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TERMODINÂMICA Aula 5 Prof. Luan de Campos Corrêa, M.Sc. 31/03/2016 2 Tópicos PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA EM VOLUMES DE CONTROLE • A primeira lei para um volume de controle • O processo em regime permanente • Exemplos de processos em regime permanente • Trocador de calor, Bocal, Difusor, • Restrição, Turbina, Compressor / Bomba, • Centrais de potência e de refrigeração • O processo em regime uniforme 31/03/2016 3 A 1ª lei para um sistema que percorre um ciclo • A primeira lei da termodinâmica pode ser escrita da seguinte forma: • Quando a equação 4 é integrada, de um estado 1 a um estado 2: • 𝑄1−2 é o calor transferido para o sistema durante o processo do estado 1 ao estado 2, • 𝐸1 e 𝐸2 são os valores inicial e final da energia 𝐸 do sistema e • 𝑊1−2 é o trabalho realizado pelo sistema durante o processo. (2) 𝛿𝑄 = 𝛿𝑊 𝛿𝑄 − 𝛿𝑊 = 𝑑𝐸 (4) 𝛿𝑄 = 𝑑𝐸 + 𝛿𝑊 (5) 𝑄1−2 = 𝐸2 − 𝐸1 +𝑊1−2 31/03/2016 4 A 1ª lei para uma mudança de estado num sistema • É conveniente considerar separadamente as energias cinética e potencial, • e admitir que as outras formas de energia do sistema sejam representadas por uma única propriedade, a energia interna. 𝐸 = Energia Interna + Energia Cinética + Energia Potencial 𝐸 = 𝑈 + 𝐸𝐶 + 𝐸𝑃 • Podemos escrever: • A primeira lei da termodinâmica para uma mudança de estado num sistema pode, portanto, ser escrita do seguinte modo: (6) 𝑑𝐸 = 𝑑𝑈 + 𝑑(𝐸𝐶) + 𝑑(𝐸𝑃) (7) 𝛿𝑄 = 𝑑𝑈 + 𝑑 𝐸𝐶 + 𝑑 𝐸𝑃 + 𝛿𝑊 (4) 𝛿𝑄 = 𝑑𝐸 + 𝛿𝑊 (6) 𝑑𝐸 = 𝑑𝑈 + 𝑑(𝐸𝐶) + 𝑑(𝐸𝑃) 31/03/2016 5 A 1ª lei para uma mudança de estado num sistema • Combinando as expressões, obtemos: • A 1ª lei para uma mudança de estado num sistema (chamada também de enunciado da conservação da energia): (10) 𝛿𝑄 = 𝑑𝑈 + 𝑑 𝑚. 𝑉𝑒𝑙 2 2 + 𝑑(𝑚. 𝑔. 𝑑𝑧) + 𝛿𝑊 (11) 𝑄1−2 = 𝑈2 − 𝑈1 + 𝑚 𝑉𝑒𝑙2 2 − 𝑉𝑒𝑙1 2 2 + 𝑚. 𝑔 𝑧2 − 𝑧1 +𝑊1−2 (7) 𝛿𝑄 = 𝑑𝑈 + 𝑑 𝐸𝐶 + 𝑑 𝐸𝑃 + 𝛿𝑊 𝐸2 − 𝐸1 = 𝑈2 − 𝑈1 + 1 2 𝑚. 𝑉𝑒𝑙2 2 − 1 2 𝑚. 𝑉𝑒𝑙1 2 +𝑚. 𝑔. 𝑧2 −𝑚.𝑔. 𝑧1 (10) 𝑑𝐸 = 𝑑𝑈 + 𝑑 𝑚.𝑉𝑒𝑙 2 2 + 𝑑(𝑚. 𝑔. 𝑑𝑧) 31/03/2016 6 Equação da Primeira Lei em Termos de Fluxo • Muitas vezes é vantajoso usar a equação da 1ª lei em termos de fluxo, • expressando a taxa média ou instantânea de energia que cruza a fronteira do sistema (como calor e trabalho) e a taxa de variação da energia do sistema. • A equação da primeira lei em termos de fluxo será utilizada para o desenvolvimento da primeira lei adequada a volumes de controle, • a qual encontra inúmeras aplicações na termodinâmica, mecânica dos fluidos e transferência de calor. 31/03/2016 7 Equação da Primeira Lei em Termos de Fluxo • Consideremos um intervalo de tempo 𝛿𝑡, • durante o qual uma quantidade de calor 𝛿𝑄 atravessa a fronteira do sistema e um trabalho 𝛿𝑊 é realizado pelo sistema. • A aplicação da primeira lei fornece: 𝛿𝑄 = ∆𝑈 + ∆𝐸𝐶 + ∆𝐸𝑃 + 𝛿𝑊 • Dividindo por 𝛿𝑡, teremos a taxa média de energia transferida, como calor e trabalho, e de aumento de energia do sistema: 𝛿𝑄 𝛿𝑡 = ∆𝑈 𝛿𝑡 + ∆𝐸𝐶 𝛿𝑡 + ∆𝐸𝑃 𝛿𝑡 + 𝛿𝑊 𝛿𝑡 31/03/2016 8 Equação da Primeira Lei em Termos de Fluxo • Calculando os limites desses valores quando 𝛿𝑡 tende a zero, temos: • Taxa de transferência de calor: lim 𝛿𝑡→0 𝛿𝑄 𝛿𝑡 = 𝑄 • Potência: lim 𝛿𝑡→0 𝛿𝑊 𝛿𝑡 = 𝑊 lim 𝛿𝑡→0 ∆𝑈 𝛿𝑡 = 𝑑𝑈 𝑑𝑡 lim 𝛿𝑡→0 ∆𝐸𝐶 𝛿𝑡 = 𝑑(𝐸𝐶) 𝑑𝑡 lim 𝛿𝑡→0 ∆𝐸𝑃 𝛿𝑡 = 𝑑(𝐸𝑃) 𝑑𝑡 • Portanto, a equação da primeira lei em termos de fluxo é: (31/32) 𝑄 = 𝑑𝑈 𝑑𝑡 + 𝑑(𝐸𝐶) 𝑑𝑡 + 𝑑(𝐸𝑃) 𝑑𝑡 +𝑊 = 𝑑𝐸 𝑑𝑡 +𝑊 31/03/2016 9 CONSERVAÇÃO DA MASSA E O VOLUME DE CONTROLE 31/03/2016 10 Conservação da massa e o volume de controle • Na aula anterior vimos a primeira lei da termodinâmica para sistemas termodinâmicos (há transferência de calor e trabalho, mas não de massa). • Veremos agora as equações de conservação da massa e da energia adequadas para volumes de controle (quando há fluxo de massa). • A superfície que envolve esse volume é chamada superfície de controle e é sempre uma superfície fechada. • O tamanho e a forma do volume de controle são arbitrários e podem ser definidos de modo que a análise a ser feita seja a mais simples possível. • Massa, calor e trabalho podem atravessar a superfície de controle. 31/03/2016 11 Conservação da massa e o volume de controle • Vamos adequar a primeira lei da termodinâmica para que seja possível utilizá-la em volumes de controle. • Nas análises de fenômenos com volumes de controle, é necessário considerar os fluxos de massa. • A taxa de variação da massa no volume de controle pode ser diferente de zero se a vazão em massa que entra no volume de controle for diferente que a vazão em massa que sai do volume de controle (1) d𝑚v.c. 𝑑𝑡 = 𝑚 𝑒 − 𝑚 𝑠 31/03/2016 12 Conservação da massa e o volume de controle Taxa de variação = vazão em massa que entra - vazão em massa que sai • Se existirem vários escoamentos entrando e saindo do volume de controle: • É normalmente chamada de equação da continuidade. • No estudo da mecânica dos fluidos e da transferência de calor ela é reescrita em termos de propriedades locais do fluido. • Em termodinâmica estamos mais interessados em balanços globais de massa, por isso, consideraremos a equação 1 como a expressão geral da equação da continuidade 31/03/2016 13 PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA PARA UM VOLUME DE CONTROLE 31/03/2016 14 A primeira lei para um volume de controle • Consideramos a primeira lei da termodinâmica para um sistema, que consiste numa quantidade fixa de massa e a escrevemos como: 𝐸2 − 𝐸1 = 𝑄1−2 −𝑊1−2 • A equação pode ser reescrita em termos de fluxos, ou seja: (4) 𝑑𝐸𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑡 = 𝑄 − 𝑊 31/03/2016 15 A primeira lei para um volume de controle • Vamos deduzir a equação da conservação da massa em termos de fluxos para obter a equação da primeira lei para volumes de controle. • Calor, trabalho e fluxos de massa atravessam a superfície de controle. 31/03/2016 16 A primeira lei para um volume de controle • A energia não pode ser criada ou destruída. • A variação da energia no volume de controle só pode ser provocada pela taxas de transferência de energia detectadas na fronteira do volume de controle. • Já analisamos os termos de transferência de calor e trabalho, • mas agora é necessário discutirmos a energia associada as vazões em massa que atravessam a fronteira do volume de controle. • O fluido que atravessa a superfície de controle transporta uma energia por unidade de massa: 𝑒 = 𝑢 + 𝑉𝑒𝑙.2 2 + 𝑔. 𝑧 31/03/2016 17 A primeira lei para um volume de controle 𝑒 = 𝑢 + 𝑉𝑒𝑙.2 2 + 𝑔. 𝑧 • Esta energia é referenciada a um certo estado da substância e a uma posição. • Toda vez que o fluido entra no volume de controle, num estado (e), ou sai do volume de controle, num estado (s), existe um trabalho de movimento de fronteira associado a estes processos. 31/03/2016 18 A primeira lei para um volume de controle• Vamos considerar uma quantidade de massa que escoa para o volume de controle. • A pressão na região traseira desta massa deve ser maior do que a pressão na região frontal para que ela escoe para dentro do volume de controle. • O efeito líquido global deste processo é que o ambiente empurrou, com uma certa velocidade esta massa para dentro do volume de controle. • O ambiente realiza uma taxa de trabalho neste processo. • De modo análogo, o volume de controle precisa empurrar para o ambiente o fluido por ele descarregado. • Agora, o volume de controle precisa empurrar o ambiente e, neste caso, realiza trabalho. (5) 𝑊 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐹. 𝑉𝑒𝑙 = 𝑝. 𝑉. 𝑑𝐴 = 𝑝. 𝑉 = 𝑝. 𝑣.𝑚 31/03/2016 19 A primeira lei para um volume de controle • A taxa de realização de trabalho associada ao escoamento de um fluido que atravessa a superfície de controle pode ser calculada a partir: • da pressão local, • da velocidade local, • da área da seção de escoamento • Taxa de realização de trabalho é igual ao produto de uma força por uma velocidade. • O trabalho associado ao escoamento na fronteira do volume de controle, por unidade de massa, é 𝑝. 𝑣. (6) 𝑒 + 𝑝. 𝑣 = ℎ + 𝑉𝑒𝑙.2 2 + 𝑔. 𝑧 31/03/2016 20 A primeira lei para um volume de controle • Podemos adicionar este termo a energia por unidade de massa associada ao escoamento na fronteira do volume de controle. Assim, definimos a energia total por unidade de massa associada ao escoamento: • Utilizamos a definição da propriedade termodinâmica entalpia nesta equação (ℎ = 𝑢 + 𝑝. 𝑣). • A sua introdução foi feita para que fosse possível a utilização das tabelas de propriedades termodinâmicas. 𝑒 + 𝑝. 𝑣 = 𝑢 + 𝑝. 𝑣 + 𝑉𝑒𝑙.2 2 + 𝑔. 𝑧 31/03/2016 21 A primeira lei para um volume de controle • Partindo da equação: 𝑑𝐸𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑑𝑡 = 𝑄 −𝑊 • Vamos tornar e equação da primeira lei da termodinâmica adequada a volumes de controle. • Utilizando os conceitos vistos, 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒 . 𝑒𝑒 −𝑚 𝑠. 𝑒𝑠 +𝑊 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒 . 𝑒𝑒 −𝑚 𝑠. 𝑒𝑠 +𝑊 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 • Combinando esta equação com a equação 5, temos 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒 . 𝑒𝑒 −𝑚 𝑠. 𝑒𝑠 +𝑚 𝑒 . 𝑝𝑒 . 𝑣𝑒 −𝑚 𝑠. 𝑝𝑠. 𝑣𝑠 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒 𝑒𝑒 + 𝑝𝑒 . 𝑣𝑒 −𝑚 𝑠 𝑒𝑠 + 𝑝𝑠. 𝑣𝑠 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) − 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) 31/03/2016 22 A primeira lei para um volume de controle (5) 𝑊 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐹. 𝑉𝑒𝑙 = 𝑝. 𝑉. 𝑑𝐴 = 𝑝. 𝑉 = 𝑝. 𝑣.𝑚 31/03/2016 23 A primeira lei para um volume de controle 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. +𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) − 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) • A equação mostra que a taxa de variação de energia no volume de controle é devida a • Taxa líquida de transferência de calor, • Taxa líquida de realização de trabalho • Fluxos de energia total na fronteira do volume de controle. • O termo do trabalho de escoamento não está explícito porque foi incluído nos termos de fluxo de energia associados aos fluxos de massa que cruzam a fronteira do volume de controle. (7) 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 𝑄 𝑣.𝑐. −𝑊 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) − 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) 31/03/2016 24 A primeira lei para um volume de controle • Podemos definir um volume de controle que apresente várias seções de alimentação e de descarga. • É necessário realizar a somatória dos termos associados aos escoamentos e a forma final da primeira lei da termodinâmica para volumes de controle: 31/03/2016 25 PROCESSO EM REGIME PERMANENTE 31/03/2016 26 O processo em regime permanente • Vamos aplicar as equações para desenvolver um modelo analítico para operação em regime permanente de dispositivos como: • Turbinas, • Compressores, • Bocais, • Caldeiras, • Condensadores. 31/03/2016 27 O processo em regime permanente • Considerando as seguintes hipóteses que possibilitam modelar esse tipo de processo, ao qual nos referiremos como processo em regime permanente. 1. O volume de controle não se move em relação ao sistema de coordenadas. 2. O estado da substância, em cada ponto do volume de controle, não varia com o tempo. 3. O fluxo de massa e o estado desta massa em cada área de escoamento na superfície de controle não varia com o tempo. • As taxas nas quais o calor e o trabalho cruzam a superfície de controle permanecem constantes. 31/03/2016 28 O processo em regime permanente • Consideremos agora o significado de cada uma das hipóteses para o processo em regime permanente: 1. Se o volume de controle não se move (relativamente ao sistema de coordenadas) todas as velocidades medidas em relação aquele sistema são também velocidades relativas à superfície de controle e não há trabalho associado com a aceleração do volume de controle. 2. Se o estado da massa, em cada ponto do volume de controle, não varia ao longo do tempo, temos: 𝑑𝑚𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 0 e 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 = 0 (10) 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. (9) 𝑚 𝑒 = 𝑚 𝑠 31/03/2016 29 O processo em regime permanente 2. Se o estado da massa, em cada ponto do volume de controle, não varia ao longo do tempo, temos: Nestas condições (processo em regime permanente), podemos escrever as equações do seguinte modo: • Equação da continuidade • Primeira lei da termodinâmica 3. A hipótese de que as várias vazões, estados e taxas, nas quais calor e trabalho atravessam a superfície de controle, permanecem constantes requer que cada quantidade presente nas equações 9 e 10 seja invariável com o tempo. Isso significa que a aplicação das equações 9 e 10 a operação de alguns dispositivos é independente do tempo. (10) 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. (9) 𝑚 𝑒 = 𝑚 𝑠 31/03/2016 30 O processo em regime permanente (12) 𝑄 𝑣.𝑐. +𝑚 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. 31/03/2016 31 O processo em regime permanente • Muitas das aplicações do modelo de processo em regime permanente são tais que há apenas uma fluxo entrando e um saindo do volume de controle. • Para esse tipo de processo, podemos escrever: • Equação da continuidade: • Primeira lei: (11) 𝑚 𝑒 = 𝑚 𝑠 = 𝑚 (14) 𝑞 = 𝑄 𝑣.𝑐. 𝑚 e 𝑤 = 𝑊 𝑣.𝑐. 𝑚 (12) 𝑄 𝑣.𝑐. +𝑚 (ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. 31/03/2016 32 O processo em regime permanente • Sendo • Reescrevendo a equação 12, temos: (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 31/03/2016 33 O processo em regime permanente • 𝑞 e 𝑤 podem ser considerados como a transferência de calor e o trabalho por unidade de massa que entra ou sai do volume de controle. • As unidades para 𝑞 e 𝑤 são kJ/kg (ou J/kg).• As unidades para Q e W são kJ (ou J). • As unidades para 𝑄 e 𝑊 são kJ/s (ou J/s). • O contexto irá especificar qual deles estamos nos referindo 31/03/2016 34 O processo em regime permanente • O processo em regime permanente é frequentemente utilizado na análise de máquinas alternativas, como compressores ou motores alternativos. Considera-se o fluxo, que pode ser pulsante, como sendo o fluxo médio. • Hipótese semelhante é feita para as propriedades do fluido que atravessa a superfície de controle, para o calor transferido e para o trabalho que atravessa superfície de controle. • Supõe-se que para um número inteiro de ciclos percorridos pelo dispositivo alternativo, a energia e a massa no volume de controle não variam. 31/03/2016 35 EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS OPERANDO EM UM PROCESSO EM REGIME PERMANENTE (10) 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. 31/03/2016 36 Exemplos de processos em regime permanente • Consideraremos vários exemplos de processos em regime permanente que ocorrem em volumes de controle que apresentam apenas uma seção de alimentação e apenas uma seção de descarga. • Nestes casos, a forma da primeira lei adequada é: • Outros exemplos que apresentam mais de uma seção de alimentação ou de descarga e é necessário utilizar a forma geral da primeira lei: (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 31/03/2016 37 Processos em regime permanente – Trocador de calor • Um trocador de calor é um equipamentos onde ocorre a transferência de calor de um fluido para outro. • Normalmente, o trocador de calor opera em regime permanente e a transferência de calor ocorre num único tubo ou num conjunto de inúmeros tubos. • O fluido que estamos analisando pode ser o que está sendo aquecido ou o que está sendo resfriado. (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 31/03/2016 38 Processos em regime permanente – Trocador de calor • O processo tende a ocorrer a pressão constante porque a perda de carga no escoamento de refrigerante não é significativa. • Esta queda de pressão pode ou não ser considerada e isto depende do tipo de análise que desejamos realizar. • Não existe meios para a realização de trabalho (𝐰 = 𝟎) em trocadores de calor. 31/03/2016 39 Processos em regime permanente – Trocador de calor • As variações de energia cinética e potencial normalmente são pequenas. Entretanto, devemos analisar cada caso individualmente. • Mas, se for possível considerar ∆𝐸𝐶 = ∆𝐸𝑃 = 0 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 𝑞 + ℎ𝑒 = ℎ𝑠 𝑞 = ℎ𝑠 − ℎ𝑒 31/03/2016 40 Exemplo – Trocador de calor Considere um condensador resfriado a água (no estado líquido) de um sistema de refrigeração de grande porte que utiliza R-134a como fluido refrigerante. O refrigerante entra no condensador a 60 °C e 1 MPa e o deixa como líquido a 0,95 MPa e 35 °C. A água de resfriamento entra no condensador a 10 °C e sai a 20 °C. Sabendo que a vazão de refrigerante é igual a 0,2 kg/s, determine a vazão de água de resfriamento neste condensador. Considere que não há transferência de calor para o ambiente externo. 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 31/03/2016 41 Processos em regime permanente – Bocal • Os bocais são dispositivos utilizados para gerar escoamentos com velocidades altas a partir de uma queda de pressão. • Normalmente, operam em regime permanente e apresentam um contorno para que a expansão do escoamento ocorra suavemente. • Este dispositivo não realiza trabalho (𝒘 = 𝟎). • A variação de energia potencial do escoamento é nula ou é muito pequena (∆𝑬𝑷 = 𝟎). 31/03/2016 42 Processos em regime permanente – Bocal ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2000 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2000 • Usualmente, a transferência de calor também é muito pequena (𝑞 = 0). • Se for possível aplicar essa consideração (𝑞 = 0): • Se usarmos a velocidade em m/s, fazer: • A energia cinética do fluido na seção de alimentação do bocal normalmente é pequena e pode ser desprezada se seu valor não for conhecido (𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 → 0). ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 31/03/2016 43 Exemplo – Bocal Vapor d'água a 0,6 MPa e 200 °C entra num bocal isolado termicamente com uma velocidade de 50 m/s e sai, com velocidade de 600 m/s, a pressão de 0,15 MPa. Determine, no estado final, a temperatura do vapor se este estiver superaquecido ou o título se estiver saturado. 31/03/2016 44 Processos em regime permanente – Difusor • Os difusores são dispositivos construídos para desacelerar os escoamentos. • Assim, torna-se possível aumentar a pressão em um escoamento a partir da variação da velocidade do fluido. • Normalmente, estes dispositivos operam em regime permanente e seu comportamento é o inverso daquele dos bocais. • As hipóteses utilizadas na modelagem dos escoamentos nos difusores são similares às utilizadas nos bocais. • A energia cinética na seção de entrada dos difusores é alta e é baixa na seção de descarga (mas normalmente não é desprezível). 0 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 0 + 0 31/03/2016 45 Processos em regime permanente – Difusor 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔(𝑧𝑠 − 𝑧𝑒) + 𝑤 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2000 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2000 • Aplicando as considerações citadas: • Se usarmos a velocidade em m/s, fazer: 31/03/2016 46 Processos em regime permanente – Restrição • O processo de estrangulamento ocorre quando um fluido escoa numa linha e encontra uma restrição na passagem do escoamento. • Esta restrição pode ser constituída por: • Uma placa com um pequeno furo, • Uma válvula parcialmente aberta, • Uma mudança brusca de seção de escoamento. • O resultado é uma queda abrupta na pressão do escoamento. diferente daquele que ocorre num bocal com contorno suave. 31/03/2016 47 Processos em regime permanente – Restrição • Variação da energia cinética pode ser desprezada (∆𝑬𝑪 = 𝟎). • A variação de energia potencial também não é significativa (∆𝑬𝑷 = 𝟎). • A realização de trabalho nestes dispositivos é nula (𝒘 = 𝟎). • Na maioria dos casos o processo ocorre tão rapidamente, e num espaço tão pequeno, que não há nem tempo suficiente nem uma área grande o bastante para que ocorra uma transferência de calor significativa. • Portanto, podemos admitir que os processos de estrangulamento são, normalmente, adiabáticos (𝑞 = 0). 31/03/2016 48 Processos em regime permanente – Restrição • Aplicando as considerações feitas: (ℎ𝑒 = ℎ𝑠) • Modelaremos o escoamento em restrições deste modo a menos que especifiquemos outras condições de operação. (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 22 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 𝑞 + ℎ𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 − 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔(𝑧𝑠 − 𝑧𝑒) + 𝑤 0 + ℎ𝑒 = ℎ𝑠 + 0 + 0 + 0 31/03/2016 49 Exemplo – Estrangulamento Consideremos o processo de estrangulamento numa válvula de expansão, ou através do tubo capilar, num ciclo de refrigeração por compressão de vapor. Nesse processo, a pressão do refrigerante cai da alta pressão no condensador para a baixa pressão no evaporador e, durante este processo, uma parte do líquido vaporiza. Se considerarmos o processo como adiabático, o título do refrigerante ao entrar no evaporador pode ser calculado. Admitindo que o fluido refrigerante seja amônia, que esta entra na válvula de expansão a 1,5 MPa e a 35 °C e que a pressão, ao deixar a válvula, é de 291 kPa, calcule o título da amônia na saída da válvula de expansão. (10) 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 31/03/2016 50 Processos em regime permanente – Turbina • A turbina é um equipamento rotativo, que normalmente opera em regime permanente, dedicado a produção de trabalho de eixo (ou potência). • O trabalho realizado na turbina é produzido a partir da queda de pressão do fluido de trabalho. • Podemos aplicar as equações para modelar o comportamento das turbinas: • Devemos analisar cada caso e definir as parcelas que eventualmente podem ser desconsideradas. 31/03/2016 51 Processos em regime permanente – Turbina • Usualmente, as variações de energia potencial são desprezíveis bem como a energia cinética na seção de alimentação da turbina (se as informações não forem conhecidas). • Usualmente, a energia cinética na seção de descarga da turbina também é desprezada. • A transferência de calor da turbina para o meio ambiente normalmente é muito pequena (e eventualmente pode ser desprezada). 31/03/2016 52 Exemplo – Turbina A vazão em massa de vapor d'água na seção de alimentação de uma turbina é 1,5 kg/s e o calor transferido da turbina é 8,5 kW. São conhecidos os seguintes dados para o vapor d'água que entra e sai da turbina: Determine a potência fornecida pela turbina. 31/03/2016 53 Processos em regime permanente – Compressor / bomba • Os compressores (operam com gases) e as bombas (operam com líquidos) são equipamentos utilizados para aumentar a pressão no fluido pela adição de trabalho de eixo. • Podemos aplicar as eq. para modelar o comportamento do compressor: • Normalmente, ∆𝐸𝐶 e ∆𝐸𝑃 são desprezíveis e o processo de compressão é adiabático (𝑞 = 0). Como regra geral, iremos admitir as suposições a não ser que especifiquemos o contrário. (10) 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒(ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒) = 𝑚 𝑠(ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. (13) 𝑞 + ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑤 31/03/2016 54 Exemplo – Compressor O compressor utilizado numa indústria química é alimentado com dióxido de carbono a 100 kPa e 280 K. A velocidade do escoamento na seção de alimentação é baixa. A pressão e a temperatura na seção de descarga do compressor são iguais a 1100 kPa e 500 K. O dióxido de carbono deixa o compressor a 25 m/s e escoa para um pós — resfriador ("aftercooler") que é um trocador de calor. O dióxido de carbono deixa o trocador de calor a 1100 kPa e 350 K. Sabendo que a potência utilizada no acionamento do compressor é 50 kW, determine a taxa de transferência de calor no pós — resfriador. 31/03/2016 55 Dispositivos e equipamentos que operam em reg. permanente 31/03/2016 56 Dispositivos e equipamentos que operam em reg. permanente 31/03/2016 57 PROCESSO EM REGIME UNIFORME 31/03/2016 58 O processo em regime uniforme • Anteriormente, consideramos o processo em regime permanente e alguns exemplos de sua aplicação. • Muitos processos termodinâmicos envolvem escoamento transitório e não se enquadram nessa categoria. • Um certo grupo desses processos transitórios pode ser representado por outro modelo simplificado denominado processo em regime uniforme. por exemplo, o enchimento de tanques fechados com um gás ou líquido, ou a descarga de tanques fechados 31/03/2016 59 O processo em regime uniforme • As hipóteses básicas deste modelo são as seguintes: 1. O volume de controle permanece fixo em relação ao sistema de coordenadas. 2. O estado da massa interna ao volume de controle pode variar com o tempo. Porém, em qualquer instante, o estado é uniforme em todo o volume de controle. O estado da massa que atravessa cada uma das áreas de fluxo na superfície de controle é constante com o tempo, embora as vazões possam variar com o tempo. 31/03/2016 60 O processo em regime uniforme • Vamos formular uma expressão para a primeira lei que se aplique ao processo em regime uniforme. • A hipótese de que o volume de controle permanece estacionário, relativamente ao sistema de coordenadas, já foi vista. • As demais hipóteses levam as seguintes simplificações das equações da continuidade e da primeira lei. • Todo o processo ocorre durante o tempo t. Em qualquer instante durante o processo, a equação da continuidade é 𝑑𝑚𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 + 𝑚 𝑠 − 𝑚 𝑒 = 0 31/03/2016 61 O processo em regime uniforme 𝑑𝑚𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 + 𝑚 𝑠 − 𝑚 𝑒 = 0 • onde a somatória se estende a todas as áreas da superfície de controle onde existem escoamentos. • Integrando a relação até o instante t, obtém-se a variação de massa no volume de controle durante o processo: 𝑑𝑚𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚2 −𝑚1 𝑣.𝑐. • A massa total que deixa o volume de controle durante o tempo t é 𝑚 𝑠 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚 𝑠 • e a massa total que entra no volume de controle durante o tempo t é 𝑚 𝑒 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚 𝑒 • Portanto, para esse intervalo de tempo t, podemos escrever a equação da continuidade para o processo em regime uniforme como: (15) 𝑚2 −𝑚1 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑠 − 𝑚 𝑒 = 0 31/03/2016 62 O processo em regime uniforme 31/03/2016 63 O processo em regime uniforme • Para formular a primeira lei, aplicável ao processo em regime uniforme, consideramos a equação que é adequada para qualquer instante durante o processo, 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = 𝑑𝐸𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 + 𝑚 𝑠 (ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠) +𝑊 𝑣.𝑐. • Em qualquer instante, o estado no interior do volume de controle é uniforme, a primeira lei para o processo em regime uniforme é 𝑄 𝑣.𝑐. + 𝑚 𝑒 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = 𝑚 𝑠 ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑑 𝑑𝑡 𝑚 𝑢 + 𝑉𝑒𝑙2 2 + 𝑔𝑧 𝑣.𝑐. +𝑊 𝑣.𝑐. 31/03/2016 64 O processo em regime uniforme • Integrando a expressão em relação a t, temos: 𝑄 𝑣.𝑐.𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑄𝑣.𝑐. 𝑚 𝑒 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚𝑒 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 𝑚 𝑠 ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚𝑠 ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 𝑊 𝑣.𝑐.𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑊𝑣.𝑐. 𝑑 𝑑𝑡 𝑚 𝑢 + 𝑉𝑒𝑙2 2 + 𝑔𝑧 𝑣.𝑐. 𝑑𝑡 𝑡 0 = 𝑚2 𝑢2 + 𝑉𝑒𝑙2 2 2 + 𝑔. 𝑧2 −𝑚1 𝑢1 + 𝑉𝑒𝑙1 2 2 + 𝑔. 𝑧1 𝑣.𝑐. 31/03/2016 65O processo em regime uniforme • Assim, para esse intervalo de tempo t, podemos escrever a primeira lei da termodinâmica do seguinte modo: (16) 𝑄𝑣.𝑐. + 𝑚𝑒 ℎ𝑒 + 𝑉𝑒𝑙𝑒 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑒 = 𝑚𝑠 ℎ𝑠 + 𝑉𝑒𝑙𝑠 2 2 + 𝑔. 𝑧𝑠 + 𝑚2 𝑢2 + 𝑉𝑒𝑙2 2 2 + 𝑔. 𝑧2 −𝑚1 𝑢1 + 𝑉𝑒𝑙1 2 2 + 𝑔. 𝑧1 𝑣.𝑐. +𝑊𝑉.𝐶. 31/03/2016 66 O processo em regime uniforme Vapor d'água a pressão de 1,4 MPa e 300 °C escoa no tubo indicado na figura. Um tanque, inicialmente evacuado, está conectado a esse tubo através de uma ramificação com válvula. Abre-se a válvula e o vapor enche o tanque até que a pressão atinja 1,4 MPa. Nesta condição, a válvula é fechada. O processo é adiabático e as variações de energias cinética e potencial são desprezíveis. Nestas condições, determine a temperatura final do vapor no tanque.
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