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AULA 3 - RECURSOS CÍVEIS

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AULA 3 - 16/03/23
2) Conceito de recursos:
Recurso é o meio que a lei põe a disposição da parte vencida, do MP e do terceiro 
prejudicado para anular, reformar, esclarecer ou integrar uma decisão judicial dentro do 
processo em que foi proferida 
3) Natureza jurídica: O recurso é considerado um prolongamento da ação.
Teoria Geral dos Recursos - part. 2
4) Juízo de Admissibilidade e mérito recursal - o tribunal irá analisar se esta 
presente os:
1) Pressupostos recursais: juízo de admissibilidade, se estiver tudo ok vai para o 2, 
será conhecido ou não conhecido.
2) Mérito recursal (pedido do recorrente): juízo de mérito, será provido ou não 
provido.
Jurisprudência defensiva e princípio da primazia do mérito recursal•
São artifícios criados pelo tribunal para não examinar o mérito recursal.
*tem que provar feriado local: não se aplica 
art. 938, § 1 - no momento da interposição 
do recurso.
Art. 932, § único, CPC -> se houver um vício sanável (que 
pode ser corrigido) tem que dar 5 dias para o recorrente 
arrumar antes de não reconhcer o recurso.
4.1 Juiz de Admissibilidade: conteúdo➢
Os pressupostos recursais são os seguintes:
A) CABIMENTO
B) LLEGITIMIDADE RECURSAL (quem pode recorrer)
C) INTERESSE RECURSAL
D) TEMPESTIVIDADE
E) REGULARIDADE FORMAL
F) PREPARO
G) AUSÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE RECORRER
A) Diz respeito a recorribilidade do pronunciamento jurisdicional e a escolha da via recursal 
adequada.
Princípio da Fungibilidade: é o princípio que admite a substituição do recurso inadequado ou o 
recebimento do recurso inadequado como se fosse o adequado.
Requisito (dúvida objetiva): divergência na doutrina ou na jurisprudência, sobre o recurso cabível.
Ex: Liquidação de sentença -> se o juiz diz que uma decisão interocutória é senteça, cabe o princípio 
da fungibilidade, pois foi erro do Estado.
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B) Quem pode recorrer:
 Parte vencida•
 MP (fiscal da ordem jurídica)•
 Terceiro prejudicado -> aquele que não é parte, mas possui uma relação jurídica direta ou 
reflexamente pr uma decisão judicial (a decisão o atinge)
•
Exemplos de terceiros prejudicados que recorrem:➢
Ex. 1: Um casal, ambos deveriam ter sido citados, mas só o marido foi, depois da sentença a esposa 
pode recorrer como terceiro prejudicado.
Ex. 2: O juiz multa o advogado ao invés do réu, advogado pode recorrer.
Ex. 3: Juiz pode recorrer. Quando a parte diz que o juiz é suspeito ou impedido, se ele disser que não, 
manda para o tribunal e se o tribunal discordar, juiz pode recorrer.
C) Utilidade do recurso, vale dizer que o recurso deve ser apto a produzir alguma vantagem ou 
benefício jurídico.
-> Se o recurso pode trazer uma situação maior (mais favorável).
D) Qualquer ato praticado antes da abertura do prazo é tempestivo.
 
 Art. 218, § 4o, CPC
MP:➢
Fazenda Pública: União, Estados, DF, Municípios, autarquia de fundação pública ex: INSS➢
Defensoria pública e assemelhados ➢
 Art. 180, 183, 186, CPC -> escritórios de práticas jurídicas, das práticas de direitos e 
 entidades que prestm assistência pública em parceria a defensoria.
POSSUEM PRAZO DOBRADO:
Litisconsortes com advogados diferentes e escritórios diferentes e se autos forem físicos (a 
maioria é eltrônico).
➢
Art. 229
Súmulla 641 STF -> não se conta em dobro o prazo quando apenas 1 litisconsorte perdeu 
 Não se conta em dobro o prazo quando apenas um litisconsorte sucumbiu.
Embargos de Declaração
Interrompem o prazo para a interposição de recurso (art. 1.026, CPC).
Julgados os embargos, intimadas as partes, o prazo para recorrer será restituído inteiro.
Interrompe: o prazo volta 
inteiro
Suspensão: o prazo volta 
de onde parou.
Se embargar e não for reconhecido: os embargos de declaração não 
admitidos interrompem o prazo para interposição de recursos, exceto
se forem intempestivos ou manifestamente incabíveis.
Entendimento do STJ:
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