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Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA] NUSP: ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ① ① ① ① ① ① ① ② ② ② ② ② ② ② ③ ③ ③ ③ ③ ③ ③ ④ ④ ④ ④ ④ ④ ④ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ Instruções: preencha completamente os círculos com os dígitos do seu número USP (um em cada coluna); na parte de baixo dessa folha, preencha completamente os círculos com as respostas corretas correspondentes a cada questão. Use caneta esferográfica preta ou azul. Escreva apenas nas áreas designadas. Nome: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Assinatura: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Turma: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Professor: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ESTE ESPAÇO É DE USO EXCLUSIVO DA BANCA DE CORREÇÃO 1a Avaliação Revisão Múltipla-escolha Parte discursiva Total • Esta prova é formada de uma parte objetiva contendo quatro (4) questões de múltipla-escolha (Q1-Q4) e uma parte discursiva contendo duas (2) questões (Q5 e Q6). • As soluções das questões discursivas devem ser feitas no CADERNODERESPOSTAS devidamente identificado com nome, NUSP e turma. • A parte objetiva corresponde a um total de 4,0 pontos e a parte discursiva a 6,0 pontos. Marque as respostas das questões de múltipla-escolha (1) Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ (2) Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ (3) Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ (4) Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p1/9 QUESTÕES DE MÚLTIPLA-ESCOLHA (1-4) (1) [1,0 pt] A figura mostra os gráficos da energia cinética K em função da posição x para três osciladores harmô- nicos do tipo bloco-mola que têm a mesma massa e que descrevem movimentos harmônicos simples. Pode-se dizer que: x K 1 2 3 -A 0 A (a) A constante elástica do oscilador 2 é maior que a do oscilador 3. (b) O período de oscilação associado ao oscilador 1 é menor que aquele dos osciladores 2 e 3. (c) O oscilador 3 completa uma oscilação em um tempo menor que os outros dois. (d) A constante elástica do oscilador 3 émaior que a dos osciladores 1 e 2, sendo a constante elástica do oscilador 2 menor que a do oscilador 1. (e) Os três osciladores tem a mesma freqüência de oscilação. SOLUÇÃO: Como a amplitude do movimento é a mesma e a massa é a mesma, a energia cinética máxima em cada experimento é Ki,max = 12mω2i A2. Como K3,max > K2,max > K1,max, então ω3 > ω2 > ω1. A resposta (e) éerrada. Usando que ω3 > ω2 > ω1, temos também para os períodos τ1 > τ2 > τ3 e para as constantes elásticas k3 > k2 > k1. As respostas (a), (b) e (c) são erradas e a resposta (c) é CERTA. Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p2/9 (2) [1,0 pt] A figura mostra as curvas obtidas em três experimentos diferentes para o deslocamento horizontal em relação à posição de equilíbrio, x(t), de um mesmo sistema bloco-mola que oscila descrevendo um movimento harmônico simples. Pode-se dizer que: t x tA 1 2 3 (a) Em t = tA, o módulo da aceleração do bloco no experimento 2 é menor que no experimento 1 e maior que no experimento 3. (b) Em t = tA, a energia potencial elástica no experimento 1 é maior que a energia potencial elástica nos experimentos 2 e 3, sendo a energia potencial elástica no experimento 3 menor que no experimento 2. (c) Em t = tA, o módulo da velocidade do bloco no experimento 1 é maior que nos experimentos 2 e 3. (d) A freqüência angular do sistema nos três experimentos é diferente. (e) Em t = tA, a energia cinética do bloco no experimento 2 é maior que no experimento 3. SOLUÇÃO: • A frequência nos três experimentos é a mesma, pois depende da constante elástica da mola e da massa do bloco. • Usando U(x) = 12kx2, no instante t = tA, temos que x2 > x1 = x3, e U2 > U1 = U3. A resposta (b) éerrada. • Das inclinações das retas tangentes aos gráficos em t = tA, temos |v1| > |v3| > |v2| = 0. A resposta (c) é CERTA. • Usando a relação de velocidades obtida temos que a resposta (e) é errada. • Usamos a = −ω2x. Como ω é a mesma nos três experimentos, e x2 > x1 = x3 em t = tA, temos que |a2| > |a1| = |a3|. A resposta (a) é errada. Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p3/9 (3) [1,0 pt] Um oscilador harmônico simples constituído por um bloco de massam e uma mola de constante elástica k realiza um movimento periódico com amplitude A em torno da posição de equilíbrio x = 0. No instante t = t0, o bloco passa pela posição x = 0, e no mesmo instante, um outro bloco, de massa m, é solto sobre o primeiro bloco e a nele se fixa. Qual é o gráfico que melhor representa a posição do primeiro bloco em função do tempo? (a) Gráfico (b). (b) Gráfico (d). (c) Gráfico (a). (d) Gráfico (e). (e) Gráfico (c). SOLUÇÃO:Quando o bloco 1, ligado à mola, passa pela posição de equilíbrio (x = 0) o módulo da velocidade é |~v1| = ωA = √ k mA. Nesse instante um bloco 2 colide com ele. A colisão é inelástica. Portanto, da conservação do momento linear (componente x) temos que o conjunto nesse instante passa a ter velocidade |v12| = |v1|2 e aamplitude do movimento agora será A12. O tempo de colisão é muito curto, então podemos considerar que após a colisão o sistema dos dois blocos ainda está na posição de equilíbrio x = 0. Então após a colisão, a energia mecânica do sistema formado pelos dos blocos é E12 = 12kA212 = 12 (2m)v212 = m4 v21 = k4A2, já que imediatamente após a colisão ela está totalmente na forma de energia cinética. Então temos que A12 = A√2 . Como no instante imediatamente após a colisão o sistema ainda está na posição de equilíbrio, |v12| = ω12A12, e o sistema oscila com frequência angular ω12 = |v12|A12 = 1 2 √ k m A A√ 2 = 1√ 2 √ k m . Logo, a amplitude do movimento após a colisão diminui de um fator √2, a frequência angular também, portanto, o período da oscilação aumenta em um fator √2. A resposta CORRETA é aquela correspondente ao gráfico (a) Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p4/9 (4) [1,0 pt] O pêndulo A mostrado na figura consiste em uma esfera muito pequena de massa M sustentado por uma corda de massa desprezível e comprimento L. O pêndulo B consiste em uma esfera muito pequena de massa M/2 e uma barra delgada de massa M/2 e comprimento L. Sejam τA e τB os tempos que cada pêndulo demora em completar uma oscilação. Para deslocamentos pequenos em relação à posição de equilíbrio, pode-se dizer que: M 2 M 2 (a) Os dois pêndulos levam o mesmo tempo para completar uma oscilação, com τA = τB = 2pi√L/g. (b) O pêndulo B demora menos tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, com τB/τA = √8/9. (c) O pêndulo B demora menos tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, com τB/τA = 1/2. (d) O pêndulo B demora mais tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, com τB/τA = √4/3. (e) O pêndulo B demora mais tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, com τB/τA = √2. SOLUÇÃO: O pêndulo da figura A é um pêndulo simples de período de oscilação τA = 12pi √ L g . O pêndulo da figura B é um pêndulo físico e o período de oscilação é τB = 12pi √ I Mgd , onde d é a distância do CM ao ponto de suspensão e I o momento de inércia em relação ao eixo que passa perpendicularmente pelo ponto de suspensão. O CM da barra está a uma distância L/2 do ponto de suspensão e como a esfera é pontual e está a uma distância L do ponto de suspensão d = M2 L2 +M2 LM = 34L. Do formulario, I = Ibarra + Iesfera = 13 M2 L2 + M2 L2 = 23ML2. Assim, τB = 1 2pi √ (2/3)ML2 Mg(3L/4) = 1 2pi √ 8L 9g = √ 8 9τA. A resposta (b) é CERTA. Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p5/9 QUESTÕES DISCURSIVAS (5) [3,0 pt] Um bloco demassa m está conectado a uma mola de constante elástica k em um plano inclinado que forma um ângulo α em relação à horizontal. No instante t = 0, o bloco é solto da posição x = 0, com velocidade inicial nula. Considerando que a mola está relaxada (nem comprimida, nem esticada) quando x = 0, determine: (a) (1,0) A equação do movimento do bloco ao longo do eixo x mostrado na figura. (b) (1,0) A posição da massa x(t) em função do tempo. Qual é a amplitude do movimento e os valores máximo (xmax) e mínimo (xmin) de x? (c) (1,0) A energia cinética em função do tempo. SOLUÇÃO: (a) Se chamamos~r = x iˆ à posição do bloco, medida em relação à posição x = 0, em um certo instante após o bloco é liberado, a força resultante sobre o bloco é dada por: ~FR = ~N + ~P+ ~Fel(1) Nesse problema, uma boa escolha da origem do sistema de coordenadas nos levará diretamente à equação diferencial de um MHS. Lembre-se que é essencial tomar como origem a posição de equilíbrio estável de um sistema para chegar a uma equação diferencial de MHS para a coordenada de posição, ângulo, etc. A presença da força peso aqui tem como consequência o deslocamento da posição de equiíbrio (onde ~FR =~0) da posição relaxada da mola (que seria o ponto de equilíbrio na ausência do peso) para um ponto x = xeq à esquerda e abaixo dela. Esse ponto é por: −mgsenα− kxeq = 0 =⇒ xeq = −mgk senα(2) Tomando como origem essa posição (ver figura a seguir), temos: ~FR = −mgsenα iˆ−mg cos α jˆ+ Njˆ− k(x′ + xeq) iˆ = m~a(3) Como a aceleração do bloco é~a = x¨′ iˆ, temos que, pela segunda Lei de Newton e usando a eq. (2): ~FR = m~a→ N −mgcosα = 0−kx′ = mx¨′(4) Assim, temos x¨′ = −ω2x′ onde ω = √k/m.(5) Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p6/9 (b) A Eq. (5) descreve um movimento harmônico simples de frequência angular ω. A solução da equação é dada por: x′(t) = asen(ωt) + bcos(ωt) (ou x′(t) = A cos(ωt+ ϕ))(6) e da geometria indicada na figura temos finalmente x(t) = −mgsenα k + asen(ωt) + bcos(ωt).(7) Isto é, ao largar o bloco, este começa a descer até a posição−mgsenαk onde a força resultante é zero (o bloco estáem equilíbrio). Como a velocidade do bloco nesse instante não é zero, o bloco continua descendo e começa a realizar um movimento harmônico simples em torno da posição de equilíbrio. Aplicando-se as condições iniciais x(0) = 0 e v(0) = x˙(0) = 0, obtemos: x(0) = 0→ 0 = −mgsenα k + b x˙(t) = aωcos(ωt)− bωsen(ωt)→ x˙(0) = 0 = aω. Assim, a = 0 e b = mgsenαk . Por tanto x(t) = mgsenα k [cos(ωt)− 1] ,(8) Como cos(ωt) muda entre −1 e 1, temos que xmin = −2mgsenαk e xmax = 0 e a amplitude do movimento harmônico em torno da posição de equilíbrio é mgsenαk . (c) A velocidade do bloco é dada por ~v = dx dt iˆ = −ωmgsenα k sen(ωt)iˆ,(9) Logo, a energia cinética é dada por: K = 1 2 m|~v|2 = m 2 [ωmgsenα k ]2 sen2(ωt)(10) Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p7/9 (6) [3,0 pt] Um pêndulo formado por uma esfera de massa m e raio desprezível está suspenso verticalmente a partir do ponto O através de uma haste rígida de massa desprezível e comprimento L. A haste está ligada a duas molas idênticas de constantes elásticas k, massas desprezíveis, situadas a uma distância OA = d de O como mostrado na figura (a). As molas estão relaxadas (isto é nem esticadas, nem comprimidas) quando o pêndulo está na posição vertical. Para iniciar o balanço do pêndulo, você o desloca com as mãos até que a haste forme um pequeno ângulo θ0 (θ0 � 1) com a vertical, liberando-o a partir do repouso [figura (b)]. Dica: como o ângulo θ0 é pequeno, considere que as molas permanecem essencialmente na horizontal durante todo o movimento. (a) (1,0) Utilize o sistema de coordenadas da figura e obtenha a equação que descreve o movimento do pêndulo. (b) (1,0) Para pequenas oscilações em relação à posição de equilíbrio do pêndulo, determine a freqüência angular de oscilação. (c) (1,0) Obtenha a função θ(t) para pequenas oscilações em relação à posição de equilíbrio. SUGESTÕES: • Item (a): Determine o(s) torque(s) em torno ao eixo de rotação ou utilize considerações energéticas. SOLUÇÃO: (a) MÉTODO 1: rotação em torno de um eixo. Consideramos o sistema de coordenadas da Figura. Para obter a equação do movimento podemos usar que temos uma rotação em torno ao eixo z. Assim, τz = Izαz,(11) onde τz é a componente z do torque realizado pelas forças que agem no pêndulo, Iz é o momento de inércia do sistema em torno ao eixo z e αz a aceleração angular. Para calcular os torques, tomemos como referência Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p8/9 o pontoO. As forças que agem no pêndulo são a reação do ponto de suspenção sobre a extremidade superior da haste, que chamaremos ~R, o peso ~P e a força elástica ~F associada às duas molas. Em relação aO, as únicas forças que produzem torque são ~P e ~F. A força peso age no ponto ~rP = L(senθ iˆ− cosθ jˆ)(12) e produz um torque ~τP,O =~rP × ~P = L(senθ iˆ− cosθ jˆ)× (−mg jˆ) = −mgLsenθ kˆ.(13) Cada mola exerce uma força elástica de ~Fel = −kdsenθ iˆ sobre o pêndulo agindo em ~rA,O = d(senθ iˆ− cosθ jˆ)(14) assim o torque produzido pelas forças elásticas é ~τF,O = 2(~rA,O × ~Fel) = −2[d(senθ iˆ− cosθ jˆ)]× [kdsenθ iˆ] = −2kd2senθcosθ kˆ(15) Portanto, ~τO = ~τP,O +~τF,O = −senθ[mgL+ 2kd2cosθ] kˆ(16) Então τz = −senθ[mgL+ 2kd2cosθ]. Como a massa da haste é desprezível, Iz = mL2 e usando que αz = θ¨ obtemos da Eq. (11) que mL2θ¨ = −senθ[mgL+ 2kd2cosθ]→ θ¨ = − [ g L + 2k d2 mL2 cosθ ] senθ(17) MÉTODO 2: Teorema trabalho-Energia. Para o sistema pêndulo+Terra+molas, não existem forças externas ao sistema que produzam trabalho,Wext = 0, nem forças não-conservativas produzindo trabalho,Wnc = 0, portanto a energia mecânica E do sistema é conservada. Em um instante t com o pêndulo à direita de O formando um ângulo θ com a vertical, E = K+U = 1 2 Iz θ˙2 + 2× [ 1 2 k(dsenθ)2 ] −mgLcosθ = 1 2 mL2θ˙2 + kd2sen2θ −mgLcosθ(18) Como E é conservada, dEdt = 0 e temos que dE dt = θ˙[mL2θ¨ + 2kd2senθcosθ +mgLsenθ] = 0(19) Como θ˙ 6= 0, temos mL2θ¨ + senθ[mgL+ 2kd2cosθ] = 0→ θ¨ = − [ g L + 2 kd2 mL2 cosθ ] senθ(20) (b) Se θ << 1, aproximando senθ ' θ e cosθ ' 1, temos θ¨ = − [ g L + 2 kd2 mL2 ] θ,(21) que descreve um MHS de ω = √ g L + 2 kd2 mL2 . Física II para a Escola Politécnica (4323102) - P1 (02/09/2016) [z7BA]-p9/9 (c) A solução da Eq. (21) é θ(t) = Acos(ωt+ ϕ)(22) As condições iniciais são θ(t = 0) = θ0 e θ˙(t = 0) = 0 (o pêndulo é largado do repouso). Assim θ(0) = Acos(ϕ) = θ0(23) θ˙(t) = −Aωsen(ωt+ ϕ)→ θ˙(0) = −Aωsenϕ = 0(24) Como senϕ = 0, e usando que A > 0 e θ0 > 0, obtemos que A = θ0 e cosϕ = 1, assim, cos(ωt+ ϕ) = cos(ωt). Portanto θ(t) = θ0cos(ωt)(25) FORMULÁRIO • Momentos de inércia de uma barra delgada de massa M e comprimento L em relação a um eixo que passa perpendicularmente: – Pelo centro de massas da barra: ML2/12. – Por uma das extremidades da barra: ML2/3. • Teorema dos eixos paralelos: I = ICM +Md2.
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