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Atualidades Aula 04

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ATUALIDADES PARA O PACOTE DO BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO 
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Aula 04 – DESENVOLVIMENTO URBANO
Olá amigos, tudo bem? Como foi a semana de vocês? Espero que 
tenha sido bastante produtiva e de muito estudo!!! ;) 
Hoje nossa aula abordará temas de grande importância para as 
provas que cobram atualidades e conhecimento gerais, que é o caso de 
vocês que estão se preparando para o concurso do Banco do Brasil. Num 
primeiro momento falaremos sobre o desenvolvimento urbano e, portanto, 
veremos questões ligadas à migração e suas variedades, que estão 
diretamente ligadas à urbanização. 
Em seguida, inseri mais algumas análises sobre Brasil. Porém, 
desde já, quero informar que a aula 05 do curso, “Cultura internacional / 
Cultura e sociedade brasileiras”, trará ainda mais assuntos sobre Brasil, 
principalmente no que diz respeito aos seus aspectos internos e também 
sobre segurança, ok? 
Todos preparados? Então vamos lá! ☺ 
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1 – Aspectos demográficos
1.1 – Movimentos migratórios internacionais e crescimento 
demográfico
Os movimentos migratórios podem ser classificados de várias 
maneiras, podendo ser inter-regionais, rurais/urbanos e 
interurbanos. Para ficar mais claro: as migrações podem acontecer tanto 
dentro de um mesmo país, quanto entre países diferentes. Paralelo a isso, 
as migrações podem ser entendidas como um dos principais termômetros 
da desigualdade sócio-econômica no mundo. 
A migração internacional foi acelerada nas últimas décadas 
devido à globalização, que se propunha a integrar as regiões. 
Atualmente, há cerca de 214 milhões de imigrantes em todo o mundo, 
sendo que mais de 160 milhões são considerados imigrantes "recentes". 
Vamos entender a diferença! 
São considerados imigrantes todos aqueles que saem de 
seu país de origem rumo a outro. Essa atitude geralmente é movida 
pela busca de uma vida melhor, menos violenta ou mais abundante de 
recursos. Com as guerras, o número de imigrantes pelo mundo era 
bastante significativo, pois as pessoas estavam fugindo da guerra e de 
todas as tragédias e misérias humanas que ela trazia. Porém, quando 
falamos de imigrantes “recentes”, estamos nos referindo a pessoas 
que migram pelos motivos que a contemporaneidade lhes impõe e 
não devido às guerras – ainda que o objetivo seja exatamente o 
mesmo: a busca por uma vida melhor! 
Se observarmos o mapa abaixo, veremos que a Europa é o 
grande destino de imigrantes, devido, sobretudo, à sua excelente 
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qualidade de vida. A Alemanha é o país que mais recebe imigrantes no 
mundo, chegando a 7 milhões – dos quais 1/7 permanece na ilegalidade. 
Assim, pessoal, se há uma certeza que podemos ter quanto à 
imigrações internacionais é a de que o número cada vez maior de 
homens, mulheres e crianças que imigram vem causando um grave 
impacto mundial. Isso porque, por um lado, atinge aos países 
abandonados e, por outro, aos países ao qual se destinam os imigrantes. 
Apesar da gravidade e crescimento do problema, as autoridades 
continuam se recusando a tratar da situação com a seriedade que ela 
merece. 
Em meio à formação de blocos econômicos e negociações de 
novos acordos comerciais, o debate sobre imigração tem sido jogado para 
debaixo do tapete – o que acaba legitimando a onda de violência contra 
imigrantes. A crise econômica internacional, iniciada em fins de 2008, foi 
um elemento a mais de tensão contra imigrantes, sobretudo contra 
aqueles que vivem na Europa. As regiões mais afetadas pela crise, como 
Espanha e Irlanda, registraram significativo aumento das hostilidades 
entre imigrantes e trabalhadores locais. Com efeito, os trabalhadores 
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locais ficavam inconformados com a concorrência de mão-de-obra 
estrangeira, geralmente bem mais barata. Assim, a crise acabou 
evidenciando dissidências perigosas que culminaram em selvageria. 
Nesse sentido, notamos um considerável aumento da 
xenofobia, principalmente na União Europeia. As acusações de violência 
racial aumentaram ao menos em 8 países do bloco desde os atentados do 
dia 11 de setembro. A verificação foi feita por juntas de Direitos Humanos 
que, analisando 11 países, encontraram 18 mil casos de agressão contra 
imigrantes na Alemanha. Esses dados, além de nos assustar, mostram 
que a migração internacional se transformou num sério problema, que 
merece a nossa atenção. 
Por outro lado, a atual crise econômica que assola a Europa 
como um todo, tem tido efeito contrário em termos de imigração. Pela 
primeira vez, em muitos anos, o número de imigrantes que saem dos 
países europeus, principalmente Espanha, foi maior que o número de 
entradas. O que as leis de migração não conseguiram, a crise econômica 
acabou fazendo: promover o retorno de imigrantes da Europa aos seus 
países de origem. 
Outro ponto importante é que os trabalhadores imigrantes têm 
buscado como destino os países de economias em rápido crescimento, 
como na Ásia, na África e na América Latina. Vejamos como o assunto já 
foi tratado em prova! 
1) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) As migrações 
internacionais ocupam parte importante das diplomacias e dos 
serviços de defesa do Estado e dos cidadãos comuns que 
atravessam fronteiras diariamente, em todo o mundo. 
A respeito desse tema, julgue os itens seguintes. 
I – A criminalização crescente das migrações econômicas e sociais denota 
que o direito de ir e vir da pessoa faz-se subalterno ao privilégio universal 
da livre circulação dos capitais. 
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II – Legislações draconianas, como as que vêm sendo adotadas pela União 
Europeia, expõem, por um lado, a noção de que a função histórica da 
grande imigração de africanos e asiáticos para o trabalho nas indústrias 
Europeias do pós-guerra perdeu função histórica e, por outro, que a 
reciprocidade internacional em relação à América Latina, formada em 
parte por imensas levas de desterrados europeus, perdeu valor de direito 
internacional ante o realismo político dos interesses nacionais e 
comunitários europeus. 
III – As migrações internacionais, amenizadas no continente africano 
diante do fim do ciclo belicoso interno das últimas décadas do século XX, 
deixaram de ser um tema relevante das relações interestatais afro-
Europeias. 
IV – O Brasil, país marcado, no fim do século XIX e início do século XX, 
pelas imigrações Europeias e asiáticas, fator importante para a formação 
do Brasil contemporâneo, mudou seu padrão migratório ao ter-se tornado 
também país de emigrantes. 
V – A migração forçada ou enganosa, muitas vezes em forma de tráfico de 
pessoas, ainda que seja um tema de impacto internacional, possui 
modesta implicação na segurança dos Estados nacionais neste início de 
século. 
Marque a alternativa correta. 
a) apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas 
b) apenas III e V estão corretas 
c) todas as afirmativas estão corretas 
d) todas as afirmativas estão erradas 
e) I e II estão erradas. 
COMENTÁRIOSA assertiva I está correta. Essa questão traz à tona um 
importante conhecimento sobre a separação existente entre a integração 
de capitais e o intercâmbio de pessoas. Como todos nós sabemos, há uma 
grande expectativa da população de alguns países com relação à 
qualidade de vida que poderiam ter em outros. Esse sentimento de que o 
“jardim do vizinho” é sempre mais verde que o nosso (e muitas vezes, é 
mesmo!) vem aumentando consideravelmente a movimentação de 
pessoas rumo aos países mais desenvolvidos ou com melhores condições 
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de trabalho. O grande problema é que essa imigração, que muitas vezes 
ocorre clandestinamente, tem incomodado intensamente os moradores 
dos países de destino, que se sentem ameaçados pela concorrência de 
mão-de-obra. Esse incômodo popular vem se refletindo nas recentes leis 
criadas com o intuito de criminalizar a imigração. 
Em maio de 2009, por exemplo, o Parlamento da Itália aprovou 
um polêmico projeto de lei que criminaliza a imigração ilegal no país. A 
legislação transforma em crime a entrada irregular em território italiano, 
prevendo rigorosas medidas repressivas. Dentre as principais medidas, 
destacamos o estabelecimento de prisão para pessoas que abriguem 
imigrantes ilegais e o aumento no tempo de detenção provisória dos 
clandestinos antes da deportação. 
Essa lei permite ainda que cidadãos comuns formem patrulhas 
para verificar a existência de imigrantes ilegais no país. Apesar de estar 
desarmada, a patrulha exerce uma função investigativa, ou seja, essa lei 
estimula uma espécie de “caça às bruxas”, aumentando o xenofobismo na 
Itália. Um exemplo disso é que, depois da aprovação dessa lei, alguns 
cidadãos, pertencentes à extrema-direita, criaram um grupo que chamam 
de “Guarda Nacional Italiana” cujos uniformes são enfeitados com 
símbolos fascistas e nazistas. É pessoal, por tudo isso, podemos dizer que 
a questão está certa! 
A afirmativa II está certa. O ideal para analisarmos essa 
questão é dividi-la ao meio para podermos ter uma compreensão total das 
informações ali contidas. Uma vez feito isso, vamos aos conceitos 
intrínsecos ao texto. Para quem não sabe, são chamadas de leis 
draconianas aquelas consideradas extremamente severas, como as que 
vêm sendo adotadas pela UE. Na questão acima, demos o exemplo da 
Itália, mas esse país não é uma exceção. 
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No segundo semestre de 2008, foi aprovada uma diretriz que 
pretendia harmonizar as regras dos países europeus para a repatriação de 
imigrantes ilegais, e em 2010, essa diretriz foi transformada em lei. As 
novas regras integram um processo de organização e endurecimento da 
política migratória em toda União Europeia. 
Essa retaliação aos imigrantes é um forte sinal de que a 
imigração, outrora considerada essencial para o trabalho nas indústrias 
Europeias do pós-guerra, perdeu função histórica. Se em tempos de 
guerra e fome na Europa sua população teve como destino principal 
países da América Latina, o direito à recíproca perdeu seu valor com as 
novas leis. 
A assertiva III está errada. Ora, pessoal, depois de tudo o que 
escrevemos até aqui sobre a polêmica de novas leis de imigração, 
esperamos que seja de fácil entendimento que as migrações 
internacionais nunca foram um assunto tão relevante nas relações 
interestatais como atualmente. Portanto, essa questão está errada. 
A assertiva IV está correta. A imigração no Brasil é bem mais 
antiga do que o século XIX citado na questão, pois foi uma das principais 
medidas colonizadoras do território brasileiro. Todavia, no período citado, 
o nosso país foi marcado pelas imigrações Europeias e asiáticas sim. Mas 
qual foi a causa disso? 
Com o fim da escravidão, em 1888, o trabalho livre ganhou 
significativa repercussão social e a imigração cresceu notavelmente, 
sobretudo rumo ao Sul do país, onde a lavoura cafeeira se baseava no 
trabalho escravo. Para termos uma idéia do quanto a abolição influenciou 
no aumento da imigração no Brasil, somente nos dez anos subseqüentes a 
esse acontecimento adentraram o Brasil mais de 1,4 milhão de 
imigrantes, que vinham na esperança de uma vida melhor. 
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Já no século XX, outros fatores estimularam a imigração e 
aumentaram a diversificação de nacionalidades dessas correntes 
migratórias, que passam a contemplar europeus e asiáticos. Assim, as 
duas guerras mundiais e todas as misérias materiais que elas impuseram 
aos habitantes dos locais por elas afetados foram os principais 
impulsionadores da imigração para o Brasil. Além disso, a lenta 
recuperação Europeia no pós-guerra e a crise no Japão contribuíram, 
significativamente, para que os japoneses formassem a quarta colônia de 
imigrantes do Brasil, ainda em 1950. 
Apesar de, desde o seu descobrimento, o Brasil ter sido um 
receptor de imigrantes, nos últimos anos ele tem sido fornecedor de pelo 
menos 1% de sua população, donde 70 % se encontra nos EUA. 
A afirmativa V está errada. As migrações forçadas ou enganosas 
têm diversas manifestações e causas. Por esse motivo, é fundamental que 
a sociedade, as organizações internacionais e os governos se detenham 
sobre episódios tão comuns como os deslocamentos humanos atuais. Este 
tipo de migração acontece, principalmente, por falhas estruturais, políticas 
econômicas equivocadas, desordem política, fome e miséria. Pode ser 
encaixado na migração forçada o caso de europeus e asiáticos que, para 
se refugiar da guerra, migraram para o Brasil. Também pode ser 
considerada migração forçada a saída de pessoas de um território em 
razão de graves violações de direitos humanos. 
Mas como temos lido até agora, esse é um assunto de pauta em 
todos os países mais desenvolvidos do mundo, os quais são os principais 
destinos dos imigrantes. Imigração hoje está atrelada à segurança dos 
Estados nacionais. Gabarito: A 
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1.2 – Movimentos migratórios internos
Quando falamos do Brasil da década de 50 e 60, tocamos, 
sutilmente, na questão da migração interna ao falarmos dos 
deslocamentos de nordestinos rumo ao Sudeste, até então único pólo 
industrial do país. Mas, afinal, nós sabemos bem o que é esse movimento 
migratório? 
Chamamos de movimentos migratórios internos aquelas 
circulações de pessoas que ocorrem dentro de um mesmo território 
nacional. Os principais fatores que levam os serem humanos a migrar 
são motivos econômicos, desastres ecológicos e motivações pessoais. 
Segundo Milton Santos, as migrações podem ser entendidas 
como uma expressão espacial dos mecanismos de modernização. 
O que isso quer dizer? Significa dizer que o fato de as pessoas se 
mudarem de um lugar a outro se liga às várias complexidades, exigências 
e possibilidades que a modernidade trouxe ao ser humano. 
Dois exemplos muitos conhecidos são as migrações de 
nordestinos para o norte do país, quando espontaneamente se 
transformaram em “soldados da borracha”, e as ocorridas na década de 
60, em função da seca que se abateu sobre a região. Em ambos os casos, 
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elas expressam uma busca por melhoria na qualidade de vida. Entretanto, 
as migrações não atingem apenas pessoas sem qualificação, como 
costumamos pensar num primeiro momento. Na cidade de Recife, uma 
pesquisa revelou que os funcionários de mais alto nível da SUDENE são 
oriundos do sul do país ou de estados que não ofereciam oportunidades 
para a sua qualificação. 
Assim, podemos dizer que a migração de pessoas e bens é uma 
consequência da revolução do consumo trazida pela modernização, ou 
seja, quanto mais poderoso o impacto da modernização, maior será a 
concentração da produção e, portanto, maiores fluxos migratórios 
ocorrerão. 
No caso específico das correntes de migração interna, elas 
acontecem tanto de uma região para outra no interior do país, quanto 
entre estados de uma mesma região. Além disso, também pode ocorrer 
migração do campo para as cidades, chamado de êxodo rural. 
Observando o mapa abaixo, veremos que o número de pessoas 
que se deslocam do Norte e Nordeste do Brasil para o Sudeste, é 
responsável, de longe, pelo maior número de migrantes internos. No 
mapa abaixo, eles são representados pelos bonequinhos vermelhos, 
laranja, amarelo e roxo. 
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Nesse sentido, o Nordeste foi, durante muito tempo, considerado 
uma área de repulsão populacional, ou seja, área que perdia 
população por diversos fatores, como secas intensas, falta de trabalho, 
dificuldade das atividades econômicas em absorver ou manter as 
populações locais, etc. Como dissemos anteriormente, é necessário um 
conjunto de fatores para favorecer a migração, porém os citados podem 
ser entendidos como alguns dos principais estímulos da migração de 
nordestinos para Amazônia, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. 
Em contrapartida, determinadas áreas são exatamente o oposto 
do que o Nordeste representava, sendo consideradas áreas de atração 
populacional, justamente por atraírem as populações de outras áreas e 
oferecerem melhores condições de vida. Aqui, novamente, aparecerão os 
nomes de São Paulo e Rio de Janeiro, por serem estes estados que 
durante muitos anos concentraram grande parte das maiores indústrias do 
Brasil. 
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O governo vem tomando medidas para reduzir essas 
disparidades na concentração de indústrias e alguns sucessos já estão 
sendo alcançados. Podemos pensar, por exemplo, na importância que o 
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a gradual 
transformação do Nordeste de uma “área de repulsão” para uma “área de 
atração” populacional. 
“Mas, professora, o que isso quer dizer? Não foi dito acima que o 
Nordeste sofria a perda da população para outras regiões mais 
desenvolvidas do Brasil?” 
Sim, isso realmente foi afirmado acima, mas como o processo de 
mudança não para, hoje essa realidade vem sendo substituída pouco a 
pouco por seu oposto. Ou seja, pessoal, muitas pessoas estão saindo de 
outras regiões do Brasil em direção ao Nordeste. Isso devido à algumas 
medidas possibilitadas pelo PAC e que têm ajudado no desenvolvimento 
dos estados nordestinos. O Programa Nacional de Irrigação é uma dessas 
medidas, o projeto ainda está no início, mas já mostra que pode favorecer 
o desenvolvimento agrícola da região. Além disso, também tem a Ferrovia 
Transnordestina, a expansão das redes de gasodutos, implantação de 
usinas de biodiesel, além de investimentos em infraestrutura social e 
urbana. A região antes vista como pobre e sem infraestrutura, está 
ganhando espaço entre as áreas procuradas como destino em busca de 
bons empregos e melhores condições de vida! 
A) Migrações diárias 
Até me mudar para uma capital, eu não conhecia de perto o que 
era exatamente esse tipo de migração, não tão conhecida como as 
migrações nordestinas ou sulistas. Numa cidade pequena, por mais longe 
que se trabalhe, não se gasta mais de 30 minutos para chegar ao 
emprego, pois o trânsito de veículos ainda é relativamente leve, o 
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transporte público costuma dar conta das necessidades da população e a 
cidade é fisicamente pequena. 
No entanto, se vocês moram em “cidades grandes”, devem 
conhecer bem de perto esse problema da migração diária. Ricos, pobres, 
classes médias, urbanos ou rurais, todos somos afetados, em maior ou 
menor grau, pelos fluxos internos diários. Seja dentro do carro, ouvindo 
música e com ar condicionado ligado, ou apertados dentro de um ônibus 
lotado, onde mal há lugar para se apoiar, todos nós sabemos (bem!) os 
efeitos da migração diária. 
Esses fluxos apresentam ritmos, dimensões e objetivos variados. 
Por isso, são denominados migrações pendulares, nas quais 
gostaríamos de ressaltar dois exemplos que lhes parecerão bem comuns. 
O primeiro trata da movimentação diária dos habitantes que 
trabalham numa cidade e moram ou estudam em outra – 
comumente chamadas de Cidades-Dormitórios. Como o próprio nome já 
diz, as pessoas se dirigem a elas praticamente para dormir, uma vez que 
passam o dia todo no trabalho. 
Alguns de vocês podem ter pensado assim: “ora, por que esse 
pessoal não se muda pra perto do trabalho? Por que morar em uma 
cidade e trabalhar em outra?” 
Pois bem, o principal motivo gerador da existência desses 
movimentos pendulares diários nas grandes metrópoles está ligado à 
crescente especulação imobiliária dos lugares mais próximos ao centro 
produtivo que se alia a baixos salários. Tudo isso empurra o trabalhador 
para bem longe do seu trabalho, obrigando-o a se utilizar de transporte 
coletivo, na maior parte das vezes precário ou insuficiente para atender ao 
enorme fluxo populacional residente nessas áreas. 
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Exemplo dessa prática é Brasília e suas cidades satélites. Com 
um dos metros quadrados mais caros do Brasil, paga-se em média três 
vezes mais para se morar no Plano Piloto. Enquanto uma kitnet de 30 m2
custa em média R$900,00 por mês no Plano, em uma cidade satélite a 20 
km dali, o preço cai para R$300,00. Ora, por mais que os salários nessa 
cidade sejam mais altos do que a média brasileira, é simplesmente surreal 
a supervalorização dos imóveis próximos à zona central conhecida como 
Plano Piloto. 
Do mesmo modo que neste exemplo de Brasília, ocorrem esses 
mesmos movimentos que se originam nos núcleos residenciais periféricos 
em direção aos centros industriais, como encontramos facilmente nas 
áreas metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
O segundo exemplo diz respeito aos deslocamentos dos bóias-
frias, que, geralmente, moram numa pequena cidade ou vilarejo e se 
dirigem diariamente às fazendas onde há tarefas agrícolas. Seja 
plantando cana ou colhendo café, esse movimento urbano-rural aumenta 
ou diminui de acordo com as necessidades dos fazendeiros 
B) Migração de campo-cidade ou êxodo rural 
Consiste no deslocamento de grande 
parcela da população da zona rural para a 
zona urbana, transferindo-sedas 
atividades econômicas primárias para as 
secundárias ou terciárias. Esse é, na 
atualidade, o mais importante movimento 
de população e ocorre praticamente no 
mundo todo. 
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Principalmente nos países subdesenvolvidos, ou em vias de 
desenvolvimento, a migração do campo para a cidade é tão grande que 
constitui um verdadeiro êxodo rural. Esse movimento campo/cidade se 
intensificou no Brasil a partir do surto industrial no Sudeste, iniciado na 
década de 1940. 
Entre as causas desse movimento estão os baixos salários 
recebidos pelo trabalhador rural, a falta de escolas, de assistência médica, 
mecanização de agricultura, secas e concentração de latifúndios. 
Além disso, a atração exercida pela cidade é um grande estímulo 
à migração, que busca uma oportunidade de alcançar melhor padrão de 
vida. Foi assim que muitos imigrantes seguiram para o Sudeste na 
esperança de alcançar melhores condições e oportunidades de vida que as 
cidades ofereciam, como empregos, escolas, moradia, profissionalização, 
assistência médica, etc. 
Todavia, a grande parte das pessoas oriundas do campo 
acaba por engrossar as fileiras do subemprego ou mesmo do 
desemprego, sofrendo sérios problemas socioeconômicos. Um dos 
reflexos desse fato é a ampliação desordenada e incontrolável das 
favelas, que cobrem grandes áreas, principalmente nas regiões menos 
valorizadas das cidades. 
Deste modo, pessoal, enquanto o número de habitantes das 
cidades aumenta cada vez mais, na zona rural o despovoamento se torna 
um problema para os agricultores que não substituíram os trabalhadores 
pelas máquinas, levando à queda da produção e elevação do custo de 
vida. 
Foi mirando essa questão que o estatuto do Trabalhador Rural foi 
feito, em 1964, tendo como objetivo central beneficiar o homem do 
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campo, pressionando os latifundiários a arcar com os encargos 
trabalhistas, como salário mínimo, décimo terceiro salário, férias, etc. No 
entanto, o tiro acabou saindo pela culatra e muitos proprietários 
preferiram dispensar boa parte dos empregados a arcar com seus custos, 
o que acabou por fortalecer o êxodo rural. Além disso, em algumas 
cidades do interior, os trabalhadores dispensados transformaram-se em 
bóias-frias, ou seja, pessoas que trabalham apenas em curtos períodos, 
sem nenhuma garantia. 
Entretanto, na década de 90, foi registrado o fim das grandes 
correntes migratórias e atualmente eles são movimentos pequenos e bem 
localizados, em geral, em direção a capitais regionais. Agora, ao invés de 
se mudar para São Paulo, os nordestinos preferem buscar empregos e 
oportunidades nas próprias capitais do Nordeste ou em cidades médias da 
região. Tudo isso acabou por transferir para essa região os problemas que 
antes eram tipicamente encontrados nas grandes metrópoles do Centro-
Sul do Brasil. Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
2) (CESPE / IRB / 2010) No que se refere ao espaço rural no 
Brasil, assinale a opção correta. 
a) A revalorização do espaço rural como lugar para se trabalhar e para se 
viver, uma das recentes transformações ocorridas no campo, não se 
relaciona diretamente com as demandas pela terra e com os 
assentamentos rurais. 
b) O Programa de Apoio à Agricultura Familiar (PRONAF), ao fragmentar o 
espaço rural, provocou a redução da produtividade agrícola e, como 
consequência, a redução da oferta de alimentos nas cidades de pequeno e 
médio porte. 
c) Na primeira metade do século XX, o espaço rural brasileiro 
caracterizou-se pelas grandes plantações cafeeiras, a que se seguiu a 
agricultura familiar com sua pluriatividade e o processo de modernização 
da base técnica na agropecuária, que caracterizou o final do século. 
d) A pluriatividade, realidade da nova concepção de espaço rural adotada 
pelo agronegócio, ainda não se incorporou à agricultura familiar, baseada 
na agricultura de subsistência. 
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e) Historicamente, as políticas públicas, visando à exportação, 
privilegiaram a agricultura de larga escala, o que forçou o processo de 
modernização da agropecuária e contribuiu para o êxodo rural. 
COMENTÁRIOS
A letra A está errada. A globalização tem provocado nas últimas 
décadas um amplo processo de reestruturação econômica e social, que 
tem afetado o espaço rural e a agricultura em particular. Mas, como assim 
afetou o espaço rural? E a agricultura? 
Podemos apontar vários efeitos da globalização no espaço rural e 
na agricultura. Primeiro, com a abertura comercial, aceleram-se as trocas 
comerciais e aumenta a competitividade, tendo como base grandes 
empresas agroindustriais que monopolizam a produção e o comércio em 
nível mundial. Segundo, surge uma relação próxima entre a agricultura, a 
indústria e o comércio. Terceiro, o espaço rural deixa de ser um local 
específico para as atividades agrícolas, passando a ser encarado como um 
local de residência, lazer e de atividades não-agrícolas. 
Sobre esse ponto, é interessante notar que o desenvolvimento 
tecnológico e o aperfeiçoamento dos meios de produção fazem com que 
as jornadas de trabalho sejam reduzidas, aumentando o tempo livre das 
pessoas e, consequentemente, sua expectativa de vida. 
Paralelo a todas essas modificações no espaço rural, valoriza-se 
crescentemente a questão ambiental, que se torna um fator de 
competitividade. Seguir à risca os requisitos ambientais é, inclusive, 
atualmente, condição para se obter financiamentos públicos. 
Hoje em dia, vivencia-se um processo de “revalorização do 
rural”, por meio da busca de uma qualidade de vida superior à das 
grandes cidades. Dessa forma, o espaço rural passa a ser encarado como 
um lugar para se trabalhar e para se viver. As demandas pela terra e os 
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assentamentos rurais estão diretamente relacionados a essa nova forma 
de ver o “campo”. Isso porque, não tendo logrado êxito nas cidades, os 
indivíduos desejam voltar ao campo e ter a sua “terrinha” onde morar e 
trabalhar.
Deste modo, pessoal, ao final da afirmação quando diz: "(...) 
não se relaciona diretamente com as demandas pela terra e com os 
assentamentos rurais". Este "não se relaciona" é o que torna a questão 
errada, entendito? 
A letra B está errada. O Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (PRONAF) busca financiar projetos individuais ou 
coletivos que geram renda a agricultores familiares e a assentados da 
reforma agrária. Dessa forma, busca valorizar a agricultura familiar como 
importante ator social. 
Ao contrário do que afirma questão, o PRONAF, ao proporcionar 
ótimas condições de acesso a crédito aos pequenos produtores, provocou 
um aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, aumento da 
oferta de alimentos nas cidades de pequeno e médio porte. 
A letra C está errada. Nas primeiras três décadas do século XX, 
o café teve fundamental importância para a economia brasileira, chegando 
a representar 72,5% das exportações do nosso país. Nessa época, já 
predominavam as grandes plantações cafeeiras, ao que se sucedeu na 
década de60 uma etapa de modernização da atividade agrícola. Esse 
fenômeno ficou conhecido como “modernização conservadora”, já que não 
houve modificações na estrutura de poder e da propriedade de terra. A 
questão está errada justamente por dizer que após a primeira metade do 
século XX ganha força a agricultura familiar. Pelo contrário, na década de 
60, os grandes proprietários aprofundaram mais ainda seu poder. 
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A letra D está errada. Uma das alterações sociológicas no espaço 
rural nos últimos tempos é o surgimento do fenômeno da pluriatividade. A 
pluriatividade ocorre quando os indivíduos que residem no campo passam 
a trabalhar em atividades agrícolas e não-agrícolas. Mas como assim 
atividades não-agrícolas? Com a revalorização do campo, cresceu o 
turismo no espaço rural, dando ensejo ao aparecimento de diversas outras 
profissões: pedreiros, caseiros, jardineiros, faxineiras e cozinheiras, por 
exemplo. 
A questão está errada porque diz que a pluriatividade não se 
incorporou à agricultura familiar. Ao contrário, a pluriatividade é uma 
característica da agricultura familiar. 
A letra E está correta. No Brasil, as políticas públicas em matéria 
agrícola sempre privilegiaram as exportações, o que impulsionou o 
desenvolvimento e a modernização da agropecuária. Com a 
modernização, a mão-de-obra passa a ser substituída pela utilização de 
máquinas. Sendo assim, ocorre o êxodo rural, com alto índice de 
migrantes do campo para a cidade. Gabarito: E 
3) (FGV / Analista Legislativo / 2008) A migração é uma das 
questões mais debatidas no mundo atual. No modelo de pensamento 
estrutural, os indivíduos não fazem escolhas, ou melhor, não são os 
indivíduos e suas escolhas individuais que explicam os fluxos e a 
localização da população. No espaço, que não é mais o espaço da 
liberdade individual, mas o espaço da estrutura capitalista, é o movimento 
do capital, sua expansão ou retração, seu deslocamento ou permanência 
que comandam a mobilidade e a localização do trabalho. 
(Vainer, Carlos B. Reflexões sobre o poder de mobilizar e imobilizar na 
contemporaneidade, 2005.) 
Assinale a única afirmativa que não expressa o pensamento 
estruturalista. 
a) Os movimentos locacionais e a estrutura do espaço estão submetidos à 
lógica e à dinâmica do capital. 
b) A mobilidade do trabalhador aparece como manifestação da 
necessidade do capital e sua mobilidade está submetida a ele. 
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c) A mobilidade dos trabalhadores resulta de ações racionais orientadas 
pelo mercado que dispõe de seu capital humano no livre jogo da oferta e 
da procura. 
d) A mobilidade do trabalhador e o seu desenraizamento são sinais de que 
ele é totalmente despossuído dos meios de produção e subsistência, e, 
portanto, subordinado ao movimento do capital. 
e) Os movimentos dos trabalhadores e os deslocamentos das populações 
são apenas movimentos reflexos do movimento do capital, que é o 
verdadeiro protagonista do espaço estrutural. 
COMENTÁRIOS
Mesmo que você não conhecesse o pensamento estruturalista 
aplicado às migrações, era possível resolver essa questão! Bastava que 
você fizesse uma interpretação do texto e identificasse que há 4 (quatro) 
assertivas apresentando visões semelhantes (estruturalistas) e 1(uma) 
assertiva contradizendo essas idéias. Por isso, sempre dizemos aos 
alunos: não se assustem com as questões! 
São várias as teorias que existem para explicar os fluxos 
migratórios: Teoria Microeconômica Neoclássica, Teoria Macroeconômica 
Neoclássica, Teoria do Capital Humano, Teoria Estruturalista, dentre 
outras. 
Segundo a Teoria Microeconômica Neoclássica, os indivíduos 
são seres racionais, que têm capacidade de ordenar hierarquicamente 
suas preferências, com vistas a maximizar a utilidade de suas escolhas. 
Assim, o migrante é um indivíduo que decide migrar baseado em um 
cálculo de benefícios que realiza. 
A Teoria Macroeconômica Neoclássica, por sua vez, entende 
o fluxo migratório como resultado entre as diferenças geográficas de 
oferta e demanda por trabalho. O mercado de trabalho é, para os adeptos 
dessa teoria, o principal determinante das migrações, com deslocamento 
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populacional de regiões com baixo salário ou excesso de mão-de-obra 
para regiões com altos salários ou escassez de mão-de-obra. 
Já a Teoria do Capital Humano, de caráter microeconômico, 
entende as migrações como um investimento em capital humano, em suas 
diferentes facetas (educação, formação profissional, saúde). 
Considerando-se as migrações como um investimento em capital humano, 
os jovens são os mais propensos a migrarem, já que poderão usufruir dos 
retornos desse investimento por período mais prolongado. 
 As Teorias Estruturalistas surgiram em 1970, inspiradas na 
economia política marxista e se opondo à análise das migrações sob o 
prisma individualista. Essas teorias consideram o migrante como um 
indivíduo passivo, que não toma decisões racionais, mas são 
impulsionadas pela lógica e dinâmica do capital. Em outras palavras, o 
capital é o fundamento dos deslocamentos populacionais, é ele quem 
determina a lógica das migrações. 
Por tudo o que explicamos, pode-se perceber que a única 
assertiva que contraria a teoria estruturalista é a letra C, segundo a qual 
“A mobilidade dos trabalhadores resulta de ações racionais orientadas 
pelo mercado que dispõe de seu capital humano no livre jogo da oferta e 
da procura”, o que está relacionado à Teoria do Capital Humano. 
Gabarito: C ___X___ 
1.3 – A distribuição dos efetivos demográficos no território 
nacional
Você sabe o que quer dizer esse título? 
Demografia é o estudo do povo, ou seja, o estudo da dinâmica 
de uma determinada sociedade, se ela cresce ou diminui, quais atividades 
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são exercidas dentro dela, em que ela se modifica e em que áreas isso 
acontece. 
Segundo dados do IBGE, entre os anos de 1940 e 2010, a 
população brasileira aumentou quase cinco vezes e o país se tornou 
urbano, subindo sua taxa de urbanização de 31,3% para 84,3%. Nesse 
mesmo período, a população envelheceu, o país conseguiu reduzir em 
cinco vezes a taxa de analfabetismo e aumentar em três vezes a 
escolarização de crianças entre 7 e 14 anos. Além disso, a agricultura e a 
pecuária, que em 1940 ocupavam 32,6% da população, declinou em 2000 
para 17,9%. 
Aí surge aquela dúvida: eu preciso saber esses dados? Guardar 
porcentagens e áreas de desenvolvimento? Definitivamente, não! 
Mas é imprescindível citarmos para que vocês possam visualizar 
com clareza o quanto se modificou e em que se modificou. Por exemplo, 
a população cresceu quatro vezes, mas cresceu onde? Foi no Norte, no 
Centro Oeste ou no Sul? Precisamos ver os dados para que a partir daí 
possamos traçar com perfeição como os efetivos demográficos estão 
distribuídos no território brasileiro. Para tanto, pegamos os dados no site 
do IBGE para que os números oficiais não nos deixassem mentir e 
pudéssemos traçar um desenho o mais preciso possível! 
A população do Brasil aumentou de 41,2 milhões em 1940 para190,7 milhões de habitantes no ano de 2010. Mas para onde foi toda essa 
gente? 
Na década de 40, quando ainda se iniciava a industrialização 
brasileira, os cinco estados mais populosos do país eram São Paulo, Minas 
Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Setenta anos mais 
tarde, a Bahia trocou de posição com o Rio de Janeiro. Como já sabemos, 
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as cidades com maior produção industrial são aquelas que atraem o maior 
numero de imigrantes em busca de melhores empregos, salários e 
qualidade de vida num geral. No século XX, essa atração era exercida 
principalmente pela região Sudeste, mas nos últimos anos o Centro Oeste, 
o Norte e o Nordeste tiveram um significativo salto na sua produção 
industrial, atraindo milhares de pessoas para suas cidades e fábricas. 
A disseminação das atividades econômicas pelas diferentes 
regiões é a principal responsável pela mudança no fluxo migratório para 
essas outras regiões. Ela nos permite intuir duas realidades possíveis. A 
primeira é que muita gente está migrando para outros locais que não o 
Sudeste. A segunda possibilidade é que essas pessoas estejam voltando 
para sua terra natal. Por que é importante lembrarmos disso? Foi essa 
disseminação industrial que o PAC incentivou e é ela a grande responsável 
pela nova configuração ou distribuição demográfica brasileira. 
Se antes o Sudeste era a principal área de atração de imigrantes 
internos, atualmente pode-se afirmar o aparecimento e a solidificação de 
outras regiões como novas possibilidades de migração. Esse tipo de 
deslocamento, ou seja, as migrações intrarregionais têm maior 
importância no Nordeste e no Sul do Brasil. Desde a década de 80, os 
fluxos intrarregionais e estaduais tornaram-se muito significativos nessas 
regiões, sobretudo devido à solidificação das metrópoles ao redor de 
capitais de cada estado. 
Atualmente, o Brasil já pode ser considerado um país 
essencialmente urbano. Portanto, os fluxos migratórios são bem menores 
do que os que haviam em décadas passadas, quando as pessoas ainda 
estavam “descobrindo” as cidades. Outro fator que contribuiu bastante 
para a diminuição do fluxo migratório, sobretudo do Nordeste para o 
Sudeste, foi o estabelecimento de ações sociais como o “Fome Zero” e o 
“Bolsa Família”, que minimizaram o problema da seca. 
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Por favor, não entendam isso como uma defesa partidária, a 
única coisa que queremos frisar aqui é que, em outros tempos, a seca era 
um dos grandes motivos de migração, pois não havia como preencher as 
necessidades básicas alimentares. Entretanto, agora, com o auxílio do 
governo por meio desses programas sociais, aquelas pessoas têm o seu 
problema mais imediato resolvido: a fome. Assim, não há mais 
necessidade de migrar para que a família não morra de fome, o que lhes 
confere ânimo em permanecer em sua terra natal. 
Mas é claro, pessoal, que, por si só, programas sociais não 
resolvem a vida de ninguém, não é mesmo? Eles poderiam adiar a 
migração, mas em algum momento ela ocorreria, afinal, além de comida, 
o ser humano possui outras necessidades que, uma vez suprimida a fome, 
se afloram. Portanto, é imprescindível que outras políticas sejam 
concomitantes às ações sociais, como os incentivos fiscais dados pelo 
governo às grandes empresas e a realização de melhorias na infra-
estrutura. 
E foi com essas iniciativas que a Bahia “ganhou” o pólo 
petroquímico de Camaçari e o Ceará conquistou indústrias têxteis e de 
calçados. Além disso, essa região tem maior proximidade com a Europa, o 
que favorece o comércio internacional, já que reduz os custos com o 
transporte. 
Outra área muitíssimo beneficiada com as melhorias da infra-
estrutura foi o Centro-Oeste. Com isso, o Mato Grosso corresponde hoje a 
53% de toda a produção de algodão do Brasil. Além disso, essa região 
destaca-se, juntamente com o Norte, em relação ao rebanho bovino, em 
que juntos representam mais da metade da produção nacional. 
Outro fator importante para o desenvolvimento da região 
Centro-Oeste que não pode ser esquecido é a construção de Brasília. A 
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fundação dessa cidade, que completou em abril de 2010 exatos 50 anos, 
levou milhares de pessoas para viver em seu entorno e atingiu em cheio a 
dinâmica econômica da região. 
Por sua vez, o Norte se destaca pelos empregos que oferece na 
produção de minerais metálicos, como ferro e alumínio, e no extrativismo 
vegetal. Além disso, no Amazonas, a zona franca de Manaus é um dos 
principais pólos industriais do país, que conta com permanente 
crescimento. 
Por fim, do outro lado do Brasil, a região Sul tem sua economia 
ligada diretamente ao MERCOSUL. Isso porque ela mantém uma indústria 
forte no setor metalúrgico, automobilístico, têxtil e, sobretudo, na 
produção agrícola. Além da produção de cebola, maçã e alho, essa região 
responde por quase metade de toda a produção de grãos do país. 
Pois bem, meus amigos, até agora falamos mais da distribuição 
regional das atividades econômicas, mas vejamos alguns dados relevantes 
para compreender melhor a demografia brasileira. 
A) As 10 Cidades mais populosas do Brasil 
São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo 
Horizonte, Manaus , Curitiba, Recife e Porto Alegre. 
B) Religião mais praticada 
Apesar do crescimento significativo do número de evangélicos, o 
Catolicismo ainda corresponde a pelo menos 68,4% da população 
brasileira. Entretanto, é bom lembrar, pessoal, que dentro do território 
nacional, a liberdade de culto e a participação de cidadãos brasileiros em 
quaisquer atividades religiosas são garantidas por lei. 
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C) População 
™ Composta de pardos, brancos, negros e índios, o critério utilizado pelo 
IBGE para a classificação de cada uma das raças é a autodeclaração, 
ou seja, um negro pode se declarar pardo ou um pardo se declarar 
negro ou branco. 
™ Apesar da existência de mais de 180 idiomas e dialetos dos povos 
indígenas, a língua predominantemente falada é o português. 
™ A distribuição populacional, apesar dos inúmeros avanços, continua 
desigual, mantendo uma concentração de pessoas nas zonas litorâneas 
especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. As áreas 
menos povoadas são o Centro-Oeste e o Norte. 
™ A expectativa de vida é outro fator que tem crescido nas últimas 
décadas, está em torno de 69,73 anos para os homens e 77,32 para as 
mulheres. 
™ A taxa média de fecundidade em 2006 era de 2,0 filhos por mulher, 
caindo para 1,86 em 2011, o que coloca o Brasil nivelado com a taxa 
de fecundidade de países desenvolvidos. 
™ No país são 96 homens para cada grupo de 100 mulheres. 
Vejamos como esses pequenos detalhes podem aparecer nas 
questões! 
4) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) Em 29/04/2011, o 
IBGE divulgou a sinopse com os primeiros resultados definitivos 
do Censo 2010. Sobre os resultados considere: 
I. No conjunto da população brasileira predominam as mulheres. 
II. Os grupos de pardos e pretos apresentaram diminuição absoluta.III. Tem aumentado proporcionalmente o número de pessoas com mais de 
60 anos. 
IV. Aumentou a participação percentual das populações das regiões Norte 
e Centro-Oeste no conjunto da população brasileira. 
V. Em relação ao Censo 2000, diminuiu o número de cidades com mais de 
1 milhão de habitantes. 
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Está correto o que consta APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) I, III e IV. 
(C) I, IV e V. 
(D) II, III e IV. 
(E) III, IV e V. 
COMENTÁRIOS
Resposta certa: letra B. Mas, vamos por parte, analisando cada 
uma das assertivas. 
Segundo os dados do Censo 2010, o número de mulheres 
continua sendo maior que o número de homens. O país apresenta, 
conforme as publicações do IBGE, o número de 96 homens para cada 100 
mulheres. Desde modo, mesmo não sendo uma diferença tão grande, as 
mulheres são maioria no conjunto da população. Portanto, a afirmativa I 
está correta. 
Por outro lado, a afirmativa II diz que houve uma diminuição 
absoluta do número de pretos e pardos. Na verdade, os dados do Censo 
apresentaram resultados contrários. Segundo os dados divulgados, houve 
um aumento no percentual de pessoas que se declaram pertencentes aos 
grupos de pretos e também de pardos. No Censo de 2000 o percentual de 
brancos era de 53,74% e até 2009 manteve-se acima de 50%. Nos 
resultados de 2010, esse percentual baixou para 47,73%, o que fez com 
que o número de brancos fosse menor que a soma de pretos, pardos, 
amarelos e indígenas. 
Essa mudança percentual indica, não um aumento de pessoas 
que não sejam brancas, mas sim, a identificação das pessoas pretas e 
pardas com sua cor. Historicamente pretos e pardos são desvalorizados 
socialmente, levando as pessoas a não quererem se identificar com essa 
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condição. A mudança de atitude mostra que há uma afirmação de 
identidades e indica alterações nas próprias relações sociais aumentando a 
aproximação interracial. 
A afirmativa III está correta ao dizer que “tem aumentado 
proporcionalmente o número de pessoas com mais de 60 anos”, pois, 
realmente houve, segundo o Censo 2010, uma queda do número de 
crianças e jovens e um ligeiro aumento do número de idosos no conjunto 
dos brasileiros. Nesse sentido, a população estaria ficando mais velha. 
Também correta, a afirmativa IV diz que aumentou a 
participação percentual das populações do Norte e Centro-Oeste no 
conjunto da população brasileira. No Censo 2010, essas duas regiões se 
destacaram pelo ritmo do crescimento que apresentaram. Essa realidade 
se deu principalmente pelo grande impacto da migração para o interior, 
aumentando a população do Norte e Centro-Oeste. A nova tendência 
migratória, contrária do historicamente acontecia, é de uma marcha em 
direção às regiões menos populosas. No entanto, é importante destacar o 
aumento da pressão ambiental nessas áreas, causando grandes ameaças 
de devastação. 
Finalizando, a última afirmativa diz que diminuiu o número de 
cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Ao contrário do que diz a 
afirmativa, mais cidades brasileiras estão com mais de um milhão de 
habitantes. Um exemplo é São Luís, que entrou para o grupo de 
metrópoles (cidades com mais de 1 milhão de habitantes). Por outro lado, 
a tendência de aumentar o número da população urbana faz com que as 
grandes metrópoles continuem crescendo, assim, o erro da afirmativa 
está em dizer que as cidades com mais de 1 milhão de habitantes 
diminuiu, quando, na verdade, continua aumentando. Gabarito: B 
5) (CESGRANRIO / Escriturário – Caixa / 2008) Observe a tabela: 
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Os gastos sociais do governo brasileiro cresceram, nos setores 
acima indicados. Uma explicação para esse crescimento vincula-
se, explicitamente, ao seguinte fator demográfico: 
a) aumento da expectativa de vida. 
b) estabilização da taxa de natalidade. 
c) redução da taxa de mortalidade infantil. 
d) diminuição da população adulta. 
e) incremento do índice de fecundidade. 
COMENTÁRIOS
Essa questão é moleza, não é? 
Pensem comigo, o que pode acarretar o aumento dos gastos com 
PREVIDÊNCIA SOCIAL e com ASSISTÊNCIA SOCIAL? A resposta só pode 
ser: as pessoas estão vivendo mais tempo! Isso é aumento da expectativa 
de vida, portanto, a afirmativa correta é a letra A. 
Gabarito: A ___X___ 
1.4 – A estrutura etária da população brasileira e a evolução de 
seu crescimento
A partir do final da década de 60, vemos uma significativa 
redução da natalidade entre as camadas mais privilegiados da sociedade e 
nas regiões mais desenvolvidas do país. Essa situação acabou colaborando 
para uma importante mudança na estrutura etária da população brasileira, 
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que aparece com um perfil mais envelhecido e o ritmo de crescimento 
baixíssimo. 
A distribuição da população por faixas de idade em um país é 
consequência das taxas de crescimento populacional, da expectativa de 
vida e das migrações que ocorrem naquele território, resultando na 
divisão em três faixas etárias: 
9 Jovens (0-14 anos); 
9 Adultos (15-64 anos); e 
9 Idosos (acima de 65 anos). 
O que mais chama a atenção na estrutura etária dos países
considerados desenvolvidos é a forte presença de adultos e uma 
porcentagem expressiva de idosos – dado o baixo crescimento vegetativo 
e a elevada expectativa de vida. Seria mais ou menos aquela historinha 
que ouvimos das nossas avós sobre como o mundo hoje está perdido e 
como é caro e perigoso ter filhos, lembram? Pois é, parece que quanto 
maior a renda das pessoas, mais próximas elas ficam da lógica da nossa 
avó e por isso a natalidade é tão baixa entre elas. 
Em contrapartida, nos países em desenvolvimento, os jovens 
superam os adultos e os idosos, justamente porque o crescimento 
vegetativo é grande e a expectativa de vida baixa. 
Por esse motivo, esses países acabam ficando em desvantagem, 
particularmente os indivíduos mais pobres que possuem famílias mais 
numerosas. E por quê? Porque sustentar um número maior de filhos é 
concretamente mais difícil, ou seja, tanto os pais quanto o Estado têm 
suas possibilidades absolutamente limitadas de oferecer uma formação de 
boa qualidade. Assim, resta como opção mais forte colocar a criança no 
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mercado de trabalho e repetir o mesmo círculo vicioso da pobreza e da 
miséria. 
No caso do Brasil e de outros países classificados como 
"emergentes" ou em desenvolvimento, a proporção de 
jovens tem diminuído a cada ano. Em contrapartida, o 
índice da população idosa vem aumentando, o que 
gerou mudanças recentes no sistema de previdência 
social, com estabelecimento de idade mínima para a 
aposentadoria e teto máximo para pagamento ao 
aposentado. 
A base da pirâmide etária do Brasil mudou e agora indica sinais 
de envelhecimento para a sociedade brasileira. O numero de crianças de 
até 14 anos equivale a pouco mais de 25% e, no extremo oposto, temos 
um significativoaumento da população com 70 anos ou mais. Essa 
oposição traz um ponto positivo e um negativo, afinal, pessoal, nem tudo 
são flores, não é mesmo? Assim, ao mesmo tempo em que ela demonstra 
que houve uma melhoria na qualidade de vida dos idosos, ela também 
aponta o problema de que há cada vez menos jovens pra sustentar um 
número cada vez maior de idosos. 
Por outro lado, a evolução do crescimento da população 
brasileira também sobreu grandes avanços na história nacional. Vocês 
sabiam que somente no último século a população brasileira multiplicou-
se por mais de dez? Pois é, pessoal, se em 1900 residiam no Brasil cerca 
de 17 milhões de pessoas atualmente temos uma população, segundos 
dados do IBGE, superior a 190 milhões. 
Como pudemos perceber até agora, desde o primeiro 
recenseamento feito no Brasil em 1872, muitas modificações ocorreram 
no padrão do desenvolvimento demográfico no país. 
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Até o início da década de 30, o crescimento da população do 
Brasil teve um forte impulso: a imigração. Com a adoção da "Lei de 
Cotas", que impôs limites à entrada de imigrantes, o aumento da 
população passou a depender diretamente do crescimento vegetativo. E o 
que é isto? A diferença entre o número de pessoas que nascem e o 
número de pessoas que morrem chamamos de crescimento 
vegetativo(CV). 
Após a Segunda Guerra Mundial, houve um importante avanço 
nas questões sanitárias, como a expansão da rede de esgoto, acesso à 
água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso a 
medicamentos básicos, etc. Esses avanços estimularam a maior evolução 
das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960 cerca de 2,9% 
a.a., o que marcou a primeira fase de transição demográfica 
brasileira. 
A partir dessa data, começou a ocorrer uma desaceleração 
demográfica contínua, ou seja, começou a morrer mais pessoas do que a 
nascer, o que resultou num crescimento demográfico de 1,6% a.a. 
Podemos pensar que 1% a menos não faz tanta diferença assim, porém o 
impacto disso no padrão da população é realmente significativo! Assim, se 
iniciou a segunda fase de transição demográfica. 
Posteriormente a isso, o intenso processo de urbanização 
ocorrido no país, principalmente a partir da década de 1960, foi o principal 
responsável pela redução das taxas de fecundidade. Mas por que isso 
aconteceu? 
Bem, nas cidades, as informações e o acesso aos métodos 
contraceptivos são bem maiores do que os existentes no campo. Para 
complementar, foi justamente em fins da década de 60 que a pílula 
anticoncepcional passou a ser mais aceita e difundida na sociedade 
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brasileira. Com as mulheres ocupando cada vez mais o mercado de 
trabalho urbano, as famílias passaram a dispor de menos tempo para se 
dedicar aos filhos. Além disso, é claro que na cidade os gastos com a 
criação dos filhos são bem maiores que no meio rural, o que acabava 
inibindo a formação de famílias numerosas. 
6) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011 / com adaptações) 
Com referência aos dados do Censo 2010 divulgados pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), julgue os itens 
subsequentes. 
I – No Censo de 2010, a classificação cor/raça fez parte não apenas dos 
questionários de amostra, como aconteceu no Censo 2000, mas também 
do questionário básico nacional. 
II – Os dados divulgados pelo IBGE indicaram crescimento populacional 
superior ao que havia sido calculado pelas projeções anteriores. 
III – A partir de 2010, foram investigados os novos arranjos familiares, 
como, por exemplo, agregados, conviventes ou cônjuges do mesmo sexo. 
Marque a alternativa correta. 
a) apenas I está correta. 
b) apenas II está correta. 
c) todas as assertivas estão corretas. 
d) todas as assertivas estão erradas. 
e) as afirmativas I e III estão corretas. 
COMENTÁRIOS
A afirmativa I está correta. No item 6 do formulário básico usado 
no Censo 2010 consta o subitem 6.04 que diz: “A sua raça ou cor é:” 
seguido das opções 1-Branca; 2-Preta; 3-Amarela; 4-Parda; 5-Indígena. 
O mesmo critério tinha sido usado no questionário de amostra. Já em 
2000, o formulário básico não apresentou essa opção, enquanto que no 
questionário de amostra constava. 
A afirmativa II está errada. Segundo as projeções anteriores, o 
Brasil estaria em 2010 com um total de 193.252.604 pessoas. No entanto, 
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conforme os dados divulgados pelo IBGE, a população brasileira em 2010 
foi de 190.732.694 pessoas. Portanto, o crescimento populacional foi 
menor que o calculado pelas projeções anteriores. (Dados retirados do 
IBGE). 
A assertiva III está correta. Algumas adaptações foram feitas no 
Censo 2010 para atender às novas realidades da sociedade brasileira. 
Segundo informações do próprio IBGE, “a definição dos questionários do 
Censo 2010 levou em conta mais de 9000 sugestões de usuários da 
informações do IBGE, enviadas pelo Portal do IBGE na internet, além de 
sugestões de órgãos do governo, pesquisadores e organizações nacionais 
e internacionais.” Além disso, “para dar conta dos novos arranjos 
familiares” os questionários incluíam itens que não estavam presentes me 
Censos anteriores. Ainda segundo o IBGE, “a lista inclui, por exemplo, as 
categorias Cônjuge do mesmo sexo, (...) Enteado, Convivente, (...) 
Agregado”. Ou seja, tentou-se ao máximo representar as variadas 
realidades familiares presentes contemporaneamente na sociedade 
brasileira. Gabarito: E 
7) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) O Censo 2010 
contabilizou, até 31 de outubro deste ano [2010], 185.712.713 
residentes no país, incluindo brasileiros e estrangeiros. A 
informação foi publicada nesta quinta-feira (4/11/2010), no 
Diário Oficial da União. Foram visitados, segundo a publicação, 
67.275.459 domicílios. 
(Adaptado de http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010) 
Um dos dados mais importantes do Censo/2010 refere-se 
(A) ao fato da população jovem (0 a 20 anos) estar aumentando 
sensivelmente. 
(B) à diminuição percentual da população urbana em todo o país. 
(C) à substituição do sudeste pelo Nordeste como região mais populosa. 
(D) ao crescimento da população economicamente ativa no setor primário. 
(E) ao aumento percentual da população idosa (60 anos ou mais) no país. 
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COMENTÁRIOS
Segundo os dados do Censo 2010, os jovens brasileiros com até 
25 anos de idade teve menor representatividade no total da população 
brasileira. Por outro lado, segundo os mesmo dados, houve no Brasil um 
aumento da população idosa. Assim sendo, a letra A nos aparece como 
incorreta. 
Com relação à população urbana, ao contrário do que diz a 
opção B, houve um aumento de 81% para 84,3% de pessoas urbanizadas, 
dados comparativos entre o Censo de 2000 e o de 2010. Esta opção está, 
portanto, incorreta. 
A letra C diz que o Sudeste está perdendo seu lugar de região 
mais populosa para o Nordeste. No entanto, a realidade é que a região 
Sudeste ainda continua sendo a mais populosa no país. Respectivamente, 
os percentuais populacionais da região Sudeste,Nordeste e Sul, segundo 
o Censo 2010, são: 42,1%; 27,8% e 14,4%. Se comparados com os 
dados do Censo de 2000, houve uma queda nesses percentuais, 
demonstrando-nos uma maior distribuição da população pelas outras 
regiões do Brasil. Mas, essas três regiões continuam sendo as mais 
populosas, com a dianteira da região Sudeste. 
A letra D fala de um aumento da população economicamente 
ativa no setor primário, ou seja, no ramo da atividade produtiva vinculado 
ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e extrativismo (vegetal, 
animal e mineral). No entanto, segundo os dados do Censo 2010, 
atualmente a distribuição da população economicamente ativa sofreu uma 
significativa mudança com aumento do setor terciário, que é aquele ligado 
diretamente à prestação de serviços (professores, advogados e 
profissionais liberais) e comércio em geral (atacadista e varejista). Assim, 
a opção D está incorreta. 
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A letra E está correta. Como apontado anteriormente, os dados 
do Censo 2010 mostram que houve um aumento da população idosa no 
Brasil, sendo as regiões Sudeste e Sul as duas mais envelhecidas do país. 
Gabarito: E 
8) (CESGRANRIO / Técnico – BACEN / 2010) De acordo com o 
Censo Escolar da Educação Básica 2009, o número de matrículas, 
na educação básica, caiu 1,2%, passando de 53,3 milhões para 
52,5 milhões de alunos, entre 2008 e 2009. O ensino básico vai da 
creche ao último ano do ensino médio e inclui a educação 
profissional, especial e de jovens e adultos. O resultado da 
pesquisa reflete a atuação de qual fator específico? 
a) Redução de classes extracurriculares 
b) Melhora do fluxo escolar 
c) Restrição ao ensino profissionalizante 
d) Fim da evasão escolar de jovens e adultos 
e) Elevação da expectativa de vida no país 
COMENTÁRIOS
Segundo a CESGRANRIO o gabarito correto é a letra B. Essa é 
uma questão que poderia ser respondida por meio da eliminação. Vejam. 
A letra A fala de redução de classes extracurriculares. O 
enunciado não nos fornece nenhum dado relativo a isso, portanto, 
poderíamos excluir essa alternativa. 
A letra C diz fala em restrição ao Ensino Profissionalizante. No 
entanto, no enunciado da questão fala que esse tipo de ensino faz parte 
da educação básica, portanto, essa é outra alternativa que pode ser 
descartada. 
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A letra D fala de “fim da evasão escolar de jovens e adultos”, o 
que contradiz os dados expostos na questão que fala de diminuição de 
matrículas. 
A letra E fala de elevação da expectativa de vida, o que não tem 
nada a ver com a proposta da questão, não é mesmo? 
Resta-nos a letra B, que é a correta. Numa primeira leitura, a 
redução no número de matrículas pode parecer ruim, não é mesmo? Mas 
isso não é real. A redução no número de matrículas pode ser explicado, 
por exemplo, pelas transições demográficas, como a redução da taxa de 
natalidade. Assim, com o número de crianças está se reduzindo, o total no 
número de matrículas na educação tende a diminuir. 
Por outro lado, a melhora no fluxo escolar também explica a 
redução no número de matrículas. “Como assim, professora?” 
Até bem pouco tempo na realidade da educação brasileira, uma 
criança levava em média 12 anos para cursar os oito anos do ensino 
fundamental e isso aumentava o número de matrículas. Essa demora na 
conclusão da educação básica acontecia por dois motivos: ou esses alunos 
entravam tardiamente na escola ou repetiam muito de ano. A redução no 
número de matrículas, mostra, assim, que houve melhora no fluxo 
escolar. 
Gabarito: B ___X___ 
2 – Relações entre o Brasil e a América
Bem, depois de termos estudado a globalização, ficou claro para 
todos nós que atualmente vivemos num contexto bem diferente do 
período da Guerra Fria, não é mesmo? Se antes tínhamos apenas dois 
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pólos de poder no mundo (EUA e URSS), hoje em dia, a existência de 
vários desses pólos é o elemento central do cenário vivido. 
É claro que essa multipolarização não ocorre de forma 
tranquila, e sim bastante conflituosa, já que os detentores do poder não 
desejam perdê-lo! Entretanto, no mundo globalizado, a desconcentração 
de poder não parece uma escolha. Há novos “competidores” desejando 
isso e, além do mais, esses novos personagens possuem meios e 
disposição para contestar o papel de liderança das superpotências na 
condução dos mais variados assuntos internacionais. 
Em meio a tanta competição, torna-se comum a existência de 
discordâncias sobre questões relevantes do cenário político e econômico 
internacional. Em consequência disso, aumentam as tensões entre os 
principais atores da política mundial, que se lançam em jogos de aliança 
envolvendo pequenas e médias potências. 
Esse contexto de busca por aliados favorece, significativamente, 
a importância do Brasil no cenário internacional, uma vez que ele se 
destaca e se fortalece econômica e institucionalmente ao constituir 
determinadas alianças. 
Para analisar a inserção brasileira no contexto internacional, 
precisamos levar em consideração seu “entorno estratégico” e suas 
ambições no ajuste das nações. 
O Brasil está localizado na América do Sul, região que está 
distante dos grandes focos de conflitos mundiais – Oriente Médio, Índia e 
Paquistão, Coréia do Sul x Coréia do Norte – e livre de armas nucleares. O 
conflito mais sério que permeia a nossa realidade é o caso dos 
brasiguaios. Entretanto, ele vira “café pequeno” diante dos outros 
conflitos espalhados pelo mundo. 
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Além disso, o perfil político da América Latina mudou 
significativamente nos últimos anos, colocando a região no fenômeno 
conhecido pelo nome de “onda vermelha”. Caracterizado pela subida de 
vários líderes de esquerda ao poder, esse fenômeno se iniciou com o 
presidente venezuelano Hugo Chávez, em 1998. A partir dali, a escalada 
da esquerda não parou mais e foi entendida como uma reação ao fracasso 
dos governos conservadores, já que a proposta “vermelha” sempre esteve 
voltada aos problemas sociais e econômicos da América Latina. 
Com um discurso totalmente anti-Bush, Hugo Chávez se 
transformou em inspiração para outros presidentes latinos como Evo 
Morales, da Bolívia, Rafael Correa, do Equador e Daniel Ortega, da 
Nicarágua! A onda vermelha “contagiou” até mesmo governantes de 
partidos mais tradicionais como Néstor Kirchner, ex-presidente argentino 
falecido no ano de 2010. 
Em contraposição a esta realidade, os Estados Unidos também 
possuem seus aliados na América Latina, donde se destacam o México e a 
Colômbia. Além disso, os americanos se mostram bastante dispostos a se 
aproximar dos dirigentes esquerdistas que possuem políticas econômicas 
de não-intervenção do Estado na economia, como o Brasil e o Chile. 
Durante a maior parte do século XX, a política externa brasileira 
se orientou pelo eixo da diplomacia desenvolvimentista, coerente com o 
projeto de industrialização nacional e com o modelo de substituição de 
importações. Isso lhe permitiu um bom ambiente externo para que se 
desenvolvesse internamente.Apesar disso, durante o regime militar, o projeto geopolítico 
brasileiro estava voltado para garantir a sua supremacia militar sul-
americana por meio da aquisição de tecnologias de mísseis e 
enriquecimento de urânio, inclusive com fins nucleares. Em nome da 
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há outros em que ainda persistem regimes autoritários, que limitam a 
liberdade de imprensa e de opinião, como é o caso da Venezuela. 
A existência de todas essas heterogeneidades é um ponto que 
cria complicações ao processo de integração na América do Sul. E por que 
essa integração é tão valorizada? 
Bem, uma vez que o território esteja integrado, isso significa que 
os interesses estão compatíveis e, portanto, se reduziria a possibilidade de 
conflitos na região. Embora a iniciativa de formação da UNASUL ressalte a 
intenção de congregar todos os países da América do Sul sob um único 
bloco econômico, o que se vê na prática é outra coisa. 
Atualmente, há dois fortes blocos no continente: o MERCOSUL 
(formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela em 
processo de adesão) e a Comunidade Andina (Bolívia, Colômbia, Equador 
e Peru). 
Considerando que, conforme afirma a Política de Defesa 
Nacional, a segurança de um país é afetada pelo grau de instabilidade da 
região em que se insere, é importante termos uma noção de como 
funcionam as relações políticas entre os países sul-americanos. A seguir, 
comentarei situações relevantes nas relações entre os países da região. 
Entretanto, peço que observem o mapa a seguir para que 
tenham em mente a configuração da região que será abordada nos 
próximos itens. Além disso, não se acanhem em, a qualquer momento, 
voltar a este mapa e observar quem é vizinho de quem, o tamanho da 
fronteira dos países enfim, observem exaustivamente, ok? 
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Países-membros da Comunidade Andina Países-membros do MERCOSUL 
2.1 – O Brasil e a Argentina
Como pudemos observar no mapa e na tabela sobre a América do 
Sul, Brasil e Argentina não são apenas os dois maiores países da região. 
Eles também possuem as duas maiores economias, não é mesmo? E o 
que isso influencia, afinal, no andamento da política e da economia sul-
americana? 
Bem, justamente por serem os maiores, é de suma importância 
que haja um bom relacionamento entre eles para que seja possível a 
construção de uma América Latina integrada e de um MERCOSUL 
fortalecido. 
Na medida em que o entendimento político entre os dois países 
torna-se mais sólido, as questões que provocam atritos pontuais passam a 
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ser resolvidas por meio de mecanismos diplomáticos já consolidados. 
Assim, apesar de existirem diferenças de entendimento sobre 
determinados temas, são usualmente marcadas reuniões entre os 
presidentes, ministros ou autoridades dos dois governos para que se 
chegue a um acordo. O importante

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