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RESUMO PARA A 1ª AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA GERAL PROFESSOR: Vinícius Farani ALUNO: ERIC ANDRADE Este resumo abrange o seguinte conteúdo: Aula 1: Behaviorismo: ciência do comportamento Aula 2: Gestalt e a percepção humana Aula 3: Psicanálise e o inconsciente Aula 4: Erik Erikson Aula 5: A psicologia analítica Behaviorismo Conceitos Fundamentais Comportamento Define-se "comportamento" como a relação entre estímulo e resposta. Pensamento, conhecimento e memória também são comportamentos, porém são comportamentos tácitos, ou seja, não observáveis diretamente, mas que podem ser analisados quando expressados e também estão sujeitos aos esquemas de condicionamento assim como os comportamentos observáveis. Ambiente O termo "ambiente", no Behaviorismo radical, deve ser entendido como "a situação" na qual o responder acontece, bem como à situação posterior ao responder, ou seja, a resposta altera o ambiente. Respostas A princípio, um organismo vivente está sempre respondendo, mesmo que tais respostas não sejam acessíveis publicamente. Ou seja, pode-se falar de respostas manifestas, observáveis por mais sujeitos, e respostas encobertas, que podem ser observadas apenas pelo organismo que as emitiu. Estímulos Os eventos do ambiente podem ser, no Behaviorismo radical, estímulos físicos e estímulos sociais. Os primeiros são descritos pelas ciências naturais, os últimos se caracterizam pelo fato de serem produzidos por outro organismo. Se forem produzidos por seres humanos, são produtos culturais. Do mesmo modo, pode-se falar de eventos ambientais "públicos" e "privados". Os primeiros são acessíveis de forma independente por mais observadores, os últimos, apenas pelo organismo por eles afetado. Behaviorismo clássico Inaugurado pelo pesquisador americano Watson, em artigo publicado em 1913.Este postulava o behavior, comportamento, como sendo objeto da psicologia, rompendo com a tradição filosófica e utilizando critérios objetivos fazendo, assim, ganhar notoriedade científica. O "behaviorismo clássico" (também conhecido como "behaviorismo watsoniano", menos comumente "Psicologia S- R" e "Psicologia da Contração Muscular") apresenta a Psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais. A finalidade da Psicologia seria, então, prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. A proposta de Watson era abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como pensamento ou sentimentos, mudando o foco da Psicologia, até então mentalista, para o comportamento observável. Para Watson, a pesquisa dos processos mentais era pouco produtiva, de modo que seria conveniente concentrar-se no que é observável, o comportamento. Watson era um defensor da importância do meio na construção e desenvolvimento do indivíduo. Ele acreditava que todo comportamento era consequência da influência do meio, a ponto de afirmar que, dado algumas crianças recém-nascidas arbitrárias e um ambiente totalmente controlado, seria possível determinar qual a profissão e o caráter de cada uma delas. Comportamento respondente O comportamento Respondente é todo aquele comportamento que é involuntário, que acontece mediante as contingências. Podemos exemplificar mais e dizer que o Comportamento Respondente se dá através de uma mudança ambiental, ou seja, uma mudança ambiental que leva a um comportamento específico. Modelo Explicativo: S → R, Onde S elicia R S: São as contingências, mudanças ambientais. S deveria de Estímulo (do inglês stimulus). R: É o comportamento. R deriva de Resposta (do inglês response). O comportamento respondente é involuntário e pode ser inato ou pode ser aprendido. Neste ultimo caso, o organismo tem a capacidade de fazer com que determinadas respostas fiquem sob controle de outros estímulos. Behaviorismo radical Burrhus F. Skinner publicou, em 1953, o livro Science and Human Behavior. A publicação desse livro marca o início da corrente comportamentalista conhecida como behaviorismo radical. O behaviorismo radical seria uma filosofia da ciência do comportamento. Skinner foi fortemente anti-mentalista, ou seja, considerava não pragmáticas as noções "internalistas" que permeiam as diversas teorias psicológicas existentes. Comportamento operante O Comportamento Operante é um comportamento voluntário e que opera nas contingências. Podemos dizer que o Comportamento Operante é aquele comportamento (R) que gera uma consequência (S) e essa consequência reforça ou enfraquece o comportamento que o gerou. Modelo Explicativo: R → S, Onde S reforça R A resposta gera uma consequência e esta consequência afeta a sua probabilidade de ocorrer novamente; Se a consequência for reforçadora, aumenta a probabilidade de se repetir, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais. O sistema de aprendizagem é todo pensado em relação de reforço positivo, reforço negativo e punição para que ao longo dos anos a pessoa possa aprender novos comportamentos como ler, dançar, praticar esportes, ser um aluno mais estudioso. Reforço positivo: evento que aumenta a probabilidade futura da resposta Reforço Negativo: Aumenta a probabilidade da resposta que o remove. Submete um indivíduo a uma mudança de comportamento para evitar alguma consequência indesejada. Punição: Diminui a frequência de respostas. Esquiva: Comportamento para evitar estímulos aversivos. Fuga: Diferente da esquiva que é preventiva, a fuga ocorre quando um estímulo negativo aparece. Extinção: A resposta deixa abruptamente de ser reforçada, podendo diminuir a frequência e até eliminar a resposta. Generalização: Respostas semelhantes a estímulos tidos como semelhantes. Fontes: https://novaescola.org.br/conteudo/1917/b-f-skinner-o-cientista-do-comportamento-e-do-aprendizado https://pt.wikipedia.org/wiki/Condicionamento_operante https://pt.wikipedia.org/wiki/Behaviorismo http://blogpsicologos.com.br/psicologia/teorias-e- sistemas/item/54-comportamento-respondente-e-operante-behaviorismo Livro “Psicologias. Uma introdução ao estudo da Psicologia”. Gestalt Esta doutrina traz em si a concepção de que não se pode conhecer o todo através das partes, e sim as partes por meio do conjunto, isto é: o “todo” possui prioridade no processo cognitivo. Isso acontece porque nosso cérebro está constantemente tentando interpretar o mundo que nos cerca, o mais rápido possível. Ele tenta colocar ordem no caos de estímulos a nossa volta porque isso é fundamental para a nossa sobrevivência. Segundo o psicólogo austríaco Christian Von Ehrenfels, que em 1890 lançou as sementes das futuras pesquisas sobre a Psicologia da Gestalt, há duas características da forma – as sensíveis, inerentes ao objeto, e as formais, que incluem as nossas impressões sobre a matéria, que se impregna de nossos ideais e de nossas visões de mundo. A união destas sensações gera a percepção. É muito importante nesta teoria a ideia de que o conjunto é mais que a soma dos seus elementos; assim deve-se imaginar que um terceiro fator é gerado nesta síntese. A percepção A Gestalt, se opondo ao Behaviorismo, afirma que o comportamento, quando estudado de maneira isolada de um contexto mais amplo, pode perder o seu significado, pois desconsidera as condições que alteram a percepção do estímulo. Para os gestaltistas, entre o ambiente e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo da percepção. Para justificar essa postura, eles se baseavam na teoria do isomorfismo, que supunha uma unidade no universo, onde a parte está sempre relacionada ao todo. Quando eu vejo uma parte de um objeto, ocorre uma tendência àrestauração do equilíbrio da forma, garantindo o entendimento do que estou percebendo. Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto). Princípio da boa forma No direito é importante que o profissional procure perceber um caso a ser julgado de diferentes perspectivas. Isso é necessário, pois a maneira como percebemos um determinado estímulo irá desencadear nosso comportamento. Este processo é norteado pela busca de equilíbrio, estabilidade, e simplicidade. Quanto maior a presença desses elementos, maior a chance de alcançar a boa forma. Meio geográfico e meio comportamental O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é denominado meio. Este se subdivide em dois: Meio geográfico: é o qual possuímos os objetos físicos e objetivos. Meio comportamental: é o meio resultante da interação da interação do indivíduo com o meio físico, implicando a interpretação através das forças que regem a percepção (equilíbrio, estabilidade, e simplicidade). É uma “realidade” subjetiva e particular, criada na nossa mente fruto da nossa experiência. Essa tendência de juntar os elementos do meio geográfico com o meio comportamental é o que a Gestalt denomina de força do campo psicológico. Campo psicológico Esse campo psicológico tem uma tendência (campo de força) que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Esse processo ocorre de acordo com os seguintes princípios: 1. Proximidade: quando os elementos mais próximos tendem a serem agrupados; 2. Semelhança: os elementos semelhantes são agrupados; 3. Fechamento: ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes para garantir a sua compreensão. Eric Andrade Máquina de escrever Esse tipo de análise levou à elaboração do paradigma S-O-R(estímulo-resposta-organismo), se contrapondo ao tradicional S-R. Eric Andrade Máquina de escrever Com isso, a Gestalt trababalhou com a possibilidade de múltiplas respostas. Eric Andrade Retângulo Teoria de campo Kurt Lewin (1890-1947) amplia a noção de campo psicológico. Não restringe apenas à relação indivíduo-meio, mas também todos os fatos coexistentes. Lewin usou o conceito físico de “campo de forças” em sua teoria de campo para explicar os fatores ambientais que influenciam o comportamento humano. A interpretação subjetiva que cada pessoa faz acerca das outras pessoas, das coisas e dos fenômenos que em cada momento constituem o seu ambiente traduzem-se em valências, isto é, tomam um determinado valor (realidade fenomênica). Os fatos estão interconectados e constituem um campo de forças dinâmico que podemos denominar espaço vital. Trata-se de um espaço subjetivo, próprio, que guarda a forma que olhamos o mundo, com nossas aspirações, possibilidades, medos, experiências e expectativas. Além disso, este campo conta com alguns limites, estabelecido especialmente pelas características físicas e sociais do ambiente. Fontes: http://www.updateordie.com/2017/03/08/os-6-principios-da-gestalt-na-sua-cara-todos-os-dias/ https://www.infoescola.com/psicologia/gestalt/ https://amenteemaravilhosa.com.br/teoria-de-campo-de-kurt-lewin/ Livro “Psicologias. Uma introdução ao estudo da Psicologia”. Freud e a Psicanálise Freud Nasceu em 1856, e morreu em 1939, em Londres. Médico Neurologista. O pai da psicanálise e da psicologia contemporânea. Revolucionou não apenas a psicologia, mas o mundo, com suas descobertas e com a coragem de enfrentar a sociedade da época. Formou em medicina em Viena em 1881 e se especializou em psiquiatria. Volta para Viena e passa a trabalhar com o médico e cientista Breuer, que te passa o caso de Ana O. O caso Ana O. Apresentava paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Os sintomas apareceram na época em que cuidava de seu pai enfermo. O desejo de que o pai morresse era reprimido pela paciente e transformado em sintomas. Através da hipnose, Freud conseguiu acessar a origem dos conteúdos reprimidos. A liberação de reações emocionais da paciente associadas ao evento, fez os sintomas desaparecerem. A psicanálise A Psicanálise, enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. Busca o autoconhecimento ou a cura. O método catártico Tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas. A primeira teoria sobre a estrutura do aparelho psíquico Essa teoria se refere à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente. Inconsciente Freud demonstrou que a maior parte da vida psíquica se desenrola sem que tenhamos acesso a ela. No inconsciente se encontram principalmente ideias reprimidas que aparecem disfarçadas nos sonhos e nos sintomas neuróticos. A esta força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente. Dentre algumas características desse “lugar”, pode destacar que ele é atemporal e autônomo. Pré-consciente Refere-se ao sistema onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar. Consciente É o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio. Segunda teoria do aparelho psíquico Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três sistemas da personalidade. Id É regido pelo princípio do prazer. O Id, instinto primitivo, bastante destacado em crianças é a forma irracional da mente que faz as pessoas agir de forma impulsiva e irracional, ou seja, é a forma de ação e reação onde à pessoa se expressa sem ao menos pensar. Como dito anteriormente, o Id é bastante visto em crianças porque essas agem irracionalmente. Ego A parte organizada do sistema psíquico que entra em contato direto com a realidade e tem a capacidade de atuar sobre ela numa tentativa de adaptação. O ego é mediador dos impulsos instintivos do id e das exigências do superego. Superego Denominado repressor do Id, atua influenciado por regras, crenças, leis morais, ética e outros métodos que nos são ensinadas no decorrer da vida e limitam as ações e reações, fazendo com que pensemos nas consequências. A partir de suas influências, busca através do Ego reprimir o Id para que nenhuma ação e reação sejam realizadas irracionalmente. É formado a partir das identificações com os pais, dos quais assimila ordens e proibições. Assume o papel de juiz e vigilante, uma espécie de autoconsciência moral. Pode tornar-se extremamente severo, anulando as possibilidades de escolha do ego. Neste caso, há o sentimento de culpa, o qual a pessoa se sente culpada por uma coisa errada que fez ou deseja fazer. O medo proveniente desse sentimento é a perda de amor e do cuidado de suas “autoridades”que, no caso, os pais. O complexo de Édipo O sentimento de culpa origina-se na passagem pelo complexo de Édipo. Este entre dois e cinco anos, aproximadamente, a criança desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo. Dessa forma, passa a internalizar as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade hostilizada. Posteriormente essa a figura do sexo oposto é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural, e a criança pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas internalizadas através da identificação da figura genitora do seu próprio sexo. A descoberta da sexualidade infantil Ao estudar o desenvolvimento sexual infantil, Freud (1905) mostrou grande interesse nos genitais e em sua atividade. Dividiu o desenvolvimento infantil em fases, nas quais observava a supremacia de uma zona erógena (região do corpo que sob determinados tipos de estimulação provoca uma sensação prazerosa). As fases pré-genitais são três: Fase oral A atividade sexual está ligada diretamente à nutrição. Ocorre do nascimento até aproximadamente um ano e meio. Ao nascer, a criança reconhece a boca como o órgão mais sensorial, é através dela que o bebê começará a reconhecer o mundo. O seu primeiro objeto de ligação afetiva é o seio. A zona de erotização é a boca. Fase anal Ocorre por volta do segundo ano de vida. É a etapa de maturação do controle muscular da criança, aqui ela começa a desenvolver sua organização psicomotora. Ou seja, falar, andar e o controle esfincteriano. A zona de erotização é o ânus. Sua ligação afetiva se dá com o produto, com o valor simbólico das fezes, promovendo mecanismos psicológicos ligados à projeção e ao controle. Fase fálica Ocorre por volta dos três anos. É quando se dá a descoberta e preocupação na diferença entre meninos e meninas. Aqui a zona de erotização são os genitais. Esta fase promoverá as organizações psicológicas do masculino e feminino e organizam-se, também, os modelos relacionais entre homens e mulheres. É a fase que ocorre o Complexo de Édipo. Após a resolução destes complexos, temos o período de latência, que é o período de sublimação, ou seja, da canalização da libido para o desenvolvimento social, sendo seguida pela fase genital. Nessas fases anteriores, o prazer é encontrado no próprio corpo, já na seguinte fase, a genital, o objeto de prazer se torna exterior ao indivíduo, isto é: em outra pessoa. Fase genital A zona sexual principal do homem é o pênis (falo), e na mulher duas zonas sexuais principais, a vagina e o clitóris. A mulher atinge sua maturidade quando direciona sua genitalidade exclusivamente para a vagina. Neste período, o indivíduo atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal, pois já ocorreram às adaptações biológicas e psicológicas, já houve discriminação do papel sexual e o desenvolvimento intelectual e social. Os mecanismos de defesa Recalque: O indivíduo não “vê” e não “ouve” o que ocorre. Impede a percepção de algo. Formação reativa: A pessoa reage da forma oposta ao desejado. Ex: A superproteção pode esconder uma rejeição. Regressão: Reage de forma regressiva sobre algo que ocorre. Projeção: Projetar no outras características próprias que não reconhece. Racionalização: Constrói argumentos intelectuais convincentes para justificar estados alterados da consciência. Utiliza-se da razão para alcançar objetivos quando há algum sofrimento. Ex: homofobicos. Utilizam-se da moral e dos bons costumes para praticar atos violentos, normalmente, projetivos. Fontes: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/11/freud-explica-entenda-sete-conceitos-basicos-da-psicanalise.html http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/psicologia/aparelho-psiquico.htm https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/freud-e-a-sexualidade-infantil/37887 Livro “Psicologias. Uma introdução ao estudo da Psicologia”. Erik Erikson, identidade ao longo da vida e crise de identidade. Erikson desenvolveu sua própria teoria sobre o desenvolvimento da personalidade, adotando o ponto de vista do ciclo vital. Estudaremos resumidamente a teoria de dele sobre os estágios de desenvolvimento da personalidade. Ele usou como base as fases de desenvolvimento psicossexual propostas por Freud; de fato seus primeiros cinco estágios refletem as crises do ego que estão entrelaçadas com as fases de Freud. A personalidade (na verdade, Erikson focalizou a identidade) desenvolve-se ao longo de uma série de oito estágios à medida que a vida se desdobra. O produto de cada estágio (isto é: a personalidade resultante) depende até certo ponto do produto do estágio anterior, e a negociação eficaz em cada estágio das crises do ego é fundamental para o crescimento favorável. Confiança versus Desconfiança – Fase Oral de Freud O bebê está lutando para conseguir uma boa alimentação, sono tranquilo e condições confortáveis para a excreção. Se o ambiente proporcionado pela mãe satisfazer as necessidades do bebê, a criança desenvolverá um sentimento de confiança e esperança. Entretanto, rupturas nesse estágio podem gerar sentimentos de desconfiança e abandono. Um bebê cuja mãe não responde confiavelmente quando ele chora de fome, ou que raras vezes é pego no colo, pode gerar sentimentos de insegurança e suspeita em relação ao ambiente – o mundo não é digno de confiança. Se essa crise do ego nunca for resolvida, o indivíduo poderá ter dificuldades para confiar em outras pessoas ao longo da vida, sempre convencido de que os outros estão tentando tirar vantagens dele em transações de negócio, ou de que não pode confiar nos amigos. Autonomia x Vergonha e Culpa – Fase anal de Freud Durante esse estágio a criança pequena começa a aprender que tem controle sobre o próprio corpo. O ideal seria que os pais a orientassem, ensinando-a a controlar os impulsos, mas não de maneira excessivamente severa. Se a criança conseguir negociar com êxito nesse estágio saberá diferenciar o certo do errado desejando estar apta para optar pelo “certo” na maior parte das vezes. A punição e controle exagerados dos pais geram sentimentos do tipo “estou sempre mal”, “não sei como ser bem-sucedido (a)” por parte dos filhos. Iniciativa X Culpa – Fase fálica de Freud A criança entra nesse estágio sabendo que é uma pessoa independente e autônoma, mas nada mais que isso. Durante esse período ela aprende a planejar e a agir, bem como a se dar bem com seus pares. Da negociação malsucedida nesse estágio resulta uma criança que, embora possa visionar possibilidades, é muito medrosa para persegui-la. Se esses sentimentos não forem resolvidos, essa criança será mais tarde um indivíduo que não consegue tomar iniciativas ou decisões, confia muito pouco em si mesmo e não tem muita vontade de realizar coisas. Destreza x Inferioridade – Fase de latência de Freud Nesse período, a criança aprende a tirar prazer e satisfação da realização de algum tipo de atividade – tarefas acadêmicas, particularmente. Da conclusão bem-sucedida desse estágio resulta uma criança que consegue solucionar problemas e se orgulha de suas habilidades – é uma criança competente. Entretanto, a que não supera esse estágio sente-se inferior, como se fosse incapaz de alcançar soluções acertadas, e inapta a realizar o que seus pares estão realizando. Identidade x Confusão de Papéis – Fase genital de Freud O adolescente experimenta diferentes papéis, enquanto tenta integrar as identidades dos estágios anteriores. No mesmo momento em que os adolescentes estão tentando ter ideia de quem eles são e quem eles desejam tornar- se, a sociedade está começando a dar a eles maior liberdade nasamizades e na carreira. Se esse estágio for concluído com êxito, uma percepção de Self mais clara e multifacetada será possível – uma pessoa apta a integrar muitas funções em uma única “identidade” que lhe é singular. Erikson relacionou a autoconsciência e o constrangimento da adolescência ao conflito de identidade – uma incerteza sobre as próprias habilidades, associações e metas futuras. Ele denominou esse conflito de crise de identidade. Da incapacidade de trabalhar, com êxito, essa crise do ego resulta um indivíduo com crise de identidade prolongada – uma pessoa que não tem certeza quem ela é e quem luta sem parar para se descobrir. Intimidade versus isolamento - as fases propostas por Freud acabam Durante esse período, os jovens adultos aprendem a interagir mais profundamente com outras pessoas. Eles permitem que essas pessoas cheguem a conhecer intimamente esse self recém-descoberto. A incapacidade de criar laços sociais sólidos sem se perder no processo resulta em isolamento e solidão, e não em amor e satisfação. Generatividade versus estagnação É nesse estágio que o indivíduo começa a valorizar a possibilidade de doar-se. Em geral, isso se dá tendo ou criando filhos, mas também se refletem em outras atividades, como o serviço comunitário. A incapacidade de assumir essa perspectiva generativa resulta no sentimento de que a vida não vale a pena e é maçante. Esse indivíduo talvez esteja alcançando metas mundanas, mas por trás do sucesso público sua vida pode parecer sem sentido. Integridade do ego versus desesperança Nesse estágio, a velhice, o indivíduo deduz a sabedoria de experiências de vida e pode olhar para trás e ver um significado, uma sequencia de coisas, acontecimentos e integridade. As reflexões são agradáveis e as buscas presentes são mantidas integradas às metas de vida perseguidas durante anos. O fracasso psicossocial nesse estágio implica sentimento de desesperança. Fonte: Livro - Teorias da Personalidade A psicologia analítica de Jung O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), a partir de 1913, consolidou sua diferença com a teoria freudiana e construiu a Psicologia Analítica. Já em 1912, Jung demonstra por meio de publicações desacordo com os caminhos assumidos peia Psicanálise e, em 1913, ocorre a ruptura. Quanto ao motivo dessa ruptura, a versão mais difundida é a da diferença de ambos junto à importância da sexualidade na construção da dinâmica psíquica. Freud, no início da Psicanálise, via a sexualidade como um dos fatores preponderantes para a estruturação do psiquismo e a causa de traumas que produziam neurose. Jung, por sua vez, relativizava essa importância e considerava que a estruturação do psiquismo era influenciada também pelo campo simbólico gerado pela cultura e pela religião. Para Carl Jung, somos programados para ver e aceitar determinadas verdades não apenas por causa de nossas próprias experiências passadas, mas também por causa das experiências cumulativas de nossos ancestrais. Esse ponto de vista ofereceu importante fundamentação para sua teoria sobre a personalidade. Acreditava que as metas e motivações dos indivíduos eram tão importantes na determinação do curso da vida quanto o eram os impulsos sexuais. Ele passou a acreditar na existência de arquétipos universais (símbolos emocionais), reconhecidos por ele repetidamente nas conversas com seus pacientes. Enquanto Freud acreditava que grande parte da personalidade já estava formada na metade da infância, aproximadamente, Jung preferia ver a personalidade em termos de suas metas e orientação futuras. Elementos da psicologia analítica de Jung Ego inconsciente É o aspecto da personalidade que é consciente e incorpora a percepção do self. (Jung acreditava que essa identidade pessoal, ou ego desenvolvia-se por volta dos quatro anos). O inconsciente pessoal Os pensamentos do inconsciente pessoal, para Jung, podem ser acessados. O inconsciente pessoal contém tanto pensamentos quanto impulsos que simplesmente não têm importância no presente e aos quais foram reprimidos de forma intensa por significar ameaça ao ego. Além disso, o inconsciente pessoal continha informações passadas (retrospectivas) e futuras (prospectivas). Esta última seria coisas que tendiam a acontecer (intuição). O inconsciente coletivo É composto de símbolos emocionais poderosos denominados arquétipos. Estes são reações emocionais de nossos ancestrais a eventos que se repetem. Os principais exemplos são: Animus e Anima: o animus é o componente masculino de uma mulher (além de um conhecimento inato do que significa ser homem), enquanto o anima é o componente feminino de um homem (além de um conhecimento sobre o que significa ser mulher). Persona e sombra: o primeiro se refere a face socialmente aceitável de uma pessoa enquanto a segunda trata-se do lado “escuro” de uma pessoa o qual é socialmente rejeitado. Mãe: representa a ideia de generatividade ou fertilidade. Pode ser pela imagem literal da mãe ou então no sentido figurado. Herói e demônio: o primeiro representa o bem enquanto o segundo representa o mal. Complexos É um conjunto de sentimentos, pensamentos e ideias carregado emocionalmente, todos relacionados a um tema em particular. Tipos psicológicos A mente tem quatro funções: 1. Sensação 2. Pensamento 3. Sentimento 4. Intuição O primeiro e o quarto são irracionais enquanto o segundo e o terceiro são racionais. Embora todas essas funções existam em todos os indivíduos, uma delas normalmente é dominante. Além dessas quatro funções, Jung descreveu duas principais atitudes: a extroversão e a introversão. Estas duas atitudes podem ser relacionadas com as quatro funções, gerando oito tipos possíveis de personalidade. Fontes: Livro – “Teorias da Personalidade” Livro – “Psicologias. Uma introdução ao estudo da Psicologia”. Este resumo abrange o seguinte conteúdo: A psicologia analítica de Jung
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