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Conhecimentos Bancários Aula 05

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AULA 05 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
Vamos para a nossa última aula de Sistema Financeiro Nacional. 
A partir da próxima aula falaremos sobre mercados de uma forma geral. 
Essa aula terá também a parte de Acordo de Basiléia. Entretanto, eu aviso que 
isso pode ser cobrado de uma forma indireta, em relação aos agentes de uma 
forma geral. 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
Prof. César Frade 
FEVEREIRO/2012 
AULA 05 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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32. Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB 
Um Sistema de Pagamentos consiste no conjunto de procedimentos, regras, 
instrumentos e operações integradas que suportam a movimentação financeira 
na economia de mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira. 
A função básica de um sistema de pagamentos é permitir a transferência de 
recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para pessoas físicas, 
empresas e governos. Sem perceber, interagimos com ele muito mais vezes do 
que imaginamos. Por exemplo, toda vez que emitimos um cheque, fazemos 
compras com o cartão de crédito ou enviamos uma transferência eletrônica 
disponível – TED, estamos acionando esse sistema. 
O impacto de um sistema de pagamentos não é observado apenas na vida de 
pessoas comuns, empresas ou governos. As instituições financeiras também 
realizam transferências diárias oriundas de suas próprias transações. Isso 
ocorre por meio da movimentação nos saldos das contas de reservas bancárias 
mantidas por elas junto ao banco central. 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro foi reformado entre os anos de 2001 e 
2002. 
O antigo sistema foi criado com a motivação de lidar com as altas taxas de 
inflação e, portanto, seu objetivo primordial era dar velocidade no 
processamento das operações. 
Foi necessário o desenvolvimento do novo sistema com o intuito de mitigar o 
risco das operações. A entrada em funcionamento do Sistema de Transferência 
de Reservas – STR, em 22 de abril de 2002, marcou o início de uma nova fase 
no SPB. Esse sistema faz com que a transferência de fundos interbancários 
possa ocorrer em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Com isso, 
como uma operação é liquidada imediatamente, é reduzido o risco de um 
banco efetuar uma operação que não possui recurso para liquidá-la e 
comprometer a saúde financeira de outros. Tal fato poderia causar um risco 
sistêmico, um risco de quebra em cascata dos bancos como em um dominó. 
AULA 05 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
PROFESSOR CÉSAR FRADE 
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32.1. CETIP 
A CETIP - Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – é uma 
companhia de capital aberto que oferece produtos e serviços de registro, 
custódia, negociação e liquidação de ativos e títulos. A empresa é a maior 
depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a maior 
câmara de ativos privados do país. 
As operações das instituições financeiras são registradas na CETIP após 
verificação dos itens básicos de segurança, como códigos de acesso, senhas e 
validade de datas. As informações do comprador e do vendedor do título são 
comparadas e, se houver alguma divergência, o sistema rejeita a operação. 
Com a ação coordenada entre as funções de custódia, registro e liquidação 
financeira, a CETIP pode assegurar aos vendedores que a entrega do objeto 
vendido será feita apenas contra o efetivo pagamento do valor acordado. Da 
mesma forma, os compradores têm certeza de que o pagamento somente será 
processado mediante o recebimento do objeto da operação. Assim, na prática 
diária da CETIP é aplicado o conceito da entrega contra pagamento, o chamado 
DVP – Delivery Versus Payment, estabelecido em 1992 pelo BIS – Bank for 
International Settlements. 
O modelo de negócio da CETIP está fundamentado nos conceitos de 
transparência e segurança. A Câmara disponibiliza sistemas e serviços dentro 
de um ambiente isento de risco de mercado, uma vez que não atua como 
contraparte das operações. 
Criada por demanda do mercado financeiro, a CETIP foi instituída pelo voto do 
Conselho Monetário Nacional nº 188, de 1984, passando a operar em março de 
1986. 
Alteração radical no Sistema Financeiro Brasileiro afetou profundamente a 
CETIP: a implementação do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro, em 
2002, que, dentre outros aspectos, fez com que os negócios cursados na 
Câmara passassem a ser liquidados no mesmo dia (D+0). 
Somente as pessoas jurídicas são participantes da CETIP, sejam bancos 
múltiplos, comerciais, de investimento, de desenvolvimento, corretoras, 
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – BANCO DO BRASIL 
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distribuidoras, financeiras, empresas de crédito imobiliário, de arrendamento 
mercantil, companhias hipotecárias, associações de poupança e empréstimo, 
fundos mútuos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras. A 
participação pode ocorrer por meio da aquisição de cota patrimonial ou da 
simples abertura de conta. 
As pessoas físicas não são participantes. Elas podem investir em ativos 
cetipados, como clientes de instituições financeiras em contas segregadas 
identificadas como conta de clientes. as instituições são as titulares e 
responsáveis pelo controle das contas. 
Derivativos de Balcão 
BOX de Duas Pontas 
Contrato a Termo de Moeda 
Contrato a Termo de Moeda (NDF – Non Deliverable Forward) 
Contrato de Opção de Venda da Companhia Nacional de Abastecimento 
(CONAB) 
Contratos de Swap 
Opções Flexíveis de Ações e Índices 
Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio 
Renda Fixa com BOX 
Swap com Reset 
Swap de Crédito 
Swap de Fluxo de Caixa 
Termo de Índice DI 
Termo de Mercadoria 
Títulos Privados de Renda Fixa 
Cédula de Crédito à Exportação (CCE) 
Cédula de Crédito Bancário (CCB) 
Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) 
Cédula de Debênture (CD) 
Cédula de Produto Rural (CPR) 
Cédula Rural Pignoratícia (CRP) 
Certificado a Termo de Energia Elétrica (CTEE) 
Certificado de Cédula de Crédito Bancário (CCCB) 
Certificado de Depósito Agropecuário (CDA) 
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Certificado de Depósito Bancário (CDB) 
Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 
Certificado de Investimento Audiovisual (CIA) 
Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 
Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) 
Cotas de Fundos Abertos 
Cotas de Fundos Fechados 
Debêntures 
Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE) 
Depósito Interfinanceiro (DI) 
Depósito Interfinanceiro Imobiliário (DII) 
Depósito Interfinanceiro Rural (DIR) 
Depósito Interfinanceiro vinculado a Operações de Microfinanças (DIM) 
Export Note 
Letra de Arrendamento Mercantil 
Letra de Câmbio (LC) 
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) 
Letra Financeira 
Letra Financeira de Distribuição Pública 
Letra Hipotecária (LH) 
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) 
Nota Comercial (Commercial Paper) 
Nota de Crédito à Exportação (NCE) 
Nota de Crédito do Agronegócio (NCA) 
Obrigações 
Recibo de Depósito Bancário (RDB) 
Warrant Agropecuário (WA) 
Títulos Públicos de Renda Fixa 
Certificadode Dívida Pública / INSS (CDP) 
Certificado do Tesouro Nacional (CTN) 
Certificado Financeiro do Tesouro (CFT) 
Contrato de Crédito contra Terceiros 
Cota do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) 
Crédito Securitizado 
Letra Financeira do Tesouro de Estados e Municípios (LFTE-M) 
Título da Dívida Agrária (TDA) 
Título da Secretaria do Tesouro Nacional Indexado à Taxa SELIC (JSTN) 
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Título de Alongamento da Dívida Agrícola 
32.2. SELIC 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic é o depositário central dos 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa 
condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o 
pagamento dos juros e a custódia. 
Importante ressaltar que o Banco Central do Brasil não pode emitir mais títulos 
desde a Lei de Responsabilidade Fiscal. Portanto, os títulos do Banco Central 
do Brasil custodiados no sistema SELIC são títulos antigos e emitidos antes 
dessa proibição. 
O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e 
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de 
entrega contra pagamento. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos 
exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada 
operação é realizada por intermédio do STR, ao qual o Selic é interligado. 
O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em 
parceria com a Anbima, tem seus centros operacionais (centro principal e 
centro de contingência) localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário 
normal de funcionamento segue o do STR, das 6h30 às 18h30, em todos os 
dias considerados úteis para o sistema financeiro. Para comandar operações, 
os participantes liquidantes e os participantes responsáveis por sistemas de 
compensação e de liquidação encaminham mensagens por intermédio da 
RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos 
da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme 
procedimentos previstos no regulamento do sistema. 
Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do 
Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos 
múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e 
corretoras de títulos e valores mobiliários, entidades operadoras de serviços de 
compensação e de liquidação, fundos de investimento e diversas outras 
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. São considerados 
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liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de operações, 
além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas 
bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos 
comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas 
econômicas, e, opcionalmente, os bancos de investimento. 
Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes 
liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites 
fixados por eles. Cada participante não-liquidante pode utilizar os serviços de 
mais de um participante liquidante, exceto no caso de operações específicas, 
previstas no regulamento do sistema, tais como pagamento de juros e resgate 
de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas por intermédio de um 
liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não-liquidante. 
32.3. CIP 
A Câmara Interbancária de Pagamentos é uma associação civil sem finalidade 
lucrativa, fundada em 2001. Seus acionistas são as principais instituições 
financeiras do País e essa câmara possui o sistema SITRAF e o SILOC. 
A CIP tem como função o processamento dos serviços de compensação e 
liquidação dos pagamentos interbancários. É responsável pela liquidação e 
compensação de DOCs, TEDs, bloqueto de cobrança, entre outros e ainda faz o 
processamento da liquidação financeira interbancária Redecard, Cielo, entre 
outros. 
32.3.1. SITRAF 
O Sistema de Transferência de Fundos – SITRAF é um sistema operado pela 
Câmara Interbancária de Pagamentos e a participação direta no Sitraf é 
restrita às instituições titulares de conta de reservas bancárias, isto é, bancos 
comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial, caixas econômicas e, 
quando for o caso, bancos de investimento e bancos de câmbio. 
Esse sistema realiza a compensação e dá certeza da liquidação dos 
pagamentos interbancários. Esse sistema liquida as TEDs. 
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32.3.2. SILOC 
O Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens 
de Crédito – SILOC é também restrito aos titulares de conta reservas 
bancárias. 
Efetua a liquidação de valores considerados sistemicamente não importantes e 
são feitos de forma diferida. Este sistema realiza a compensação dos 
pagamentos interbancários em D0 (hoje) e efetua a liquidação dos saldos 
entre os bancos em D+1 (amanhã). Não há a certeza de liquidação. 
Este sistema liquida os DOCs e os bloquetos. 
32.4. BM&FBOVESPA DERIVATIVOS 
Na BM&FBOVESPA são negociados contratos à vista, a termo, de futuros, de 
opções e de swaps. Os principais contratos são referenciados a taxas de juros, 
taxas de câmbio, índices de preços e índices do mercado acionário. Esses 
contratos são todos liquidados e compensados pela Câmara de Derivativos. 
32.5. BM&FBOVESPA ATIVOS 
A Câmara de Ativos da BM&FBOVESPA foi desenvolvida para liquidação de 
operações com títulos públicos federais. Além das operações contratadas no 
âmbito do Sisbex, que é uma plataforma eletrônica de negociação operada 
pela própria BM&FBOVESPA, a Câmara de Ativos pode liquidar também 
operações do mercado de balcão tradicional, geralmente contratadas por 
telefone. 
32.6. BM&FBOVESPA CÂMBIO 
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A BM&FBOVESPA Câmbio liquida operações interbancárias de câmbio 
realizadas no mercado de balcão da BM&FBOVESPA. No ambiente da Câmara 
de Câmbio, são atualmente aceitas apenas operações que envolvem o dólar 
americano e a liquidação é geralmente feita em D+2. 
32.7. CBLC 
O CBLC era uma empresa subsidiária da BOVESPA que se chamava Companhia 
Brasileira de Liquidação e Custódia e funcionava com câmara de compensação 
de todas as operações cursadas dentro da BOVESPA. 
Entretanto, após a fusão da BOVESPA com a BM&F, ela deixou de ser uma 
subsidiária e passou a ser “apenas” o sistema de liquidação dos produtos 
transacionados na BOVESPA. 
A CBLC, atualmente, é responsável pelos serviços de guarda centralizada, 
compensação e liquidação das operações realizadas nos mercados da 
BM&FBOVESPA, Segmento Bovespa (à vista, derivativos de ações, balcão 
organizado, renda fixa privada, etc). 
32.8. COMPE 
A Centralizadora de Compensação de Cheques – COMPE liquida as obrigações 
interbancárias relacionadas com cheques de valor inferior ao VLB-Cheque (R$ 
250 mil). 
O Banco do Brasil S.A., operador da Compe, fornece o espaço físico e o apoio 
logístico necessários ao seu funcionamento, seja para a troca física de 
documentos, nas situações em que isso acontece, seja para a compensação 
eletrônica de todas as obrigações.Além do Banco Central do Brasil, participam da Compe as instituições 
bancárias, nomeadamente os bancos comerciais, os bancos múltiplos com 
carteira comercial e as caixas econômicas, bem como, facultativamente, as 
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cooperativas de crédito e demais instituições financeiras não-bancárias 
titulares de conta de liquidação no Banco Central do Brasil. 
32.9. STR 
O Sistema de Transferência de Reservas – STR é um sistema de transferência 
de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR), pertencente e operado 
pelo Banco Central do Brasil. 
O sistema foi planejado, desenhado e construído em conjunto pelos 
especialistas em sistemas de pagamentos e em tecnologia da informação do 
Banco. É considerado o coração do sistema financeiro nacional, pois é por seu 
intermédio que ocorrem as liquidações das operações interbancárias realizadas 
nos mercados monetário, cambial e de capitais, com destaque para as de 
política monetária e cambial do Banco Central, a arrecadação de tributos e as 
colocações primárias, resgates e pagamentos de juros dos títulos da dívida 
pública federal pelo Tesouro Nacional. 
33. ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO 
As administradoras de consórcio são empresas responsáveis pela formação e 
administração de grupos de consórcio. 
As administradoras de consórcio podem ser constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas ou sociedade limitada. Ela tem direita à taxa de 
administração, a título de remuneração pela formação, organização e 
administração do grupo de consórcio até o seu encerramento. 
A Legislação define que Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas 
em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente 
determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de 
propiciar a seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou 
serviços, por meio de autofinanciamento. 
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Portanto, no consórcio as pessoas físicas ou jurídicas se reúnem, têm sua 
poupança coletada com o objetivo de adquirir bens ou serviços. 
Importante destacar que o grupo de consórcio é autônomo em relação aos 
demais e possui patrimônio próprio. Esse patrimônio não se confunde com o 
patrimônio de outro grupo nem com o da própria administradora. 
A normatização, coordenação, supervisão, fiscalização e controle das 
atividades do sistema de consórcios serão realizados pelo Banco Central do 
Brasil. 
A Legislação dispõe que: 
“Art 7º Compete ao Banco Central do Brasil: 
I – conceder autorização para funcionamento, transferência do 
controle societário e reorganização da sociedade e cancelar a 
autorização para funcionar das administradoras de consórcio, 
segundo abrangência e condições que fixar; 
II – aprovar atos administrativos ou societários das administradoras 
de consórcio, segundo abrangência e condições que fixar; 
III – baixar normas disciplinando as operações de consórcio, inclusive 
no que refere à supervisão prudencial, à contabilização, ao 
oferecimento de garantias, à aplicação financeira dos recursos dos 
grupos de consórcio, às condições mínimas que devem constar do 
contrato de participação em grupo de consórcio, por adesão, à 
prestação de contas e ao encerramento do grupo de consórcio; 
IV – fixar condições para aplicação das penalidades em face da 
gravidade da infração praticada e da culpa ou dolo verificados, 
inclusive no que se refere à gradação das multas previstas nos incisos 
V e VI do art. 42; 
V – fiscalizar as operações de consórcio, as administradoras de 
consórcio e os atos dos respectivos administradores e aplicar as 
sanções; 
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VI – estabelecer os procedimentos relativos ao processo 
administrativo e o julgamento das infrações a esta Lei, às normas 
infralegais e aos termos dos contratos de participação em grupo de 
consórcio, por adesão, formalizados; 
VII – intervir nas administradoras de consórcio e decretar sua 
liquidação extrajudicial na forma e condições previstas na legislação 
especial aplicável às instituições financeiras. 
Art 8º No exercício da fiscalização prevista no art. 7o, o Banco Central 
do Brasil poderá exigir das administradoras de consórcio, bem como 
de seus administradores, a exibição a funcionários seus, 
expressamente credenciados, de documentos, papéis, livros de 
escrituração e acesso aos dados armazenados nos sistemas 
eletrônicos, considerando-se a negativa de atendimento como 
embaraço à fiscalização, sujeita às penalidades previstas nesta Lei, 
sem prejuízo de outras medidas e sanções cabíveis.” 
Considera-se constituído o grupo de consórcio com a realização da primeira 
assembléia, que será designada pela administradora de consórcio quando 
houver adesões em número e condições suficientes para assegurar a 
viabilidade econômico-financeira do empreendimento. 
34. ACORDO DE BASILÉIA 
O Acordo de Basiléia I foi firmado em 1988 por iniciativa do Comitê de Basiléia 
e ratificado por mais de 100 países. Teve como objetivo criar exigências 
mínimas de capital a serem observadas pelas instituições com o objetivo de se 
precaver contra o risco de crédito1. 
Esse acordo propôs que os bancos poderiam efetuar até 100 unidades 
monetárias em operações de crédito para cada 8 unidades de capital próprio. 
No Brasil, essa proporção foi alterada e para cada 100 unidades monetárias em 
operações de crédito, há a necessidade de 11 de capital próprio. 
 
1 Risco de Crédito é o risco de não receber o recurso, o risco de “tomar o calote”. 
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O Acordo de Basiléia II foi firmado em 2004 e está sob três pilares e vinte e 
cinco princípios. 
Os três pilares básicos são: 
• requerimento de capital; 
• supervisão; e 
• transparência e disciplina de mercado. 
O primeiro pilar trata do requerimento de capital mínimo e monta uma matriz 
de classificação de crédito externo contra o quais, certo nível de capital deve 
ser mantido. A taxa mínima de capital de 8% foi mantida nesse segundo 
acordo. AS inovações ocorreram basicamente em relação aos riscos 
considerados e às formas de mensuração do mesmo e de cálculo do capital 
mínimo a ser mantido. 
Os riscos de crédito e de mercado já eram considerados no Acordo original. 
Com o segundo acordo, há a introdução do risco operacional. 
É importante efetuarmos a definição de cada tipo de risco. O Conselho 
Monetário Nacional, em seus normativos, fez as seguintes definições: 
Risco de Crédito: a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não 
cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações 
financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito 
decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de 
ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos 
custos de recuperação. 
Risco de Mercado: a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da 
flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição 
financeira. 
Risco Operacional: a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de 
falha, deficiência ou inadequação de processosinternos, pessoas e sistemas, 
ou de eventos externos. 
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O segundo pilar faz referência aos métodos de supervisão. Inclui a flexibilidade 
de exigir uma reserva de capital além no nível mínimo de 8%, de acordo com o 
grau de sofisticação e da capacidade do banco de estabelecer um padrão de 
controle interno. 
As instituições são encourajadas a efetuarem testes de stress, e ressalta a 
administração de riscos, a responsabilidade e a transparência da supervisão 
produzidos pelo Comitê. 
O terceiro pilar tenta incluir a disciplina de mercado, concedendo aos 
participantes do mercado, tais como os acionistas e clientes, informações 
suficientes para viabilizar uma avaliação da gestão dos riscos efetuados pelos 
bancos e seus níveis de adequação de capital. 
O Comitê da Basiléia considera que a segurança e a rigidez do sistema 
financeiro em um mundo dinâmico e complexo só podem ser obtidas com a 
combinação de supervisão, disciplina de mercado e efetiva administração 
interna dos bancos. De acordo com esta visão, a racionalidade do novo acordo 
apóia-se na necessidade de construir um arcabouço com maior flexibilidade e 
sensibilidade aos riscos, mais adequado às constantes transformações dos 
mercados financeiros e das práticas de supervisão e gestão. 
Abaixo, vamos transcrever os 25 princípios básicos do Acordo de Basiléia. 
Condições prévias para uma eficiente supervisão bancária 
1. um eficiente sistema de supervisão bancária terá claras responsabilidades e 
objetivos para cada agência envolvida na supervisão de bancos. cada uma 
dessas agências deveria possuir independência operacional e recursos 
adequados. uma adequada estrutura legal para supervisão bancária é também 
necessária, incluindo provisões relativas à autorização de estabelecimentos 
bancários e a supervisão em andamento; poderes para tratar do cumprimento 
das leis, bem como em relação às preocupações de correção e segurança. 
Licenciamento e estrutura 
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2. as atividades permissíveis de instituições que são licenciadas e sujeitas à 
supervisão, como os bancos, devem ser claramente definidas, e o uso da 
palavra “banco” nos nomes deveria ser controlado até onde possível. 
 
3. a autoridade de licenciamento deverá ter o direito de estabelecer critérios e 
rejeitar aplicações para estabelecimentos que não cumpram ou alcancem os 
padrões estabelecidos. o processo de licenciamento deveria consistir, no 
mínimo, de uma avaliação de estrutura de propriedade do banco, diretores e 
administração superior, do seu plano operacional e controles internos e sua 
projetada condição financeira, inclusive sua base de capital; onde o 
proprietário proposto ou organização controladora seja um banco estrangeiro, 
o anterior consentimento do supervisor do país de origem deveria ser obtido. 
4. os supervisores bancários devem ter autoridade para revisar e rejeitar 
quaisquer propostas para transferir propriedade significativa ou interesses de 
controle em bancos existentes e outras parcerias. 
5. os supervisores bancários devem ter a autoridade para estabelecer critérios 
para revisar grandes aquisições ou investimentos por um banco e garantir que 
as afiliações corporativas ou estruturais não exponham o banco a risco 
indevido ou atravanquem uma supervisão efetiva. 
Exigências e Regulamentação para adequação de Capital 
6. os supervisores bancárias devem estabelecer exigências mínimas de capital 
que reflitam os riscos que os bancos assumem e devem definir os 
componentes de capital, tendo-se em mente a habilidade para absorver 
prejuízos. para os bancos internacionalmente ativos, esses requerimentos não 
devem ser menos do que aqueles estabelecidos no acordo de capital de 
Basiléia. 
7. uma parte essencial de qualquer sistema de supervisão é a independente 
avaliação da política de um banco determinado, práticas e procedimentos 
relativos à concessão de empréstimos e realização de investimentos e a 
administração em andamento dos portfólios de investimentos e empréstimos. 
8. os supervisores bancários devem ficar satisfeitos que os bancos 
estabeleçam e façam adesão a políticas adequadas, práticas e procedimentos 
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para avaliar a qualidade de ativos e a adequação de provisões de perdas de 
empréstimos e reservas. 
9. os supervisores bancários devem ficar satisfeitos com o fato de bancos 
terem sistemas de informação gerencial que capacitem a administração a 
identificar concentração dentro do portfólios, e os supervisores devem 
estabelecer limites de adequação de capital para restringir a exposição do 
banco a tomadores únicos ou a grupos de tomadores de empréstimos 
relacionados. 
10. para evitar abusos provenientes de empréstimos vinculados, os 
supervisores bancários precisam ter requisitos segundo os quais os bancos 
emprestam a empresas coligadas e a indivíduos, com base em operações 
puramente comerciais: a extensão dos créditos é de fato monitorada e se 
tomam outras medidas adequadas ao controle e à diminuição de riscos. 
11. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos 
têm políticas e procedimentos adequados à identificação, monitoração e 
controle dos riscos do país e da transferência de riscos em seus empréstimos 
internos e atividades de investimento; também devem estar certos de que os 
bancos mantêm reservas adequadas contra esses riscos. 
12. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos 
têm sistemas que medem e monitoram cuidadosa e adequadamente os riscos 
controlados do mercado, os supervisores deveriam ter poderes para impor 
limites específicos e/ou cobrança específica sobre o capital em relação à 
exposição aos riscos do mercado, se houver garantias. 
13. os supervisores bancários precisam estar convencidos de que os bancos 
possuem um processo inteligível de gerenciamento dos riscos (inclusive 
supervisão apropriada do conselho e da administração graduada) para 
identificar, medir e controlar todos os outros riscos materiais e, quando 
necessário, defender o capital contra esses riscos. 
14. os supervisores bancários devem se assegurar de que os bancos tenham 
controles internos que sejam adequados à natureza e ao tamanho de seus 
negócios. estes, incluiriam acordos transparentes para a delegação de 
autoridade e de responsabilidade; a separação de funções que envolvam o 
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compromisso do banco, a disponibilidade de seus fundos e a contabilidade de 
seus ativos e passivos; o ajuste desses processos; a salvaguarda dos ativos e 
a auditoria independente interna e externa, apropriada, além da concordância 
de funções para testar a adesão a esses controles bem como às leis e 
regulamentos aplicáveis. 
15. os supervisores bancários precisam dar ordens para que os bancos tenham 
políticas, práticas e procedimentos adequados, inclusive regras escritas tipo 
“conheça o seu cliente”, que promovem padrões éticos e profissionais no setor 
financeiro e evitam que os bancos sejam utilizados, intencional ou não 
intencionalmente, por pessoas criminosas. 
16. um sistema bancário eficiente de supervisão teria tantouma supervisão na 
sede, quanto uma fora da sede. 
17. os supervisores bancários precisam ter contatos regulares com a gerência 
bancária, também por intermédio da compreensão das operações da 
instituição. 
18. os supervisores bancários precisam ter meios de coletar, rever e analisar 
relatos de adequação de capital e relatórios estatísticos vindos de bancos 
numa base única e consolidada. 
19. os supervisores bancários precisam ter meios de obter a confirmação das 
informações dos supervisores, seja por meio de inspeção no próprio lugar, seja 
utilizando o trabalho de auditores externos. 
20. um elemento fundamental da supervisão bancária é a capacidade de os 
supervisores inspecionarem a organização bancária numa base consolidada. 
Requisições de Informação 
21. supervisores bancários devem estar satisfeitos que cada banco mantenha 
registros adequados escritos em harmonia com políticas de avaliação 
consistentes e práticas que habilitem o supervisor a obter uma visão real e 
clara da condição financeira do banco e a lucratividade de seus negócios e que 
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o banco publique uma declaração financeira em bases regulares que reflitam 
razoavelmente sua condição. 
Poderes formais dos supervisores 
22. supervisores bancários devem ter à sua disposição medidas supervisoras 
adequadas para levar a efeito ações neutralizantes quando os bancos falhem 
em preencher requisitos consultivos necessários (tais como índices de 
adequação de capital mínimo), quando há violações reguladoras, ou onde 
depositantes são ameaçados de qualquer outra maneira. 
Atividade bancária além-fronteira 
23. supervisores bancários devem praticar supervisão consolidada mundial, 
adequadamente monitorada e ajustar normas prudentes apropriadas para 
todos os aspectos de empreendimentos conduzidos por organizações bancárias 
mundiais, essencialmente em suas sucursais estrangeiras e subsidiárias. 
24. um componente chave de supervisão consolidada está estabelecendo 
contato e troca de informação com os vários outros supervisores envolvidos, 
primeiramente autoridades supervisoras do país hospedeiro. 
25. supervisores bancários devem requerer a operação local de bancos 
estrangeiros para ser conduzida para alguns padrões altos como são 
requeridos de instituições domésticas e devem ter poderes para compartilhar 
informação necessária pelos supervisores do país de origem daqueles bancos 
para o propósito de cumprir supervisão consolidada. 
35. CAIXA ECONÔMICA 
As Caixas Econômicas foram criadas com o intuito de captar poupança pública 
e financiar projetos interessantes ao Governo. Com o passar do tempo, essa 
nomenclatura ficou exclusiva da instituição chamada Caixa Econômica Federal. 
Portanto, nesse tópico iremos falar da Caixa Econômica Federal e devemos 
lembrar que essa instituição não é um Banco mas possui atributos 
semelhantes aos Bancos Comerciais. 
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A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF é uma instituição financeira sob a forma 
de empresa pública, criada nos termos do decreto-lei nº. 759, de 12 de agosto 
de 1969, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
A CEF tem sede e foro na capital da república e atuação em todo o território 
nacional, sendo indeterminado o prazo de sua duração. 
Instituição integrante do sistema financeiro nacional e auxiliar da execução da 
política de crédito do governo federal, a CAIXA submete-se às decisões e à 
disciplina normativa do órgão competente e à fiscalização do Banco Central do 
Brasil. Suas contas e operações estão sujeitas a exame e julgamento pelo 
Tribunal de Contas da União e Secretaria Federal de Controle do Ministério da 
Fazenda. 
A administração da CAIXA conta com quatro instâncias: o conselho de 
administração, o conselho diretor, a diretoria executiva e o conselho fiscal. 
O conselho de administração, órgão de orientação superior da CAIXA, é 
integrado por cinco membros indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, 
um membro indicado pelo ministro de estado do planejamento, orçamento e 
gestão mais o presidente da CAIXA, que exerce a vice-presidência do conselho. 
Os membros do conselho de administração são nomeados pelo presidente da 
república. 
A administração da CAIXA compete à diretoria executiva. Ela pode ter entre 
dez e trinta membros, sendo o presidente nomeado e demissível ad nutum 
(ser afastado pela simples vontade de quem o convidou) pelo presidente da 
república. Os vice-presidentes, nove ao todo, também serão nomeados e 
demissíveis ad nutum pelo presidente da república. Desses, um é responsável 
exclusivamente pela administração de ativos de terceiros e outro responsável 
exclusivamente pela gestão, administração ou operacionalização de fundos, 
programas e serviços delegados pelo governo federal. 
Também podem fazer parte até vinte diretores, indicados pelo presidente da 
CAIXA e nomeados pelo conselho de administração. 
O conselho diretor é formado pelo presidente e vice-presidentes, exceto o vice-
presidente responsável pela administração de ativos de terceiros e o vice-
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presidente responsável pela gestão, administração ou operacionalização de 
fundos, programas e serviços delegados pelo governo federal. Um dos vice-
presidentes supervisiona exclusivamente as funções de controle. São indicados 
pelo Ministro da Fazenda, confirmados pelo conselho de administração e 
nomeados pelo presidente da república. O cargo de diretor é privativo de 
empregados da ativa do quadro permanente da CAIXA. 
O conselho fiscal é integrado por cinco membros efetivos e respectivos 
suplentes. Todos são escolhidos e designados pelo Ministro de Estado da 
Fazenda, dentre brasileiros diplomados em curso de nível superior, de 
reputação ilibada e reconhecida experiência em matéria econômico-financeira 
e de administração de empresas. 
Dentre os integrantes do conselho fiscal, pelo menos um membro efetivo e seu 
respectivo suplente são obrigatoriamente indicados pelo Ministro de Estado da 
Fazenda, como representantes do tesouro nacional. 
A CEF tem o monopólio do penhor, das loterias e também do recolhimento do 
FGTS. 
Importante ressaltar que a atividade de penhor é um tipo de operação de 
crédito em que os interessados colocam suas joias em garantia com o intuito 
de receber um recurso financeiro. Podem resgatar seus bens até um 
determinado período, pagando por isso a taxa de juros da operação. 
As loterias federais também são de exclusividade da Caixa Econômica Federal. 
A delegação de tal atividade ocorreu em 1962. Atualmente, quase metade do 
valor arrecadado é repassado para os beneficiários legais e entidades não-
governamentais para investimentos em áreas prioritárias para o 
desenvolvimento do País. Participam dessa divisão de recursos os Comitês 
Olímpicos e Paraolímpicos brasileiros, o Programa de Financiamento Estudantil 
(FIES), o Fundo Nacional de Cultura, o Fundo Penitenciário Nacional, entre 
outros. 
 
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36. COOPERATIVA DE CRÉDITO 
Cooperativas “são sociedades de pessoas com forma jurídica própria, de 
natureza civil, sem finalidade lucrativa, não sujeitas à falência, organizadaspara prestação de serviços ou exercício de outras atividades de interesse 
comum dos associados”. Essas sociedades poderão “adotar por objeto qualquer 
gênero de serviços, operações ou atividades, respeitada a legislação em vigor”. 
Devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão 
“Cooperativa”, vedada a utilização da palavra “Banco”. Devem possuir o 
número mínimo de 20 cooperados e adequar a sua área de ação às 
possibilidades de reunião, controle, operação e prestação de serviço. 
O Conselho Monetário Nacional aprovou o regulamento que disciplina a 
constituição, a autorização para funcionamento, o funcionamento, as 
alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento 
de cooperativa de crédito, bem como a realização de auditoria externa em 
cooperativa singular de crédito. 
Entende-se como Cooperativa Singular aquela cooperativa que possui os seus 
cooperados e com ele se relaciona. A Cooperativa Central é uma instância 
superior que congrega as mais variadas cooperativas e é a instituição que se 
relaciona, em primeira instância, com o Banco Central. 
Imagine que exista uma Cooperativa que fosse uma espécie de Cooperativa 
mãe que, no final das contas, congregaria várias outras cooperativas afiliadas. 
Essa é a Cooperativa Central. Podemos fazer um paralelo entre uma 
Confederação e suas Federações afiliadas. Por exemplo, a Confederação 
Brasileira de Futebol – CBF é o órgão que se relaciona com a FIFA mas ela 
possui várias Federações dos Estados como suas filiadas, estando diretamente 
ligadas a ela. É como se a CBF fosse a Cooperativa Central e as Federações 
Estaduais fossem as Cooperativas Singulares. 
Os pedidos envolvendo a constituição, a autorização, a alteração estatutária e 
outros de interesse de cooperativa de crédito serão objeto de estudo pelo 
Banco Central do Brasil com vistas a sua aceitação ou recusa. 
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37. COOPERATIVAS CENTRAIS 
A Cooperativa Central de Crédito deve prever, em seus estatutos e normas 
operacionais, dispositivos que possibilitem prevenir e corrigir situações 
anormais que possam configurar infrações a normas legais ou regulamentares 
ou acarretar risco para a solidez das cooperativas filiadas e do sistema 
associado, inclusive a possibilidade de participar em fundo garantidor. 
Com vistas ao cumprimento das atribuições de que trata o presente capítulo, a 
cooperativa central de crédito deve desempenhar as seguintes funções, com 
relação às cooperativas filiadas: 
I – supervisionar o funcionamento, com vistas ao cumprimento da legislação e 
regulamentação em vigor e das normas próprias do sistema associado; 
II – adotar medidas para assegurar o cumprimento das normas em vigor 
referentes à implementação de sistemas de controles internos e à certificação 
de empregados; 
III – promover a formação e a capacitação permanente dos membros de 
órgãos estatutários, gerentes e associados, bem como dos integrantes da 
equipe técnica da cooperativa central; 
IV – realizar auditoria de demonstrações contábeis, conforme disposições do 
capítulo v; 
V – recomendar e adotar medidas com vistas ao restabelecimento da 
normalidade do funcionamento, em face de situações de inobservância da 
regulamentação aplicável ou que acarretem risco imediato ou futuro. 
A cooperativa central deve comunicar ao Banco Central do Brasil: 
I – requisitos e critérios adotados para admitir a filiação e proceder a 
desfiliação de cooperativa singular, abordando a estratégia de viabilização da 
filiação de cooperativas recém constituídas que ainda não atendam a possíveis 
requisitos relativos a porte patrimonial e estrutura organizacional, com vistas 
ao provimento dos serviços tratados neste capítulo; 
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II – irregularidades ou situações de exposição anormal a riscos, identificadas 
em decorrência do desempenho das atribuições de que trata o presente 
capítulo, inclusive medidas tomadas ou recomendadas e eventuais obstáculos 
para sua implementação, destacando as ocorrências que indiquem 
possibilidade de futuro desligamento; 
III – ato de desligamento de cooperativa filiada, com a correspondente 
justificativa, fazendo referência às comunicações exigidas no inciso ii; 
IV – indeferimento de pedido de filiação de cooperativa singular de crédito em 
funcionamento ou em constituição, abordando as razões que levaram a essa 
decisão; 
V – admissão de cooperativa singular de crédito, com histórico relativo à 
respectiva situação econômico-financeira e eventual filiação anterior a outra 
cooperativa central. 
A cooperativa central deve designar, entre seus administradores, responsável 
perante o Banco Central do Brasil pelas atividades tratadas neste capítulo. 
Constatado o não atendimento de quaisquer disposições deste capítulo, por 
parte de cooperativa central de crédito, o Banco Central do Brasil, no 
desempenho de suas atribuições de fiscalização, pode adotar as seguintes 
medidas: 
I – exigir plano de adequação, inclusive quanto à formação e capacitação de 
equipe técnica própria, à contratação de serviços de auditoria externa, à 
implantação de novos procedimentos de supervisão e controle e medidas afins; 
II – aplicar, às cooperativas singulares filiadas, os limites operacionais e outros 
requisitos relativos às cooperativas singulares não filiadas a centrais, mediante 
estabelecimento de cronograma de adequação; 
III – determinar a suspensão da filiação de novas cooperativas singulares, até 
que sejam sanadas as irregularidades. 
O Banco Central do Brasil, com vistas ao cumprimento das disposições deste 
capítulo, pode estabelecer requisitos em relação a: 
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I – freqüências, padrões, procedimentos e outros aspectos a serem adotados 
para inspeção, avaliação, elaboração de relatórios e envio de comunicações à 
referida autarquia, inclusive definição de procedimentos específicos com 
relação a determinadas cooperativas singulares; 
II – condições a serem observadas com vistas à prestação de serviços a 
cooperativa de crédito não filiada, bem como à contratação de serviços 
especializados no mercado; 
III – prazos de adequação aos requisitos estabelecidos, bem como outras 
condições operacionais julgadas necessárias à observância das presentes 
disposições. 
38. Banco Cooperativo 
O Banco Central do Brasil possibilitou a constituição de bancos comerciais e 
bancos múltiplos sob controle acionário de Cooperativas Centrais de Crédito. 
As cooperativas centrais de crédito integrantes do grupo controlador devem 
deter, no mínimo, 51% (cinqüenta e um por cento) das ações com direito a 
voto destas instituições financeiras. 
Os bancos múltiplos assim constituídos devem possuir, obrigatoriamente, 
carteira comercial. Ou seja, a carteira obrigatória para que um Banco 
Cooperativo seja Múltiplo é a carteira Comercial. 
A denominação dessas instituições financeiras devem incluir a expressão 
“banco cooperativo”. É dessa forma, que é possível diferenciar, já na análise 
do nome da instituição, a existência ou não de um Banco Cooperativo. Não 
importa se ele é apenas Comercial ou Múltiplo, essa denominação é 
obrigatória. 
Na constituição de bancos cooperativos, somente as pessoas jurídicas 
controladoras devem publicardeclaração de propósito e comprovar situação 
econômico-financeira compatível com o empreendimento. 
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A constituição e o funcionamento de bancos cooperativos subordinam-se, nos 
aspectos aqui não definidos, à legislação e à regulamentação em vigor 
aplicáveis aos bancos comerciais e aos bancos múltiplos em geral. 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS
Questão 572 
(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é 
correto afirmar que: 
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou 
sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários. 
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à 
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente: 
ações, debêntures e títulos da dívida pública. 
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e 
fiscalizador do mercado de capitais. 
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores 
denominam-se usualmente de operações no mercado primário. 
e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as 
operações no recinto das bolsas de valores. 
Questão 58 
(ESAF – BACEN – 2002) – Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia), quanto a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de 
Títulos) correspondem a sistemas em que são feitas a custódia e liquidação de 
operações com títulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opção correta. 
 
a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais podem 
ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes envolvidas no 
negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado. 
b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente elimina 
os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis negociados 
naquele sistema. 
c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas exclusivamente 
pela Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis. 
 
2 Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior. 
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d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco Central 
do Brasil podem registrar suas operações na CETIP. 
e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados de 
Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos. 
Enunciado para as questões 59 a 63 
Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por 
processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a 
movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de 
extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e 
transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para 
criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema 
eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições 
das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas 
bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros 
eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as 
operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o 
sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das 
partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta 
diariamente mais de R$ 100 bilhões. 
 Internet: <http://www.andima.com.br>. 
No Sistema Financeiro Nacional, existem taxas de juros amplamente aplicadas 
pelos agentes do mercado, entre elas a do SELIC, mencionado no texto acima. 
Acerca dessa taxa, denominada taxa SELIC, julgue os itens seguintes. 
Questão 59 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como os títulos negociados no SELIC são 
de grande liquidez e, teoricamente, de risco mínimo, a taxa definida no âmbito 
desse sistema é aceita como uma taxa livre de risco da economia. 
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Questão 60 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa é denominada também de D0, 
pois os negócios são liquidados imediatamente. 
Questão 61 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa costuma apresentar-se 
ligeiramente mais elevada que a taxa da central de custódia e de liquidação de 
títulos (CETIP). 
Questão 62 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como balizamento do mercado, a taxa 
SELIC é mais importante, referenciando o custo do dinheiro no mercado 
financeiro. 
Questão 63 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Por ser liquidada mediante cheques 
administrativos dos bancos, a taxa SELIC é também denominada de taxa ADM. 
Enunciado para as questões 64 a 68 
A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN como prestadora de serviços 
de operacionalização da clearing de pagamentos, que está sendo constituída 
para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às normas do novo 
sistema de pagamentos brasileiro. A CETIP proverá os sistemas, os centros de 
processamento e o suporte de informática necessários à operação da nova 
empresa. O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da 
FEBRABAN é o mesmo que está sendo implantado este ano nos Estados Unidos 
da América pelo Clearing House Interbank Payments Systems (CHIPS). O novo 
sistema, denominado CHIPS 2001, eliminou a necessidade do estabelecimento 
de limites bilaterais de crédito, reunindo as vantagens da certeza imediata da 
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liquidação dos pagamentos em reserva bancária com o menor custo de 
transação do processamento por lotes. 
A clearing de pagamentos da FEBRABAN está também integralmente de acordo 
com as especificações estabelecidas pelo Relatório Lamfalussy, documento que 
reúne os padrões recomendados pelo Bank for International Settlements (BIS) 
(Banco para Compensações Internacionais) para o projeto e para a operação 
de sistemas de compensação e liquidação. 
Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros de 
processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em São 
Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP, no Rio de Janeiro; o 
segundo, também localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar 
como hot stand-by; o centro de processamento em São Paulo será warm 
stand-by. 
 Internet: <http://www.cetip.com.br> (com adaptações). 
Julgue os itens seguintes, a propósito da CETIP. 
Questão 64 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP, maior empresa de custódia e de 
liquidação financeira da América Latina, constitui-se em um mercado de balcão 
organizado para registro e negociação de valores mobiliários de renda fixa. 
Sem fins lucrativos, foi criada, em conjunto, pelas instituições financeiras e o 
BACEN, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado 
financeiro brasileiro. 
Questão 65 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Entre os participantes da CETIP, incluem-
se bancos, corretoras, distribuidoras, demais instituições financeiras, empresasde leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras, tais 
como seguradoras e fundos de pensão. 
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Questão 66 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP não está obrigada a obedecer 
estritamente às normas vigentes de sigilo bancário e, por isso, mantém 
reserva relativa com relação aos registros das operações em seus sistemas. 
Questão 67 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Os ativos e contratos registrados na CETIP 
representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de 
renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e 
do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do 
Tesouro Nacional. 
Questão 68 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Somente as pessoas jurídicas, de qualquer 
natureza, são participantes da CETIP. As pessoas físicas podem investir em 
ativos cetipados, como clientes de instituições financeiras, que são as titulares 
e responsáveis pelo controle das contas. 
Questão 69 
(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – O acordo de Basiléia foi 
originalmente assinado em 1988 pelos dez maiores bancos centrais do mundo, 
e previa forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo 
ambiente dos mercados financeiros. Pesar de o documento firmado ser apenas 
um tratado de intenções, os bancos centrais signatários desse documento 
conseguiram transformar em leis, em seus respectivos paises, as 
recomendações firmadas. Ao começar as discussões do Novo Acordo de 
Capital, em janeiro de 2001, o enfoque era dar maior solidez e transparência 
ao sistema financeiro mundial, visando adequar a regulamentação aos 
mecanismos de mercado e seus riscos. 
Em relação a esse novo acordo, pode-se dizer que NÃO estava contemplado: 
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a) Regras de prudência bancária. 
b) Ênfase nas metodologias de gerenciamento de risco dos bancos. 
c) Supervisão das autoridades bancárias e fortalecimento da disciplina de 
mercado. 
d) Disponibilização de serviços bancários apenas a clientes com alto poder 
aquisitivo. 
e) Avaliação adequada de capital relacionada com os riscos bancários e 
fornecimento de incentivos aos bancos para aumentar sua capacidade de 
mensuração e administração dos riscos. 
Questão 70 
(Cesgranrio – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – O processo de 
globalização financeira aumenta a exposição do sistema financeiro 
internacional à especulação desestabilizadora e à manipulação, e exige 
medidas fiscalizadoras e regulatórias de abrangência global. O Novo Acordo de 
Basiléia (Basiléia II), decorrente desta necessidade, NÃO enfatiza 
a) a atuação dos bancos centrais como emprestadores de última instância. 
b) a transparência das instituições financeiras, em termos de fornecimento de 
dados e informações. 
c) as necessidades mínimas de capital para cobrir os riscos. 
d) o desenvolvimento de processos internos nas instituições financeiras para 
avaliar e gerenciar corretamente os riscos. 
e) os gastos de capital com o risco operacional, ou seja, risco decorrente das 
possíveis perdas devido às panes dos computadores, falhas humanas, etc. 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 573 
(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é 
correto afirmar que: 
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou 
sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários. 
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à 
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente: 
ações, debêntures e títulos da dívida pública. 
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e 
fiscalizador do mercado de capitais. 
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores 
denominam-se usualmente de operações no mercado primário. 
e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as 
operações no recinto das bolsas de valores. 
Resolução: 
As bolsas de valores eram associações civis sem finalidades lucrativas e não 
instituições do governo. Atualmente, essas instituição são sociedades 
anônimas com capital aberto e que visam lucro. 
Devem manter local e sistema adequado à negociação de títulos e valores 
mobiliários. 
Considera-se mercado primário quando a negociação dos títulos ocorrer pela 
primeira vez e, neste caso, os recursos iriam para o caixa da empresa que 
emitiu o título. Qualquer negociação subseqüente ocorre no mercado 
secundário. 
Sendo assim, o que ocorre nas bolsas de valores é o mercado secundário, 
mesmo quando há emissão de novas ações. A operação de mercado primário 
que originou essa emissão ocorre no mercado de balcão. 
 
3 Essa questão está sendo refeita porque há um erro na resolução anterior. 
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No recinto das bolsas de valores, atualmente, tanto as sociedades corretoras 
quanto as distribuidoras podem operar. Entretanto, nas bolsas de mercadorias 
e futuros tanto as sociedades corretoras quando as sociedades distribuidoras 
podem operar. 
A Lei 6.385 de 07 de Dezembro de 1976, em seu artigo 2°, define o que é 
considerado títulos e valores mobiliários, e inclui, em seu inciso I, as ações, 
debêntures e bônus de subscrição. O parágrafo primeiro do mesmo artigo 
relaciona os itens que não são considerados títulos e valores mobiliários e 
inclui, os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal. Sendo assim, 
o item está errado, pois títulos da dívida pública não são considerados títulos e 
valores mobiliários. 
A CVM é o órgão fiscalizador e regulamentador do mercado de capitais. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 58 
(ESAF – BACEN – 2002) – Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia), quanto a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de 
Títulos) correspondem a sistemas em que são feitas a custódia e liquidação de 
operações com títulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opção correta. 
 
a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais podem 
ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes envolvidas no 
negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado. 
b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente elimina 
os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis negociados 
naquele sistema. 
c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas exclusivamente 
pela Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis. 
d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco Central 
do Brasil podem registrar suas operações na CETIP. 
AULA 05 
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e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados de 
Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos. 
Resolução: 
Existe uma divisão dos títulos que podem ser registrados no CETIP e aqueles 
quepodem ser registrados no SELIC. 
Estão registrados no SELIC os seguintes títulos: 
• Títulos públicos federais; 
• Títulos públicos estaduais e municipais emitidos antes de 1992 
Estão registrados no CETIP os seguintes títulos: 
• Títulos privados; 
• Derivativos; 
• Títulos públicos estaduais e municipais; 
• Títulos públicos federais utilizados como moeda de privatização. 
As instituições autorizadas a registrar suas operações no SELIC são: Banco 
Central do Brasil, Tesouro Nacional, bancos, caixas econômicas, sociedades 
corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos 
e valores mobiliários, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central, fundos, entidades abertas e fechadas de previdência complementar, 
sociedades seguradoras, resseguradores locais, operadoras de plano de 
assistência à saúde, sociedades de capitalização e outras entidades a critério 
do administrador Selic. O Banco Central do Brasil e os participantes detentores 
de conta Reserva Bancária são, necessariamente, liquidantes e o restante são 
chamados de não-liquidantes. 
As instituições autorizadas a registrar suas operações no CETIP são: a própria 
CETIP, os bancos múltiplos com carteira comercial e/ou investimento, bancos 
comerciais, bancos de investimentos, sociedades corretoras de títulos e valores 
mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários, outras 
instituições financeiras, instituições não-financeiras tais como empresas de 
leasing, fundos de pensão, seguradoras e fundos mútuos de investimento. 
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Cabe ressaltar que as contas de Reservas Bancárias são obrigatórias para 
bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e caixas 
econômicas, sendo facultativas para bancos de investimento e bancos 
múltiplos sem carteira comercial. 
Tanto no SELIC quanto no CETIP os títulos são escriturais, fato que elimina as 
chances de extravio, roubo ou falsificação dos papéis. 
Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
Gabarito: B 
Enunciado para as questões 59 a 63 
Na década de 1970, a custódia dos títulos públicos no Brasil ainda era feita por 
processo manual, o que incluía desde o arquivamento por instituição até a 
movimentação física nos cofres dos bancos, com grande risco de fraude e de 
extravio dos papéis. Com o objetivo de proporcionar mais segurança e 
transparência às operações, a ANDIMA e o BACEN firmaram convênio para 
criar o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), um sistema 
eletrônico de teleprocessamento que permitiu a atualização diária das posições 
das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas 
bancárias. Títulos e cheques foram substituídos por simples registros 
eletrônicos, gerando enorme ganho em eficiência e agilidade, já que as 
operações são fechadas no mesmo dia em que se realizam. Além disso, o 
sistema passou a garantir que, em caso de inadimplência de qualquer das 
partes, a operação não se concretiza. Atualmente, o SELIC movimenta 
diariamente mais de R$ 100 bilhões. 
 Internet: <http://www.andima.com.br>. 
No Sistema Financeiro Nacional, existem taxas de juros amplamente aplicadas 
pelos agentes do mercado, entre elas a do SELIC, mencionado no texto acima. 
Acerca dessa taxa, denominada taxa SELIC, julgue os itens seguintes. 
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Questão 59 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como os títulos negociados no SELIC são 
de grande liquidez e, teoricamente, de risco mínimo, a taxa definida no âmbito 
desse sistema é aceita como uma taxa livre de risco da economia. 
Resolução: 
O SELIC é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos 
escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bem 
como o registro e a liquidação de operações com os referidos títulos. Tendo em 
vista o fato de a taxa SELIC ser a taxa embutida nos títulos negociados no 
sistema SELIC e que os títulos aí negociados são os soberanos (da República), 
então esta é a taxa representativa do menor risco existente no País, sendo 
aceita como a taxa livre de risco no Brasil. 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 60 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa é denominada também de D0, 
pois os negócios são liquidados imediatamente. 
Resolução: 
A liquidação no sistema SELIC ocorre pelo valor bruto em tempo real. 
Segundo o glossário do Banco Central do Brasil, liquidação bruta em tempo 
real significa: 
“Liquidação de obrigações, uma a uma, em tempo real” 
Isso mostra que as operações no SELIC são liquidadas imediatamente e, 
portanto, em D0 (ou seja, no mesmo dia em que são transacionadas). 
AULA 05 
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Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 61 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Essa taxa costuma apresentar-se 
ligeiramente mais elevada que a taxa da central de custódia e de liquidação de 
títulos (CETIP). 
Resolução: 
Em geral, podemos dizer que a CETIP apresenta taxas ligeiramente maiores 
que as taxas praticadas no SELIC. Isto ocorre porque no SELIC negociamos os 
títulos públicos federais e, em tese, deveriam ser os ativos com menor risco e, 
portanto, com menor taxa. 
Sendo assim, a questão está ERRADA. 
Gabarito: E 
Questão 62 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Como balizamento do mercado, a taxa 
SELIC é mais importante, referenciando o custo do dinheiro no mercado 
financeiro. 
Resolução: 
A taxa SELIC referencia o custo do dinheiro no mercado financeiro, sendo 
considerada o custo de oportunidade do mercado financeiro. 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
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Questão 63 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Por ser liquidada mediante cheques 
administrativos dos bancos, a taxa SELIC é também denominada de taxa ADM. 
Resolução: 
A taxa CETIP é que é denominada de taxa ADM. Importante ressaltar que 
antigamente a liquidação na CETIP ocorria em D+1. No entanto, atualmente, 
essa liquidação ocorre em D0, assim como no SELIC. 
Sendo assim, a questão está ERRADA. 
Gabarito: E 
Enunciado para as questões 64 a 68 
A CETIP é a entidade escolhida pela FEBRABAN como prestadora de serviços 
de operacionalização da clearing de pagamentos, que está sendo constituída 
para adaptar o fluxo de pagamentos no sistema bancário às normas do novo 
sistema de pagamentos brasileiro. A CETIP proverá os sistemas, os centros de 
processamento e o suporte de informática necessários à operação da nova 
empresa. O modelo conceitual adotado pela clearing de pagamentos da 
FEBRABAN é o mesmo que está sendo implantado este ano nos Estados Unidos 
da América pelo Clearing House Interbank Payments Systems (CHIPS). O novo 
sistema, denominado CHIPS 2001, eliminou a necessidade do estabelecimento 
de limites bilaterais de crédito, reunindo as vantagens da certeza imediata da 
liquidação dos pagamentos em reserva bancária com o menor custo de 
transação do processamento por lotes. 
A clearing de pagamentos da FEBRABAN está também integralmente de acordo 
com as especificações estabelecidas pelo Relatório Lamfalussy, documento que 
reúne os padrões recomendadospelo Bank for International Settlements (BIS) 
(Banco para Compensações Internacionais) para o projeto e para a operação 
de sistemas de compensação e liquidação. 
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Para atender à operação da clearing, a CETIP está criando três centros de 
processamento de dados, sendo dois no Rio de Janeiro e o terceiro em São 
Paulo. O centro principal ficará na sede da CETIP, no Rio de Janeiro; o 
segundo, também localizado no Rio de Janeiro, estará capacitado para atuar 
como hot stand-by; o centro de processamento em São Paulo será warm 
stand-by. 
 Internet: <http://www.cetip.com.br> (com adaptações). 
Julgue os itens seguintes, a propósito da CETIP. 
Questão 64 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP, maior empresa de custódia e de 
liquidação financeira da América Latina, constitui-se em um mercado de balcão 
organizado para registro e negociação de valores mobiliários de renda fixa. 
Sem fins lucrativos, foi criada, em conjunto, pelas instituições financeiras e o 
BACEN, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado 
financeiro brasileiro. 
Resolução: 
Essa questão estava correta no ano em que foi aplicada. No entanto, 
atualmente, a CETIP é uma instituição que se constitui em um balcão 
organizado COM finalidade lucrativa. 
Portanto, o gabarito na época da prova era CERTO, mas atualmente a questão 
estaria ERRADA. 
Gabarito: C 
Questão 65 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Entre os participantes da CETIP, incluem-
se bancos, corretoras, distribuidoras, demais instituições financeiras, empresas 
de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras, tais 
como seguradoras e fundos de pensão. 
Resolução: 
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O site da CETIP informa que: 
“A CETIP reúne como participantes a totalidade das instituições 
integrantes do mercado financeiro do País, tais como: bancos, 
corretoras e distribuidoras de valores mobiliários, fundos de 
investimento, companhias seguradoras, fundos de pensão, empresas 
não financeiras emissoras de títulos, etc. Trata-se de um universo 
abrangente e extremamente representativo dos mercados assistidos 
pela Câmara.” 
Observe que, em princípio, todas as pessoas jurídicas podem participar do 
CETIP. O enunciado da questão era idêntico ao que estava no site da 
instituição na época da prova. 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 66 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – A CETIP não está obrigada a obedecer 
estritamente às normas vigentes de sigilo bancário e, por isso, mantém 
reserva relativa com relação aos registros das operações em seus sistemas. 
Resolução: 
Essa questão está, claramente, ERRADA. Qualquer instituição deve respeitar 
as normas de sigilo bancário. 
Gabarito: E 
Questão 67 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Os ativos e contratos registrados na CETIP 
representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de 
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renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e 
do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do 
Tesouro Nacional. 
Resolução: 
Existe uma lista bastante extensa dos ativos que são transacionados no CETIP. 
Quase a totalidade dos títulos privados brasileiros estão custodiados neste 
sistema. 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 68 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – Somente as pessoas jurídicas, de qualquer 
natureza, são participantes da CETIP. As pessoas físicas podem investir em 
ativos cetipados, como clientes de instituições financeiras, que são as titulares 
e responsáveis pelo controle das contas. 
Resolução: 
Qualquer pessoa jurídica pode participar do CETIP. As pessoas físicas podem 
adquirir ativos que estejam custodiados no CETIP. No entanto, para isso, 
devem utilizar uma instituição que seja cliente do CETIP. 
Sendo assim, a questão está CERTA. 
Gabarito: C 
Questão 69 
(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – O acordo de Basiléia foi 
originalmente assinado em 1988 pelos dez maiores bancos centrais do mundo, 
e previa forte adequação do capital dos bancos em todo o mundo ao novo 
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ambiente dos mercados financeiros. Pesar de o documento firmado ser apenas 
um tratado de intenções, os bancos centrais signatários desse documento 
conseguiram transformar em leis, em seus respectivos paises, as 
recomendações firmadas. Ao começar as discussões do Novo Acordo de 
Capital, em janeiro de 2001, o enfoque era dar maior solidez e transparência 
ao sistema financeiro mundial, visando adequar a regulamentação aos 
mecanismos de mercado e seus riscos. 
Em relação a esse novo acordo, pode-se dizer que NÃO estava contemplado: 
a) Regras de prudência bancária. 
b) Ênfase nas metodologias de gerenciamento de risco dos bancos. 
c) Supervisão das autoridades bancárias e fortalecimento da disciplina de 
mercado. 
d) Disponibilização de serviços bancários apenas a clientes com alto poder 
aquisitivo. 
e) Avaliação adequada de capital relacionada com os riscos bancários e 
fornecimento de incentivos aos bancos para aumentar sua capacidade de 
mensuração e administração dos riscos. 
Resolução: 
O Acordo de Basiléia prevê o controle do risco das instituições financeiras. A 
quebra de uma instituição, dada a alta interligação entre elas, pode provocar 
um efeito dominó (risco sistêmico) e quebrar em seguida várias outras e, 
talvez, todo o sistema. Preocupados com essa possibilidade, foram 
desenvolvidas normas prudências, as quais os Bancos Centrais de cada País 
devem obrigar seus Bancos a cumprirem sob pena da perda da concessão da 
licença de funcionamento. Dessa forma, não está no rol das medidas adotadas 
a disponibilização dos serviços bancários apenas a clientes com alto poder 
aquisitivo. 
Assim sendo, a resposta é a letra D. 
Gabarito: D 
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Questão 70 
(Cesgranrio – Petrobrás – Economista Junior – 2008) – O processo de 
globalização financeira aumenta a exposição do sistema financeiro 
internacional à especulação desestabilizadora e à manipulação, e exige 
medidas fiscalizadoras e regulatórias de abrangência global. O Novo Acordo de 
Basiléia (Basiléia II), decorrente desta necessidade, NÃO enfatiza 
a) a atuação dos bancos centrais como emprestadores de última instância. 
b) a transparência das instituições financeiras, em termos de fornecimento de 
dados e informações. 
c) as necessidades mínimas de capital para cobrir os riscos. 
d) o desenvolvimento de processos internos nas instituições financeiras para 
avaliar e gerenciar corretamente os riscos. 
e) os gastos de capital com o risco operacional, ou seja, risco decorrente das 
possíveis perdas devido às panes dos computadores, falhas humanas, etc. 
Resolução: 
O Acordo de Basiléia II possui três pilares: requisitos de capital mínimo, 
revisão da supervisão e disciplina de mercado e serve para criar um padrão 
internacional que os reguladores bancários podem

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