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Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 1 Material de Contabilidade Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva Material para as aulas de Contabilidade dos Cursos de Ciências Contábeis e Administração. 2017/2 Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 2 PLANO DE ENSINO CURSO: Ciências Contábeis/Administração SÉRIE: 2º Semestre DISCIPLINA: Contabilidade CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 Horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 Horas I – EMENTA Esta disciplina trata do campo de atuação da contabilidade que se estende a todas as entidades que possuam patrimônio e que exerçam atividades para alcançar suas finalidades. Trata, também, da formação do patrimônio das entidades, por meio dos registros contábeis das operações, com o objetivo de fornecer informações sobre sua composição e variações que permitam, aos usuários da contabilidade, a avaliação da situação econômico-financeira da entidade, através das demonstrações contábeis: balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício. II – OBJETIVOS GERAIS Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso/PPC, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais relacionadas. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 3 III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS Saber utilizar as Demonstrações Contábeis como fonte de informações de natureza econômica, financeira e patrimonial para tomada de decisões nos processos de controle e planejamento das organizações. IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 4.1 Campo de Atuação da Contabilidade 4.1.1 Conceitos de contabilidade 4.1.2 A contabilidade como sistema de informação e controle 4.1.3 O patrimônio empresarial 4.1.4 A contabilidade e as finanças empresariais 4.1.5 A contabilidade e a economia e o direito 4.1.6 Grupos de interesse na informação contábil 4.2 O Balanço Patrimonial 4.2.1 Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido 4.2.2 Conceitos de conta 4.2.3 Contas devedoras e contas credoras 4.2.4 Princípios básicos de origens e aplicações de recursos 4.2.5 Balanços sucessivos: conceituação e prática 4.3 Registros contábeis que envolvem Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido 4.3.1 Os livros contábeis: Diário e Razão 4.3.2 Débito e crédito como mecanismo 4.3.3 Adição e subtração como mecanismo 4.3.4 Registro das operações contábeis; Regime de caixa e regime de competência 4.3.5 Ajustes contábeis conforme regime de contabilidade 4.4 Variações do Patrimônio Líquido 4.4.1 Despesas, receitas e resultado 4.4.2 Apuração do Resultado 4.4.3 Padronização e titulação 4.4.4 Impacto das contas de resultado no balanço patrimonial Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 4 V – ESTRATÉGIAS DE TRABALHO Para ser possível se atingir os propósitos desta disciplina serão desenvolvidas aulas expositivas dialogadas, com ampla discussão dos diversos aspectos que envolvam a escrituração contábil, os benefícios que a contabilidade traz ao desenvolvimento das finanças empresariais. Serão privilegiados os debates e questionamentos, sempre com base em casos práticos trazidos das demonstrações contábeis publicadas nos jornais. Em todas as estratégias estarão inseridas as buscas pelas competências objetivadas pelo curso. VI – AVALIAÇÃO O processo formal de avaliação do aprendizado através de provas será complementado com avaliações por meio de simulados-surpresa ou não, constantes de testes objetivos em situações previamente estudadas pelos alunos. A participação nos questionamentos será privilegiada por meio de pontuações adicionais. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 5 VII - BIBLIOGRAFIA BÁSICA FEA/USP Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade Introdutória (Livro texto). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2010. FEA/USP Equipe de Professores. Coordenação Sérgio de Iudícibus. Contabilidade Introdutória (Livro de exercícios). 11a ed., São Paulo: Atlas, 2011. MÜLLER, Aderbal Nicolas. Contabilidade Básica – Edição Revista. São Paulo: Pearson, 2010. VIRTUAL BAPTISTA, Antônio Eustáquio & GONÇALVES, Eugênio Celso.. Contabilidade Geral. 7º Ed., São Paulo: Atlas, 2011. PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade introdutória e intermediária – texto e exercícios, 9º Ed., São Paulo: Atlas, 2014. SOUZA, de Clóvis, FAVERO, Hamilton Luiz, LONARDORI, Mário & TAKAKURA, Massakazu. Contabilidade – Teoria e Prática, volume 1, 6º Ed., São Paulo:Atlas. VEIGA, Windsor Espenser & SANTOS, Fernando de Almeida. Contabilidade: Com ênfase em pequenas e médias empresas – 2014 – leis No 11.638/07, 11.941/09, NBC TG 1000 ( CPC PME) e ITG 1000. 3º Ed., São Paulo: Atlas, 2014. COMPLEMENTAR CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – www.cpc.org.br (Para acesso aos CPC,s Pronunciamentos Contábeis / Resoluções do CFC pertinentes aos CPC,s. Marion, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15a ed., São Paulo: Atlas: 2009. Marion, José Carlos. Contabilidade Básica. 10a ed., São Paulo: Atlas: 2009. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2010. SZUSTER, Fernanda Rechtman et al. Contabilidade Geral. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. PERIÓDICOS: Contabilidade, Gestão e Governança http://www.cgg-amg.unb.br/index.php/contabil/issue/archive Revista Contabilidade e Finanças - http://www.scielo.br/ Revista Universo Contábil Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 6 1. A CONTABILIDADE 1.1 Conceitos de Contabilidade muitos são os conceitos acerca das Ciências Contábeis. Vejamos alguns deles: “A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização” (Ibracon); “A Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico financeira dessa companhia” (Nelson Gouveia); “A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos créditos” (Prof. F. Hermann Jr.); “A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa” (Osni Moura); “É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômicas decorrente da gestão da riqueza patrimonial” (Hilário Franco). “A Contabilidade também tem sido conceituada como método idealizado para captar, registrar, reunir, interpretar e demonstrar os fatos que afetam as situações patrimoniais de qualquer entidade seja com fins lucrativos ou não”. Enfim, existem inúmeros conceitos, de vários autores, e entidades, sobre o que seja a Contabilidade. Entretanto, todos esses conceitos convergem nitidamente em seus enunciados para o controle do patrimônio através das informações prestadas pela Contabilidade. Vejamos o conceito oficial deContabilidade, enunciado no Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, em 1924: Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica. Para o Instituto de pesquisa Contábeis, atuariais e financeiros (Ipecafi), “a Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 7 destinado a prover seus usuários com demonstrações e analises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização”. Resumindo podemos dizer que a contabilidade Coleta, processa e divulga dados monetários do patrimônio das entidades, demonstrado na figura a baixo: Dados Nota: AZIENDA: Complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio, representados em valores ou que podem ser objeto de apreciação econômica, considerado juntamente com a pessoa natural ou jurídica que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade; fazenda. (Dicionário Aurélio) 1.2 Objeto da Contabilidade Define-se como objeto da Contabilidade o seu campo de aplicação, ou seja, O PATRIMÔNIO das entidades econômico administrativas; ou, como tais, as aziendas. Como patrimônio, entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigações das entidades. 1.3 Objetivo da Contabilidade Como consequência da definição de Contabilidade, observamos claramente que seu objetivo é permitir o controle e o estudo do patrimônio das entidades econômico administrativas. 1.4 Finalidade da Contabilidade Cabe ainda definir a finalidade da Contabilidade como sendo fornecer informações econômicas e financeiras acerca da entidade. As informações de natureza econômica compreendem, principalmente, os fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e as variações no patrimônio da entidade. As informações de natureza financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro das entidades. 1.5 Usuários das Informações Contábeis Dados $ Patrimônio Processa Relatórios Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 8 São todas as pessoas físicas ou jurídicas que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento da entidade. Podemos citar como exemplo de tais pessoas: Os administradores, os sócios e acionistas da entidade, o governo, os bancos, etc. Note-se que, nesse aspecto, temos tanto usuários internos como usuários externos que se interessam cada um a seu modo, pelas informações contábeis como um todo. 1.6 Técnicas Contábeis Do ponto de vista moderno, podemos enumerar quatro técnicas contábeis, quais sejam: A Escrituração: consiste em registrar nos livros próprios (diário, razão, caixa, etc.) todos os fatos administrativos que ocorrem na rotina das entidades; As Demonstrações: são quadros técnicos e analíticos, com aspectos qualitativos e quantitativos, com dados extraídos dos registros contábeis da empresa. Como exemplos temos o Balanço Patrimonial, a DRE, etc.; A Auditoria: consiste na verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações financeiras, através do exame detalhado dos registros contábeis, em confronto com os respectivos documentos que os originaram; Análise de Balanços: é o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações financeiras, com o fim de transformar esses dados em informações diversas sobre a situação da entidade. 1.6 Campo de aplicação O campo de aplicação da Contabilidade consiste no ramo de estudo dos contabilistas, ou seja, no que eles trabalham. Com efeito, tal campo de atuação se traduz nas entidades econômico-administrativas como um todo. Podemos definir essas entidades como sendo as organizações dotadas de capital e patrimônio, geridas por ação administrativa em à atividade de pessoas, e que apresentam um fim determinado. Com relação ao fim a que se destinam, as entidades econômico- administrativas podem ser classificadas como sendo: a) Entidades com fins econômicos: Chamadas empresas, visam lucro, a fim de preservar e aumentar seu patrimônio próprio (empresas comerciais, indústrias, etc.); b) Entidades com fins socioeconômicos: São chamadas de instituições, visam reverter seus resultados em benefício de seus integrantes (associações, sindicatos, etc.); c) Entidades com fins sociais: não têm fins lucrativos, se destinam a um fim em prol do interesse coletivo (Entes Federados, ONGs, etc.). Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 9 Síntese Geral de informações que devem ser levados em consideração na contabilidade. Contabilidade é ciência Social O objeto próprio de estudo da Contabilidade é o Patrimônio. O campo de atuação da contabilidade estende-se às pessoas físicas e jurídicas. As técnicas contábeis são: escrituração, demonstração, análise de balanços e auditoria. Os interessados na Contabilidade são: proprietários, administradores, fornecedores de mercadorias e produtos, banqueiros, governo, sindicatos, economistas, auditores e etc. As especializações na aere contábil são: Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Contabilidade de Custos, Contabilidade Agrícola e da Pecuária, Contabilidade das Instituições Financeiras, Contabilidade pública, Auditoria interna e auditoria Externa, pericias contábeis judiciais. Fonte Dr. José Carlos Marion. EXERCÍCIOS: 1. Dê um conceito para Contabilidade. 2. Defina o objeto e o objetivo da Contabilidade. 3. Diferencie objetivo e finalidade da Contabilidade. 4. Defina cada uma das técnicas contábeis. 5. Classifique os tipos de entidades econômicas administrativas. 6. Dê um conceito para azienda. 7. Você considera a Contabilidade como sendo uma técnica? Justifique. 8. Dê exemplos de usuários internos das informações contábeis. 9. Dê exemplos de usuários externos das informações contábeis. 10. Entidades sem fins lucrativos fazem parte do campo de aplicação da Contabilidade? Justifique. Uma empresa sem boa contabilidade é como um barco à deriva ao sabor dos ventos. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 10 A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL E SEUS CONCEITOS. O PATRIMÔNIO Noções de Coisas/Bens/Riqueza Dadas as afinidades entre os termos que compõem o patrimônio, é interessante conceituá-los, para que se possa fazer perfeita distinção entre eles. Coisa: é o que simplesmente existe na natureza, independente da vontade e intervenção humana. Ex. as florestas, o mar, a terra. Bem: é toda coisa suscetível de avaliação em dinheiro e que satisfaz uma necessidade humana. Riqueza: é tudo o que é útil (tem valor econômico e de troca), limitado (existe em quantidade relativamente pequena), material (se fosse incorpóreo não poderia ser apropriável e nem permutável) e apropriável (é a qualidade do que pode ser propriedade de alguém). BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, e de uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado pelos bens e direitos e o passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o passivo é o capital, conhecido como patrimônio líquido que aparece no passivo, para completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na equação patrimonial. ATIVO: representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens e direitos da entidade. Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumascaracterísticas especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios econômicos para a entidade, devem ser um recurso econômico, devem ser de propriedade ou estar na posse de alguma entidade contábil e devem ser mensuráveis monetariamente. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 11 Bem: é qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliado economicamente. Os bens são divididos em: tangíveis que representam os bens materiais (têm forma física e são palpáveis) e intangíveis que têm como principal característica a inexistência como coisa e seu valor vinculado a um bem tangível ou a uma determinada situação da empresa (são incorpóreos e não palpáveis). Ex: bens tangíveis: destinados à instalação (prédios, terrenos, móveis e utensílios), destinados a produção (máquinas, equipamentos, instrumentos e acessórios), destinados a transformação (matéria-prima, material secundário e material para embalagem), destinados ao consumo (material de escritório, material de limpeza e selos postais), destinados à circulação (dinheiro, dinheiro em bancos e aplicações financeiras) e destinados à venda (mercadorias e produtos comprados para revenda). Ex: bens intangíveis: marcas de comércio e patentes de invenção. O Código Civil Brasileiro distingue os bens em: móveis que são os que podem ser movidos por si próprios ou por outras pessoas, tais como: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadoria, entre outros, e bens imóveis que são os vinculados ao solo e que não podem ser retirados sem destruição ou danos, tais como: edifícios, árvores, entre outros. Direito: ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou serviço em troca do pagamento não imediato, originando um direito correspondente. Portanto representa os bens da empresa que estão em mãos de terceiros, como os créditos a receber de terceiros. PASSIVO: representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo representam os valores negativos do patrimônio. Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser uma obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do passivo é uma mera questão para atender à necessidade da Contabilidade para garantir a igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo). O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o capital próprio e suas variações. Obrigações: constituem-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ou serviço e que em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento, representado por um documento, como as duplicatas a pagar. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 12 PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital investido pelos sócios e está graficamente localizado no seu lado direito. Obs. - Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo, não tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a entidade terá sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero . Se a entidade possuir ativos e/ou passivos, ela os terá positivamente, ou não os terá. ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMÔNIO É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica, com finalidade definida e mensurável economicamente. Tem- se do lado esquerdo o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direito inclui as obrigações a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO O gráfico do patrimônio é representado pelo Balanço Patrimonial, no qual do lado esquerdo encontram-se os valores ativos e do lado direito os valores passivos, como mostra o exemplo abaixo: ATIVO PASSIVO Bens Obrigações Edifícios Fornecedores Móveis e Utensílios Empréstimo Bancário Marcas e Patentes Salários a Pagar Banco c/Movimento Impostos a Recolher Direitos Aluguéis a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO Duplicatas a Receber Capital Integralizado Lucros Acumulados Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 13 A contabilidade e as finanças empresariais Como já discutimos nos módulos anteriores, já falamos dos principais conceitos de contabilidade e agora evidenciares as finanças empresariais, para isso utilizo desta reportagem (Os conceitos de finanças que todo empreendedor precisa conhecer Respondido por Ana Paula Paulino da Costa, especialista em finanças - REVISTA EXAME).editado em 03 de junho de 2015. É a área do conhecimento que trata de assuntos relacionados ao uso do dinheiro. Aqui serão comentados os conceitos fundamentais. Alguns deles merecem atenção pela confusão que podem despertar entre si. Vejam quais são os conceitos que todo empreendedor precisa conhecer: 1. Renda e riqueza Esses conceitos são distintos e precisam ser tratados de forma diferente e complementar pelo empresário. Renda é uma medida de fluxo, mensurada em períodos de tempo como mês ou ano. Riqueza é uma medida de estoque, mensurada em uma determinada data como no final do mês ou do ano. A renda é o ganho ocorrido em um período de tempo, calculado a partir do faturamento, descontados os custos e as despesas. O imposto de renda leva esse nome porque é calculado com base nesse ganho. Riqueza é o que se acumula em bens e direitos. Em finanças, esses conceitos são conhecidos com outra nomenclatura: renda = lucro; riqueza = patrimônio. A variação da riqueza, em determinado período, é uma renda. 2. Custos e despesas Tanto custos quanto despesas representam o consumo do patrimônio em um determinado período, seja em forma de desembolso, saindo do caixa, ou em forma de vida útil de bens imóveis ou direitos contratuais. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 14 A distinção entre custos e despesas não está no item aos quais eles se referem, mas ao uso que se faz dos itens. Se um carro é usado para a prestação de serviços, levando o técnico ao cliente, por exemplo, a vida útil consumida neste uso, denominada de depreciação, deve ser considerada como custo. Mas se o carro for de uso pessoal do empresário, a depreciação deve ser considerada despesa. Qual a importância desta distinção? Principalmente para a formação de preços, no controle de ociosidade e no planejamento da operação, incluindo o cálculo do tamanho ótimo do negócio. 3. Investimento e despesa Investimento é o uso do dinheiro em bens e direitos que irão permitir que a empresa possa operar em mais de um período. Pode ser uma aplicação financeira para uso no futuro; pode ser em imóveis, carros ou máquinas que serão usadas para gerar receita em vários anos ou como reserva de valor para o futuro. O desembolso é indiscutivelmente despesa quando se refere a um direito ou benefício que será consumido no mesmo período do desembolso, ou seja, quando não há nada no futuro para receber referente a esse gasto. Um aluguel pago referente ao mês corrente é despesa, pois o direito de continuar no imóvel já foi usado. Também é despesa quando há dúvidas sobre o benefício futuro ou quando esse é de difícil apuração. Você faz um curso e espera que a gestão da empresa melhore e ganhe mais dinheiro. Apesar de chamarmos isso de investimento, em finanças issoé despesa. Se você ganhar mais, isso será registrado como lucro, mas apenas no momento em que isso ocorrer. 4. Lucro e caixa Lucro é renda, uma sobra do seu negócio que pode ser distribuída aos sócios. Caixa faz parte do patrimônio. Sobra de caixa não é lucro! A distribuição dos lucros obviamente sairá do caixa, mas este muda cotidianamente, pelas diferenças nos prazos dos pagamentos e dos recebimentos. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 15 O caixa, portanto, é um limitador da distribuição do lucro. A distribuição do lucro não pode comprometer os pagamentos futuros necessários à operação da empresa. A contabilidade e a economia e o direito A abordagem positivista nas “ciências humanas” cria divórcios incompreensíveis e distâncias inexistentes entres os diversos estudos pelos humanistas. Isso acontece no que diz respeito à relação entre a contabilidade a economia e o direito. Não há como analisar o conteúdo jurídico da empresa, tanto no seu viés privado, tal como o direito societário e o direito comercial, quanto no seu viés público, principalmente o direito tributário, dissociado da contabilidade e das demonstrações econômicas e financeiras. A regulamentação do capitalismo assim como o seu próprio desenvolvimento são dependentes do desenvolvimento do direito da economia e da contabilidade, que aconteceram juntos e interligados. Enquanto o direito, por meio dos contratos, estabelece as responsabilidades da atividade econômica, a contabilidade revela essa mesma atividade, classificando-a de maneira racional. O negócio empresarial, dessa forma, completa-se e se formaliza pelo direito e pela contabilidade gerando as informações econômicas. Atividades 1- Os bens que a empresa possui são representados por contas de: A) Ativo. B) Passivo. C) Compensação. D) Receitas. E) Despesas. 2- Utilização de lucros acumulados para aumento de capital social da empresa: A) Aumenta o patrimônio líquido. B) Diminui o patrimônio líquido. C) Não aumenta nem diminui o patrimônio líquido. D) Aumenta o Passivo e/ou diminui o Ativo. E) Aumenta o Ativo e/ou diminui a Passiv0 3- demonstrativo básico da contabilidade: o balanço patrimonial, é formado por 3 partes básicas. Através desta afirmação o patrimônio líquido é fruto de uma equação que o identifica: A ) Como menor do que o passivo circulante. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 16 B) Como maior do que o passivo circulante. C) Como igual ao ativo. D) Como igual ao passivo. E) Como a diferença entre o ativo e o passivo. 4-responda: O ativo é formado por bens e direitos. Bens podem ser tangíveis ou intangíveis e os direitos os valores a receber. Através disto assinale a alternativa que representam apenas "direitos": A ) Franquias – Adiantamentos a empregados. B) Adiantamento de seguros – Certificados de Depósito Bancário (CDB). C) Mercadorias – Duplicatas a Receber. D) Adiantamentos de clientes – Despesas antecipadas. E) Créditos de sócios – Depósitos Bancários à Vista. 5- Conceitue Bens, Direitos e Obrigações. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 6- Conceitue Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 7- Defina Patrimônio. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 17 8- No que se diz respeito a finanças empresariais defina renda e riqueza. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 9- ainda sobre os conceitos de finanças defina despesas e custos. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 10- fale sobre a contabilidade o direito e a economia. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ A contabilidade como sistema de informação e controle Podemos dizer que a contabilidade é um sistema, um sistema intitulado de “Sistema das partidas dobradas”, quando da sua criação foi assim, a Contabilidade, mostrada e difundida durante anos, como um sistema que convencionalmente precisa de um lado Devedor e outro lado Credor. Mostrando assim, em sua composição a formação de um sistema, de um método. Vamos entrelaçar esses três importantes conceitos, o Sistema, a Informação e a Contabilidade, para a assim, chegarmos a Contabilidade como sistema de informação. Atualmente quando falamos em Contabilidade como informação no ambiente empresarial, nos deparamos como um assunto moderno, e de certa forma na “moda”. Vamos ver que a Contabilidade, nesse nível de informação que é importante para tomadas de decisão, está ligado inteiramente com a Controladoria. (A Controladoria na sua essência é um modelo de gestão, gestão de sistemas integrados em toda a organização, que serão monitorados por um controller, desempenhando sua função de maneira muitoespecial. Dentro do ambiente contábil Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 18 e financeiro da organização, responsável de organizar e reportar informações relevantes para a tomada de decisão nas organizações. ). E para entender esse sistema vamos estudar o método das partidas dobradas Métodos das Partidas Dobradas O objetivo aqui é mostrar como a contabilidade, por meio de sua técnica consegue registrar todos os fatos administrativos e manter o equilíbrio do Patrimônio. Em contabilidade, o Método das Partidas Dobradas, ou Método Veneziano ("el modo de Vinegia") descrito pela primeira vez por Luca Pacioli no livro "Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornaliti" em 1494, é o sistema-padrão usado em empresas e outras organizações para registrar transações financeiras. Sua premissa é de que a condição financeira e os resultados das operações de uma empresa ou organização são melhores representadas por diversas variáveis, chamadas contas, em que cada uma reflete um aspecto em particular do negócio como um valor monetário. Cada transação financeira é registrada na forma de entradas em pelo menos duas contas, nas quais o total de débitos deve ser igual ao total de créditos. Ou seja podemos dizer que: ‘A cada débito deve corresponder um ou mais créditos no mesmo valor do débito e vice versa ou, para cada crédito, deve corresponder um ou mais débitos no mesmo valor do crédito.’ Será comum em contabilidade ouvirmos a expressão: “Para todo débito haverá um crédito de igual valor.” Já vimos, que o Balanço Patrimonial representa o equilíbrio do patrimônio, pois, em seu lado esquerdo, estão representadas as aplicações de recursos (bens e direitos) e, em seu lado direito, todas as origens dos recursos aplicados. Entretanto, para que a Contabilidade produza uma demonstração com essas características, é necessário que, em cada operação, o raciocínio seja o mesmo, ou seja, cada operação que a empresa faz, movimenta recursos, aplicando em algum item do patrimônio e esse recurso tem uma origem específica. Por exemplo, quando os sócios integralizam o capital social em dinheiro, é feita uma aplicação no Caixa da empresa e a origem foi o capital social (dos sócios). Ou quando a empresa compra mercadorias a prazo, há uma aplicação de recursos no estoque de mercadorias e uma origem de capital de terceiros (fornecedores). Ou ainda, quando a empresa recebe uma dívida de clientes, novamente há uma aplicação de recursos em seu Caixa e a origem desses recursos é de seus clientes. Veja que, em cada operação, são registradas as suas duas faces, onde foi aplicado o recurso e de onde veio. Mesmo quando se trata de contas de resultado, no pagamento de uma despesa, a empresa está aplicando em Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 19 recursos consumidos e esses recursos têm uma origem interna (Caixa, Bancos) ou externa (Governo, Funcionários etc.). O Balanço Patrimonial e seus tipos de equações O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, através da qual podemos ver a situação patrimonial-financeira de uma entidade em determinado momento, normalmente ao final de cada exercício social. Graficamente, o Balanço é constituído de duas colunas: a do lado direito, denominado Passivo, identificamos os valores representativos do Passivo (obrigações da empresa) e Patrimônio Líquido (investimento inicial e as variações ocorridas, decorrentes das atividades); na coluna do lado esquerdo denominado Ativo identificamos os bens e direitos da entidade. Débitos e Créditos Para que esse mecanismo se tornasse funcional, as seguintes regras foram criadas, a partir da natureza das contas de Ativo, Passivo e Resultado: DÉBITOS • AUMENTAM AS CONTAS DO ATIVO • DIMIMUEM AS CONTAS DO PASSIVO • DIMINUEM AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CRÉDITOS • DIMINUEM AS CONTAS DO ATIVO • AUMENTAM AS CONTAS DO PASSIVO • AUMENTAM AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 20 Ou, podemos, ainda, enunciar a mesma regra de outra forma, segundo os elementos do Patrimônio: ATIVO • OS DÉBITOS AUMENTAM O VALOR DE SUAS CONTAS • OS CRÉDITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO • OS DÉBITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS • OS CRÉDITOS DIMINUEM O VALOR DE SUAS CONTAS Exemplos Usando essa regra, toda operação que implicar aumento de contas do ativo, esta conta deverá ser debitada. Por exemplo, a integralização do capital social em dinheiro no valor de R$ 100.000; a conta Caixa deverá ser debitada em R$ 100.000 e a conta capital deverá ser creditada em R$ 100.000, pois houve um aumento do Ativo e um aumento no Patrimônio Líquido no mesmo valor. A compra de mercadorias à vista implicará um aumento no estoque de mercadorias (Ativo) e diminuição dinheiro em Caixa (Ativo), portanto, deverá ser debitada a conta “Mercadorias” (aumento do Ativo) e creditada a conta “Caixa“ (diminuição de Ativo). Se a compra fosse a prazo, deveríamos debitar a conta “Mercadorias” (aumento do Ativo) e creditar a conta “Fornecedores” (aumento do Passivo). Para facilitar o entendimento dessa regra, vamos construir razonetes. Definição de razonetes “Nas ciências contábeis, razonete é uma ferramenta e uma representação gráfica em forma de "T" bastante utilizada pelos contadores. É um instrumento didático para desenvolver o raciocínio contábil. Através do razonete são feitos os registros individuais por conta. Como o balanço, o razonete tem dois lados; na parte superior do razonete coloca-se o título da conta que será movimentada. Posteriormente, os resultados individuais são transferidos para o Balanço Patrimonial para criação dos demonstrativo contábeis. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 21 (logo veremos essa definição) abaixo representados. No caso da integralização do Capital Social em dinheiro no valor de R$ 50.000, teríamos: O lado esquerdo chama-se débito e o lado direito chama-se crédito, portanto debitamos a conta “Caixa” e creditamos a conta “Capital”. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 22 Vejamos um segundo exemplo: a empresa comprou mercadorias a prazo no valor de R$ 10.000. Debitamos a conta “Mercadorias” (aplicação de recursos) e creditamos a conta “Fornecedores” (origem dos recursos necessários para a compra), mantendo o equilíbrio. Não se esqueça: o lado esquerdo chama-se débito e o lado direito chama-se crédito. Assim, sempre que há um aumento em qualquer conta do Ativo, fazemos um débito e quando há uma diminuição em qualquer conta do Ativo fazemos um crédito. E, no Passivo e Patrimônio Líquido, ocorre o Contrário: quando aumentamos qualquer obrigação, fazemos um crédito e, quando diminuímos qualquer obrigação, fazemos um débito. Exercícios. A empresa ESTUDANTES SA realizou as seguintes operações no mês de janeiro de 2012. a- Integralização de Capital em dinheiro no montante de R$ 80.000,00; b- Compra de moveis para escritório no valor de R$10.000,00; c- Deposito no Banco do Brasil no valor de R$ 50.000,00; Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 23 d- Compra de terreno para futuras instalações no valor de R$ 30.000,00 com pagamento em cheque; e- Compra de veiculo no valor de R$ 25.000,00 sendo R$ 5.000,00 em dinheiro e R$ 20.000,00 em cheque. f- compra de mercadorias no valor de R$ 5000,00. Pede-se efetue os lançamentos das transações patrimoniais nos razonetes. Para dar continuidade a nossa aprendizagem devemos agora abrir um parêntese e entendermos sobre os conceitos de contas e contas deresultados. Conta é o nome técnico que identifica cada componente patrimonial (bem, direito ou obrigação), bem como identifica um componente de resultado (receita ou despesas).Todos os acontecimentos que ocorrem durante a gestão patrimonial de uma entidade, tais como compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc. são registrados contabilmente em suas respectivas contas. Por exemplo: dinheiro em caixa, conta Caixa; dinheiro em banco, conta Banco; mercadorias em estoque, conta Mercadorias, etc. As contas se apresentam em sistemas de contas que representam o conjunto de todas as contas utilizadas nos registros contábeis da entidade. As contas de um sistema podem ser agrupadas de acordo a natureza década uma delas – como veremos a diante. As contas são classificadas em dois grandes grupos, quais sejam: As contas patrimoniais e as contas de resultado. . As Contas Patrimoniais são as que representam os elementos componentes do Patrimônio. Dividem-se em Ativas (Bens e direitos) e Passivas (Obrigações e PL). As Contas de Resultado São as que representam variações no patrimônio da entidade. Dividem-se em Despesas e Receitas: As Despesas caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços, com o objetivo de obter receitas. Como exemplo, podemos citar a energia elétrica consumida, o material de expediente, os salários pagos, etc. Vejamos algumas contas que representam despesas: Água e Esgotos Aluguéis Passivos Descontos Concedidos Despesas Bancárias Fretes e Carretos Impostos Material de Expediente Juros Passivos Luz e Telefone Material de Limpeza Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 24 Salários Prêmio de Seguros Café e Lanches As Receitas Decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. Há menos contas de receitas que de despesas; vejamos as mais comuns: Aluguéis Ativos Descontos Obtidos Juros Ativos Vendas de Mercadorias Receita de Serviços Comissões Ativas Após o estudo dos conceitos sobre contas vamos entender o Planos de Contas. O Plano de Contas deve expressar, por meio das contas contábeis, o negócio e a particularidade de uma organização. Iudícibus et. al. (1994) entende que ao preparar um projeto para desenvolver um Plano de Contas a empresa deverá buscar várias possibilidades de relatórios gerencias e para uso externo, prevendo contas de acordo com os diversos relatórios a serem produzidos. O CFC (2002) afirma que o Plano de Contas é a estrutura básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com informações para geração de todos os relatórios. Iudícibus e Marion (1991, p. 58) afirmam que para o delineamento de um Plano de Contas é necessário considerar alguns requisitos fundamentais, tais como tamanho da empresa, ramo de atividade, sistema contábil e interesse dos usuários. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 25 MODELO SIMPLIFICADO DE PLANO DE CONTAS – ATUALIZADO COM AS LEIS Nº 11.638/07 E Lei Nº 11.941/09. 1. ATIVO 1.1 Circulante 1.1.01 Disponível 1.1.01.01 Caixa 1.1.01.01.01 Caixa 1.1.01.02 Banco conta movimento 1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A. 1.1.01.02.02 Banco Itaú Unibanco S/A. 1.1.01.02.03 Bradesco 1.1.01.03 Aplicações financeiras 1.1.01.03.01 Banco do Brasil S/A. 1.1.01.03.02 Banco Itaú Unibanco S/A. 1.1.01.03.03 Bradesco S/A. 1.1.02 Clientes 1.1.02.01 Cliente X 1.1.02.02 Cliente Y 1.1.03 Duplicatas a receber 1.1.04 (-) Duplicatas descontadas 1.1.04.01 (-) Duplicatas descontadas 1.1.05 (-) Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa 1.1.05.01 (-) Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa 1.1.06 Adiantamento a fornecedores 1.1.07 Adiantamento a empregados 1.1.08 Títulos a receber 1.1.09 Tributos a recuperar 1.1.09.01 ICMS a recuperar 1.1.09.02 IPI a recuperar 1.1.09.03 IRRF a recuperar 1.1.09.04 CSLL a recuperar 1.1.09.05 PIS a recuperar 1.1.09.06 INSS a recuperar 1.1.09.07 COFINS a recuperar 1.1.09.08 Outros tributos a recuperar 1.1.10 Estoques 1.1.10.01 Mercadorias para Revenda 1.1.10.02 Produtos em elaboração 1.1.10.03 Matéria prima 1.1.10.04 Material de embalagem 1.1.10.05 Materiais de Uso/Consumo 1.1.11 Títulos e valores mobiliários 1.1.11.01 Depósito p/ incentivo fiscal Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 26 1.1.12 Despesas antecipadas 1.1.12.01 Juros s/ empréstimo de capital de giro 1.1.12.02 Juros s/ financiamento Imobilizado 1.1.12.03 Seguros 1.1.12.04 Outras 1.2 Não Circulante 1.2.01 Realizável a longo prazo 1.2.01.01 Aplicações em Incentivos Fiscais 1.2.02 Investimentos 1.2.02.01 Participação em outras empresas 1.2.02.02 Outros investimentos 1.2.03 Imobilizado 1.2.03.01 Terrenos 1.2.03.02 Móveis e utensílios 1.2.03.03 (-) Depreciação Acumuladas móveis e utensílios 1.2.03.04 Instalações 1.2.03.05 (-) Depreciação Acumuladas instalações 1.2.03.06 Máquinas, equipamentos e ferramentas 1.2.03.07 (-) Depreciação Acumul. máquinas, equipamentos e ferramentas 1.2.03.08 Computadores e periféricos 1.2.03.09 (-) Depreciação Acumuladas Computadores 1.2.03.10 Veículos 1.2.03.11 (-) Depreciação Acumuladas veículos 1.2.04 Intangíveis 1.2.04.01 Marcas e Patentes 1.2.04.02 (-) Amortização Marcas e patentes 1.2.04.03 Direitos autorais 1.2.04.04 (-) Amortização sobre direitos autorais 2. PASSIVO 2.1 Circulante 2.1.01 Obrigações com Fornecedores 2.1.01.01 Fornecedor “A” 2.1.02 Duplicatas a pagar 2.1.02.01 Conta “A” 2.1.03 Empréstimos e financiamentos a pagar 2.1.03.01 Banco “X” S/A conta Empréstimos 2.1.04 Obrigações Fiscais 2.1.04.01 ICMS a Recolher 2.1.04.02 PIS Sobre Faturamento a Recolher 2.1.04.03 COFINS a Recolher 2.1.04.04 IRPJ a Recolher 2.1.04.05 CSLL a Recolher 2.1.04.06 IRRF a Recolher 2.1.04.06 ISS a Recolher Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 27 2.1.05 Obrigações Trabalhistas 2.1.05.01 Salários a Pagar 2.1.05.02 INSS a recolher 2.1.05.03 FGTS a recolher 2.1.05.04 Provisão para 13° Salário c/encargos 2.1.05.05 Provisão para Férias c/Encargos 2.1.06 Provisões para IR e CSLL 2.1.06.01 Provisão para I.R. 2.1.06.02 Provisão para C.S.L.L. 2.1.07 Outros Títulos a Pagar 2.1.08 Aluguéis a pagar 2.1.09 Dividendos Propostos a Pagar 2.2 Não Circulante 2.2.01 Exigível a Longo Prazo 2.2.01.01 Promissórias a Pagar de Longo Prazo 2.3 Patrimônio Líquido 2.3.01 Capital Social 2.3.01.01 Capital Subscrito 2.3.01.02 (-) Capital a Integralizar 2.3.02 Reserva de capital 2.3.02.02 Ágio na emissão de ações 2.3.02.03 Alienação de partes beneficiárias 2.3.03 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2.3.04 Reservas de Lucros 2.3.04.01 Reserva Legal 2.3.04.02 Reserva Estatutária 2.3.04.03 Reserva para Contingências 2.3.04.04 Reserva de Incentivos Fiscais 2.3.04.05 Reserva de Retenção de Lucros 2.3.04.06 Reserva de Lucros a Realizar 2.3.04.07 Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos 2.3.05 (-) Ações em Tesouraria 2.3.06 (-) Prejuízos Acumulados 2.3.06.01 Lucros do exercício 2.3.06.02 (-) Prejuízos do exercício 3. DESPESAS 3.1 Custos diretos da produção 3.1.01 Custos dos produtos/Mercadorias vendidas 3.1.01.01 CMV 3.2 Despesas Operacionais 3.2.01 Despesas Administrativas 3.2.01.01 Salários e ordenados 3.2.01.02 Adicional noturno Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 28 3.2.01.03 Água / Esgoto 3.2.01.04 Alimentação 3.2.01.05 Aluguéis e arrendamento 3.2.01.06Assistência médica/social 3.2.01.07 Associação de classe 3.2.01.08 Contribuição/donativos 3.2.01.09 Correios 3.2.01.10 Depreciação/Amortização 3.2.01.11 Despesas com manutenção da loja 3.2.01.12 Farmácia 3.2.01.13 Férias 3.2.01.14 FGTS 3.2.01.15 Gás 3.2.01.16 Horas extras 3.2.01.17 Impostos e taxas 3.2.01.18 Impressos 3.2.01.19 Indenizações/aviso prévio 3.2.01.20 INSS 3.2.01.21 Legais e judiciais 3.2.01.22 Luz e energia 3.2.01.23 Materiais de consumo 3.2.01.24 Multas de trânsito 3.2.01.25 Multas fiscais 3.2.01.26 Pró labore 3.2.01.27 Propaganda e publicidade 3.2.01.28 Reproduções 3.2.01.29 Revistas e jornais 3.2.01.30 13º Salário 3.2.01.31 Seguros 3.2.01.32 Serviços terceiros pessoa física 3.2.01.33 Serviços terceiros pessoa jurídica 3.2.01.34 Telefone 3.2.01.35 Vale transporte 3.2.01.36 Viagens e representações 3.2.02 Despesas Comerciais 3.2.02.01 Créditos de Liquidação Duvidosa 3.2.02.02 Amostra grátis 3.2.02.03 Combustível 3.2.02.04 Comissões de venda 3.2.02.05 Embalagens 3.2.02.06 Fretes na entrega 3.2.02.07 Impostos s/ veículos 3.2.02.08 Manutenção de veículos 3.2.02.09 Propaganda e publicidade 3.2.03 Despesas financeiras Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 29 3.2.03.01 Encargos e Juros de Mora 3.2.03.02 Despesas Bancárias 3.2.03.03 Outras taxas e encargos 3.2.04 Provisões 3.3.04.01 Provisões para I.R. 3.3.04.02 Provisões para C.S.L.L. 3.3 Outras Despesas 4. RECEITA 4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços 4.1.01 Receita bruta de venda 4.1.01.01 Revenda de mercadorias 4.1.02 Receita bruta de serviços 4.1.02.01 Prestação de serviços 4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços 4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas 4.2.01.01 Cancelamento de devoluções 4.2.01.02 Abatimento incondicional 4.2.01.03 ICMS 4.2.01.04 COFINS 4.2.01.05 PIS s/ vendas e serviços 4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços 4.2.02.01 ISS 4.3 Receita operacional 4.3.01 Receita financeira 4.3.01.01 Variação monetária ativa 4.3.01.02 Juros s/ aplicações financeiras 4.3.01.03 Descontos obtidos 4.3.01.04 Receita de aplicações pré-fixadas 4.3.01.05 Multas ativas 4.3.01.06 Dividendos 4.3.01.07 Juros s/ duplicatas 4.3.02 Recuperações diversas 4.3.02.01 Reembolsos diversos 4.3.02.02 Venda de sucatas 4.3.03 Receitas patrimoniais 4.3.03.01 Resultado da venda de bens 4.4 Receita de Participações Societária 4.4.01 Receita em Participações com Empresa Coligadas 4.4.01.01 Receita de Participações Societária 4.5 Outras Receitas 5. CONTAS DE COMPENSAÇÃO 5.1 Resultado do exercício 5.1.01 Resultado do exercício Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 30 A partir de agora podemos demonstrar quando as contas de Resultado serão debitadas ou creditadas e Como ficará o equilíbrio do Patrimônio com a movimentação dessas contas estudaremos agora as variações que podem ocorrer no patrimônio. Dando continuidade ao exemplos anteriores, suponhamos, agora, que a empresa pagou R$ 1.500 de salários do mês em curso. O Patrimônio ficaria assim: Veja que a despesa que afetará o Patrimônio Líquido negativamente é registrada à parte, como conta de resultado. No final do mês, todas as contas de resultado consolidadas se transformarão em uma conta Patrimonial, lucro ou prejuízo do exercício. Ainda neste exemplo, suponha, agora, que a empresa prestou serviços no mês no valor de R$ 10.000, recebendo 50% no próprio mês e os outros 50% serão recebidos no mês seguinte Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 31 Agora, temos duas contas de resultado: uma pendendo para o lado esquerdo (despesa) e outra pendendo para o lado direito (receita). Se fôssemos fechar o balanço após essas operações, o resultado seria um lucro de R$ 8.500 (R$ 10.000 menos R$ 1.500). Esse resultado equilibraria novamente o balanço patrimonial com a seguinte composição do ativo: R$ 53.500 (saldo em caixa) + R$ 5.000 (saldo em Contas a Receber) + R$ 10.000 (saldo de Mercadorias) = R$ 68.500. O Passivo seria composto de: R$ 10.000 (dívida com Fornecedores) + R$ 50.000 (Capital Social) + R$ 8.500 (Lucro do mês) = R$ 68.500. Vamos, agora, registrar em “razonetes” algumas operações de uma empresa: 1) Walter e Francisco resolveram abrir uma empresa para compra e venda de calçados, sob a denominação de WF Calçados Ltda. Cada um dos sócios entrou para a sociedade com R$ 10.000 em dinheiro. Para contabilizar esse fato, vamos utilizar o método das partidas dobradas nos razonetes: Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 32 Fizemos um débito na conta “Caixa” (aplicação de recursos) e um crédito na conta “Capital Social” (origem dos recursos) no valor de R$ 20.000. 2) Os sócios resolveram comprar um estoque de calçados de R$ 3.000 pagando à vista. Fizemos um débito na conta “Mercadorias” (aplicação de recursos) e um crédito na conta “Caixa” (origem dos recursos) no valor de R$ 3.000. 3) A WF Calçados Ltda. comprou Móveis (prateleiras) para a loja no valor de R$ 1.500, pagando à vista: Fizemos um débito na conta “Móveis e Utensílios” (em que os recursos foram aplicados) e um crédito na conta “Caixa” (origem dos recursos utilizados para a compra) 4) A WF Calçados Ltda. comprou um prédio para instalar sua primeira loja por R$ 10.000, pagando R$ 5.000 e assinando uma nota promissória de R$ 5.000 com vencimento para 3 meses. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 33 Fizemos um débito na conta “Imóveis” (aplicação dos recursos) no valor de R$ 10.000, um crédito na conta “Caixa” (origem dinheiro pago na aquisição) no valor de R$ 5.000 e um crédito na conta “Notas Promissórias a Pagar” (origem dos recursos – de terceiros), no valor de R$ 5.000. Após as quatro operações, o Balanço Patrimonial da WF Calçados Ltda. ficaria assim: ATIVO PASSIVO Caixa $ 10.500 Mercadorias $ 3.000 Móveis e Utensílios $ 1.500 Imóveis $ 10.000 Total do Ativo $ 25.000 N.P. a Pagar $ 5.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social $ 20.000 Total do Passivo $ 25.000 Os recursos da empresa originam-se de: • Capital de Terceiros N.P. a Pagar $.....................................5.000 • Capital Próprio Capital Social...............................$ 20.000 Total................................................$ 25.000 As aplicações desses recursos foram feitas nos itens do Ativo, conforme acima. Em síntese Tivemos contato com a técnica contábil que permite o equilíbrio do patrimônio, fazendo com que cada operação seja registrada de acordo com o método das partidas dobradas. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 34 Princípios básicos de origens e aplicações de recursos O CFC revogou, em 04/10/2016, as resoluções 750/93 e 1282/10, que estabeleciam os enunciados dos princípios de contabilidade. Algumas NBC Ts também foram revogadas. A revogação deu-se juntamente com a edição da chamada Norma Brasileira Aplicada ao Setor Público NBC T SP – Estrutura Conceitual, que nada mais é do que a nova norma básica da contabilidade pública, continuação do processo de convergência da contabilidade. Quando estudamos contabilidade perdemos um bom tempo analisando os enunciados dos princípios e agora eles não mais existem. É isso mesmo? Em termos. Legalmente podemos dizer que seus enunciados deixaram de fazer parte do arcabouço normativo contábil. Contudo, sua essência continua a existir dentro do CPC 00 e agora dentro da NBC T SP - Estrutura Conceitual. Com a edição dessas normas deixou de ser necessária a existência em separado dos princípios, mas eles continuam a ser observados pela contabilidade, de forma indireta. Não se pode dizer que acabaram o regimede competência, a prudência, a entidade, a continuidade, a oportunidade e o registro pelo valor original. De uma forma ou de outra, a essência das regras que os princípios traziam continua a existir dentro dos CPCs. Sendo assim veremos um breve resumo sobre esses princípios para que tenhamos uma visão bem ampla da contabilidade em si: O Principio da Entidade reconhece o patrimônio como o objeto da contabilidade; O Principio da Continuidade são as diferenças, as situações pelas quais passam o patrimônio. A continuidade da contabilidade é um aspecto a ser observado cuidadosamente para que se tenha um controle da situação. O Principio da Oportunidade se refere ao mesmo tempo, a um todo e a cada fase do patrimônio, determinando o que deve ser feito de imediato independente do que possa ocorrer. O Principio do valor original, utiliza e mantém atualizado o valor de entrada. O Principio da Competência tem o objetivo de decidir quando as alterações patrimoniais vão aumentar ou diminuir o patrimônio liquido. O Principio da Prudência reforça as necessidades de apresentar informações que reflitam o patrimônio liquido, gera precauções por parte do contador, impõe escolha da hipótese de que resulte menos PL Balanços Sucessivos de Lançamentos Patrimoniais - Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido: Esse método caracteriza-se pelo fato de que à cada operação faz-se um novo balanço para demonstrar a nova situação patrimonial sempre partindo do balanço anterior. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 35 Registros contábeis que envolvem Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido A partir de agora realizaremos atividades que envolvam os registros contábeis. Os exercícios estão distribuídos no final do material. Vamos realizar as atividades contendo as escriturações contábeis, os encerramentos de exercícios, a realização dos balancetes e apuração dos resultados. Balancete de verificação: Há momentos em que se faz uma pausa na seqüência dos lançamentos para averiguação da exatidão dos mesmos. Periodicamente, os responsáveis pela contabilidade devem verificar se os lançamentos realizados no período estão corretos. Uma técnica bastante utilizada para tal finalidade é o Balancete de Verificação que é um resumo ordenado de todas as contas utilizadas pela contabilidade, ou seja, é uma relação de contas extraídas do livro Razão (ou dos Razonetes) com seus saldos devedores e credores. Se como já vimos, não há débito sem crédito de igual valor, podemos então concluir que a qualquer momento a soma do total dos débitos efetuados será igual a soma dos créditos e é costume verificar essa igualdade matemática periodicamente relacionando todas as contas em um demonstrativo chamado de Balancete de Verificação. Os Balancetes podem diferir uns dos outros com relação ao número de colunas utilizadas: Uns poderão conter apenas duas colunas, sendo uma destinada aos saldos devedores e outra aos saldos credores; outros poderão conter duas colunas destinadas a saldos anteriores, mais duas destinadas ao movimento do mês e outros dois destinados aos saldos atuais etc. O grau de detalhamento do Balancete deve ser condizente com sua finalidade e devem ser levantados no mínimo uma vez a cada mês. Os elementos mínimos que devem constar do Balancete são: - Identificação da Entidade; - Data a que se refere; - Abrangência; - Identificação das contas e respectivos grupos; - Saldos das contas, indicando se devedores ou credores; - Soma dos saldos devedores e credores. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 36 Modelo de balancete: Os livros contábeis: Diário e Razão O Livro Diário e o Livro Razão fazem parte dos livros contábeis obrigatórios de uma empresa e antes de 2007 precisavam ser elaborados, emitidos e assinados por um contador responsável. Com a criação do SPED, desde 2007 esses livros foram substituídos pelo sistema de Escrituração Contábil Digital (ECD). Porém, mesmo com as mudanças promovidas pela tecnologia ainda sim é importante compreender a finalidade desses livros e como é feito o registro no dia a dia da empresa. Livro Diário O Livro Diário é aquele onde são marcadas diariamente todas as movimentações de valor de uma empresa, sendo um registro básico de toda a escrituração contábil. Neste livro são lançados dia a dia todos os atos ou operações em atividade, que modifiquem ou possam alterar a situação patrimonial da empresa. Além de ser obrigatório, esse livro conta com formalidades específicas, tais como as folhas numeradas, o termo de abertura e o de encerramento. Ambos devem ser assinados tanto por um contador quanto pelo empreendedor, e precisam ser autenticados junto à Junta Comercial. Tanto no termo de abertura quanto de encerramento constam todos os dados empresariais e o período em que foram feitas as anotações. Os lançamentos feitos no Livro Diário poderão ser feitos diretamente ou por reprodução, ou ainda por meio eletrônico de dados. Os registros no Livro Diário devem ser feitos de acordo com a ordem cronológica do lançamento, desde o primeiro até o último dia de cada ano. Livro Razão O Livro Razão também é um livro contábil obrigatório, fundamental para a contabilidade da empresa, porém não possui tantas formalidades quanto o Livro Diário. Neste livro não são necessários os termos de abertura ou encerramento e, da mesma forma, não é preciso a autenticação na Junta Comercial. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 37 O Livro Razão serve para controlar os saldos de todas as contas registradas no Livro Diário de forma individualizada. Assim, este livro trata de manter os registros de todos os dados em aberto além das contas a pagar ou a receber. Vale destacar que este livro, mesmo abrangendo todas as contas, possui como foco as contas que afetam o resultado do patrimônio da empresa. Tanto o Livro Diário quanto o Livro Razão contam com os registros feitos em um período de um ano. Demonstrações contábeis As Demonstrações Contábeis são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6.404/76, e auterada pela 11.639/2007 pela administração de uma sociedade por ações S A e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (caso houver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir). Composição das Demonstrações Contábeis > Balanço Patrimonial > Demonstração do Resultado do Exercício – DRE > Demonstrações de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) > Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC > Demonstração do Valor Adicionado- DVA Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. (Equipe de professores FEA/USP) “…Demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade…”(CFC – NBC-T-3) “O balanço tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, representando, portanto, uma posição estática.” (FIPECAFI). Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 38 Estrutura simples do balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Caixa Fornecedores Banco Conta Movimento Empréstimos a pagar Contas a receber – clientes Adiantamento de clientes Estoques de mercadoriasMáquinas e equipamentos TOTAL DO PASSIVO Veículos Capital social Lucro/Prejuízos acumulados TOTAL DO PL TOTAL TOTAL PASSIVO + PL Demonstração do Resultado do Exercício – DRE A Demonstração do Resultado do Exercício á a apresentação de forma objetiva das receitas e das despesas da empresa durante determinado período de tempo. Segundo a Norma Brasileira de contabilidade do CFC T-3.3, ela se destina a evidenciar a composição do resultado em um determinado período. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 39 Assim a demonstração do resultado compreenderá: a) As receitas, independentes do seu recebimento. b) As despesas incorridas, correspondentes a essas receitas. c) O resultado do período, que pode ser lucro ou prejuízo. Estrutura da demonstração de resultado do exercício Receita de vendas (-) Deduções de vendas Receita líquida de vendas (-) Custo das Mercadorias/Serviços Vendidos Lucro Bruto Despesas/Receitas Operacionais (-) Despesas com vendas (-) Despesas administrativas (-) Despesas tributárias (-) Despesas Gerais (-) Despesas com investimentos em outras sociedades (+) Receitas com investimentos em outras sociedades (+) Outras Receitas Operacionais Resultado antes do resultado financeiro líquido (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras Resultado antes dos tributos sobre o lucro (-) Provisão para CSLL (-) Provisão para IRPJ Resultado líquido das operações continuadas (+) Venda do ativo não circulante (-) Custo do ativo não circulante vendido (+) Resultado do ajuste a valor justo Resultado das operações descontinuadas (-) Provisão para CSLL - Operações descontinuadas (-) Provisão para IRPJ - Operações descontinuadas Resultado líquido das operações descontinuadas Resultado líquido do exercício Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 40 Estrutura simples da Demonstração de resultado do Exercício. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receitas brutas (-) Descontos comerciais (-) Devoluções (-) Abatimentos (=) Receitas Líquidas (-) Custo das mercadorias vendidas (CMV) (=) Lucro Bruto (+) Receitas de serviços (+) Receitas financeiras (-) Despesas - Salários - Aluguel (=) Lucro/ prejuízo líquido do exercício Demonstração dos Fluxos de Caixa • Objetivo: Fornecer informações acerca das alterações no caixa e equivalentes de caixa da entidade para um período contábil, evidenciando separadamente as mudanças nas atividades operacionais, investimentos e financiamentos. Demonstrações de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) No Brasil, a Lei das Sociedades por Ações aceita tanto a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, quanto a de Lucros ou Prejuízos Acumulados, sendo que a primeira é a mais completa, contendo, inclusive, uma coluna com Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 41 os dados da segunda. A segunda, sendo obrigatória, pode ser substituída pela primeira. Há que se destacar que, após a edição da Lei 11.638/07, que alterou parcialmente a Lei 6.404/76,retificada e ratificada pela MP 449/09 (transformada na Lei 11.941/09), para as empresas S/A não existe mais a rubrica de Lucros Acumulados. Assim, na DMPL, constará a coluna intitulada Prejuízos Acumulados, onde serão registradas todas as movimentações que envolver o resultado do exercício em análise. Ela evidencia a mutação do Patrimônio Líquido em termos globais (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos, reavaliações, etc.) e em termos de mutações internas (no caso de prejuízo incorporações de reservas ao capital, no caso de lucro transferências de lucros acumulados para reservas, entre outras). Demonstração do valor Adicionado. DVA • Demonstração não obrigatória para as PMEs; • Objetivo: Evidenciar o valor da riqueza agregada a um produto por uma determinada empresa, e de que forma esse valor agregado foi distribuído entre os fatores de produção. • Estimula-se fortemente a elaboração da DVA, para fins gerenciais. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 42 EXERCÍCIOS Exercício1. Carlos, Alberto e José Silva resolveram organizar uma empresa em 15-1- X1, a qual denominaram Irmãos Silva & Cia. Ltda., com um capital integralizado, no ato em moeda corrente, de R$ 35.000,00 ( em R$). 18/01- Compra de um imóvel por R$ 30.00000 pago da seguinte forma R$ 3.000,00 em dinheiro e o restante mediante uma promissória com vencimento para 18- 03-X2. 19/01- Compra, a vista, de moveis necessários para a instalação da empresa R$3.000,00. 20/01- Foram comprados da Cia ABC, a prazo R$ 8.500,00 em equipamentos. 23/01- foi Obtido um empréstimo para empresa, junto ao banco do Sul S.A., de R$ 15.000,00. 25/01Foram pagos R$ 5.000,00 a Cia ABC para amortização de parte da divida contraída pela compra efetuada em 20/01. 27/01 os três sócios aumentaram o capital da empresa em R$ 10.000,00, em dinheiro. 30/01- compra, a vista, da Cia B, de R$ 17.000,00 em peças para reparos. Pede-se: Efetue os lançamentos nos razonetes. Exercício 2. A Cia Solimões realizou as seguintes transações: 1. Recebe de seus acionistas o valor de R$ 10.000,00 para integralização do capital inicial, e o deposita no banco Sul S.A.; 2. Adquire da Industria Jota de Moveis Ltda. diversos móveis para comercialização, no total de R$ 5.000,00 sendo de R$ 3.000,00 pagos em cheque e R$ 2.000,00 a prazo. 3. Adquire um veiculo da Cia. Veloz de Veículos, para entrega de mercadoria, no valor de R$ 2.000,00, sendo 50% a prazo; 4. Emite um cheque de R$ 200,00 valor a ser mantido em Caixa, para o pagamento de pequenas contas. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 43 5. Vende mercadoria que havia custado R$ 2.000,00 pelo preço de R$ R$ 3.000,00 em dinheiro. 6. Deposita R$ 3.000,00 no Banco Sul S.A., resultantes de venda anterior; 7. Aumenta o capital Inicial para R$ 15.000, mediante a entrega de cheques pelos acionistas no total de R$ 5.000,00 depositado no Banco do Sul S.A. 8. Adquire um terreno onde deverá ser futuramente construído o edifício que abrigará a loja e escritório da empresa. O preço combinado foi de 7.000,00 tendo sido entregue um cheque de R$ 3.000,00 no ato e emitidas duas Notas promissórias de R$ 2.000,00 cada uma. 9. Paga R$ 2.000,00 a industria Jota de Moveis Ltda liquidação do saldo devedor referente a compra de mercadoria a prazo. 10. Adquire mercadoria da Industria Alfa de moveis Ltda., no valor de R$ 4.000,00 metade a vista( cheque) e metade para pagamento no prazo de 60 dias; 11. Liquida divida contraída com a aquisição de veiculo, mediante a entrega de cheque no valor de R$ 1.000,00; 12. Adquire mesas, cadeiras, maquinas de escrever e calculadora para uso próprio em seu escritório/ loja, ao preço de R$ 600,00, pago em cheque. Sugere as contas moveis e utensílios para englobar todos estes itens. Pede-se efetue os lançamentos em razonetes, faça o encerramento do exercício e construa o balancete. EGRSTIN Exercício 3. A empresa UNIDAS S/A, apresentava em seu balancete de verificação em 31-5-X1 os saldo das seguintes contas: Caixa 360.000 Estoque de mercadorias 280.000 Fornecedores 100.000 Receitas de vendas 1.200.000 Custo das mercadorias vendidas – C.M.V 700.000 Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 44 Máquinas e equipamentos 600.000Despesas de aluguel 30.000 Despesas de salários 110.000 Contas a receber – clientes 400.000 Empréstimos a pagar 500.000 Capital social 1.000.000 Despesas financeiras 120.000 Receitas de serviços 50.000 Prejuízos acumulados 250.000 Observações: a) a empresa encerra seu exercício social semestralmente. Operações realizadas em Junho/X1: 1. vendas de 100 unidades de mercadorias a R$ 2.000,00 cada uma, com desconto de 10% sobre o total, sendo 50% a vista e o restante a prazo.Com um custo unitário de R$1,000,00. 2. pagamento antecipado da dívida de R$ 30.000,00 para com os fornecedores. 3. Pagamento de: salários R$ 50.000,00, aluguel R$ 10.000,00. Pede-se: a) Lançar os saldos iniciais, as operações e ajustes nos razonetes. b) Efetuar os lançamentos de encerramento –Apuração de Resultado do Exercício (ARE); c) Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício, balancete patrimonial e o Balanço Patrimonial. Exercício 4. A empresa C&Y EMPREENDIMENTOS S.A, operou no mês de dezembro de 2010 as seguintes transações : DATA TRANSAÇÃO Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 45 01/12 Iniciou suas atividades com um capital de R$ 150.000,00, totalmente integralizado depositado em conta bancaria aberta pela empresa na Caixa econômica Federal. 05/12 Comprou mercadorias para estoque a prazo da CIA A&B por R$ 15.000,00. 10/12 Fez um empréstimo bancário na Caixa Econômica Federal no valor de R$ 100.000,00,sendo depositado em conta corrente do mesmo banco. 15/12 Efetuou uma transferência da conta banco movimento para o caixa da empresa no valor de R$ 25.000,00. 20)12 Comprou um veiculo para uso da administração da empresa por R$ 20.000,00 pago com recurso do Caixa R$ 10.000,00 e mais R$ 10.000,00 em cheque. 23/12 Efetuou pagamento de 50% da compra efetuada no dia 05/12 com cheque. A) Pede-se: Realize os lançamentos nos razonetes e Elabore o Balanço Patrimonial. Exercício 5 A empresa APRENDER É ARTE, operou no mês de dezembro de X1 as seguintes transações: DATA TRANSAÇÃO 01 Iniciou as suas atividades com um Capital de R$ 100.000, totalmente depositado em conta bancária aberta pela empresa no Banco do Brasil S/A. 02 Comprou Estoque de mercadoria a prazo pelo preço unitário de 25.000 no total de 6 unidades no valor total de R$ 150.000 Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 46 03 Fez um Empréstimo Bancário no valor de R$ 200.000, totalmente depositado em conta bancária. 04 Comprou Máquinas para a fábrica, à vista, utilizando cheque bancário no valor de R$ 75.000. 05 Pagou R$ 25.000 através de cheque bancário, referente a transação do dia 02/12. 06 Transferência da conta Banco Conta Movimento para o Caixa de R$ 10.000. 10 Compra de um caminhão usado para transporte de mercadorias, à vista, conforme cheque bancário no valor de R$ 30.000. 12 Comprou Estoque de Mercadoria por R$ 50.000, ou seja mais 2 unidades sendo que, 10% foram pagos à vista através da conta corrente bancaria da empresa e o restante será pago no próximo mês. 15 Venda mercadoria pelo preço unitário de R$ 35.000 no total de 5 peças no valor total de R$175.000 sendo 50% a vista no caixa da empresa e 50% a prazo. 18 Efetuou pagamento de aluguel da loja no valor de R$ 3.000 com recurso do caixa 20 Efetuou pagamento de salário no montante de R$ 10.000 através do caixa da empresa. 25 Venda de mercadoria a vista por R$ por 30.000 sendo 2 unidades por R$ 60.000. pagos no banco. 30 Efetuou pagamento de energia e água de consumo da empresa por R$ 1000,00 efetuados o pagamento no banco. Faça os lançamentos nos razonetes proceda o encerramento do exercício da demonstração de Resultado do Exercício e apresente o Balanço Patrimonial. Exercício 6 A empresa ESTUDANTES & CIA , operou no mês de dezembro de 2010 as seguintes transações: Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 47 DATA TRANSAÇÃO 01 Iniciou as suas atividades com um Capital de R$ 200.000, totalmente depositado em conta bancária. 02 Comprou Estoque de mercadoria a prazo pelo preço unitário de 10.000 no total de 10 unidades no valor total de R$ 100.000 03 Fez um Empréstimo Bancário no valor de R$ 100.000, totalmente depositado em conta bancária. 04 Comprou Máquinas para a fábrica, à vista, utilizando cheque bancário no valor de R$ 50.000. 05 Pagou R$ 50.000 através de cheque bancário, referente a transação do dia 02/12. 06 Transferência da conta Banco Conta Movimento para o Caixa de R$ 50.000. 10 Compra de um caminhão usado para transporte de mercadorias, à vista, conforme cheque bancário no valor de R$ 30.000. 15 Venda mercadoria pelo preço unitário de R$ 20.000 no total de 5 peças no valor total de R$100.000 sendo 50% a vista no caixa da empresa e 50% a prazo. 18 Efetuou pagamento de aluguel da loja no valor de R$ 10.000 com recurso do caixa 20 Efetuou pagamento de salário no montante de R$ 30.000 através do caixa da empresa. 22 Venda de mercadoria a vista por R$ por 25.000 sendo 2 unidades por R$ 50.000. pagos no banco. 25 Efetuou pagamento de despesa com telefonia da empresa por R$ 1000,00 efetuados o pagamento no banco. 30 Recebeu R$ 25.000 em Caixa pela venda realizada no dia 15/12. Faça os lançamentos nos razonetes, proceda o encerramento do exercício, apresente a demonstração de Resultado DRE e o balanço Patrimonial. Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 48 Exercício 7 Os lançamentos a abaixo foram realizados durante o mês de dezembro de X1. banco dupl. A receber financiamento 150.000 50.000 100.000 60.000 50.000 50.000 5.000 30.000 66.000 80.000 40.000 80.000 150.000 0 100.000 516.000 135.000 381.000 capital social estoque ICMS a recuperar 200.000 60.000 60.000 20.000 100.000 20.000 300.000 fornecedor veiculo empréstimo a pagar 30.000 30.000 50.000 30.000 30.000 50.000 Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 49 juros recebidos despesa de aluguel aluguel a pagar 6.000 6.000 10.000 10.000 10.000 despesa de juros Receita com venda ICMS s/ Compras 5.000 5.000 150.000 150.000 15.000 15.000 ICMS a recolher CMV Imoveis 15.000 60.000 60.000 80.000 15.000 80.000 ARE Lucro do exercício despesa de salario 10.000 6.000 51.000 15.000 15.000 5.000 150.000 15.000 15.000 60.000 Salário a pagar 105.000 156.000 15.000 51.000 51.000 15.000 Prof. Esp. Lílian Núbia Costa e Silva de Souza 50 Considerando a escrituração contábil realizada acima demonstre o Balanço Patrimonial em 31/12/X1. Exercício 8 A empresa Alcântara Mancin, operou no mês de outubro de 2011 as seguintes transações. DATA TRANSAÇÃO 01 Iniciou sua atividades com um capital de R$ 100.000, totalmente depositado em conta bancaria aberta pela empresa no banco do Brasil S/A. 05 Comprou estoque de matéria prima a prazo por R$ 150.000. 10 Fez um empréstimo bancário no valor de R$ 200.000 totalmente depositado em conta bancaria. 15 Comprou maquina para a fabrica a vista, à vista, utilizando cheque bancário no valor de R$ 75.000,
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