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185399012518 OAB1FASE APOSTILA I

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APOSTILA 01 
 
1. (II EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2010.2 – FGV) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma 
faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joa-
quim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas 
que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presencia-
ram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma 
arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as 
testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alega-
ções orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia 
ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. 
No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim 
agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu comple-
tamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu com-
pletamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a 
ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz 
a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da senten-
ça que vier a ser prolatada. 
 
2. (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2011.3 – FGV) Trácio foi denunciado pela prática do delito descrito 
no artigo 333 do Código Penal. A peça inaugural foi recebida pelo Juiz Titular da Vara Única da Comarca X, 
que presidiu a Audiência de Instrução e Julgamento. Encerrada a instrução do feito, o processo foi con-
cluso ao juiz substituto, que proferiu sentença condenatória, tendo em vista que o juiz titular havia sido 
promovido e estava, nesse momento, na 11ª Vara Criminal da Comarca da Capital. De acordo com a Lei 
Processual Penal, assinale a alternativa correta. 
 
A) A sentença é nula, porque foi prolatada por juiz que não presidiu a instrução do feito, em desacordo com o 
princípio da identidade física do juiz. 
B) A sentença é nula, porque ao juiz substituto é vedada a prolação de decisão definitiva ou terminativa. 
C) Não há nulidade na sentença, porque não se faz exigível a identidade física do juiz diante das peculiaridades 
narradas no enunciado. 
D) A sentença é nula, porque viola o princípio do juiz natural. 
 
3. (XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2017.2 – FGV) Mateus foi denunciado pela prática de um crime de 
homicídio qualificado, sendo narrado na denúncia que a motivação do crime seria guerra entre facções do 
tráfico. Cinco dias antes do julgamento em plenário, o Ministério Público junta ao processo a Folha de 
Antecedentes Criminais (FAC) do acusado, conforme requerido quando da manifestação em diligências, 
em que, de fato, constavam anotações referentes a processos pela prática do crime da Lei de Drogas. 
Apenas três dias úteis antes do julgamento, a defesa de Mateus vem a tomar conhecimento da juntada da 
FAC. No dia do julgamento, após a manifestação oral da defesa em plenário, indagado pelo juiz presidente 
sobre o interesse em se manifestar em réplica, o promotor de justiça afirma negativamente, reiterando aos 
jurados que as provas estão muito claras e que o réu deve ser condenado, não havendo necessidade de 
maiores explanações. Posteriormente, o juiz presidente nega à defesa o direito de tréplica. Mateus é con-
denado. 
Diante da situação narrada, o(A) advogado(A) de Mateus, em sede de apelação, deverá buscar: 
 
A) a nulidade do julgamento, pois foi juntada documentação sem a antecedência necessária exigida pela lei. 
B) o afastamento da qualificadora pelo Tribunal, pois foi juntada documentação que influenciou seu reconheci-
mento sem a antecedência necessária exigida pela lei. 
C) a nulidade do julgamento, pois o direito de tréplica da defesa independe da réplica do Ministério Público. 
D) a nulidade do julgamento, pois houve réplica por parte do Ministério Público, de modo que deveria ser deferido 
à defesa o direito de tréplica. 
 
 
 
 
 
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4. (IV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2011.1 – FGV) Acerca das disposições contidas na Lei Processual 
sobre o Inquérito Policial, assinale a alternativa correta. 
 
A) Nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá proceder a inquérito a requerimento de qualquer pes-
soa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal. 
B) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o tribunal competente. 
C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial 
poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
D) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
 
5. (V EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2011.2 – FGV) Tendo em vista o enunciado da súmula vinculante 
nº 14 do Supremo Tribunal Federal, quanto ao sigilo do inquérito policial, é correto afirmar que a autorida-
de policial poderá negar ao advogado: 
 
A) a vista dos autos, sempre que entender pertinente. 
B) a vista dos autos, somente quando o suspeito tiver sido indiciado formalmente. 
C) do indiciado que esteja atuando com procuração o acesso aos depoimentos prestados pelas vítimas, se enten-
der pertinente. 
D) o acesso aos elementos de prova que ainda não tenham sido documentados no procedimento investigatório. 
 
6. (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2011.3 – FGV) No tocante ao inquérito policial, é correto afirmar 
que: 
 
A) por ser um procedimento investigatório que visa reunir provas da existência (materialidade) e autoria de uma 
infração penal, sua instauração é indispensável. 
B) pode ser arquivado por determinação da Autoridade Policial se, depois de instaurado, inexistirem provas sufici-
entes da autoria e materialidade do crime em apuração. 
C) para qualquer modalidade criminosa, deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias se o indiciado tiver sido preso 
em flagrante ou estiver preso preventivamente, ou no prazo de 30 (trintA) dias, quando estiver solto. 
D) tem valor probatório relativo, mesmo porque os elementos de informação, no inquérito policial, não são colhi-
dos sob a égide do contraditório e ampla defesa, nem na presença do magistrado. 
 
7. (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2013.1 – FGV) Na cidade “A”, o Delegado de Polícia instaurou in-
quérito policial para averiguar a possível ocorrência do delito de estelionato praticado por Márcio, tudo 
conforme minuciosamente narrado na requisição do Ministério Público Estadual. Ao final da apuração, o 
Delegado de Polícia enviou o inquérito devidamente relatado ao Promotor de Justiça. No entendimento do 
parquet, a conduta praticada por Márcio, embora típica, estaria prescrita. Nessa situação, o Promotor de-
verá: 
 
A) arquivar os autos. 
B) oferecer denúncia. 
C) determinar a baixa dos autos. 
D) requerer o arquivamento. 
 
8. (XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2015.2 – FGV) No dia 01/04/2014, Natália recebeu cinco facadas 
em seu abdômen, golpes estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do deli-
to, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas diligências,dentre as quais se destacam a 
oitiva dos familiares e amigos da vítima e exame pericial no local. 
Mesmo após todas essas medidas, não foi possível obter indícios suficientes de autoria, razão pela qual o 
inquérito policial foi arquivado pela autoridade judiciária por falta de justa causa, em 06/10/2014, após ma-
nifestação nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Público. Ocorre que, em 05/01/2015, a mãe 
de Natália encontrou, entre os bens da filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex-
namorado de Natália, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24 horas para retomar o relaciona-
mento amoroso ou deveria arcar com as consequências. A referida carta foi encaminhada para a autorida-
de policial. 
Nesse caso: 
 
 
 
 
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A) nada poderá ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa julgada material. 
B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o desarquivamento do inquérito pela 
autoridade competente. 
C) nada poderá ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento não pode ser considerada prova nova. 
D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado diretamente pela autoridade policial, 
independentemente de manifestação do Ministério Público ou do juiz. 
 
9. (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2013.1 – FGV) Um professor na aula de Processo Penal esclarece a 
um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme 
expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio da: 
 
A) indivisibilidade. 
B) obrigatoriedade. 
C) indisponibilidade. 
D) intranscendência. 
 
10. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2014.1 – FGV) Em determinada ação penal privada, na qual se 
apura a prática dos delitos de calúnia e difamação, a parte não apresenta, em alegações finais, pedido de 
condenação em relação ao delito de calúnia, fazendo-o tão somente em relação ao delito de difamação. 
Com relação ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Ocorreu a perempção em relação ao delito de calúnia. 
B) Não ocorreu perempção em relação a nenhum delito. 
C) Ocorreu o perdão tácito em relação ao delito de calúnia. 
D) Não ocorreu perempção, mas, sim, renúncia em relação ao delito de calúnia. 
 
11. (XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2014.2 – FGV) Fábio, vítima de calúnia realizada por Renato e 
Abel, decide mover ação penal privada em face de ambos. Após o ajuizamento da ação, os autos são en-
caminhados ao Ministério Público, pois Fábio pretende desistir da ação penal privada movida apenas em 
face de Renato para prosseguir em face de Abel. 
Diante dos fatos narrados, assinale a opção correta. 
 
A) A ação penal privada é divisível; logo, Fábio poderá desistir da ação penal apenas em face de Renato. 
B) A ação penal privada é indivisível; logo, Fábio não poderá desistir da ação penal apenas em face de Renato. 
C) A ação penal privada é obrigatória, por conta do princípio da obrigatoriedade da ação penal. 
D) A ação penal privada é indisponível; logo, Fábio não poderá desistir da ação penal apenas em face de Renato. 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1- C 2- C 3- D 4- C 5- D 6- D 
7- D 8- B 9- C 10- A 11- B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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