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621 noçoes direitos humanos 27072017

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Noções de 
Direitos 
Humanos e 
Cidadania
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
ead.sestsenat.org.br 
CDU 342.7
38 p. :il. – (EaD)
Curso on-line – Noções de Direitos Humanos e Cidadania 
– Brasília: SEST/SENAT, 2017.
1. Direitos e garantias individuais. 2. Cidadania. I. 
Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de 
Aprendizagem do Transporte. III. Título.
3
Sumário
Apresentação 4
Unidade 1 | Direitos Humanos 5
1 Introdução 6
2 Conceito de Direitos Humanos 7
3 A História dos Direitos Humanos 8
4 Declaração Universal dos Direitos Humanos 10
5 Oito Objetivos do Milênio 13
6 Como os Direitos Humanos Estão no Dia a Dia das Pessoas 15
7 Alguns Deveres Importantes de Todo Cidadão 19
8 Direitos Humanos e o Trabalho 20
9 Direitos Humanos nas Estradas 21
10 Direitos Humanos no Trânsito 23
Atividades 26
Referências 27
Unidade 2 | Cidadania e Direitos do Cidadão 28
1 Cidadania 29
2 Direitos e Garantias Individuais 30
3 Direitos Sociais e Fundamentos Básicos Constitucionais 31
3.1 Direitos Sociais em Sentido Estrito 31
3.2 Direitos Trabalhistas 32
Atividades 35
Referências 36
Gabarito 37
4
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Direitos Humanos e Cidadania!
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo.
Este curso possui carga horária total de 15 horas e foi organizado em 2 unidades, 
conforme a tabela a seguir.
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.
Bons estudos!
Unidades Carga Horária
Unidade 1 | Direitos Humanos 10h
Unidade 2 | Cidadania e Direitos do Cidadão 5h
5
UNIDADE 1 | DIREITOS 
HUMANOS
6
Unidade 1 | Direitos Humanos
1 Introdução
A trajetória da humanidade é repleta de marcos que transformaram a história dos 
direitos humanos, desde o início dos tempos até os dias atuais. No passado, conforme 
a população ia crescendo, os conflitos surgiam, mostrando a necessidade de criação 
de normas de conduta para regular a vida em sociedade. Da mesma forma, ocorria a 
necessidade de limitar o poder dos governantes, que acreditavam ter a posse sobre a 
vida das pessoas. Foram momentos em que a violência, o desrespeito à vida e o abuso 
do poder se tornaram tão cruéis que inspiraram a criação de “leis” para regular os 
direitos essenciais à pessoa humana.
E apesar de todo o processo evolutivo pelo qual já passamos, por que ainda hoje 
estamos falando de direitos humanos? Será que nosso grau de conscientização ainda 
não nos permite simplesmente ter esses direitos como já consolidados em nossas 
vidas?
O fato é que teremos sempre que manter o tema vivo, pois, como humanos, ainda 
podemos cometer erros dessa ordem. O que não podemos é achar isso natural, isso 
deve ser combatido, inicialmente dentro de nós e, por fim, em nossa sociedade. Este 
curso tem o propósito de promover uma discussão sobre os direitos humanos, sob o 
ponto de vista individual e coletivo, para conhecermos e aplicarmos em nosso dia a dia.
Para os trabalhadores em transporte, que atuam nas estradas, essa é uma excelente 
oportunidade de reflexão, pois ao longo das rotas podem testemunhar situações 
constantes, tanto no trânsito das estradas, bem como no trânsito nas cidades, onde a 
vida muitas vezes perde para a falta de respeito ao outro, ocasionada pela pressa e pela 
imprudência ao volante, violando-se, assim, direitos e deveres de todos os cidadãos.
7
2 Conceito de Direitos Humanos
Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicos de todas 
as pessoas. Tem por objetivo garantir que o ser humano viva de 
maneira digna. São atribuídos de forma universal, sem qualquer 
distinção e em todas as nações. Protegem pessoas, grupos e 
sociedades.
São considerados interdependentes e indivisíveis, a violação de algum deles significa a 
violação de todos, pois só o seu conjunto é que garante adequadamente o respeito à 
dignidade da pessoa humana.
Os direitos humanos servem como alicerce para todas as ações políticas e discussões 
sobre direitos sociais, principalmente quando praticamos o tratamento desigual diante 
das minorias, como mulheres. Negros, indígenas, pessoas com deficiência etc.
Veja alguns exemplos de direitos: à vida, à liberdade, à segurança pessoal, de não ser 
torturado ou escravizado; às liberdades de pensamento, expressão e religião; à 
educação; ao trabalho; ao repouso; entre outros.
É dever do Estado respeitar e garantir 
o exercício dos Direitos Humanos, 
de acordo com as premissas de 
sua Constituição e declarações. A 
Constituição brasileira, já no seu 
primeiro artigo, afirma que o princípio 
da dignidade da pessoa humana é um 
valor supremo que atrai o conteúdo 
de todos os direitos fundamentais 
do homem, desde o direito à vida. No 
artigo segundo, traz que o Brasil tem como princípio, nas relações internacionais, a 
prevalência dos direitos humanos. Já o artigo quinto irá elencar 78 itens que tratam 
dos direitos e deveres individuais e coletivos.
8
3 A História dos Direitos Humanos
Inicialmente, alertamos que direitos humanos podem ter outras terminologias, 
a depender da época e do local. Nas primeiras declarações escritas no século XVIII, 
utilizavam o nome de direitos naturais, porém caiu em desuso por não traduzir 
sua essência, pois eles não surgem espontaneamente, mas, sim, de um processo de 
construção.
Houve a intenção de chamá-los de direitos públicos subjetivos, porém, por ficarem 
limitados à esfera pública, não abrangendo as relações particulares, que também 
demandam tais direitos, o termo não alcançou o objetivo maior de consagrar todos os 
direitos considerados essenciais à pessoa.
A doutrina francesa experimentou o uso da expressão liberdades públicas e, nesse 
caso, apesar de chamar pública, abrangia as relações particulares, no entanto deixava 
de fora os direitos sociais e econômicos e, da mesma forma, acabou sendo abolida. 
Outra tentativa foi também com o termo liberdades fundamentais.
Atualmente, os mais aceitos são os termos direitos humanos e direitos fundamentais. 
O primeiro termo, utilizado mais universalmente quando nos referimos a todas as 
nações, independentemente de fronteiras físicas ou políticas, e também não fica 
limitado a um espaço de tempo, é atemporal. O segundo termo normalmente é 
utilizado quando falamos dos direitos essenciais da pessoa de uma determinada nação 
e fica registrado dentro do ordenamento jurídico do país, no caso brasileiro, em nossa 
constituição.
A história dos direitos humanos remete à Grécia Antiga, no momento em que os 
filósofos tiraram o centro da análise da mitologia e transferiram para a pessoa, iniciando 
os primeiros ensaios sobre a reflexão sobre a vida humana. Na sequência, ainda na 
Grécia, surgem as primeiras ideias sobre o direito natural. Os romanos, ao permitirem a 
participação do povo nas decisões da cidade, fazem um primeiro ensaio para limitação 
do poder político. O cristianismo, por sua vez, trouxe ensinamentos importantes que 
valorizam o ser humano, apesar de o mundo, naquelaépoca, já conviver com inúmeras 
formas de violação dos direitos que conhecemos hoje.
Na idade medieval destacamos o papel de São Tomás de Aquino, com seus relatos 
sobre a dignidade e igualdade do ser humano, porém a prática jurídica da época ainda 
era a prevalência da coletividade sobre o indivíduo. Já no Estado Moderno, com o 
9
surgimento da burguesia, inicia-se o movimento inverso, em que o indivíduo começa a 
ter preferência sobre o grupo. Nessa mesma época, a Reforma Protestante contesta 
a dominação da Igreja Católica, porém sem grandes avanços no campo dos direitos 
universais.
Os grandes avanços vão ocorrer entre 1780 a 1789, com a independência dos Estados 
Unidos e a Revolução Francesa. Os americanos, em sua Declaração de Independência, 
ressaltam que todos os homens são iguais perante Deus e que este lhes deu direitos 
inalienáveis acima de qualquer direito político, como a vida, a liberdade e a busca pela 
felicidade. Na França surgiu a mais importante declaração de direitos fundamentais, a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Seus princípios iluministas tinham 
como base a liberdade e igualdade perante a lei, a defesa inalienável à propriedade 
privada e o direito de resistência à opressão.
Por fim, em 1948, logo após o término da II Guerra Mundial quando ocorreram as 
maiores violações do direto à vida, que é um direito primordial, em que milhões de 
judeus foram simplesmente exterminados, a Organização das Nações Unidas (ONU) 
instituiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que veremos com mais 
detalhes a seguir.
 c
Dois personagens simbolizam bem a luta pelos direitos humanos 
Martin Luther King nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 
1960, lutando pelos direitos civis dos negros e Nelson Mandela, 
também no século passado, com sua luta contra o Apartheid na 
África do Sul.
10
4 Declaração Universal dos Direitos Humanos
A Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (DUDH) instituída em 1948 é o 
documento mais importante da história 
sobre direitos humanos, pois contou 
com a participação de nações de todas 
as regiões do mundo. Sua sedimentação 
final, com a proteção universal dos 
direitos humanos, ocorreu com a adesão 
maciça de mais 170 países, na Convenção 
de Viena, em 1993.
Segundo a própria ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento 
mais traduzido no mundo, já foi traduzido em mais de 360 idiomas.
A declaração possui 30 artigos, dos quais destacamos alguns a seguir. Observe que 
vários artigos foram a fonte inspiradora de nossa constituição.
Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em 
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para 
com os outros em espírito de fraternidade.
Artigo 2°
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades 
proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, 
nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de 
opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, 
de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será 
feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou 
internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, 
seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo 
ou sujeito a alguma limitação de soberania.
11
Artigo 3°
Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e segurança pessoal.
Artigo 4°
Ninguém será mantido em escravatura ou servidão; a escravatura 
e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.
Artigo 5°
Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos 
cruéis, desumanos ou degradantes.
Artigo 7°
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a 
igual proteção da lei. Todos têm direito à proteção igual contra 
qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra 
qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 9°
Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 18°
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência 
e de religião; esse direito implica a liberdade de mudar de religião 
ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião 
ou convicção sozinho ou em comum, tanto em público como em 
privado, pelo ensino, pela pratica, pelo culto e pelos ritos.
Artigo19°
Todo indivíduo tem direito a liberdade de opinião e de expressão, 
o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e 
o de procurar, receber e difundir sem consideração de fronteiras, 
informações e ideias por qualquer meio de expressão.
12
Artigo 23°
1 – Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do 
trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à 
proteção contra o desemprego.
2 – Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual 
por trabalho igual.
3 – Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa 
e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência 
conforme a dignidade humana, e completada, se possível, por 
todos os outros meios de proteção social.
4 – Toda pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas 
sindicatos e de se filiar em sindicatos para defesa dos seus 
interesses.
Artigo 25°
1 – Toda pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe 
assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente 
quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência 
médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem 
direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, 
na viuvez, na velhice ou em outros casos de perda de meios de 
subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.
2 – A maternidade e a infância têm direito à ajuda e à assistência 
especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do 
matrimônio, gozam da mesma proteção social.
Artigo 26°
1 – Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser 
gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar 
fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico 
e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos 
superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em 
função do seu mérito.
13
2 – A educação deve visar à plena expansão da personalidade 
humana e ao reforço dos direitos humanos e das liberdades 
fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância 
e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou 
religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das 
Nações Unidas para a manutenção da paz.
3 – Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero 
de educação a dar aos filhos.
 (DUDH, 1948)
 h
Todo dia 10 de dezembro é comemorado o Dia Internacional dos 
Direitos Humanos, pois nesta mesma data, em 1948, a ONU 
proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
5 Oito Objetivos do Milênio
Para contribuir com os maiores problemas mundiais, a ONU, por meio dos seus 189 
Estados Membros, no ano de 2000, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio, que no Brasil 
são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo. A meta estipulada deverá ser atingida 
por todos os países até 2015.
14
Dentro da concepção da ONU, a responsabilidade de atuação em prol dos objetivos deve 
ser conjunta, envolvendo governos, organismos internacionais, cidadãos, organizações 
da sociedade civil e do setor privado. Trata-se de um esforço comum para:
• o engajamento coletivo;
• apoio e sustentação de programas;
• atuação de forma estratégica e eficaz:
• fomento de ações e mobilizações.
No contexto brasileiro, nos últimos anos, houve muitas conquistas e avanços, porém 
ainda há muito a se fazer. Independente de ações governamentais, cada cidadão pode 
contribuir com esses objetivos em sua comunidade.g Acessando o link a seguir, há uma série de sugestões já promovidas por voluntários e algumas publicações com orientações para o desenvolvimento de ações. Vale a pena 
conhecer, adaptar à realidade de sua região e dar a sua 
contribuição! 
 
www.objetivosdomilenio.org.br
8 Jeitos de Mudar o Mundo
ERRADICAR A EXTREMA
POBREZA E A FOME
ATINGIR O ENSINO
BÁSICO UNIVERSAL
PROMOVER A IGUALDADE
DE GÊNERO E A AUTONOMIA
DAS MULHERES
REDUZIR A
MORTALIDADE INFANTIL
MELHORAR A SAÚDE
MATERNA
COMBATER O HIV/AIDS,
A MALÁRIA E OUTRAS
DOENÇAS
GARANTIR A
SUSTENTABILIDADE
AMBIENTAL
ESTABELECER UMA
PARCERIA MUNDIAL PARA
O DESENVOLVIMENTO
15
6 Como os Direitos Humanos Estão no Dia a Dia das Pessoas
Como vimos, os direitos humanos foram fruto de um processo de conquista e trabalho 
ao longo de milhares de anos. Mesmo que saibamos que ainda não são respeitados 
por todos, temos de compreender a importância da existência desses registros 
documentais, como as declarações e constituições. Por meio da formalização dos 
documentos, podemos atuar de forma coesa e clara para que os direitos humanos 
sejam respeitados, sem margens para interpretações de conveniência.
É sabido que em nosso dia a dia lidamos, ouvimos, presenciamos e lemos relatos de 
violações dos nossos direitos, e talvez nem tenhamos a consciência da dimensão de 
sua abrangência, por serem inúmeros os casos. Vejamos algumas situações corriqueiras 
em nossa sociedade:
1. Preconceito contra orientação 
sexual – apesar dos avanços nas 
últimas décadas, infelizmente 
ainda somos considerados um 
país preconceituoso quando 
lidamos com pessoas com 
orientação sexual diferente da 
heterossexual. Não podemos 
nos esquecer que a nossa 
Constituição Federal prevê 
liberdades, direitos e deveres igualitários. Indiferentemente da nossa opção 
sexual ternos o livre arbítrio e o direito·de nos expressar e sermos quem nós 
somos.
 e
No dia 14 de maio de 2013, o Conselho Nacional de Justiça 
aprovou uma resolução que obriga todos os cartórios do país a 
celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
2. Discriminação de gênero – embora tenha diminuído a discriminação contra a 
mulher na sociedade, bem como no mercado de trabalho, ela ainda muitas vezes 
tem sido tratada em condições inferiores ao homem. A violência doméstica 
e os abusos sexuais são as formas mais graves e lamentáveis de tratamento 
16
dado às mulheres, são crimes que deveriam ser banidos de nossa história. No 
entanto, ainda são inúmeros os relatos, frutos de uma sociedade machista 
– ignorante, que enxerga na mulher um objeto de propriedade e prazer do 
homem. Fora essa questão, convivemos com a desvalorização do trabalho 
das mulheres, como se elas fossem menos capazes que os homens e, por isso, 
merecedoras de um salário menor ou de limitações em suas possibilidades de 
ascensão profissional.
 e
Com a criação em 2006 da Lei nº 11.340, conhecida como Lei 
Maria da Penha, as punições para os agressores de violência 
doméstica ficaram bem mais severas.
3. Racismo – a cor da pele, a 
origem ou outros traços físicos 
não deveriam ser motivos para 
determinar as chances de vida 
de uma pessoa. No entanto, 
não só aqui no Brasil, mas na 
maior parte do mundo ocorre 
essa triste violação do artigo 1° 
da DUDH que afirma “Todos os 
seres humanos nascem livres e 
iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem 
agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Não há pessoas 
superiores a outras, não há raças humanas distintas, pertencemos todos à raça 
humana. Logo não deveria haver desigualdade econômica e social em função 
dessas condições.
4. Discriminação contra as pessoas com deficiência – cada qual com sua limitação, 
seja física ou psicológica, sofre em seu dia a dia inúmeras barreiras para exercer 
seu papel como cidadão. Além das barreiras que impedem sua mobilidade, 
convive com ambientes não adaptados às suas necessidades. Mas, sem dúvida, 
a pior barreira enfrentada é a do preconceito por sua condição.
5. Exploração sexual de crianças e adolescentes – é um dos pontos mais 
vergonhosos de nosso país, pois ainda estamos distantes da erradicação desse 
triste problema, porque precisamos, primeiro, contornar as origens dessa 
questão. Crianças e adolescentes são vítimas da miséria, da baixa escolaridade, 
17
do lar desajustado pelo alcoolismo, drogas e desemprego. Essa realidade é 
triste e dramática e requer resolução imediata, todavia há que se considerar 
que, se do outro lado da história não houvesse o explorador – aproveitador da 
situação – a violação desse importante direito humano não ocorreria.
 e
No Brasil, a prática do racismo é duramente punida por lei, como 
crime inafiançável (o autor do delito não poderá recorrer ao 
pagamento de uma fiança) e imprescritível (não perde a validade 
com o tempo).
A Confederação Nacional do Transporte e o SEST SENAT apoiam a Campanha Nacional 
de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com o Projeto 
PROTEÇÃO, cujo objetivo é conscientizar trabalhadores do setor do transporte e a 
sociedade em geral sobre a importância do enfrentamento e da denúncia da exploração 
sexual infanto-juvenil na erradicação da exploração sexual de crianças e adolescentes, 
dando continuidade às ações de capacitação, conscientização e mobilização, buscando 
assim modificar esse cenário!
Entre nesta campanha contra a exploração sexual de crianças e de adolescentes!
Disque 100 e denuncie essa exploração!
O seu ato pode contribuir para defender os direitos de nossas crianças e adolescentes.
 e
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que 
pessoas com até 12 anos incompletos são consideradas crianças; 
e dos 12 aos 18, adolescentes.
5. Pessoas com restrição de mobilidade, idosos, 
gestantes, pessoas com baixa estatura, 
cadeirantes, entre outras restrições, 
normalmente levam desvantagens por sua 
condição especial. Apesar de existir uma 
lei que garante o atendimento prioritário 
e a acessibilidade dessas pessoas, muitas 
empresas não a respeitam.
18
A Lei nº 10.048/2000 dá prioridade de atendimento às pessoas com deficiência, a 
idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, a gestantes, a lactantes (mães 
que amamentam) e a pessoas acompanhadas por crianças de colo.
6. Trabalho escravo – a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no nosso país, já tem mais 
de 115 anos, porém, eventualmente, ainda escutamos no noticiário situações 
de trabalho escravo em nosso país. Compara-se à escravidão o trabalho 
degradante, que é aquele sem condições mínimas, sendo o salário a ser pago 
convertido em comida e hospedagem de péssima qualidade. A pior situação 
é quando envolve o tráfico de pessoas, em que aliciadores com promessas de 
bons empregos levam pessoas para outros países e retêm seus passaportes 
e as aprisionam para serem exploradas sexualmente, sem qualquer tipo de 
pagamento.
 e
É considerado também tráfico de pessoas quando a vítima é 
retirada de seu ambiente (cidade ou país) para ter seus órgãos 
ou tecidos removidos.
7. Intolerância religiosa – pessoas que por pressão de familiares ou de sua 
comunidade não são respeitadas por optar e praticar uma religião diferente. 
Esse desrespeito pode ocorrer com críticas e comparações sobre a religião 
escolhida ou, ainda, por manifestações de preconceito e até exclusão do 
convívio social ao se manterem firmes em seu propósito. A intolerância 
religiosa fere duramente o direito à liberdade de pensamento, consciência e 
religião.
 h
No Brasil, dado o crescimento da intolerância religiosa, foi 
criada, em 2007, uma lei que institui o dia 21 de setembro como 
o “DiaNacional de Combate à Intolerância Religiosa”.
19
7 Alguns Deveres Importantes de Todo Cidadão
Não há direito que não pressuponha a existência de deveres e vice-versa. Cidadão 
é a pessoa física, nacional (nata ou naturalizada), no pleno exercício dos direitos 
políticos. O que faz uma pessoa ser cidadão é justamente essa condição de conhecer e 
usufruir seus direitos e cumprir com seus deveres. Isso vale para todos os brasileiros e 
naturalizados, independentemente de sua condição social, cor, etnia ou religião.
Já conhecemos alguns de nossos direitos, agora veja alguns deveres que devem ser 
cumpridos:
• Respeitar e cumprir as leis do país – não por temer a punição, mas por ser o 
correto e ético;
• Comparecer nas votações para escolher os governantes – presidente, 
deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores são eleitos com 
nosso voto, então a escolha deve ser consciente, pensando no que for melhor 
para a coletividade. Não “venda” ou “leiloe” seu voto, pois é a oportunidade 
que temos para melhorar a situação de nossas cidades e da população;
• Respeitar os direitos de outras pessoas – brasileiros ou estrangeiros devem 
saber viver em sociedade, e a base das interações interpessoais deve se dar 
pelo respeito e pela civilidade;
• Proteger a natureza – de 
que adianta o governo fazer 
a sua parte na preservação 
ambiental se as pessoas não 
reconhecerem a importância 
desta ação. Devemos proteger 
o meio ambiente, não só por 
ser um dever do cidadão, mas 
pelos nossos valores morais e 
pela consideração e respeito às 
gerações futuras;
20
• Colaborar com a preservação do patrimônio histórico-cultural brasileiro 
– todo esse patrimônio presente em nossas cidades foi construído ao longo 
de muito tempo, são registros importantes para nossa história. Não podemos 
permitir que atos de vandalismos ou até de desleixos com os bens públicos 
possam ocorrer;
• Colaborar com as autoridades – não nos referimos apenas aos policiais, mas, 
sim, a todos os agentes públicos que no exercício de sua função necessitam 
contar com o apoio e respeito da população. A autoridade é indispensável para 
realização do seu trabalho, caso contrário, viveríamos em completa desordem, 
cada um fazendo o que bem entende;
• Tratar com respeito e solidariedade todos os cidadãos – esse é um dever 
que devemos ter de forma intrínseca (dentro de nós), independente de lei, 
norma ou qualquer outra orientação. Esse cuidado torna-se mais importante 
ainda quando lidamos com idosos, crianças, pessoas com deficiência e com as 
pessoas menos favorecidas;
• Proteger e educar as crianças – nós, adultos, temos um papel importantíssimo, 
independente de sermos ou não pais. Dificilmente uma criança criada em um 
lar ajustado, onde as pessoas se respeitam e há princípios morais consolidados, 
será um adulto sem valores. Isso independe de condição financeira ou social, 
basta dar bons exemplos.
8 Direitos Humanos e o Trabalho
Como vimos, os direitos humanos são universais e absolutos colocando-nos todos em 
situação de igualdade, podendo ser traduzidos no entendimento de que ninguém é 
superior a ninguém. Logo, nas relações de trabalho, regidas pelos direitos sociais, a 
base humanista não desaparece. O que ocorre é que o empregador tem prerrogativas 
próprias na relação de emprego, mas isso não significa que a dignidade da pessoa seja 
violada.
O empregado tem os seus direitos assegurados por uma série de legislações específicas 
que limitam o poder do empregador. Assim como essas mesmas leis determinam as 
obrigações do empregado, buscando manter uma relação justa de remuneração x 
força de trabalho.
21
É fundamental um bom ordenamento jurídico desse tema, pois o risco de entendimento 
raso do empregador pode levá-lo a crer que, ao remunerar seus funcionários passe 
a ter direitos arbitrários sobre seus subordinados, que venham a ferir não só os 
direitos trabalhistas, mas principalmente os direitos humanos. Por isso, é importante 
o conhecimento dos direitos, não para provocar situações polêmicas, mas sim para a 
busca de um entendimento harmonioso.
A prevalência dos direitos humanos não deve ocorrer somente no âmbito das relações 
de trabalho, mas também nas relações domésticas e nas demais relações interpessoais 
de nosso cotidiano.
9 Direitos Humanos nas Estradas
É inquestionável que as grandes cidades possuem suas mazelas, que tornam o convívio 
entre seus semelhantes, muitas vezes, conflituoso. Porém, no interior do país, nas 
regiões mais pobres a miséria da população torna-se infelizmente a base justificadora 
de uma série de violações contra os direitos humanos. E por falta ainda de uma 
estrutura adequada de policiamento preventivo e apuração, de impunidade estimula a 
perpetuação de situações vergonhosas para a sociedade brasileira.
As estradas e suas redondezas tornam-se palco para exposição de graves situações, 
veja algumas delas:
• Exploração sexual de crianças e adolescentes;
• Trabalho degradante e situações análogas à escravidão;
• Aliciamento para tráfico de pessoas;
• Transporte de carga viva em péssimas condições;
• Crimes em nome da honra.
Nesse contexto, caminhoneiros e motoristas de ônibus interestaduais acabam 
testemunhando muitas dessas situações ao longo de suas jornadas de trabalho nas 
rodovias brasileiras, pois transportam cargas e pessoas pelos lugares mais remotos de 
22
nosso país. Por si só, já se trata de trabalho árduo, que envolve muita responsabilidade 
e dedicação. Todavia, esses mesmos profissionais gozam de uma oportunidade peculiar 
em seus trajetos: atuam como agentes em defesa da vida.
Ao se deparar com esse tipo de situação, 
denuncie!
Há diversos órgãos públicos, Organizações 
Não Governamentais (ONGs) e outras 
instituições que trabalham na defesa dos 
direitos humanos e dispõem de canais para 
denúncias.
Sugestões de canais de denúncia contra a 
violação dos direitos humanos:
• De forma geral, todo e qualquer crime pode ser denunciado na Delegacia de 
Polícia mais próxima. Agora, caso a denúncia envolva policiais, a Ouvidoria de 
Polícia do seu Estado deve ser procurada;
• Disque 100 para Denúncia Nacional de Abuso e Exploração contra Crianças e 
Adolescentes. Esse é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com 
foco em violência sexual. O Disque 100 funciona diariamente, inclusive nos 
fins de semana e feriados, a ligação é gratuita e a identidade do denunciante é 
mantida em sigilo. Além do telefone, a denúncia também pode ser encaminhada 
via e-maiI para disquedenuncia@sdh.gov.br;
• No caso de violência cometida contra criança ou adolescente você também 
pode procurar o Conselho Tutelar, ou a Delegacia Especializada em Crimes 
contra Crianças e Adolescentes de sua cidade;
• No caso de violência contra a mulher, você deve preferencialmente encaminhar 
sua denúncia à Delegacia da Mulher mais próxima ou procurar os conselhos 
de defesa dos direitos da mulher. Não havendo delegacias especializadas, 
procurar a Delegacia de Polícia mais próxima;
• A Polícia Federal, por meio do e-maiI denuncia.ddh@dpt.gov.br, recebe 
denúncias contra racismo, pedofilia e tráfico de pessoas;
23
• Outras entidades que podem acolher denúncias de violação dos direitos 
humanos são a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, por meio do portal 
www.sedh.gov.br/ouvidoria; Ordem dos Advogados do Brasil de sua cidade; as 
Comissões de Direitos Humanos do seu Estado.
10 Direitos Humanos no Trânsito
Os problemas do trânsito, até décadas atrás, era exclusividade de algumas poucas 
grandes cidades brasileiras, mas, com o aumento massivo da frota de veículos, 
atualmente é rara a cidade que não tem no trânsito um dos seus problemas a serem 
contornados. Esseé considerado um grande problema não só por levar as pessoas a 
perderem muito tempo em seus deslocamentos, mas, principalmente, por provocar 
diversas mortes diariamente.
Quando pensamos nessas mortes, imaginamos inicialmente que houve uma 
“causalidade”, uma “fatalidade” que levou ao acidente. Em primeiro lugar, na grande 
maioria dos acidentes de trânsito não há o acaso e, sim, imprudência. Essas ocorrências 
são normalmente fruto da imprudência dos motoristas, seja pelo excesso de velocidade, 
desrespeito à sinalização, ou, ainda, pelo consumo de álcool ou drogas. No entanto, 
temos ainda que considerar outro tipo de morte no trânsito aquela provocada por uma 
discussão, em que as pessoas simplesmente esquecem todo e qualquer bom senso e 
desperdiçam suas vidas para provar quem estava certa.
O trânsito infelizmente tem o poder de 
levar muitas pessoas que, habitualmente, 
são calmas e controladas, a um alto nível 
de estresse, desencadeando uma série 
de atitudes incompatíveis com a sua 
natureza. Motoristas, em geral, passam 
a olhar para os outros motoristas como 
inimigos. Com isso, levam ao trânsito a 
filosofia do “cada um por si”. E, com isso, 
não costumam ceder a vez, irritam-se 
profundamente se alguém os corta ou se demora um pouco mais para arrancar após um 
sinal vermelho, por exemplo. É como se a carcaça do veículo “protegesse ou isentasse” 
da necessidade de ser civilizado.
24
Diante desse cenário, fica difícil falarmos de direitos humanos no trânsito. Todavia, o 
trânsito é um dos locais importantes que precisamos lembrar e aplicar regras de boa 
convivência. Um pedestre, um ciclista ou um motociclista tem o mesmo direito à vida 
que os que estão em um veículo maior e mais seguro!
Nesse ponto, os trabalhadores em transporte, em especial os motoristas de ônibus 
urbano e taxistas, conhecem bem essa realidade. Por isso, assim como os colegas das 
estradas, eles também podem contribuir para a preservação dos direitos humanos 
no trânsito. Motoristas que atuam profissionalmente podem servir de exemplo de 
educação, tolerância, respeito e civilidade. Por mais que o estresse também os atinja, 
e momentos de impaciência sejam naturais, esses profissionais podem atuar como um 
ponto de equilíbrio, colaborando na diminuição dos riscos de acidentes, por meio de 
uma direção preventiva.
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25
Resumindo 
 
Os Direitos humanos são os direitos mais essenciais e importantes que 
temos, pois eles protegem, na sua essência, a vida e a dignidade humana. 
Aliás, poder viver a vida com dignidade é o mínimo que se espera que um 
ser humano deseje a seu semelhante. Parece pouco, mas percebemos em 
diversas ocasiões uma total desvalorização da vida. 
 
E, como vimos nesta unidade, o dever de garantir que os direitos essenciais 
à vida sejam sempre cumpridos é de todos nós! Nosso grande desafio é 
reconhecer que somos todos de uma mesma espécie – a humana –, porém 
com características e limitações diversas que devem ser respeitadas. 
 
Fica o convite para a sociedade e para os trabalhadores em transporte para 
unir forças e atuar; paralelamente às suas atribuições como um exemplo de 
categoria que valoriza e respeita o seu semelhante. Com nossas ações, 
podemos estimular mais pessoas a contribuir para uma sociedade mais 
Justa e livre de todo tipo de violação aos nossos “Direitos Humanos”.
26
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os direitos humanos têm por 
objetivo garantir que o ser humano viva de maneira digna. 
São atribuídos de forma universal, sem qualquer distinção e 
em todas as nações. Protegem pessoas, grupos e sociedades. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A prevalência dos direitos 
humanos deve ocorrer somente no âmbito das relações de 
trabalho. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
27
Referências
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e 
do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>. Acesso em: 28 jun. 2017.
_______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 28 jun. 2017.
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Direitos humanos. Portal da internet, 
2017. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 28 
jun. 2017.
REZENDE, Maria José de. Os objetivos de desenvolvimento do milênio da ONU: alguns 
desafios políticos da co-responsabilização dos diversos segmentos sociais no combate 
à pobreza absoluta e à exclusão. Investig. desarro., [online], v.16, n. 2, 2008, p.184-213.
28
UNIDADE 2 | CIDADANIA E 
DIREITOS DO CIDADÃO
29
Unidade 2 | Cidadania e Direitos do Cidadão
1 Cidadania
A Constituição Federal (CF) diz que todo poder 
emana do povo, que pode exercê-lo diretamente 
ou por meio de representantes eleitos, e coloca 
a cidadania como fundamento da República 
Federativa do Brasil, ao lado de valores como 
a soberania nacional, a dignidade humana, os 
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e 
a liberdade política.
Podemos concluir que, ao conceito de cidadania, devem ser agregados todos esses 
outros valores, de forma que ela seja percebida de maneira mais completa.
 c
O verdadeiro cidadão é um indivíduo consciente de seu papel na 
sociedade. Dessa maneira, a Cidadania pode ser definida como o 
conjunto de direitos e deveres que um indivíduo tem perante o 
Estado, e que podem ser entendidos como normas de conduta 
que devem ser seguidas.
Ser cidadão é participar ativamente da vida e do governo de seu país.
Embora esta afirmação deixe claro o conceito de cidadania, restam ainda algumas dúvidas 
como, por exemplo, que direitos seriam esses que tem o cidadão brasileiro? E quais seriam 
seus deveres?
30
2 Direitos e Garantias Individuais
Para começar, vamos analisar os direitos chamados de individuais.
Atualmente, a Constituição prevê uma série de direitos individuais compostos tanto 
por direitos do homem quanto por direitos fundamentais. Essa distinção se faz porque 
os chamados direitos do homem são aqueles inerentes à condição humana, cabendo 
ao Estado, por meio da Constituição, reconhecê-los como preexistentes. Já os direitos 
fundamentais são aqueles considerados indispensáveis à pessoa humana; a legislação 
brasileira cria e estabelece garantias para protegê-los.
O conjunto de direitos individuais é bastante extenso e não se esgota apenas naqueles 
previstos na Constituição Federal, podendo constar também nos Tratados de Direito 
Internacional ou quaisquer outras fontes legislativas, tamanha é a sua importância.
 g De acordo com o Art. 5º da Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, sendo garantida aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade. Para conhecer melhor seus direitos, 
consulte o texto completo da Constituição através do link a 
seguir. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.
htm
31
3 Direitos Sociais e Fundamentos Básicos Constitucionais
As mudanças causadas pela Revolução Industrial modificaram 
a relação de trabalho entre patrões e empregados, 
principalmente restringindo as condições abusivas impostas 
aos trabalhadores até então. Constatou-se, por aquele 
contexto, a necessidade de intervençãoestatal como forma 
de proteger o lado mais fraco da relação (os empregados). Os 
patrões perderam o direito de definir a jornada de trabalho 
diária de seus empregados e o Estado passou a determinar, 
por lei, qual deveria ser a jornada mais razoável e justa.
 e
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, 
com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na 
Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, 
na Idade Moderna houve um conjunto de mudanças tecnológicas 
com profundo impacto no processo produtivo. No século XIX 
esse processo se difundiu por outros países.
Os direitos sociais vieram para complementar as conquistas até então realizadas, 
buscando aumentar a qualidade de vida dos cidadãos. A Constituição Federal trata 
dos direitos sociais em um capítulo próprio, classificando-os em direitos trabalhistas 
e direitos do homem, que dizem respeito, por exemplo, à previdência social que deve 
ser prestada ao indivíduo.
3.1 Direitos Sociais em Sentido Estrito
A Constituição define em seu Art. 6º que são direitos sociais: educação, saúde, moradia, 
lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência 
aos desamparados. Entende-se que, assim dispondo, a Constituição está tratando do 
mínimo necessário para a dignidade humana.
32
Um exemplo é o direito à saúde. Esse direito implica que, nos casos de doença, todos 
têm direito a um tratamento compatível com os avanços da Medicina, não importando 
a sua situação financeira. O direito à saúde vem para exigir que o Estado garanta a 
continuidade da vida, executando medidas e serviços que previnam e tratem as 
doenças.
Ainda sob essa perspectiva, há o direito à educação. A Constituição diz que “a educação 
é direito de todos e dever do Estado e da família”, o que significa que o Estado deve 
oferecer serviços educacionais a todos e que é dever da família verificar que crianças e 
adolescentes estejam estudando.
Por fim, temos aqueles direitos sociais que asseguram ao ser humano a qualidade de 
vida, como o direito à cultura, ao lazer e a um meio ambiente saudável e ecologicamente 
equilibrado. Todos esses direitos impõem ao Estado o dever de tomar ações positivas 
no intuito de concretizá-los e garanti-los.
3.2 Direitos Trabalhistas
Para estudar os direitos trabalhistas é 
necessário, primeiro, saber o que é uma 
relação de emprego. De acordo com a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a 
relação de emprego é aquela que envolve 
um empregador e um empregado, sendo 
o empregado qualquer pessoa que 
presta serviços com regularidade para 
outra, recebendo para isso um salário.
A CLT define as condições mínimas de trabalho que o empregador deverá oferecer a 
seus empregados, especificando os principais direitos que devem ser observados, bem 
como as obrigações de empregados e empregadores.
33
Inicialmente, a Constituição estabelece como direito trabalhista a garantia contra a 
demissão arbitrária ou sem justa causa. Isso não quer dizer que o empregador esteja 
proibido de despedir alguém sem que haja justa causa. No entanto, existem restrições 
ao empregador para demissões sem justificativa, cabendo, no caso, indenização aos 
empregados dispensados.
 e
Outro direito do trabalhador é o Fundo de Garantia por Tempo 
de Serviço (FGTS), que funciona da seguinte forma: a cada mês 
trabalhado o empregado tem direito a um depósito numa conta 
vinculada, administrada pela Caixa Econômica Federal, no valor 
correspondente a 8% de seu salário.
A garantia de emprego engloba dois outros direitos. O primeiro deles é o aviso prévio, 
que é uma forma de assegurar que o empregado seja avisado com antecedência sobre 
sua dispensa, visando preveni-lo contra situações de dificuldade. O aviso prévio não é 
só um direito do empregado, mas também um dever deste para com o empregador. Ou 
seja, no caso de o empregado ser aquele que deseja romper o vínculo empregatício, 
também ele deverá avisar o patrão.
O aviso prévio, conforme o próprio nome diz, deve anteceder a dispensa em, no 
mínimo, trinta dias para que o empregado ou o empregador possam se preparar para 
a situação. Dessa forma, o empregado que não recebeu previamente o aviso de sua 
dispensa deve receber como indenização um salário adicional, como se ele estivesse 
trabalhando naquele mês, enquanto que, ao empregador que não recebe o aviso de seu 
empregado, cabe o direito de descontar o valor do salário correspondente ao período.
No mês de aviso prévio, o trabalhador tem direito a reduzir sua jornada de trabalho 
em duas horas para procurar outro emprego. Essas duas horas devem ser corridas, não 
podendo ser fracionadas à conveniência do empregador. No entanto, é facultado ao 
empregado optar pelo cumprimento da jornada integral, então com a possibilidade de 
faltar sete dias corridos.
Por fim, a Constituição prevê a possibilidade de o trabalhador receber o seguro-
desemprego. O tempo de benefício varia em função do tempo trabalhado no último 
emprego. Esse recebimento dar-se-á nas condições estipuladas em Lei, devendo o 
empregado cumprir alguns requisitos, como estar naquele mesmo emprego há pelo 
34
menos seis meses. O recebimento do seguro-desemprego está ainda condicionado à 
liberação de guias referentes a tal seguro pelo empregador, o que é um direito do 
empregado quando da dispensa imotivada.
Devemos destacar, ainda, o direito a dois benefícios financeiros que incrementam a 
renda do trabalhador: o décimo terceiro salário e as férias.
 e
O décimo terceiro salário busca proporcionar condições de 
comemorar devidamente as festas de fim de ano. Conforme o 
próprio nome diz, o décimo terceiro salário é uma parcela salarial 
com o mesmo valor dos demais salários mensais. Para não onerar 
a empresa, esse salário adicional é pago em duas parcelas.
O empregado terá direito a férias sempre que tiver trabalhado por pelo menos um 
ano na empresa. Após ter adquirido o direito a férias, o empregado terá, com data 
à escolha do empregador, o período de mais um ano para fazer uso delas. Uma vez 
concedidas as férias, o empregado terá então direito a receber, naquele mês, o salário 
acrescido de um terço de seu valor, para garantir que o trabalhador de férias possa 
aproveitá-las bem, sem maiores dificuldades financeiras.
Além dos direitos trabalhistas que acabamos de discutir, há ainda muitos outros que 
podem ser enumerados, como por exemplo, a duração máxima da jornada de trabalho 
– de oito horas diárias – sendo que todas as horas excedentes serão consideradas 
extras e deverão ser remuneradas com adicional de, no mínimo, 50% de seu valor.
Conclusão
Como a Constituição diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, todos são cidadãos e possuem os mesmos direitos.
Vale realçar que, no Brasil, os trabalhadores são agentes sociais importantes na defesa 
dos direitos humanos. Fortalecer este papel é uma forma de ampliar a consciência de 
todos quanto aos seus direitos e deveres, fazendo com que se tenha conhecimento da 
realidade e dos problemas nas diversas regiões do país.
35
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. De acordo com a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), a relação de emprego é aquela 
que envolve um empregador e um empregado, sendo o 
empregado qualquer pessoa que presta serviços com 
regularidade para outra, recebendo para isso um salário. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. É um direito do trabalhador a 
duração máxima da jornada de trabalho, de doze horas 
diárias, sendo que até três horas excedentes é considerada 
hora extra não remunerada. Só é remunerada a hora extra 
quando ultrapassa as três horas excedentes. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )Atividades
36
Referências
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e 
do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>. Acesso em: 28 jun. 2017.
_______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
Acesso em: 28 jun. 2017.
ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Direitos humanos. Portal da internet, 
2017. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 28 
jun. 2017.
REZENDE, Maria José de. Os objetivos de desenvolvimento do milênio da ONU: alguns 
desafios políticos da co-responsabilização dos diversos segmentos sociais no combate 
à pobreza absoluta e à exclusão. Investig. desarro., [online], v.16, n. 2, 2008, p.184-213.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
	Apresentação
	Unidade 1 | Direitos Humanos
	1 Introdução
	2 Conceito de Direitos Humanos
	3 A História dos Direitos Humanos
	4 Declaração Universal dos Direitos Humanos
	5 Oito Objetivos do Milênio
	6 Como os Direitos Humanos Estão no Dia a Dia das Pessoas
	7 Alguns Deveres Importantes de Todo Cidadão
	8 Direitos Humanos e o Trabalho
	9 Direitos Humanos nas Estradas
	10 Direitos Humanos no Trânsito
	Atividades
	Referências
	Unidade 2 | Cidadania e Direitos do Cidadão
	1 Cidadania
	2 Direitos e Garantias Individuais
	3 Direitos Sociais e Fundamentos Básicos Constitucionais
	3.1 Direitos Sociais em Sentido Estrito
	3.2 Direitos Trabalhistas
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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