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Caso Concreto

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Caso Concreto 1 Da leitura do material didático, autor Flávio Tartuce, p. 03-39, responda: a) É correto afirmar que as normas de Direito Obrigacional são hoje as que mais se aplicam com frequência? Explique sua resposta.
Sim, pois a todo momento estabelecemos relações de troca que nos colocam na obrigação de credor ou devedor. Conforme conceito de Silvio de Salvo Venosa, obrigações são relações jurídicas transitórias de cunho pecuniário, unindo duas (ou mais) pessoas, devendo uma (o devedor) realizar uma prestação à outra (o credor).
 b) Os princípios da eticidade e da socialidade se aplicam ao direito obrigacional? Ao responder, explique os princípios.
Sim, Tais princípios são decorrentes da boa fé objetiva, que deve ser seguida em qualquer fase do estabelecimento de uma obrigação.
A eticidade está ligado à boa fé objetiva, que obriga os sujeitos a terem nos atos obrigacionais uma relação de boa fé quanto aos seus atos, tomando-se como parâmetro o que é considerado boa fé para o homem médio da sociedade, e não a concepção pessoal de boa fé do sujeito ou a intenção que havia com ele (boa fé subjetiva)
Já o princípio da sociabilidade quer dizer que as obrigações devem estar consoantes com os princípios fundamentais de dignidade da pessoa humana, expressos na CF88. Caso haja discordância entre a relação obrigacional e tais princípios, a obrigação incorre em vício.
c) Há diferença entre obrigação, dever, responsabilidade, ônus e estado de sujeição? Explique sua resposta e dê um exemplo de cada situação. 
Obrigação – relação jurídica entre 2 ou mais pessoas em torno de um objeto de valor pecuniário, de caráter transitório, onde uma é o devedor, que deve cumprir uma prestação à outra, o credor. 
A obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor, e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio” 
Ex. Compra e venda de imóvel
Responsabilidade – Consequência do descumprimento de uma obrigação, que pode se dar pela quebra de um contrato ou pelo dever de reparar um dano a alguém.
Dever – Comando emanado por lei ou por contrato que impõe uma obrigação ao sujeito, cujo descumprimento gera uma sanção (responsabilidade).
Ônus- Restrição à fruição de um bem. O ônus jurídico, por sua vez, caracteriza-se pelo comportamento que a pessoa deve observar, com o propósito de obter um benefício maior. O onerado, pois, suporta um prejuízo em troca de uma vantagem. É o caso do donatário, beneficiado por uma fazenda, a quem se impõe, por exemplo, o pagamento de uma pensão mensal vitalícia à tia idosa do doador (doação com encargo). Não se trata, pois, de um dever de prestar, correlato à satisfação de um crédito, mas, sim, de um encargo que deve ser cumprido em prol de uma vantagem consideravelmente maior. O ônus não é imposto por lei, e só se torna exigível se o onerado aceita a estipulação contratual.
Estado de sujeição - O estado de sujeição consiste na situação da pessoa que tem de suportar, sem que nada possa fazer, na sua própria esfera jurídica, o poder jurídico conferido a outra pessoa. Ao exercício de um direito potestativo corresponde o estado de sujeição da pessoa, que deverá suportá-lo resignadamente (ex.: o locador, no contrato por tempo indeterminado, denuncia o negócio jurídico, resilindo-o, sem que o locatário nada possa fazer).
Caso Concreto 2 Identifique as fontes das seguintes obrigações: 
1.Obrigação alimentar decorrente de parentesco. Obrigação Legal - Lei
 2.Obrigação de indenizar uma pessoa que foi atropelada. Ato ilícito - Lei
3.Pagar uma recompensa. Ato Unilateral -Declaração Unilateral da vontade
4.Pagar o café comprado na cantina durante o intervalo. Contrato
5.Pagar uma nota promissória. Contrato
Questão Objetiva 
Assinale a alternativa correta: 
a) A obrigação se refere a um dever de realizar uma prestação, portanto, é dever jurídico derivado, decorrente, por exemplo, de um contrato de compra e venda. 
b) A responsabilidade é a consequência patrimonial do descumprimento de uma obrigação, tratando-se, portanto, de dever jurídico originário, como é o caso do dever de indenizar. 
c) A servidão é uma espécie de obrigação ?propter rem? uma vez que limita a fruição e a disposição da propriedade. 
d) A obrigação de pagar o condomínio é considerada um ônus real.
e) O vínculo jurídico é considerado o elemento abstrato ou imaterial das obrigações uma vez que é o liame que une o sujeito ativo ao sujeito passivo, conferindo ao primeiro o direito de exigir do segundo uma determinada prestação.
Correta e
Caso concreto 2
Miguel Ângelo, cantor de música sertaneja universitária, firmou um contrato pelo qual tem o direito de receber de Vitor Mariano, seu empresário, um carro, no valor de R$115.000,00 (cento e quinze mil reais) ou a quantia correspondente em espécie. Ocorre que a carreta que levava o carro foi roubada quando trafegava na rodovia Pres. Dutra em direção ao Rio de Janeiro, proveniente de São Paulo, uma semana antes do cumprimento da obrigação. Pergunta-se: a)Quanto ao objeto, à liquidez e modo de execução, qual a classificação da obrigação firmada entre Miguel e Vitor? b) Quais os efeitos jurídicos do triste incidente ocorrido na estrada?
Obrigação alternativa. O carro ou o dinheiro. Quando ocorre a perda de um dos objetos da obrigação alternativa, persiste a obrigação para o outro objeto. Portanto, Vitor Mariano deverá entregar a quantia de 115 mil ao cantor. (art 253)
Questão Objetiva 
A obrigação natural é judicialmente 
a) inexigível, mas se for paga, não comporta repetição. 
b) exigível, exceto se o devedor for incapaz. 
c) exigível e só comporta repetição se for paga por erro. 
d) exigível e em nenhuma hipótese comporta repetição. 
e) inexigível e se for paga comporta repetição, independentemente de comprovação de erro no pagamento.
a 
Caso Concreto 3
Ana Maria, produtora rural do oeste de São Paulo, firmou com Pedro Augusto a obrigação de entregar dez sacas de café Catauí, tipo exportação que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$7.000,00 (sete mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Sem saber o que fazer, Pedro que é novo no ramo do comércio de café, procura você, seu (sua) sobrinho(a), estudante de Direito da Estácio de Sá e pergunta: a) Que tipo de negócio jurídico fizera com Ana Maria? b) Nesse caso, existe alguma maneira de ele reaver o prejuízo sofrido? Qual a base jurídica disso? 
A obrigação entre as partes trata-se de dar, na modalidade de dar coisa certa. Conforme art 234 do Código Civil, havendo perda do objeto sem culpa do devedor, antes da tradição (entrega), a obrigação está resolvida. Desta forma, Ana Maria fica obrigada a restituir o adiantamento dado a Pedro Augusto, sem perdas e danos
Questão Objetiva 
Na obrigação de dar coisa certa, 
a) se, antes da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos. 
b) até a ocorrência da tradição, a coisa pertence ao devedor, com seus melhoramentos, pelos quais poderá exigir aumento no preço.
c) os acessórios não estão abrangidos por ela, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
d) se esta se deteriorar, ao credor não é dado recebê- la no estado em que se encontra, com abatimento do preço. 
e) se, depois da tradição, a coisa se perder sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente mais perdas e danos.
Certa b (art 237 CC)
Caso Concreto 4
Pedro compromete-se com a confecção Radial, em razão de um contrato de publicidade, a só aparecer em público utilizando as roupas pela empresa fornecidas. O contrato foi firmado pelo período de um ano e com remuneração mensal fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com relação à cláusula proibitiva contida no contrato, identifique:
a. Accipiens e Solvens; Objeto Imediato e Objeto Mediato. b. Imagine que no primeiro dia de vigência do contrato a empresa Radial não encaminhou as roupas a Pedro que, necessitando ir à farmácia, aparece em público com roupa não pertencente à empresa contratante. Pedro foi fotografado por importante revista de moda. Pode, nesse caso, a empresa contratante resolver o contrato alegando inadimplemento e ainda pedir perdas e danos? Justifique sua resposta. 
Accipiens – É o credor, sujeito ativo da obrigação ou sujeito passivo do pagamento – Confecção Radial
Solvens – É o devedor, sujeito passivo da obrigação ou sujeito ativo do pagamento - Pedro
Objeto Imediato – Trata-se do tipo de prestação – fazer
Objeto Mediato – Trata-se do conteúdo da prestação – Só aparecer em público com roupas da confecção Radial
Questão Objetiva (TCM-BA) Na obrigação de dar coisa incerta, 
a) o devedor sempre poderá dar a coisa pior. 
b) a escolha pertence conjuntamente ao credor e ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação. 
c) o devedor será sempre obrigado a prestar a melhor. 
d) a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação 
e) o devedor, antes da escolha, não poderá alegar perda ou deterioração da coisa, salvo na ocorrência de caso fortuito ou força maior.
Certa d (art 244 CC)
Caso concreto 5
Na legislação brasileira não há previsão sobre a distinção das obrigações de meio e de resultado e na doutrina há muita controvérsia sobre a questão, principalmente no que diz respeito ao ônus da prova para comprovação da responsabilidade. Diante desse contexto, é de extrema importância avaliar o atual posicionamento jurisprudencial frente ao tema. O CDC tem previsão expressa acerca da responsabilidade do profissional liberal, no parágrafo 4º do artigo 14, com a seguinte redação: "A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa". Ou seja, a responsabilidade é subjetiva, depende da prova da culpa do profissional. A maioria das atividades exercidas por profissionais liberais no Brasil são consideradas como obrigações de meio, ou seja, não há uma garantia do resultado a ser alcançado. Contudo, caso o consumidor não fique satisfeito com o trabalho realizado, caberá a este comprovar a culpa do profissional. Assim, o médico, por exemplo, não tem como prometer o sucesso de um tratamento para uma doença de seu paciente, assim como o advogado que atua no processo não tem o dever de garantir o resultado da demanda ao seu cliente. Faça uma pesquisa junto aos Tribunais Superiores e veja qual tem sido a tendência das decisões a esse respeito.
CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. INDENIZAÇÃO. EXAME MÉDICO. RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL LIBERAL. OBRIGAÇÃO DE MEIO. APURAÇÃO DE CULPA. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. AUSÊNCIA. 1. A responsabilidade do médico, profissional liberal, tem natureza subjetiva, sendo necessária a prova de ter agido com imperícia, imprudência ou negligência. 2. Ausente a verificação de erro médico, inviável atribuir ao Estado o dever de indenizar por danos morais e materiais. 3. Recurso desprovido.
(TJ-DF - APC: 20100111648279, Relator: MARIO-ZAM BELMIRO, Data de Julgamento: 05/08/2015, 2ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 20/08/2015 . Pág.: 108)
INDENIZAÇÃO - ERRO MÉDICO - OBRIGAÇÃO DE MEIO E NÃO RESULTADO - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - AUSÊNCIA DE PROVA CONDUTA TÉCNICA INDEVIDA, ERRO OU IMPERÍCIA - IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. - Inconsistente o conjunto probatório em demonstrar a existência de erro ou imperícia médica, sendo a responsabilidade do prestador de serviço na espécie subjetiva, o pedido indenizatório é rechaçado. Recurso desprovido.
(TJ-SC - AC: 487643 SC 2007.048764-3, Relator: Guilherme Nunes Born, Data de Julgamento: 16/12/2011, Câmara Especial Regional de Chapecó, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Chapecó).
AÇÃO DE COBRANÇA - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - PERFURAÇÃO DE POÇO ARTESIANO - OBRIGAÇÃO DE MEIO, NÃO DE RESULTADO - INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE PELA EFETIVA DESCOBERTA DE ÁGUA - PAGAMENTO DEVIDO - RECURSO NÃO PROVIDO. Prestado o serviço de perfuração de poço artesiano, que se configura em obrigação de meio, e não de resultado, obriga-se o contratante pelo pagamento do preço ajustado, ainda que não localizada a água no local por ele indicado.
(TJ-PR - AC: 4056402 PR 0405640-2, Relator: Marcos S. Galliano Daros, Data de Julgamento: 22/10/2008, 12ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 7738).
Nas obrigações alternativas, é correto afirmar-se que (TJSC/2002): 
a) a escolha cabe sempre ao credor; 
b) podem as partes convencionar que a escolha caiba ao credor; 
c) inexequíveis ambas as obrigações, o credor poderá reclamar o valor de ambas; 
d) tornadas impossíveis as prestações, ainda que inexistente culpa do credor, a obrigação de cumpri-las não se extingue; 
e) em se tratando de prestações anuais, a opção, uma vez feita, é obrigatória para todas as prestações.
Resposta b (art 242 caput)
Caso Concreto 6
Antônio, Bernardo e Carlos vendem a Diego o quadro "X" de Rafael, que deverá ser entregue dentro de 6 meses. Foi estipulado que, em caso de inadimplemento da obrigação, deveria ser paga multa de R$ 90.000,00. Por ocasião do adimplemento da obrigação, Bernardo verificou que o quadro fora destruído juntamente com alguns objetos antigos, por descuido de Antônio. Diego ingressou em juízo, para pleitear seus direitos, em face de Antônio, Bernardo e Carlos para receber a multa de R$ 90.000,00. Os amigos devedores rebelaram-se contra isso e procuraram um excelente advogado, que fizera seu curso de Direito na Universidade Estácio de Sá. Pergunta-se: Qual a defesa apresentada por este advogado?
Trata-se de obrigação de dar indivisível, na qual há pluralidade de devedores. Conforme art 263, CC, a obrigação deixa de ser indivisível quando ela se resolve em perdas e danos, conforme foi o caso, pois houve perda do objeto da prestação. Havendo culpa de apenas um dos devedores, este responderá sozinho pelas perdas e danos, estipulada em R$ 90.000,00, cabendo aos demais devedores apenas a devolução de sua parte recebida em pagamento pelo quadro. Portanto, a ação deve se voltar apenas para Bernardo, que deu causa à perda.
Sobre as obrigações solidárias é correto afirmar: 
a) A solidariedade pode ser presumida em se tratando de obrigação derivada de ato ilícito. 
b) Havendo a morte de um dos devedores solidários, cada um de seus herdeiros está obrigado a pagar a cota que corresponder ao seu quinhão hereditário, a menos que seja indivisível a obrigação. 
c) O conteúdo da obrigação solidária deve ser exatamente o mesmo para todos os devedores. d) O pagamento feito pelo devedor a um dos credores solidários não extingue inteiramente a dívida, pois aqueles que não receberam o seu crédito poderão demandar o devedor comum para receber a sua quota parte, segundo o princípio de que “quem paga mal, paga duas vezes”. 
Resposta b (art 276 CC)

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