
negras. Esse fato ocorreu porque: 
a) As mariposas brancas adaptaram-se à coloração escura do caule. 
b) A coloração dos caules provocou uma mudança na coloração das mariposas. 
c) As mariposas brancas eram facilmente predadas nos caules escuros e,portanto, as mariposas negras 
sobreviviam e conseguiam se reproduzir. 
d) As mariposas brancas passaram a ser predadas e, por isso, tiveram que se adaptar ao ambiente, 
mudando a sua coloração para conseguir sobreviver. 
e) A poluição fez com que as mariposas brancas se reproduzissem e tivessem mais descendentes de 
coloração escura. 
 
06) ENEM 2005 
Foi proposto um novo modelo de evolução dos primatas elaborado por matemáticos e biólogos. 
Nesse modelo o grupo de primatas pode ter tido origem quando os dinossauros ainda habitavam a 
Terra, e não há 65 milhões de anos, como é comumente aceito. Examinando esta árvore evolutiva 
podemos dizer que a divergência entre os macacos do Velho Mundo e o grupo dos grandes macacos 
e de humanos ocorreu há aproximadamente 
 
a) 10 milhões de anos. 
b) 40 milhões de anos. 
c) 55 milhões de anos. 
d) 65 milhões de anos. 
e) 85 milhões de anos. 
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Exercícios de Revisão 
 
1. Um agricultor utilizou um mesmo inseticida durante longo tempo em sua lavoura para eliminar 
uma praga. Após todo esse tempo, ele verificou que a população da praga tornou-se resistente ao 
inseticida. O fenômeno evolutivo que ocorreu na população da praga foi: 
a) Mutação 
b) Aberração cromossômica numérica 
c) Isolamento reprodutivo 
d) Seleção natural 
e) Formação de nova espécie 
 
2. Entre os cães domésticos encontramos uma grande diversidade morfológica (p. ex.: Fox, São 
Bernardo, Dobermann, Poodle e muitos outros). Já entre os cães selvagens (Cachorro-do-mato, 
Lobo-guará), a diversidade é muito menor. Com relação a esse processo, podemos considerar: 
a) A grande diversidade entre os cães domésticos é resultado de uma forte seleção promovida pelo homem. 
b) A menor diversidade entre os cães selvagens decorre do fato de não estar submetidos a nenhum 
processo seletivo. 
c) A fertilidade entre os diferentes tipos de cães domésticos é uma evidência de que eles são de espécies 
diferentes. 
d) A formação dos diferentes tipos de cachorros é um processo de convergência adaptativa. 
 
3. São órgãos homólogos: 
a) nadadeiras de peixes e parápodes de poliquetas; 
b) nadadeiras anteriores de uma baleia e asa de morcego; 
c) brânquias de camarão e brânquias de peixes; 
d) nadadeiras peitorais de peixes e braços de polvo; 
e) asas de aves e asas de insetos. 
 
4. “Um pesquisador cortou as cauda de camundongos e cruzou estes animais entre si. Quando os 
filhotes nasceram, o pesquisador cortou lhes as caudas e novamente cruzou-os entre si. Continuou 
a experiência por 20 gerações e na 21ª geração os camundongos apresentavam caudas tão longas 
quanto as da primeira.” Este experimento demonstrou que: 
a) A hipótese de Lamarck sobre a herança dos caracteres adquiridos está correta. 
b) Os caracteres adquiridos não são transmitidos à descendência. 
c) A teoria mendeliana está errada. 
d) Não existe evolução, pois os ratos não se modificam. 
e) Este experimento não pode ter dado esse resultado, pois já a partir da 2ª geração os ratos nasceriam 
sem cauda. 
 
 
 
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5. Sobre a teoria de Darwin, pode-se considerar que, para que ela fosse completa: 
a) teria de explicar como as características adquiridas são transmitidas; 
b) não poderia considerar que todos os animais da Ordem Primata, incluindo a espécie humana, tivessem 
uma origem comum; 
c) deveria mencionar o fato de que a evolução tem como causa exclusiva a mutação; 
d) teria de explicar a origem das variações nas espécies; 
e) deveria dizer que as variações são impostas pelo meio ambiente. 
 
6. Há alterações estruturais decorrentes da adaptação de uma espécie, em resposta a novas 
necessidades impostas por mudanças ambientais, e essas alterações são transmitidas à prole. 
Esta ideia faz parte da teoria de: 
a) Lamarck. 
b) Darwin. 
c) Wallace. 
d) Lyell. 
e) Malthus. 
 
7. A característica - musculatura desenvolvida - adquirida por um halterofilista deverá ser 
transmitida a seus descendentes. 
Esta afirmação se baseia na teoria evolucionista enunciada por: 
a) Lineu. 
b) Darwin 
c) Malthus. 
d) Lamarck. 
e) Mendel. 
 
8. Os princípios a seguir relacionados referem-se à teoria da evolução das espécies. 
I. Adaptação ao meio. 
II. Seleção natural. 
III. Mutação. 
IV. Lei do uso e desuso. 
V. Herança dos caracteres adquiridos. 
Lamarck, em sua teoria, considerou: 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) I, IV e V. 
d) II, IV e V. 
e) II, III e V. 
 
 
 
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9. Entre os princípios básicos abaixo, o único que não faz parte da teoria da evolução de Darwin é: 
a) O número de indivíduos de uma espécie mantém-se mais ou menos constante no decorrer das gerações. 
b) A seleção dos indivíduos de uma espécie se faz ao acaso. 
c) Os indivíduos de uma espécie apresentam variações em suas características. 
d) No decorrer das gerações, aumenta a adaptação dos indivíduos ao meio ambiente. 
e) O meio ambiente é o responsável pelo processo de seleção. 
 
10. Em relação à evolução biológica, observe as afirmativas abaixo: 
I. A girafa evoluiu de ancestrais de pescoço curto, o qual se desenvolveu gradativamente pelo esforço do 
animal para alcançar as folhas das árvores mais altas. 
II. Os ancestrais da girafa apresentavam pescoço de comprimentos variáveis. Após várias gerações, o 
grupo mostrou um aumento no número de indivíduos com pescoço mais comprido, devido à seleção natural. 
III. Os indivíduos mais adaptados deixam um número maior de descendentes em relação aos não-
adaptados. 
IV. As características que se desenvolvem pelo uso são transmitidas de geração a geração. 
Assinale: 
a) se I, II e III estiverem de acordo com Lamarck e IV com Darwin; 
b) se I e III estiverem de acordo com Lamarck e II e IV com Darwin. 
c) se I e IV estiverem de acordo com Lamarck e II e III com Darwin; 
d) se I, II, III e IV estiverem de acordo com Lamarck; 
e) se I , II , I II e IV estiverem de acordo com Darwin. 
 
11. Em um ambiente qualquer, os indivíduos com características que tendem a aumentar sua 
capacidade de sobrevivência têm maior probabilidade de atingir a época de reprodução. Assim, em 
cada geração, podemos esperar um pequeno aumento na proporção de indivíduos de maior 
viabilidade, isto é, que possui maior número de características favoráveis à sobrevivência dos mais 
aptos. Esse texto se relaciona com: 
a) lei do uso e desuso. 
b) herança dos caracteres adquiridos. 
c) hipótese do aumento da população em progressão geométrica. 
d) hipótese do aumento de alimento em progressão aritmética. 
e) seleção natural. 
 
12. "De tanto comer vegetais, o intestino dos herbívoros aos poucos foi ficando longo." Essa frase 
está de acordo com qual destas teorias? 
a) Darwinismo 
b) Mutacionismo 
c) Lamarckismo 
d) Mendelismo 
e) Neodarwinismo 
 
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13. “O ambiente afeta a forma e a organização dos animais, isto é, quando o ambiente se torna muito 
diferente, produz ao longo do tempo modificações correspondentes na forma e organização dos 
animais... As cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama; de tal 
maneira que seus corpos, como resultados de esforços repetidos de se alongar, adquiriram 
comprimento considerável...”. 
O trecho citado foi transcrito da obra Filosofia Zoológica de um famoso cientista evolucionista. 
Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a ideia transmitida pelo texto e o

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