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Suspensão Condicional - sursis É quando a pena privativa de liberdade não for superior a 2 anos ela poderá ser substituída. Devendo, no entanto, seguir as seguintes proposições: Objetivos: a) Qualidade da pena: privativa de liberdade (para evitar a superlotação) b) Quantidade da pena: menor que 2 anos - e para maiores de 70 anos até 4 anos pode substituir c) Impossibilidade do Artigo 44 - penas restritivas de direito Subjetivas: Não reincidentes em crimes dolosos - condenação anterior por multa/contravenção/culposo não impede a suspensão Circunstâncias judiciais (artigo 59) - não precisam todas serem favoráveis Obs.: delitos cometidos com grave ameaça ou violência não cabem nessa suspensão! Para a LEP (art. 157), sursi é um direito subjetivo do agente, e deverá ser fundamentada pelo juiz Na verdade, o sursi significa a suspensão parcial da pena privativa de liberdade, durante certo tempo e mediante determinadas condições, logo restringe-se apenas a elas. Quanto às espécies: Sursis SIMPLES → nessa espécie o agente deverá prestar serviços à comunidade ou possui limitação do final de semana, como condição obrigatória no primeiro ano de cumprimento do sursi. Para o entendimento dos ST’s não é bis in idem (restritivas de direito). É a suspensão mais comum no brasil Sursis ESPECIAL → caso o agente tenha reparado o dano, poderá o juiz o dispensar de cumprir os serviços na comunidade ou limitar-se do fim de semana. Assim, ele as substitui por: proibição de frequentar certos lugares, proibir de se ausentar da comarca sem autorização do juiz e se apresentar mensalmente e obrigatoriamente ao juiz para justificar e informar suas atividades. // Porém, essa espécie só será dada ao agente que além de apresentar os requisitos para o ‘’sursi simples’’, reparar o dano e se as circunstâncias do art. 59 forem favoráveis inteiramente. Sursis Etário → o cidadão com mais de 70 anos; eleva-se, então, o máximo da pena de 2 anos para 4 anos, e em consequência dessa alteração o período de prova também se elevada de 2-4 anos para 4-6 anos - Sursis Humanitário → são os agentes debilitados de saúde, e entram no mesmo padrão do sursi etário. Condições do sursis Podem ser legais ou judiciais; sendo as legais estando dispostas no código, e as judiciais ficam à cargo do juiz analisar O cumprimento das condições impostas deve ser fiscalizadas pelo serviço social penitenciário, patronato, conselho da comunidade e instituições beneficiadas com a prestação de serviços. O sentenciado pode recusar a suspensão e cumprir a pena em privação de liberdade Período de prova É o período que vai executar a pena; o cumprimento das condições impostas e a vida em liberdade, sem voltar a delinquir, são essenciais para provar que fez jus à suspensão e prova que ele entendeu o que lhe foi repassado. É um período que vai de 2 a 4 anos e de 4 a 6 anos para sursi etário e sursi humanitário (saúde). Em se tratando de contravenção penal, esse período se dá por 1 a 3 anos. Doutrina e jurisprudência são uníssonas em afirmar que “o período de prova deve ser fixado segundo a natureza do crime, personalidade do agente e intensidade da pena, não podendo o juiz, senão em hipótese excepcional, estabelecê-lo no prazo máximo”. Causas de revogação obrigatória É condenado, com sentença irrecorrível, por crime doloso → a lei não distingue se o delito foi cometido antes ou depois da infração que acometeu o sursi, basta apenas que tenha sido transitado em julgado durante o crumprimento do sursi Frustrar, embora solvente, a execução de pena de multa → . Não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano → A simples não reparação do dano não é causa para revogação, mas se ela for injustificada sim, ou seja, quando se pode efetuá-la e não faz. Ex.: justificativa: baixo poder econômico do réu Descumprir a prestação de serviços á comunidade ou a limitação de fim de semana → Apena se não for justificada. Não comparecimento, injustificado, do réu à audiência admonitória → (de advertência das consequências do descumprimento das condições) Causas de revogação facultativa Nessa hipótese fica a critério do juiz, ou de revogar ou de aumentar o período de prova. Também ocorre quando o agente vem a descumprir ‘’outras causas’’, como as impostas no § 2º do art. 78 (legais) ou no art. 79 (judiciais). Condenação irrecorrível por crime doloso ou contravenção à pena priv. de liberdade ou restritiva de direitos. Prorrogação do período de provas A prorrogação facultativa, como já exposto -alternativa à revogação- é apenas uma escolha do juiz e não existirá se o período de provas estiver no seu limite (4 anos/6 anos). A prorrogação é obrigatória quando: o réu está sendo processado por outro crime ou contravenção durante o sursi. É indiferente se tenha praticado o ato antes ou durante o período do sursi, e não basta que tenha apenas cometido delito, ele tem que estar sendo processado. Se houver condenação, revoga-se automaticamente o sursi e o condenado irá responder pelas duas. Extinção da pena privativa de liberdade Após o cumprimento do período de prova e sem que tenha havido motivos para revogação do sursi, estará extinta a pena privativa de liberdade. Uma vez extinta pena, mesmo que se venha a descobrir que o agente não merecia o sursi, não será caso de revogação.
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