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ATIVIDADES FUNCIONAIS E PROJETOS SEGUNDO MAXIMIANO Os produtos oferecidos pelas organizações são realizados por meio de dois tipos de atividades: funcionais e projetos. As Funcionais – São aquelas rotineiras que ocorrem em todos os níveis. Muitas não têm fim, são repetitivas. As de Projetos – São realizadas uma a uma com começo meio e fim. Os projetos compreendem tarefas especiais que fogem da rotina. São também certos empreendimentos que se repetem, mas que, a cada vez, resultam em um produto ou esforço diferente dos anteriores. (MAXIMIANO, 2000 / 2007, p. 295-321) ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS Prof. Luiz Vicente de Paulo ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL SEGUNDO MAXIMIANO A organização funcional é aquela que tem o critério das funções para a sua departamentalização. Critério funcional de departamentalização. (Departamentalização funcional). ADMINISTRAÇÃO INDUSTRIAL MARKETING FINANÇAS LOGÍSTICA RECURSOS HUMANOS -Produção -Manutenção -Engenharia -Utilidades -Vendas -Promoção -Pesquisa -Assistência -Adm. Financ. -Crédito -Tesouraria -Contabilidade -Compras -Armazéns -Distribuição -Pessoal -Serv. Gerais -Segurança -Benefícios (MAXIMIANO, 2000, 2007, p. 295-321) ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL SEGUNDO OLIVEIRA A departamentalização funcional é um tipo bastante racional, entretanto é passível de problemas de comunicação, entendimento e excesso de burocracia na execução das atividades (OLIVEIRA, 2006, p. 126-128). Vantagens: Especialização do trabalho. Maior estabilidade e segurança. Maior concentração de uso de recursos especializados. Permite economia de escala pela máxima utilização dos recursos produtivos e produção em massa. Orientação à pessoa para atividade específica. Indicada para ambiente estáveis e de pouca mudança. Aconselhável para empresa com poucas linhas de produção Desvantagens: Especialização do trabalho. Insegurança das pessoas. Comunicação deficiente. Responsabilidade centrada na alta administração. Visão parcial de empresa. Resistência à mudança. Recomendável para empresas altamente especializadas, de atividades repetitivas e pouco integradas. (OLIVEIRA, 2006, p. 126-128) ORGANIZAÇÃO POR PROJETO SEGUNDO MAXIMIANO É aquela cuja estrutura tem por base os projetos que está realizando. É uma organização temporária porque somente funciona enquanto durar o projeto. Todos os recursos necessários à realização do projeto pertencem a uma única especialidade ou área funcional e ficam sob controle da equipe de projeto. Certas organizações, especializadas em determinados tipos de projetos, são conjuntos de projetos funcionais monodisciplinares. Nessas organizações, há um fluxo contínuo de projetos semelhantes. Em determinado momento, há vários projetos em diferentes estágios. Alguns estão começando, outros terminando e outros estão em desenvolvimento. Ex. Escritórios de arquitetura e engenharia. Construção civil. Empresa de consultoria e auditoria. (MAXIMIANO, 2000, 2007, p. 295-321) ORGANIZAÇÃO POR PROJETO SEGUNDO MAXIMIANO Projeto autônomo – É o departamento temporário com equipe própria, dedicada exclusivamente ao projeto. É uma equipe multidisciplinar e temporária. Ex. Construção civil. GESTÃO SERVIÇOS CENTRAIS CONSULTORIA AUDITORIA PROJETO ESPECIAL -Finanças -RH -Serv. Gerais -Projeto A -Projeto B -Projeto C -Projeto D -Projeto E -Projeto F -Auditoria -Consultores -Sistema de informações (MAXIMIANO, 2000, 2007, p. 295-321) ORGANIZAÇÃO POR PROJETO SEGUNDO OLIVEIRA Na departamentalização por projeto, as atividades e as pessoas recebem atribuições temporárias. O gerente de projeto é responsável pela realização de todo o projeto ou de uma parte dele. A cada etapa do projeto terminada o pessoal vai sendo desligado, ou, transferido para outros projetos ou departamentos. Projeto é um trabalho, com datas de início e término, com resultado final previamente estabelecido, em que são alocados e administrados os recursos, tudo sob a responsabilidade de um gerente / coordenador. (OLIVEIRA, 2006, p. 137-138) ORGANIZAÇÃO POR PROJETO SEGUNDO OLIVEIRA Vantagens Permite alto grau de responsabilidade da equipe. Possibilita que os funcionários tenham elevado grau de conhecimento de todos os trabalhos inerente ao projeto. Tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas ideias e técnicas, durante e execução. Possibilita melhor atendimento ao cliente do projeto. Possibilita melhor cumprimento do prazo. Desvantagens O gerenciamento pode cuidar mais de uma área que outra (administrativa ou técnica). Dificuldade de comunicação e tomada de decisão. Problema de equipe de projeto mal dimensionada compromete o sucesso do projeto. (OLIVEIRA, 2006, p. 137-138) ORGANIZAÇÃO POR PROJETO SEGUNDO OLIVEIRA Algumas condições para utilização máxima da organização por projetos, segundo Vasconcellos 1980, apud, Oliveira, 2006, p. 138-139). São elas: Existência de projetos multidisciplinares, em que há necessidade de interação entre as especialidades técnicas. Projeto de longa duração, com grande equipe integral, mas com pouca oscilação no nível de utilização. Atendimento aos prazos é fundamental para o sucesso dos trabalhos. Mudanças no ambiente exigem constantes alterações no projeto. Equipe técnica de alto nível podendo prescindir de um chefe funcional, ou de baixo nível de diversificação, o que permite ao gerente melhor supervisão técnica. Gerente e equipe técnica de projetos altamente capacitados, técnica e administrativamente. Equipe técnica com capacidade de resistir ao maior nível de incerteza e à instabilidade do ambiente empresarial e da própria empresa. (OLIVEIRA, 2006, p. 137-139) ESTRUTURA PROJETIZADA SEGUNDO CARVALHO Na medida em que a complexidade das organizações aumentava, os gerentes de projetos observaram que as atividades de projeto não estavam sendo integradas de maneira efetiva. Com isso, os gerentes começaram a procurar por novas estruturas organizacionais, que iriam permitir maior integração e resolver os problemas. Assim, através do PMI - Project Management Institute (Instituto de Gerenciamento de Projetos) que atua em vários países, inclusive no Brasil, foi criada a estrutura projetizada (CARVALHO, 2009, p. 28-29). Na estrutura projetizada o gerente de projeto mantém autoridade completa sobre o projeto como um todo (CARVALHO, 2009, p. 28-29). GERENTE GERENTE DE PROJETO GERENTE DE PROJETO GERENTE DE PROJETO Staff Staff Staff Staff Staff Staff Staff Staff Staff Coordenação de Projeto (PMI, 2004, Apud CARVALHO 2009 p. 29) ESTRUTURA PROJETIZADA SEGUNDO CARVALHO ESTRUTURA PROJETIZADA SEGUNDO CARVALHO Vantagens O gerente do projeto tem total autoridade sobre o projeto. Comunicação facilitada e com canais fortes. A equipe do projeto tem identidade própria e, com isso, tende a desenvolver alto nível de comprometimento. Possibilidade de se tomar decisões rápidas. Há uma unidade de comando dento do projeto. A estrutura permite a abordagem holística (visão do todo). Existe flexibilidade na determinação do tempo, custo e performance. Mais fácil interface com a alta administração. Alta gerencia tem mais tempo para tomada de decisões executivas. Desvantagens Devido aos vários projetos, novos grupos podem ser criados e duplicidade de trabalho. Projetos de alta tecnologia com necessidade de especialista que estão em setores funcionais. Incerteza para equipe ao término do projeto. Custo alto da estrutura pela duplicação de esforços das pessoas. O controle dos especialistas funcionais reque a coordenação de alta gerencia. CARVALHO 2009 p. 30 ESTRUTURA MATRICIAL SEGUNDO MAXIMIANO Consiste em montar uma estrutura multidisciplinar temporária (ou várias equipes multidisciplinares) dentro de uma organização funcional. A forma matricial de organização é uma família com diversos integrantes e nãoum formato único. A composição da família baseia-se na divisão de autoridade entre os gerentes funcionais e o de projeto. (MAXIMIANO, 2000, 2007 p. 295-321) ESTRUTURA MARTICIAL SEGUNDO MAXIMIANO GESTÃO COORDENAÇÃO DE PROJETOS SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONSULTORIA AUDITORIA SERVIÇOS CENTRAIS -Finanças -RH -Serv. Gerais Cliente 1 Projeto A Cliente 2 Projeto B Cliente 3 Projeto C Sistema de informação Consultoria Auditoria Sistema de informação Consultoria Auditoria Sistema de informação Consultoria Auditoria Equipe do projeto A Equipe do projeto B Equipe do projeto C (MAXIMIANO, 2000, 2007 p. 295-321) ORGANIZAÇÃO MATRICIAL SEGUNDO OLIVEIRA Vantagens Possibilita maior aprimoramento técnico da equipe de trabalho. Coordenação da equipe de forma mais adequada e coerente. Maior desenvolvimento da capacitação profissional. Maior especialização nas atividades desenvolvidas. Uso adequado dos vários recursos. Maior aprimoramento dos prazos e orçamento. Melhor atendimento aos cliente do projeto. Desvantagens Dupla subordinação, gerando um clima de ambiguidade de papéis e de relações. Conflitos de interesses entre os gerentes funcionais e técnicos de projetos. (OLIVEIRA, 2006, p. 137-139) COMO ESCOLHER UMA ESTRUTURA SEGUNDO OLIVEIRA Para escolher o tipo de estrutura linear, funciona, por projeto ou matricial, é necessário levar em conta diversos fatores, dentre os quais podem se destacar: Diversidade e homogeneidade de operações, devido à tecnologia. Ex. Produção de matérias-primas. Diversidade ou homogeneidade dos canais de distribuição, das fontes de recursos e das necessidades do cliente. Natureza da organização (pública, privada, não lucrativa, etc.) Ênfase estratégica (estabilidade e eficiência ou expansão e eficácia). Proporções entre atividades de rotina e de inovação. Turbulência em contraposição à tranquilidade no meio ambiente de mercado. Participação de cada um dos produtos e serviços ou linhas no volume total. Ênfase na administração superior na centralização ou descentralização de autoridade e atividade. (OLIVEIRA, 2006, p. 137-139) REFERÊNCIA CARVALHO, Marly Monteiro de. Construindo competências para projetos: teoria e casos. São Paulo: Atlas, 2009. MAXIMIANO, Antonio Cesar de Amaru. Administração de projetos: como transformar ideias em resultados. São Paulo: Atlas, 2007. MAXIMIANO, Antonio Cesar de Amaru. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2000. MENEZES, Luis César de Moura. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Estrutura organizacional: uma abordagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2006.
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