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CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS GESTÃO DE PESSOAS Encontro n° 08 Jose Carlos Pereira Professor 2 ENCONTRO n° 08 Relembrando: No encontro anterior falamos sobre o sistema remuneratório dos servidores públicos, tendo como referencia principal, os dispositivos elencados na CF88 e na Lei 8.112/90. 3 ENCONTRO n° 08 O papel da gestão de pessoas na capacitação de servidores 4 Objetivo: Abordar a importância da capacitação, treinamento e desenvolvimento dos servidores públicos para que estes, por meio de processos de aprendizagem, adquiram conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho do cargo público. Contexto: “os processos de capacitação de pessoas envolvem atividades de treinamento, desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento organizacional”. 5 Capacitação É o processo permanente e deliberado de aprendizagem, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais por meio do desenvolvimento de competências individuais, conforme estabelece o art. 2º do Decreto nº 5.707/2006. 6 7 Desenvolvimento: “focaliza geralmente as promoções funcionais a serem ocupadas futuramente na organização e as novas habilidades e capacidades que serão requeridas” (CHIAVENATO, 1999, p. 295). O desenvolvimento profissional aperfeiçoa o indivíduo para uma carreira dentro da profissão (CHIAVENATO, 2000, p. 496). Treinamento É o meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais. 8 9 Capacitar, treinar e/ ou desenvolver O concurso público é um instrumento hábil para selecionar o melhor servidor do ponto de vista cognitivo. Porém, não é garantia de que o servidor recrutado esteja efetivamente preparado para o cargo a desempenhar. 10 Desafios Um dos grandes desafios da área de gestão de pessoas é seguramente estimular a capacitação e o desenvolvimento dos pares da organização, os colegas servidores. É uma das áreas mais cobradas dentro da organização. 11 Rol de competências que se buscam nos servidores públicos Cognitivas - Envolvem prática e teoria, contexto e procedimentos de trabalho. Funcionais - Envolvem formular e gerenciar planos, processos e estratégias. Comportamentais - Saber ouvir, liderar, interagir. Políticas - Articulação social e ética. 12 Para que as diversas equipes que integram a organização pública se mantenham alinhadas aos seus objetivos estratégicos, é necessário que a área de gestão de pessoas pratique algumas ações no sentido de assegurar que o desenvolvimento do servidor continue ocorrendo – ou se inicie, dependendo do caso. 13 Gestão de Pessoas Gerir pessoas pressupõe uma mudança de visão da própria área, que implica sair de um modelo mais “mecanicista” para um modelo sistêmico, que esteja alinhado. Gestão de pessoas “mecanicista” Gestão de pessoas “sistêmico” Nível operacional e burocrático. Nível estratégico, regido por diretrizes. Centralizado e obscuro. Todo gestor é também um gestor de RH. Visão predominantemente interna à organização. Visão ampla da organização e de seu meio ambiente. Reativo / lento / controlador. Proativo / rápido / apoiador. Visão de emprego a curto prazo. Visão de emprego a longo prazo. Carreiras especialistas / alta mobilidade vertical. Carreira na “organização” Condições de trabalho. Qualidade de vida no trabalho. Treinamento restrito às tarefas no cargo / ênfase operacional / o mercado deve suprir as habilidades necessárias à organização. Desenvolvimento contínuo em habilidades técnicas, sociais. A organização deve complementar as habilidades necessárias à sua operação. Cargos estreitos / pouco mutáveis / avaliação de conteúdo dos cargos. Cargos ampliados / grandemente mutáveis / avaliação da maturidade do ocupante. 14 15 Plano de capacitação É um documento que irá consolidar todas as demandas de capacitação da organização, decorrente do diagnóstico das necessidades de treinamento. Deverá prever cronograma de execução, instrutores e/ ou facilitadores, bem como o orçamento a ser despendido. O ideal é que seja realizado anualmente. Esse documento poderá se valer de cursos presenciais, cursos online e cursos a distância. Pode e deve aproveitar as ofertas de desenvolvimento oferecidas pelas escolas de governo. 16 Questões Norteadoras Plano de Capacitação O quê? Ações a serem desenvolvidas. Para quê? O resultado a ser alcançado com as ações. Quem? Pessoa responsável pela ação (ação esta descrita na coluna “o quê”). Como? De que forma a ação será implantada. Quando? Prazos ou periodicidade de execução. Onde? Lugar, espaço ou posição física que as ações serão realizadas. 17 Licença para capacitação Decorrente da transformação da antiga licença- prêmio por assiduidade, a Lei nº 8.112/1990 previu um afastamento remunerado de três meses, a cada cinco anos de efetivo exercício, para participar de curso de capacitação profissional. 18 Regulamentação: Regulamentada pelo Decreto nº 5.707/2006, a concessão da licença para capacitação fica condicionada ao planejamento interno da unidade organizacional, à oportunidade do afastamento e à relevância do curso para a organização pública. 19 Concessão A licença para capacitação poderá ser utilizada integralmente para a elaboração de dissertação de mestrado ou tese de doutorado, cujo objeto seja compatível com o plano de capacitação da organização pública. 20 Na respectiva regulamentação interna, a organização pública pode prever outras hipóteses de concessão, inclusive para elaboração de trabalhos de conclusão de curso ou de monografia, para cursos de especialização. As concessões para fruição da licença para capacitação não podem ser em período inferior a trinta dias. 21 Plano de desenvolvimento de pessoas O Plano de Capacitação será elaborado levando em consideração as diretrizes, planos ou programas de desenvolvimento definidos pela organização pública, para a qualificação pessoal e profissional de seus servidores, pensando na potencialização das competências. 22 O sucesso do plano: Dependerá do grau de comprometimento de todos os responsáveis pela sua efetivação, não apenas da área de gestão de pessoas. À área de gestão de pessoas compete basicamente torná- lo viável, isto é, implementá-lo. 23 Escolas de governo As escolas de governo são as instituições destinadas, como atividade principal, à formação e ao desenvolvimento de servidores públicos, e estão incluídas na estrutura da administração pública federal, direta, autárquica e fundacional. 24 Escola Nacional de Administração Fazendária – ESAF Criada para ser referência na geração e disseminação do conhecimento em gestão das finanças públicas e no desenvolvimento de pessoas. Para tanto, possibilita, por meio de seu mapa estratégico, que a organização atue de forma coesa, integrada e sistemática. 25 Escola de governo do Senado FederalViabilizada por meio do Instituto Legislativo Federal, consiste em gerir e executar a política de capacitação do próprio Senado Federal e o programa de integração e modernização do Poder Legislativo Brasileiro. 26 Também é responsável por conceber, formular, executar e avaliar as ações de formação, treinamento e desenvolvimento de pessoas e equipes (inclui as dimensões estratégica, tática e operacional em relação aos conhecimentos gerenciais). 27 Escola de governo do Tribunal de Contas da União Os cursos ofertados pelo TCU são nas áreas de competências técnicas, de competências pessoais e de liderança, destinados a servidores públicos e cidadãos. 28 Capacitação ofertada pela Controladoria-Geral da União Não é uma escola de governo, mas um programa de iniciativa da própria CGU que pretende promover a melhoria da gestão dos recursos públicos por meio da oferta contínua de orientações e capacitação relacionadas à área de atuação do controle interno. 29 Conclusão: A promoção e o fortalecimento de uma cultura de aprendizagem contínua permitirão que a organização pública atinja seus objetivos e sua finalidade estratégica. Para tanto, é preciso que a área de gestão de pessoas seja protagonista na proposição da qualificação dos servidores da organização pública. 30 31 CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS GESTÃO DE PESSOAS Encontro n° 08 Professor(a) Conferencista JOSE CARLOS PEREIRA
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