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Aula 10 Mario Katsuragawa Estrutura e Funcionamento do Ecossistema Marinho

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Estrutura e funcionamento do 
ecossistema marinho
Mario Katsuragawa - IOUSP
Principais divisões do ambiente marinho (Lalli & Parsons, 1993):
-Ponto de vista ecológico: 
zona pelágica ou pelagial (correspondente à coluna de água do oceano)
zona bentônica ou bental (correspondente ao assoalho marinho). 
- Os organismos que vivem no pelagial são chamados de pelágicos, e os que 
vivem no bental são os organismos bentônicos (bênticos), que, em conjunto, 
compõem o “bentos”.
Subdivisão do ambiente pelágico.
- Região nerítica (águas sobre a plataforma continental) 
- Região oceânica (todas as águas além da plataforma continental). 
De acordo com a profundidade  5 zonas: 
epipelágica (da superfície até cerca de 200 m), 
mesopelágica (de 200 até cerca de 1.000 m), 
batipelágica (de 1.000 até cerca de 4.000 m), 
abissopelágica (de 4.000 até cerca de 6.000 m), e 
hadopelágica (profs além de 6.000 m).
Subdivisão do ambiente bentônico (baseado na profundidade)
-supralitoral (zona acima da linha da maré alta), 
-litoral (zona entre-marés) = área de transição entre o 
ambiente marinho e terrestre → influência das variações 
entre as marés altas e baixas,
- sublitoral (o restante da plataforma continental – cerca de 8% da área 
marinha submersa), 
-batial (prof. entre 200 até 2000-3000 m = talude, elevação continental e 
parte das cadeias oceânicas), 
-abissal (plano abissal e bacias oceânicas, em profs entre 2000-3000 e 
6000 m) - cerca de 75% dos habitats bentônicos submersos. Temp ≤ 4oC
- hadal (fossas oceânicas profundas, até 11 km). 
Lalli & Parsons, 1993.
Ecossistema marinho  extremamente complexo e 
diversificado.
- Ecossistemas são Unidades funcionais de tamanhos variáveis → organismos 
+ meio ambiente 
- Como esses sistemas funcionam? → através de uma seqüência de processos 
que envolvem energia e fluxo de energia entre os diversos componentes, 
- Os componentes se arranjam numa estrutura composta por vários níveis → 
estrutura trófica.
Variações dos fatores 
ambientais (luz, 
temperatura, salinidade, 
densidade, tipo de substrato, 
posição geográfica, 
profundidade, período do 
ano etc.) 
- diferentes tipos de comunidades
- diferentes formas de funcionamento.
- Estrutura trófica = um arranjo 
de autótrofos e níveis 
sucessivos de heterótrofos
- Primeiro nível trófico = 
produtores (autótrofos) → por 
onde a energia entra no 
sistema e é estocada sob a 
forma de compostos orgânicos. 
característica de todos os 
ecossistemas
- Cada caminho de 
transferência de energia a partir 
de produtores para uma série 
de consumidores é chamado de 
cadeia trófica ou cadeia 
alimentar. 
- A combinação entre todas as 
cadeias alimentares numa 
dada comunidade ou 
ecossistema é chamada de 
trama trófica.
Sumich (1988)
Trama trófica de 
uma comunidade 
pelágica em águas 
tropicais.
- Na passagem de 
um nível para outro 
→ vasta parte da 
energia dissipada 
sob a forma de 
calor e o gasto 
metabólico dos 
organismos (entre 
80 e 95%). 
- O sistema torna-se 
auto-limitante: em certo 
ponto não resta 
energia suficiente para 
ser passada ou para 
sustentar outro nível → 
visualizado através de 
uma pirâmide trófica. 
O que é necessário 
para entender o 
funcionamento de 
uma comunidade 
marinha?
 Exemplos de ecossistemas bentônicos baseados em diferentes fontes de 
matéria orgânica: 
- baixios  microfitobentos = fonte primária de carbono mais importante, 
- estuários  fitoplâncton e detritos são importantes, 
- baías  dependentes apenas dos detritos 
- plataforma continental  principalmente fitoplâncton 
 Componentes abióticos (físicos, químicos e geológicos), necessários para a 
manutenção da estrutura trófica de um ecossistema: fonte de energia, fonte de 
nutrientes , fonte de água e substrato. 
Conhecimentos sobre processos biológicos;
- produção primária da matéria orgânica, 
- fontes de energia e nutrientes para os sistemas, 
- assimilação da matéria orgânica pelos consumidores, 
- taxas nos diversos componentes e 
- fluxo nos sistemas.
Classificação dos organismos marinhos conforme Stowe (1987)
Classificação de acordo com: Tipos Características 
Modo de nutrição Autótrofo 
Heterótrofo 
Capacidade de produzir o próprio alimento. 
Incapacidade de produzir o próprio 
alimento. 
Habitat Pelágico 
 
Bentônico 
Vive na coluna d’água: entre-marés, 
nerítico, oceânico. 
Vive sob ou sobre o fundo: litoral, 
sublitoral, batial, abissal, hadal. 
Mobilidade Nécton 
Plâncton 
Livres nadadores. 
Derivantes. 
 
Componentes vivos do ambiente marinho
Algas unicelulares  conhecidos como "Produtores Primários"
 produzem compostos orgânicos altamente 
energéticos, a partir da fotossíntese, e transferem essa energia para o 
pelagial.
-coletas realizadas por redes de plâncton  predomínio de dois grupos, 
diatomáceas e dinoflagelados, que devido ao tamanho ficam retidos na 
malhagem das redes. 
- Porém, organismos fitoplanctônicos menores, como da classe de tamanho 
do picoplâncton, que escapam das redes, também têm importância para a 
produção primária. 
Fitoplâncton
- Unicelulares, medindo entre 2 m e 1000 m  algumas espécies 
formam grandes cadeias ou agregados de células unidas entre si por 
espinhos ou mucilagens. 
- Não possuem capacidade de locomoção própria. 
- Todas as espécies possuem esqueleto externo (frústula), que 
consistem de duas valvas de sílica. 
- Grandes depósitos dessas carapaças, formados em eras geológicas, 
são conhecidas por “vasas” de diatomáceas.
Diatomáceas
Diatomáceas:
a-b) cadeia de Chaetoceros lacinosus; 
c) cadeia de Nitzschia pungens; 
d) cadeia de Thalassiosira gravida; 
e-f) Coscinodiscus wailesii; 
g) Chaetoceros socialis (cadeia 
gelatinosa); 
h) cadeia de Asterionella japonica; 
i) Skeletonema costatum. 
Lalli & Parsons, 1993.
-Segundo grupo em abundância. 
- Diferencia das diatomáceas por não possuírem esqueleto externo silicoso e 
apresentarem dois flagelos ou apêndices, com os quais se movem na água. 
-Poucas espécies formam cadeias. 
- Somente alguns dinoflagelados são autótrofos. 
-Cerca de 50% são totalmente heterótrofos e se alimentam do fitoplâncton ou do 
zooplâncton.
-Existem espécies que apresentam as duas características.
- Ocorrem também espécies parasitas e simbióticas.
Dinoflagelados
Lalli & Parsons, 1993.
- Condições ambientais favoráveis  aumentos repentinos em número 
(“blooms”) de uma certa espécie de fitoplâncton. 
- Dinoflagelados  grandes manchas de cores marron-avermelhadas na 
superfície dos oceanos = marés vermelhas. 
- Marés vermelhas podem 
ser formadas por organismos 
inócuos, ou por espécies que 
produzem toxinas potentes, 
como a saxitoxina 
(neurotóxica) que é 
produzida por espécies de 
Gymnodinium, Alexandrium e 
Pyrodinium.
www.wikipedia.org
Zooplâncton
- Componente heterotrófico do plâncton  requer substrato orgânico, ao invés de 
inorgânico, para obtenção da energia química para sintetizar o material do seu 
corpo.
- Basicamente 4 tipos de organismos quanto à forma de obtenção de energia: 
herbívoros, carnívoros, detritívoros e onívoros.
-Duas categorias, de acordo com o tempo de residência na comunidade planctônica: 
holoplâncton (ou plâncton permanente) passa todo o ciclo de vida no plâncton
- Excluindo os protozoários, existem cerca de 5000 espécies de zooplâncton 
holoplanctônico, representando diferentes grupos taxonômicos de invertebrados.
meroplâncton residente temporário da comunidade planctônica. 
-Cerca de 70% dasespécies bentônicas liberam ovos e embriões na coluna de 
água  formas larvais se tornam parte da comunidade planctônica (pode ser de 
poucos minutos até alguns meses ou anos). 
- Ovos e larvas de peixes também compõem uma porção importante do 
meroplâncton e recebem coletivamente o nome de ictioplâncton.
Holoplâncton
Lalli & Parsons, 1993.
Lalli & Parsons, 1993.
Sifonóforos (hidrozoários coloniais pelágicos) e medusas (Filo Cnidaria)
(medusas: hidrozoários ou 
cifozoários)
Lalli & Parsons, 1993.
Larva de anêmona (cnidário)
Meroplâncton
Larvas de crustáceos
Larva de ascídia 
(Tunicata, 
Urochordata, 
Filo Chordata)
Larvas de 
equinodermo
Lalli & Parsons, 1993.
crustáceos copépodes
larva de crustáceo
larva de crustáceo
molusco pterópode
sifonóforo
Problemas de espécies invasoras 
transportadas por água de lastro 
de navios
Fonte: Lopes (2009)
 conj. organismos que nadam livremente nos oceanos 
 capazes de vencer a força das correntes
-peixes + alguns crustáceos e moluscos + tetrápodes marinhos
- porção superior da pirâmide marinha de consumo e produção.
- 0,1% da biomassa viva nos oceanos. 
- animais bem conhecidos pelo homem devido ao tamanho e a 
visibilidade 
- importância econômica
- maioria das espécies nas zonas epipelágica e mesopelágica.
Nécton
Krill da Antártica (Euphausia superba, crustáceo Euphausiacea) 
considerado como micro-nécton (Lalli & Parsons, 1993). 
Crustáceo nectônico
Lulas: 
- ocorrem em todos os 
habitats marinhos → 
profundidade de 0 a 
5000 m. 
- predadores ativos, 
alimentando-se 
principalmente de 
camarões, 
caranguejos, peixes e 
outros moluscos.
Cefalópodes nectônicos: lulas, argonautas, náutilos e sépias  exclusivamente 
marinhos  Menos de 1000 espécies viventes atuais. 
Moluscos – Cephalopoda
 O termo “Peixe”  difícil ser caracterizado  vertebrados de sangue frio; 
primariamente dependem da água como meio ambiente; usam brânquias para as 
trocas gasosas; nadadeiras para a propulsão e controle da natação. 
 Quatro grupos de vertebrados atuais (Pough et al, 1993): 
Myxinoidea (feiticeiras) e Petromyzontoidea (lampréias) - ausência de 
mandíbulas; 
Chondrichthyes (cações, raias e quimeras) – esqueleto cartilaginoso 
Actinopterygii (peixes ósseos com nadadeiras raiadas). 
Peixes
Chondrichthyes – cações, raias e quimeras 
 Atualmente conhecidas cerca de 900 espécies viventes (Pough et al., 2003).
 predadores ativos, capazes de atacar e matar presas grandes. Muitos ataques a 
humanos têm sido registrados.
 Tubarão-baleia  planctívoro (pode atingir mais de 15 m) 
Raias: A- Urotrygon daviesi (57 cm TL); C-
Dasyatis bennetti (1,3 m TL)
Tubarões: A- Galeocerdo cuvieri (2 m TL); B-
Rhizoprionodon oligolinx (80 cm TL; C- Loxodon 
macrorhinus (95 cm TL); D- Triaenodon obesus 
(1,5 m TL)
Masuda et al. (1985)
Actinopterygii – peixes ósseos com nadadeiras raiadas
Actinipterígeos marinhos:
 Animais predominantes do nécton
 Encontrados em praticamente todos os habitats, desde poças de marés 
até as fossas marinhas profundas.
grande variedade de formas, associadas à conquista de diferentes 
ambientes aquáticos  adaptações morfológicas, fisiológicas, estratégia 
de ciclo de vida.
Peixes pelágicos
Sardinhas: C- Spratelloides delicatulus (8 cm); D- Spratelloides gracilis 
(8 cm); E- Sardinops melanostictus (16 cm)
Agulhas: A- Platybelone argala platyura (50 cm); Strongylura anstomella 
(75 cm)
Peixes-voadores: C- Cypelurus hiraii (25 cm); D- Cypelurus angusticeps 
(20 cm)
Atuns: E- Katsuwonus pelamis (48 cm); F- Thunnus albacares (70 cm)
Dourado do mar: A- Coryphaena equiselis (44 cm)
Masuda et al. (1985)
Peixes de fundos rochosos ou de coral
Serranídeos: K- Cephalopholis miniatus (30 cm); M- Cephalopholis 
argus (35 cm); N- Anyperodon leucogrammicus (32 cm)
Pomacentrídeos (peixes-donzela): F- Amphiprion frenatus joven (3 
cm); G: Amphiprion frenatus macho (6 cm) 
Peixe-papagaio: F- Scarus bowersi (25 cm)
Peixes-borboleta: G- Chaetodon vagabundus (12 cm); Chaetodon 
ulietensis (12 cm); J- Chaetodon Selene joven (5 cm); L- Chaetodon 
lunula (15 cm)
Masuda et al. (1985)
Peixes demersais
Linguado: B- Dexistes rikuzenius (18 cm)
Antennariidae (peixes-sapo): A- Phrynelox zerbrinus (14 cm); B-
Phrynelox nox (15 cm)
Gobiidae: G: Acentrogobius moloanus (3,9 cm)
Triglidae (cabrinha): F- Lepidotrigla micróptera (30 cm)
Masuda et al. (1985)
Peixes de grande profundidade
Excluindo os peixes, cerca de 775 espécies de vertebrados marinhos 
 característica comum: respiração aérea
(tartarugas marinhas, iguana de Galápagos, serpentes marinhas, 
crocodilos, aves e mamíferos) 
Tetrápodes marinhos
-Duas famílias marinhas: 
Cheloniidae (6 espécies) e 
Dermochelyidae (1 espécie)
-Cinco espécies no Brasil 
-Habitam águas desde quentes 
até de regiões temperadas e 
sub-árticas
-Hábito alimentar: herbívoro, ou 
carnívoro (esponjas, água-
vivas, caranguejos e moluscos)
TESTUDINES (tartarugas)
Lagartos 
- Único lagarto marinho moderno 
 iguana da ilha de Galápagos 
(família Iguanidae). Espécie: 
Amblyrhynchus cristatus
LEPIDOSAURIA 
(lagartos, serpentes)
Map showing the distribution of 
true sea snakes.
Combined colors show the 
range of the yellow-bellied sea 
snake, Pelamis platurus. Darker 
regions depicts the range of all 
other sea snakes.
Serpentes marinhas
- Cerca de 60 espécies habitam o ambiente marinho.
- De águas tropicais e subtropicais do Pacífico e Índico, maior diversidade no 
sudeste asiático e norte da Austrália. 
- Não ocorrem no Atlântico.
ARCHOSAURIA (crocodilos, aves)
Crocodilos
- Crocodilo de água salgada 
habita águas estuarinas e 
costeiras, com distribuição 
ampla na região Indo-Pacífica 
até o norte da Austrália. 
-Crocodilo americano  do sul 
da Flórida até o norte da 
América do Sul
- Gavial  nas águas costeiras 
da Índia 
Aves marinhas
-grupo muito diversificado de espécies que se adaptaram com grande eficiência ao 
meio marinho
-consideram-se verdadeiras aves marinhas as espécies que se alimentam desde a 
linha da baixa mar até o mar aberto
-todas as aves dependem do ambiente terrestre para a nidificação e postura. 
No Brasil: 
- 148 espécies de aves marinhas e costeiras constituem 8,8% do total das 1680 
espécies de aves registradas no país (Sick, 1997) 
Calidris canutus (Maçarico-do-peito-vermelho) Egretta thula (garça-
branca-pequena)Foto: Edison Barbieri
Aves encontradas em praias, 
estuários
Larus dominicanus (gaivota)
Phalacrocorax brasilianus (biguá)
Sula leucogaster (atobá)
Foto: Edison Barbieri
Fregata magnificens (fragata)
Foto: Edison Barbieri 
Aves de águas costeiras
Aves oceânicas: 
albatrozes e petreis
Interação com pescadores  petréis e albatrozes: 
- acompanha embarcações 
- aproveita rejeitos e restos de comida 
- tendência a perseguir os anzóis iscados de espinheis
- espécies ameaçadas de extinção
albatroz-de-sobrancelha Thalassarche 
melanophris juvenil morto por um espinhel fora 
da costa catarinense (Neves et al, 2003)
Mammalia - Mamíferos marinhos
Cetacea e Sirenia  completamente independentes do ambiente terrestre para a 
reprodução.
Carnivora  retornam à terra (reprodução ou descanso). 
Classe Ordem Nomes comuns N
o
 aprox. 
espécies 
Mammalia Cetacea baleias, golfinhos 78 
 Sirenia peixe-boi 4 
 Carnivora focas, leões marinhos, morças, 
 ursos polares, lontra marinha 37 
Total 119 
 
Subordens de Cetacea: 
Mysticeti(cetáceos com barbatana) - baleia franca Eubalaena australis; baleia azul, 
Balaenoptera musculus; baleia fin Balaenoptera physalus; baleia minke 
Balaenoptera acutorostrata; baleia sei Balaenoptera borealis; baleia corcunda 
Megaptera novaeangliae)
Odontoceti (cetáceos com dentes) - cachalote (Physeter macrocephalus), orca 
(Orcinus orca), golfinhos e botos. 
Duxbury & Duxbury, 1991
Duas famílias: 
Dugongidae  Índico, de 
Moçambique e Madagascar 
até Norte da Austrália
Trichechidae  peixe-boi 
Trichechus inunguis (água 
doce da região amazônica); 
peixe-boi-marinho 
Trichechus manatus, 
distribuição costeira, desde 
Geórgia (EUA) até o 
nordeste brasileiro; 
Trichechus senegalensis, em 
águas costeiras, rios e 
estuários desde o sul da 
Mauritânia até o norte da 
Angola. 
Sirenia
Duxbury & Duxbury, 1991
Duxbury & Duxbury, 1991
Pinípedes (quatro membros 
transformados em nadadeiras)
Família Otariidae  orelha ou 
vestígios de pavilhão auditivo (leão-
marinho Otaria byronia, lobo 
marinho Arctocephalus australis); 
Família Phocidae  ausência de 
orelhas (foca-leopardo Hydruga 
leptonyx, elefante-marinho 
Mirounga leonina); 
Família Odobenidae 
semelhante aos otarídeos, porém 
com os dois dentes caninos visíveis 
fora da boca (morsa Odobenus 
rosmarus). 
Carnivora
Dois grupos: Pinnipedia e Fissipedia. 
Fissipédios 
Família Ursidae (urso polar) Ursus maritimus  distribuição restrita à região 
circumpolar do hemisfério norte.
Família Mustelidae (lontras marinhas) Enhydra lutris e Lutra felina  de águas 
costeiras: uma espécie do Pacífico Norte (Hokkaido, ilhas Aleutas, sul da 
Califórnia); outra do Pacífico sul (Chile e Peru). 
A VIDA NO AMBIENTE BENTÔNICO
Assoalho marinho 
 maior variedade de habitats que na zona pelágica 
 número de espécies bentônicas (cerca de 200.000) - maior que o 
conjunto de espécies do zooplâncton, peixes e mamíferos
Diferentes tipos de habitat bentônicos  dependem da profundidade, temperatura, 
disponibilidade de luz, grau de imersão e tipo de substrato. 
Basicamente dois tipos de substratos: 
- Duros ou consolidados (costões rochosos, recifes de coral)
- Moles ou inconsolidados (lama, areia)
Posição dos organismos em 
relação ao substrato:
Epifauna/ epiflora = Organismos que 
se arrastam, caminham ou se fixam 
sobre o substrato 
Infauna = Os que vivem enterrados 
ou semi-enterrados no substrato
Classificação em categorias de tamanho
 relacionada com o tamanho da malhagem das peneiras usadas para separar os 
organismos dos sedimentos: 
megabentos – são organismos que podem ser observados por olho nú e 
amostrados por técnica fotográfica, o que inclui todos os organismos maiores como 
o mexilhão, estrela-do-mar, corais etc.. 
macrobentos – são os organismos retidos pela malha até de 0,5 mm (animais e 
macrófitas); 
meiobentos – organismos de tamanho entre 0,1 e 0,5 mm, que incluem pequenos 
moluscos, vermes menores, vários grupos de pequenos crustáceos; 
microbentos – organismos de dimensões menores que 0,1 mm, incluindo, por 
exemplo, os ciliados. 
Tamanho dos organismos (fonte: Dra Mônica Petti) 
MACROBENTOS
MEIOBENTOS: pequenos metazoários
MEGABENTOS
Fitobentos: 
produtores 
primários: micro 
(algas unicelulares) 
e macroalgas
SÉSSEIS - aderidos à superfície de substratos duros (ostras, cracas, esponjas, 
briozoários, ascídias). As adaptações dependem da superfície de fixação e sua razão 
com a superfície total, a forma e dimensão do organismo e, finalmente, a consistência 
do mesmo.
MÓVEIS (VÁGEIS) - capazes de se locomover independentemente
Classificação de acordo com a mobilidade (fonte: Dra Mônica Petti) 
Supralitoral: área acima da linha da maré alta  pode ser inundada 
durante tempestades. 
- Esta zona pode receber o borrifo de água do mar. 
- Poucas espécies estão adaptadas a viver nestas regiões de interface 
entre a terra e o mar. 
Duxbury & Duxbury (1991)
Comunidades Bentônicas  associações de zoobentos extremamente 
diversos.
Litoral: 
zona entre as marcas de 
maré alta e baixa  sua 
extensão depende da 
topografia e da variação da 
maré. 
- Existem muitas algas 
bentônicas e fitoplâncton 
nesta zona, que suporta 
comunidades de 
herbívoros e carnívoros.
Duxbury & Duxbury (1991)
Típicos organismos 
encontrados na parte 
inferior da zona do 
litoral: anêmonas, 
ascídias, poliquetas, 
estrelas-do-mar, 
ofiuroides, pepinos-do-
mar, ouriços-do-mar, 
ostras, gastrópodes, 
bivalves, cefalópodes. 
Zonação em praias de 
fundo inconsolidado
Duxbury & Duxbury (1991)
Comunidade em 
recife de coral
Fonte: greateratlantic.fisheries.noaa.gov 
Exemplos de invertebrados marinhos de importância para a 
pesca.
Sales 2014 http://www.nautica.com.br/bichinhos-infernais/ http://www.maritimeprofessional.com/blogs/post/biofouling-13335
Bioincrustação – acumulação de micro e macroorganismos (cracas, anêmonas, vermes 
tubícolas, ascídias, algas etc) em partes molhadas e imersas dos cascos de embarcações. 
A incrustação causa sérios problemas, especialmente afetando a hidrodinâmica, com o 
consequente aumento da resistência para a embarcação se movimentar na água, aumentando 
o consumo do combustível e forçando o motor. Em casos mais graves pode impedir a 
entrada e saída da água do sistema de refrigeração, levando a um superaquecimento do 
motor. Pode dificultar a operação de equipamentos no ambiente marinho, afetando os 
sensores instalados no casco. Quando os organismos incrustam nos pás do hélice há um 
desbalanceamento no seu funcionamento, o que ocasiona trepidações na embarcação. 
Impactos causados por organismos bentônicos em embarcações. 
Ação do molusco teredo 
Teredo é um molusco bivalve (Teredo 
navalis) que perfura a madeira, usando 
dentículos da parte anterior da concha. 
Secretam enzimas que quebram as 
moléculas de celulose, digerindo pelo 
menos parte das fibras. Podem causar 
sérios prejuízos por destruir estruturas em 
madeira de píer e portos, assim como em 
cascos desprotegidos de barcos de madeira.
Vegetais marinhos bentônicos
- Restritos à zona eufótica. 
- Certas comunidades marinhas entre-marés são dominados por grandes 
angiospermas (plantas com flores), incluindo os manguezais e campos de grama-
marinha. 
-Todas as macrófitas bentônicas são altamente produtivas, mas contêm grande 
quantidade de material não digerível pela maioria dos animais locais. 
-Deste modo, formam grande quantidade de detritos que são exportados, pelas 
correntes de maré, para outras regiões, contribuindo para enriquecer as águas 
costeiras com materiais decompostos.
Macrófitas marinhas também incluem as macroalgas (verdes, vermelhas e pardas), 
que são mais comuns nos costões rochosos, principalmente de zonas temperadas.
Os mais produtivos são os “kelps”, tipos de algas pardas, que em certas regiões 
formam verdadeiras florestas subaquáticas.
Muitas dessas são 
de importância 
econômica. 
Microalgas
bentônicas incluem 
espécies de 
diatomáceas, algas 
azuis e 
dinoflagelados.
Em síntese, o padrão da 
biodiversidade marinha é 
influenciado por 
processos bióticos e 
abióticos que envolvem 
todas as interações entre 
organismos e ambiente.
Referências:
Castro, P. & Huber, M. E. 2012. Biologia Marinha (Tradução da 8ª edição norte-americana). Porto 
Alegre, AMGH Ed. Ltda, 461 p.
Duxbury, A.C. and A.B. Duxbury. 1989. An introduction to the worlds oceans. Dubuque, Iowa, 
William C. Brown Publishers. 
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Learning, S.Paulo, 426 p.
Helfman, G.S.; Collete, B.B.; Facey,D.E. & Bowen, B.W. 2010. The Diversity of Fishes-Biology, 
Evolution and Ecology. Oxford, Wiley-Blackwell, 720 p. 
Lalli, C.M. & Parsons, T.R. 1995. Biological Oceanography: an Introduction. Oxford, Butterworth-
Heinemann Ltd., 301 p.
Nibakken, J.W & Bertness, M.D. 2004. Marine Biology: An Ecological Approach. 6a. Ed., Benjamin-
Cummings Publishing Company , San Francisco.

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