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Fluxos reais e monetário

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Aula 04 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – Fluxos real e monetário, tipos 
de bens, argumentos positivos versus argumentos normativos e inter-relações. 
 
23 
1.5 Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários 
 
A curva de possibilidade de produção mostra as alternativas e produção dos vários bens 
e serviços que são possíveis ao sistema econômico. Mas qual a alternativa a ser escolhida? 
Para se chegar a uma resposta, é preciso inicialmente entender o funcionamento do sistema 
econômico. 
 
Considerando uma economia de mercado sem interferência do governo e que não tenha 
transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são os 
indivíduos/famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtivas). 
 
Os indivíduos são os proprietários dos fatores de produção (força de trabalho, terras, recursos 
naturais, máquinas, equipamentos, edificações, etc.) e vendem o uso desses às empresas, que 
utilizam tais serviços dos fatores de produção na elaboração de bens finais vendidos aos indivíduos. 
 
Os indivíduos e firmas se relacionam por meio de dois mercados: o mercado de fatores e o 
mercado de produtos. 
 
Os indivíduos vendem o uso de seus fatores de produção às empresas por intermédio do 
mercado de fatores (representado pelos contratos de compra e venda de mão-de-obra, dos serviços 
de equipamentos, de insumos extraídos da terra, etc.) e recebem uma renda monetária (lado 
esquerdo superior da Figura 1.7). As empresas compram o uso dos fatores de produção no mercado 
de fatores e pagam pela utilização dos mesmos (lado direito superior da Figura 1.7). 
 
As empresas utilizam os serviços de fatores para elaborar bens e serviços de uso final, que são 
vendidos aos indivíduos no mercado de produtos, recebendo um pagamento por essas vendas 
(lado direito inferior da Figura 1.7). Os indivíduos compram bens e serviços finais das empresas no 
mercado de produtos, gastando a renda que obtiveram no mercado de fatores (lado esquerdo da 
Figura 1.7). 
 
Pelo fato dos indivíduos ganharem renda no mercado de fatores e gastá-la no mercado de 
produtos e as empresas ganharem renda no mercado de produtos e dispendê-la no mercado de 
fatores, temos uma representação circular do fluxo de renda (o Produto Nacional – PN e a Renda 
Nacional – RN). 
 
O PN e a RN são duas medidas diferentes do mesmo fluxo. Para gerar bens e serviços finais (o 
produto nacional) é necessário utilizar fatores de produção e lhes pagar certa remuneração (a renda 
nacional). O produto nacional é medido no mercado de produtos e a renda nacional no mercado de 
fatores. 
 
 
 
Aula 04 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – Fluxos real e monetário, tipos 
de bens, argumentos positivos versus argumentos normativos e inter-relações. 
 
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FIGURA 1.7. FLUXO CIRCULAR DE RENDA 
 
 
Serviços de fatores 
 
 MERCADO DE FATORES 
 (Tr, K, RN, Te., C.E.) 
 Para quem produzir 
Oferta de serviços dos Demanda de 
Fatores de produção fatores 
 
 FAMÍLIAS Como produzir EMPRESAS 
 
 
 
 
 Demanda de bens Oferta de bens 
 e serviços O quê e quanto produzir e serviços 
 
 
 
 Bens e serviços finais 
 
 Fluxo físico bens e serviços (oferta). 
 Fluxo monetário de bens e serviços (demanda). 
 
Os preços dos fatores de produção são determinados no mercado de fatores, 
Enquanto que os preços dos bens e serviços são determinados no mercado de bens e 
serviços pelas forças da oferta e da demanda. 
 
MERCADO DE PRODUTOS 
 
 
Aula 04 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – Fluxos real e monetário, tipos 
de bens, argumentos positivos versus argumentos normativos e inter-relações. 
 
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1.5.1 Definição de bens de capital, bens de consumo, bens intermediários e 
 fatores de produção 
 
À medida que se estudam os princípios básicos em Economia, surgem outros conceitos, 
particularmente os relacionados com as características dos bens produzidos. Em geral, esses bens 
podem ser classificados em três categorias: bens de capital, bens de consumo e bens intermediários. 
 
� Bens de capital - são aqueles bens utilizados na fabricação de outros bens, mas que não 
se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de maquinas, 
equipamentos e instalações. São usualmente classificados no ativo fixo das empresas, e 
uma de suas características é contribuir para a melhoria da produtividade da mão-de-
obra. 
 
� Bens de consumo - destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. 
De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados em: 
- Bens duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) e, 
- Bens não duráveis (alimentos, produtos de limpeza, etc.). 
 
� Bens intermediários - são os bens transformados ou agregados a produção de outros 
bens e são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias-primas e 
componentes). Diferenciam-se dos bens finais, que são vendidos para consumo ou 
utilização final. Os bens de capital, como não são "consumidos" no processo produtivo, 
são bens finais, e não intermediários. 
 
Existe também o conceito de fatores de produção, definidos como os recursos de 
produção da economia, constituídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), 
terra, capital e tecnologia. 
 
A cada fator de produção corresponde uma remuneração. A soma da remuneração dos 
fatores de produção é chamada de “renda” da economia, conceito fundamental no estudo da 
macroeconomia. 
 
Remuneração dos fatores de produção 
Fatores de Produção Remuneração 
Tr = trabalho Salário (W) 
K = Capital Juro (r) 
RN = Terra Aluguel (A) 
 Te = Tecnologia Royalty 
CE = Capacidade Empresarial Lucro (L) 
 
 
 
Aula 04 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – Fluxos real e monetário, tipos 
de bens, argumentos positivos versus argumentos normativos e inter-relações. 
 
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1.6 Argumentos positivos versus normativos 
 
A economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva, que 
deverá explicar os fatos da realidade. 
 
 Positivos – estão contidos na análise que não envolve juízo de valor estando limitada a 
argumentos descritivos ou medições científicas. Por exemplo: se o P da gasolina 
aumentar em relação aos demais preços, então a ↓DgasolinaQ . É uma análise do 
que é. 
 
 Normativos – quando na análise econômica contém explicitamente ou implicitamente um 
juízo de valor. Por exemplo: “o P da gasolina não deveria subir”. É uma 
análise do que deverá ser. 
 
Se desejarmos uma melhoria na distribuição de renda no país. É um julgamento de valor 
em que acreditamos, então pode-se: ,Ws↑ ,pi↓ N↑ , a Economia Positiva ajudará a escolher 
o instrumento de política econômica mais adequado. Se a economia estiver próxima do pleno 
emprego dos fatores de produção, o 
renda de ãodistribuiç apiorar NM.O. da →→↓→↑↑ custoWs
 
 
 
1.7 Inter-relação da economia com outras áreas do conhecimento. 
É difícil separar os fatores essencialmente econômicos dos extra-econômicos, pois todos 
são significativos para o exame de qualquer sistema social. 
Cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto material do seu objeto,segundo sua 
própria lógica formal. Na economia essa análise não é unilateral, ela deve ser realizada sob 
diferentes óticas: 
 
� Economia, Física e Biologia 
 
A economia se consolidou como Ciência Econômica só a partir do século XVIII com os 
trabalhos de François Quesnay (1758) “O Quadro Econômico” e de Adam Smith (1776) “A 
Riqueza das Nações, período de grandes avanços da técnica e das ciências físicas e biológicas”. 
 
A construção do núcleo científico inicial da Economia deu-se a partir das chamadas 
concepções organicistas (biológicas) e mecanicistas (físicas). 
 
• Concepção Organicista – economistas interpretavam os fenômenos econômicos com 
base no comportamento dos órgãos vivos, usando as terminologias: órgãos; funções, 
circulação, fluxos, fisiologias, etc.; 
• Concepção Mecanicista – pretendiam que as leis da economia se comportassem como 
determinadas leis da física, aplicando as terminologias: estática, dinâmica, aceleração, 
rotação, velocidade, fluidez, forças, entre outras; 
 
 
Aula 04 - 404065- IE. Prof. Eziquiel Guerreiro. Introdução à Economia – Fluxos real e monetário, tipos 
de bens, argumentos positivos versus argumentos normativos e inter-relações. 
 
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Aspecto político 
• Empresários no poder. 
• Oligarquia nordestina. 
• Trabalhadores 
Aspecto 
econômico Aspecto social 
• Quando a política 
econômica visa atingir 
indivíduos de certa classe 
social. 
Aspecto 
Demográfico 
• Densidade populacional 
Aspecto Histórico 
• Sistemas econômicos 
condicionados à 
evolução histórica. 
• Pesquisa empírica é 
realizada com base 
no registro histórico. 
Aspecto matemático e 
estatístico 
• Relações do comportamento 
humano podem ser expressas 
por funções matemáticas: 
C = f(Y) 
 
Aspecto geográfico 
Os acidentes geográficos interfe-
rem nas atividades econômicas: 
- Divisões regionais: paises, 
estados, mesorregiões, MRH; 
- Toda atividade econômica 
conteúdo espacial: custos de 
transporte, poluição, 
distribuição de renda. 
 
• Concepção humana (atual) – valoriza o lado psicológico da atividade humana. A 
economia repousa sobre os atos humanos e é por excelência uma ciência social1. 
 
FIGURA 1.8. AUTONOMIA E INTER-RELAÇÃO COM AS DEMAIS CIÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 Realidade – aspecto 
 material do objeto2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada ciência analisa a realidade do aspecto material do seu objeto, segundo sua 
própria lógica formal. O fato, porém é que as visões sobre o mesmo objeto acabam se 
iner-relacionando. Assim, a Economia se inter-relaciona com a Política, a História, a 
Geografia, a Sociologia, a Matemática e a Estatística. 
 
 
1
 Apesar da tendência atual ser a de se obter resultados cada vez mais precisos para os fenômenos econômicos é quase 
que impossível se fazer análises puramente frias e numéricas, isolando as complexas reações do homem no contexto 
das atividades econômicas. 
 
2
 Escola Clássica – as causas do desenvolvimento das nações e como a riqueza se distribuía entre os agentes 
econômicos. 
 Escola Neoclássica – estudo dos mecanismos de alocação dos recursos escassos entre usos alternativos.

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