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INFLAMAÇÃO PARTE 02 PROFESSORA FRANCIELE BASSO PADRÕES MORFOLÓGICOS DA INFLAMAÇÃO AGUDA Geral: as reações inflamatórias agudas apresentam dilatação de pequenos vasos sanguíneos, lentificação do fluxo sanguíneo e acúmulo de leucócitos e fluido no tecido extravascular. Entretanto dependendo da 1. severidade da reação, 2. de sua causa específica e do 3. tecido e local particular envolvidos. Reconhecimento dos padrões macro e microscópicos: frequentemente fornecem indícios sobre a causa subjacente. INFLAMAÇÃO SEROSA Derramamento de um fluido fino : derivado do plasma ou de secreções das células mesoteliais revestindo as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica. O acúmulo de fluido nessas cavidades é chamado de efusão. Exsudação de líquido amarelo-citrino, com composição semelhante ao soro do sangue. Exemplos: pleurite, bolha devido a queimadura. INFLAMAÇÃO SEROSA Qual tecido e alterações? vasos sanguíneos congestionados leucócitos (neutrófilos) no alvéolo INFLAMAÇÃO SEROSA Qual tecido? Alteração? epiderme separada da derme por uma coleção focal de efusão serosa INFLAMAÇÃO FIBRINOSA Com maior aumento na permeabilidade vascular: moléculas, tais como fibrinogênio, passam pela barreira vascular e a fibrina é formada e depositada no espaço extracelular. Característico de inflamação no revestimento de cavidades do corpo, tais como ... Histologicamente Fibrina aparência: malha eosinofílica de fios ou como um coágulo amorfo Os exsudatos fibrinosos podem ser removidos pela fibrinólise e limpos de outros restos pelos macrófagos. meninges, pericárdio e pleura O que ocorre caso não haja remoção da fibrina? INFLAMAÇÃO FIBRINOSA Ao longo do tempo ela pode estimular o crescimento dos fibroblastos e vasos sanguíneos e então levar à cicatrização. A conversão do exsudato fibrinoso em tecido cicatrizado (organização) dentro do saco pericárdico leva ao adelgaçamento fibroso opaco do pericárdio e epicárdio na área de exsudação e, se a fibrose é extensa, à obliteração do espaço pericárdico. O que ocorre caso não haja remoção da fibrina? INFLAMAÇÃO FIBRINOSA INFLAMAÇÃO FIBRINOSA INFLAMAÇÃO SUPURATIVA OU PURULENTA: ABSCESSOS Produção de grandes quantidades de pus ou exsudato purulento = formados por...? Bactérias (p. ex., estafilococos) produzem essa supuração = bactérias piogênicas Abscessos são coleções localizadas de tecido inflamatório purulento causados por supuração mantida em um tecido, um órgão ou espaço confinado. Neutrófilos, necrose liquefativa e fluido de edema INFLAMAÇÃO SUPURATIVA OU PURULENTA: ABSCESSOS ÚLCERAS Defeito local, ou escavação, da superfície de um órgão ou tecido, que é produzida por perda (desprendimento) de tecido necrótico inflamado Ocorre quando a necrose do tecido e a inflamação resultante existem em cima ou próximo à superfície. Ela é mais comumente encontrada: (1) na mucosa da boca, estômago, intestinos ou trato genitourinário (2) na pele e no tecido subcutâneo das extremidades inferiores em pessoas idosas que têm distúrbios circulatórios que predispõem a extensa necrose isquêmica. O QUE SÃO ÚLCERAS? ÚLCERAS INFLAMAÇÃO CRÔNICA INFLAMAÇÃO CRÔNICA duração prolongada (semanas a meses) Em que a inflamação, injúria tecidual e tentativas de reparo coexistem em variadas combinações Pode se seguir à inflamação aguda OU Pode se iniciar insidiosamente, como uma resposta de baixo grau e latente, sem nenhuma manifestação de uma reação aguda Em qual situação observamos a forma insidiosa da inflamação crônica? INFLAMAÇÃO CRÔNICA Doenças comuns e incapacitantes: artrite reumatoide, aterosclerose, tuberculose e fibrose pulmonar. também tem sido implicada na progressão do câncer e em doenças degenerativas = doença de Alzheimer. Em qual situação observamos a forma insidiosa da inflamação crônica? CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 1. Infecções persistentes micro-organismos que são difíceis de erradicar reação imune chamada de hipersensibilidade tipo tardia algumas vezes (padrão específico): reação granulomatosa 2. Doenças inflamatórias imunomediadas doenças que são causadas pela ativação excessiva ou inapropriada do sistema imune. contra os tecidos do próprio indivíduo, levando a doenças autoimunes CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 2. Doenças inflamatórias imunomediadas doenças que são causadas pela ativação excessiva ou inapropriada do sistema imune. contra os tecidos do próprio indivíduo, levando a doenças autoimunes autoantígenos evocam uma reação imune autoperpetuada = dano tecidual crônico e inflamação inflamação crônica é o resultado de respostas imunes não reguladas contra micróbios EXEMPLOS? artrite reumatoide e a esclerose múltipla doença intestinal inflamatória CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 2. Doenças inflamatórias imunomediadas Respostas imunes contra substâncias ambientais comuns (ex.asma brônquica). Devido a essas reações autoimunes e alérgicas serem inapropriadamente disparadas contra os antígenos que normalmente são prejudiciais = doença. Mostrar padrões morfológicos de inflamação aguda e crônica misturados = ataques repetidos de inflamação. A fibrose pode dominar os estágios tardios. O que são doenças alérgicas? CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 3. Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos. Ex. agente exógeno = sílica (material inanimado não degradável), quando inalado por períodos prolongados, resulta em silicose Aterosclerose = componentes lipídicos endógenos e tóxicos do plasma. CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA 3. Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Inflamação aguda?? Mudanças vasculares, edema e infiltração predominantemente neutrofílica INFLAMAÇÃO CRÔNICA Infiltração com células mononucleares: macrófagos, linfócitos e células plasmáticas Destruição tecidual: induzida pelo agente agressor persistente ou pelas células inflamatórias. Tentativas de cura pela substituição do tecido danificado: pela proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e fibrose. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Principal células na inflamação crônica Um dos componentes do sistema mononuclear fagocítico Macrófagos teciduais: difusamente espalhados pelo tecido conjuntivo ou localizados em órgãos tais como o fígado (células de Kupffer), baço e linfonodos (histiócitos dos seios), pulmões (macrófagos alveolares) e sistema nervoso central(microglia). PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como “surge” um macrófago? Fagócitos mononucleares nascem de um precursor comum na medula óssea= origem aos monócitos sanguíneos. A partir do sangue, os monócitos migram para vários tecidos e se diferenciam em macrófagos. O extravasamento de monócitos é governado pelos mesmos fatores que estão envolvidos na emigração dos neutrófilos: que são as moléculas de adesão e os mediadores químicos com propriedades quimiotáticas e ativadoras Quando um monócito alcança o tecido extravascular, ele sofre transformação = o macrófago PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago é ativado? Uma variedade de estímulos, incluindo: produtos microbianos que ocupam os TLRs receptores celulares, citocinas (p. ex., IFN-γ) secretadas pelos linfócitos T sensibilizados e por células assassinas naturais (natural killer) outros mediadores químicos PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago é ativado? PARTICIPAÇÃODOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago é ativado? PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago auxilia e prejudica o organismo durante a inflamação crônica? “... macrófagos ativados servem para eliminar o agente injuriante tal como micróbios e para iniciar o processo de reparo, e são responsáveis por grande parte da injúria tecidual na inflamação crônica.” Kumar et al.,2008 PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago auxilia e prejudica o organismo durante a inflamação crônica? Ativação dos macrófagos resulta em níveis aumentados de enzimas lisossômicas espécies reativas de oxigênio e nitrogênio produção de citocinas, fatores de crescimento e outros mediadores da inflamação PARTICIPAÇÃO DOS MACRÓFAGOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Como um macrófago auxilia e prejudica o organismo durante a inflamação crônica? Alguns desses produtos são tóxicos aos micróbios e células do hospedeiro (p. ex., espécies reativas de oxigênio e nitrogênio) ou à matriz extracelular (proteases); alguns causam influxo de outros tipos celulares (p. ex., citocinas, fatores quimiotáticos) proliferação de fibroblastos, deposição de colágeno e angiogênese (p. ex., fatores de crescimento). OUTRAS CÉLULAS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA Linfócitos são mobilizados em ambas as reações imunomediadas - por anticorpo e por célula. Os linfócitos T ativados: citocinas (recrutam os monócitos da circulação – uma delas, IFN-γ: potente ativador dos macrófagos) Inflamação imune = inflamação crônica Plasmócitos se desenvolvem a partir dos linfócitos B ativados produzem anticorpos direcionados ou contra antígenos persistentes estranhos ou próprios no local inflamatório ou contra componentes teciduais alterados Eosinófilos são abundantes nas reações imunes mediadas por IgE e em infecções parasitárias Eotaxina: quimiocina para o recrutamento de eosinófilos. Possuem grânulos que contêm a proteína básica principal: tóxica para parasitos, mas também causa lise das células epiteliais dos mamíferos Interação macrófago x linfócito OUTRAS CÉLULAS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA Padrão distinto de inflamação crônica que é encontrado em um número limitado de condições infecciosas e algumas não infecciosas Granuloma é um esforço celular para conter um agente agressor que é difícil de erradicar Padrão granulomatoso em uma amostra de biópsia é importante por causa do número limitado de condições possíveis que o causam e do significado do diagnóstico associado com as lesões INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA MICROSCOPIA agregação microscópica de macrófagos que são transformados em células epitelioides rodeadas por um colar de leucócitos mononucleares (linfócitos e plasmócitos) Células epitelioides: citoplasma granular rosa-claro com limites celulares indistintos, frequentemente parecendo se fundir um com o outro. O núcleo é menos denso do que linfócitos, oval ou alongado Podem se fundir para formar as células gigantes na periferia ou centro dos granulomas grande massa de citoplasma contendo 20 ou mais pequenos núcleos arranjados ou perifericamente (célula gigante do tipo de Langhans) ou irregularmente (célula gigante do tipo corpo estranho) INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA MICROSCOPIA Células epitelioides (gigantes) INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA TAREFA Diferenciar: Granuloma de corpo estranho Granulomas imunes Em duplas, máximo de uma página Com imagens e explicação Avaliativo
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