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ALEITAMENTO MATERNO Profª. Nathalia Nunes Nutrição Materna, da Criança e do Adolescente Profª. Nathalia Scrafide “O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis, além de promover a saúde física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Recomenda-se o aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros 6 meses de vida.” (MS, 2009) ALEITAMENTO MATERNO CLASSIFICAÇÃO SITUAÇÃO ALEITAMENTO MATERNO (AM) NO BR II Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais Brasileiras e no Distrito Federal - PPAM (MS, 2009). OBJETIVO: Verificar a situação atual da amamentação e da alimentação complementar no Brasil; Analisar a evolução dos indicadores de aleitamento materno no período de 1999 a 2008; identificar grupos populacionais mais vulneráveis a interrupção do aleitamento materno e avaliar práticas alimentares. Figura 1. Prevalência de crianças menores de 1 ano que mamaram na primeira hora de vida, segundo capitais brasileiras e DF, 2008. PNDS/2006 43% Região NO, CO e S melhores resultados Região SD percentual de crianças nessas condições. Tabela 1: Prevalência e intervalo de confiança do aleitamento materno exclusivo (AME) em crianças menores de 6 meses, segundo as capitais e DF, regiões e Brasil,2008. Heterogeneidade diagnósticos locais subsidio para planejamento de interveções apropriadas Fonte: MS,2009 Tabela 2.: Evolucao do indicador “AME em menores de 4 meses” no periodo de 1999 a 2008, segundo capital e DF, regiao e Brasil. Fonte: MS,2009 descréscimo aumento Tabela 3: Analise do AME segundo sexo da criança, região e idade, escolaridade e situação de trabalho da mãe, 2008. Fonte: MS,2009 •AME: 23,4 dias (PNSN1992) 54,11dias (PPAM, 2009) •AM: 2,4 meses (PNSN 1992) 11,2 meses (PPAM, 2009) PANORAMA ATUAL Praticamente 90% das crianças brasileiras são inicialmente amamentadas; A duração média da amamentação é de apenas 90 dias; AME = apenas 6% das crianças são amamentadas exclusivamente até os 2 meses de idade; Metade das crianças entre 0 a 6 meses: já receberam água; 42% = outros líquidos; 23% = leite de vaca e/ou fórmula láctea e16% = já recebe alimentos sólidos ou semi-sólidos; A duração média do aleitamento materno > entre as mulheres residentes em áreas rurais. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO LÓBULO GLANDULAR 10 a 100 alvéolos ALVÉOLOS circundado por células mioepteliais DUCTOS MAMÁRIOS seios lactíferos (ápice do seio-mamilo) BASE DO MAMILO inervação sensitiva ARÉOLA corpúsculo de Montgomery ANATOMIA DA MAMA GESTAÇÃO: Inicio proliferação dos ductos, ramificações e formação lobular PROLACTINA: principal hormônio da lactogênese, tem sua ação inibida por hormônios esteróides : PROGESTERONA: desenvolvimento dos alvéolos mamários células lactóforas (preparo para a produção láctea) ESTRÓGENOS : aumento nos ductos e alvéolos mamários 2º. Trimestre hormônio lactogênico placentário humano + desenvolvimento mamário produção de colostro. PÓS-PARTO - Início da produção láctea. ESTRÓGENO E PROGESTERONA Rápida Cessa o efeito inibidor da ação da prolactina. PROLACTINA Gradual Condicionada à sucção do RN FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO Reflexo da produção de leite e descida do leite Pico prolactina: entre 20 – 40 min após cada sucção 2hs para produzir 80% do leite a ser armazenado Sucções frequentes (7 – 8 / dia) são necessárias para a manutenção dos níveis de prolactina. Mamadas; não esvaziamento das mamas: síntese de leite AMAMENTAÇÃO: COMPOSIÇÃO E VANTAGENS DO LEITE MATERNO Composição do leite humano Alimento Completo Fornece todos os nutrientes e água para o bom desenvolvimento do lactente até os 6 meses de idade. Variações: ◦ entre mulheres e grupos étnico. ◦ Amostras de leite de uma mesma mulher → ao longo do dia, no decorrer do estágio lactação e até mesmo durante uma mesma mamada. Macronutrientes: ◦ Gordura: mais variável ◦ Lactose: mais estável Leite humano ideal para o lactente, particularmente nos 6 primeiros meses Benefícios nutricionais Benefícios imunológicos Efeito psicossocial positivo para o binômio mãe-filho Colostro Secreção espessa amarelada 1º produto de secreção da lactante Produzida no 1º ao 5º dia 2 a 20mL/mamada 1º imunização estabelece a flora intestinal ideal (fator bífido) ação laxativa na eliminação do mecônio. LIP e CHO do que o leite maduro. PROT não nutricionais aspectos imunológicos Imunoglobulinas bactérias e vírus canal vaginal e contato humano Lactoferrina ligação com o Fe inibe multiplicação bacteriana Componentes celulares Linfócito, leucócito e macrófagos Vitaminas vit. A, E e carotenóide. Minerais rico em sódio, potássio, cloro e zinco Composição do Colostro Leite de Transição é secretado a partir do 5º dia até 14º dia após o colostro; Aspecto aguado; A concentração de imunoglobulinas e o teor de vitaminas lipossolúveis tornam-se progressivamente menores, enquanto aumenta o conteúdo de vitaminas hidrossolúveis, lipídeos e lactose, com consequente acréscimo do aporte calórico. Leite Maduro Produzido a partir da 2o semana de lactação Produzido em quantidade que o colostro Aparência de mais “ralo” que o leite de vaca Mito: “leite fraco” Suficiente em nutrientes e água mesmo em dias quentes Leite materno é completo e adequado para o desenvolvimento do lactente Alteração de composição nutricional do início e do final da mamada ◦ Leite do início: acinzentado e aguado → rico em proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água ◦ Leite do final: + branco → rico em gordura, sendo + energético Importante assegurar o consumo do leite posterior Não estabelecer limites para o tempo de mamada Oferecer na próxima mamada a última mama oferecida na mamada anterior Leite Maduro COMPOSIÇÃO: ◦ Atende as necessidades nutricionais biodisponibilidade e digestibilidade do que os demais alimentos. ◦ Proteínas Não depende da alimentação ou composição corporal materna Adequado à velocidade de crescimento → 1,2g a 1,5g/d/L ao longo da lactação → velocidade de crescimento da criança → requerimentos Proteína do soro do leite → ( 60%) Alfa-lactoalbumina: fornece os aa essenciais para o crescimento e desenvolvimento Imunoglobulinas: função protetora Enzimas Caseína→ ( 40%) Hidrolise – flocos finos de fácil digestão Caseína humana ≠ caseína da vaca → composição de aa (espécie) e tamanhos de coágulos Leite Maduro Composição de aa → satisfação das necessidades e adequação metabólica ao RN: Cisteína (aa semi essencial) teor de fenilalanina e tirosina → dificuldades do RN para metabolizar (falta de enzimas) teor de metionina e cisteína → baixo nível de enzima que catalisa a conversão de metionina em cisteína → economia da etapa teor de taurina → RN tem dificuldade em sintetizá-la → deficiência pode comprometer o desenvolvimento da função visual. FUNÇÃO PROTEÍNA Fontes de aas essenciais e de nitrogênio para a síntese protéica Lactoalbumina, caseína, albumina. Defesa do organismo Imunoglobulinas, lisozima, lactoferrina. Fatores de crescimento e moduladoresPTN de baixo peso molecular, presentes em pequenas quantidades Processo digestivo amilase, lipase. TABELA 1: proteínas e suas funções do ponto de vista nutricional FONTE: Adaptado EUCYDES, 2000 Leite Maduro ◦ Lipídios: Componente energético mais importante 97% de TG Alimentação materna Quantidade total de gordura do leite não sofre influência da dieta e da condição nutricional da mãe; AG são altamente influenciados pelo tipo de gordura que a mãe ingere. Leite humano: predomínio de AG poliinsaturados Leite de vaca: predomínio de AG saturados Rico em AG poliinsaturados (-3 e -6) → formação da membrana celular, principalmente da retina e cérebro Leite Maduro ◦ Carboidratos Lactose → facilita a absorção de Ca, fósforo e magnésio → fator anti-raquitismo Fornecimento de energia → Glicose Fator protetor para sistema nervoso central e cerebral: Galactose +lipídios (galactocerebrosídios) → formação do sistema nervoso central e cerebral Proteção contra infecções intestinais: fator bífido → oligossacarídeos + peptídios → em meio lactose → produção de ácido lático e succínico → pH intestinal → meio desfavorável à proliferação de enterobactérias. ◦ Vitaminas Vulnerável: dependem da alimentação e EN materno →Hidrossolúveis Baixa concentração de vitamina D → incentivar o banho de sol pelo lactente → fator protetor: sinergismo com a lactose Leite Materno (LM) x Leite de Vaca (LV) Lipidios: LM: digestibilidade lactente possui lipase específica. Caseína: LM: Suco gástrico Flocos pequenos fácil digestão (enzimas do lactente) promovendo rápido esvaziamento gástrico e melhor trânsito intestinal. LV: > teor de caseína lactente tem dificuldade de digerir. Lactoalbumina LM: alfa-lactoalbumina aa essenciais LV: beta-lactoalbumina alergias Ferro: LM: quantidade biodisponibilidade ( vitamina C e lactoferrina) Tratamente térmico: LV: perda de vitaminas termolábeis C, B6, tiamina e ác. Fólico Eletrólitos LV: eletrólitos + excesso protéico aumenta o requerimento hídrico risco de sobrecarga renal. Conclusões sobre o leite humano O aleitamento materno favorece o desenvolvimento do SNC e melhor acuidade visual da criança. Os CHOs favorecem a formação de flora intestinal adequada para a proteção contra infecções. O aleitamento materno protege a criança contra anemia ferropriva. A composição é ajustada às necessidades nutricionais do lactente. Os nutrientes se encontram equilibrados e em uma forma facilmente assimilável pelo organismo imaturo do recém-nascido, além dos inúmeros componentes de função protetora. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO Técnicas: Prático e fácil operacionalização produto Prontamente disponível To e concentração Seguro microbiológico Fácil digestão 2 a 3 hs Regula apetite líquidos no final da mamada Econômicas: Sem custo ( produto e adicionais) e desperdício. Psicológicas: Desenvolvimento vínculo mãe-filho equilíbrio emocional da criança e da mãe (autoestima e bem estar) Maternas “Controle dietético” perda de peso gradual Involução do útero ocitocina Proteção contra CA mama e ovário Método anticoncepcional prolactina Criança: Variabilidade biológica adequado nutricionalmente Fator protetor gastroenterites, infecções e otites incidência de alergias asmas e alimentares (alergia ao LV ocorre em 0,4 a 7,5% dos lactentes) taxas de morbimortalidade infantil melhorias de condições sanitárias e econômicas. Proteção contra enfermidades futuras melhorias DM, HA, obesidade, linfoma, Doença de Crohn. Favorece o desenvolvimento cognitivo propriedades biológicas + interação mãe-filho). Dispensa o uso de chupetas necessidades de sucção satisfeita TÉCNICAS DE AMAMENTAÇÃO Instintivo aprendizagem Informações outras mulheres e profissionais de saúde AMAMENTAÇÃO SUCESSO Orientação e conhecimentos maternos adequados Trabalho de profissionais da saúde na promoção, proteção e apoio Apoio Técnica correta Início da Amamentação Mais rápido possível imediatamente após o nascimento Estimula a “descida” do leite Redução do sangramento pós parto e involução do útero → ocitocina Ligação emocional → estabelecimento da relação mãe-filho Busca por alimento reflexo de sucção, deglutição e procura (olfato) Situações que favorecem: Alojamento conjunto → Portaria no. 1016, de 26 agosto de 1993 (MS) Parto normal Contra indicação risco para criança ou mãe Criança: Escore Apgar < seis Mãe: sedada ou fadigada Posição correta para amamentar MÃE: Confortavelmente sentada, com as costas apoiadas → bebê apoiado nas pernas ou travesseiro deitada em decúbito lateral → travesseiros de apoio ( mão –filho) Braço correspondente ao lado da mama → sustentação da criança apoiada ao pescoço, posicionando virada a mãe Mão para apoiar e posicionar o bebê e a outra para apoiar e oferecer a mama. Posição correta para amamentar BEBÊ: Todo o corpo encostado no da mãe e virado de frente para ela Importante: Cabeça ligeiramente mais elevada que o corpo → facilita a deglutição e evitar que o leite escorra para a tuba auditiva (otite) Rosto perto da mama Queixo encostado na mama Estímulo ao “reflexo de procura” Mãe deve tocar a face ou o lábio da criança com o mamilo Reflexo natural abertura da boca e move-se em direção ao estímulo. Abriu a boca a criança deve ser toda virada de frente para a mãe A criança deve abocanhar a mama espontaneamente. A mãe deve orientar a mama, de baixo pra cima, para a pega correta . Pega A criança deve abocanhar toda a aréola: Compressão dos seios lactíferos Toque do mamilo no palato → desencadeia o reflexo de sucção e extração do leite Pega incorreta apenas o mamilo é abocanhado pelo bebê: Não esvaziamento da mama → Fome, choro, insatisfação da criança. Traumas à pele do mamilo → Dor, fissuras, tensão materna Avaliação da Pega CORRETA INCORRETA A boca da criança fica bem aberta. O queixo do bebê toca a mama. O lábio do bebê fica virado pra fora. O bebê suga, faz uma pausa e suga novamente (sucções lentas e profundas). A mãe pode ouvir o bebê deglutindo. O mamilo parece achatado quando sai da boca do bebê no final da mamada. A mãe sente dor nos mamilos antes e após as mamadas. As mamas da mãe podem ficar ingurgitadas. Processo de mamar Sucção: puxa e mantém o tecido mamário na boca; Músculos da face e maxilares: compressão dos coletores; Língua: posiciona mamilo e aréola contra o palato e desencadeia movimentos ondulatórios; Movimentos que garantem a ordenha do leite dos seios lactíferos para a boca do bebê. Volume de leite → desencadeia o processo de deglutição. Duração das mamadas De acordo com o ritmo da criança. Quantidade de leite x tempo 3min iniciais, estima-se 80% do volume total ingerido Interrupção: Criança mais lenta → reduz a quantidade de leite ingerido. Espontânea → criança solta o mamilo, indicando saciedade. Sinais de saciedade não forçar a continuidade da mamada. Pausa durante as mamadas e posterior retomada de sucção comportamento reforçado necessidade natural de socialização. Interpretação errônea como desconforto Forçar o reinício da sucção → desinteresse na continuação da mamada e irritabilidade Comportamentos indicativos de saciedade Solta o mamilo e afasta a cabeça. Adormece. Quando o mamilo é reintroduzido, fecha os lábios com força. Morde o mamilo: enruga os lábios ou sorri e desiste. Irrita-se ou chora. Freqüência das mamadas livre-demanda : livre e freqüentemente, sem horário fixo. Garante o benefício máximo do colostro. Favorece o melhor estabelecimento da lactação. Favorece o ganho de peso da criança. Diminui a ocorrência de problemas nas mamas. Aumenta a duração do aleitamento. Mãe amamentar a qualquer sinal de fome da criança. Evitar o choro prolongado → agitação da criança, prejudicando a mamada. Diferenciar choro de fome de outras causas. RN pode necessitar de até 10 – 12 mamadas / dia (primeiro mês). Freqüência Média: DIURNA: 2/2 ou 3/3 horas NOTURNA: 4/4 ou 5/5 horas Freqüência ↓ conforme ↑ a capacidade de sucção e o volume de leite ingerido. Alternância das mamas Oferecer as duas mamas alternando a ordem em cada mamada Estimulação homogênea e drenagem de ambas. Sucção desigual ingurgitamento ou interrupção na produção de leite. Interrupção impede a ingestão do leite secretado na fase final. ORIENTAÇÕES Deixar a criança esvaziar completamente a primeira mama. Deixá-la sugar o quanto quiser na segunda. Alternar a ordem de oferta na mamada seguinte. Garantia de estímulos iguais e eficiência das duas mamas. Interrupção da mamada Pós mamada colocar a criança em posição que favoreça a eructação (eliminação do ar deglutido na mamada). Posição vertical, com a cabeça apoiada no ombro da mãe, que com uma das mãos apoiará as nádegas da criança e a outra fará fricção suave nas costas (ascendente) Decúbito vertical sobre um travesseiro, apoiado na perna da mãe sentada, que com uma das mãos apoiará a cabeça da criança e a outra fará fricção suave. Crianças maiores – sentado no coloca da mãe ( apoiada sobre um travesseiro), que com uma das mãos apoiará o tronco e o queixo da criança ( pela frente da criança) e a outra fará fricção suave. Não arrote não necessita ou fará isso mais tarde (não forçar). Evitar a regurgitação Pausa para a mudança de posição ou sugar por prazer. Pressão da sucção dedo mínimo na comissura labial da criança Higiene das mamas Não há necessidades de lavagem saliva do bebê Não usar nas mamas sabões, loções, óleos, álcool ou vaselina interferem na lubrificação natural da aréola Higiene corporal regular lavagens das mão antes da amamentação e pós troca de fralda. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DAS PRINCIPAIS DIFICULDADES RELACIONADAS A AMAMENTAÇÃO. Mais comum uma semana após o parto ↓ incidência em partos normais Causas ↑ produção de leite e inadequado estímulo de ejeção. Sintomas mamas doloridas, quentes, intumescidas e hígidas. Intumescimento da aréola mamas menos protrusas dificuldade da pega. Prevenção evitar que a ejeção demore para acontecer Amamentação logo após o parto Massagens circulares na mama → nódulos INGURGITAMENTO MAMÁRIO Ordenha Antes da mamada massagear a mama, deixando escorrer um pouco de leite amolecimento da mama facilitando a pega Evitar o uso de bomba elétrica ou manual Compressas bem conduzidas Quente → ↑ vascularização → ↑ facilidade de extração Fria → vasoconstrição → ↓ ingurgitamento → ↓ desconforto CUIDADO → ↓ a ação da prolactina e da ocitocina Efeito rebote ↑ produção agravo do ingurgitamento MASTITE Processo inflamatório pode evoluir para infecção bacteriana Sintomas parte atingida Sem infecção bacteriana Com infecção bacteriana Hiperemiada Dolorida Edemaciada ↑ Tº ↑ 38º.C Calafrios + frequente em pessoas com ingurgitamento, rachaduras mamilares, estagnação do leite na mama. Tratamento: Compressa úmida e fria e drenagem de abcessos FISSURAS E RACHADURAS Comuns nos 1ºs meses; Causas pega errada e preparo inadequado dos mamilos no período pré natal Prevenção: Tomar sol → mamilos e aréola → fortalecimento da pele Não retirar a proteção natural da pele → evitar o uso de óleos e cremes Livre demanda Ordenha antes do início da mamada Evitar uso de intermediários de mamilo Tratamento: Manter seco Expor as partes afetadas ao sol → cuidado com o horário Iniciar a mamada pela mama menos afetada Mudar a posição da mamada → posição invertidas Analgésicos sistêmicos ( orientação médica) Atuação do leite materno na rachadura Livre → Evitar fricção do sutiã HIPOGALACTIA Produção insuficiente de leite. Causas técnica inadequada de amamentação ou estresse materno Diagnóstico: Bebê → baixo peso ou ganho de peso insuficiente (< 20g/dia) → Urinar menos de 6x/dia → Urina amarela com odor forte Mãe → Mamas flácidas Tratamento: regressão em 2 a 3 dias (diagnóstico precoce) Bebê → mamar mais vezes → caso adormeça rápido - estimular o rosto Mãe → incentivar a tomar mais líquido na forma de água. MAMILOS AUSENTES, PLANOS OU INVERTIDOS É possível fazer amamentação com sucesso Identificação durante a gestação Normal Plano Invertido Cuidados: Exercícios: 3 vezes por semana; Higiene – água; Sucção suave com bomba; RELACTAÇÃO Restabelecimento do processo de produção do leite em mulheres que, por qualquer motivo, suspenderam a amamentação por um período de tempo. intervalo + fácil a relactação Mulher que não engravidou Lactação adotiva Indicação: Inicio da amamentação adiado por doença (mãe/filho) Suspensão por falta de orientação Adoção Iniciar a amamentação em favor da saúde do bebê e/ou doenças e intolerâncias alimentares geradas pelo uso de leites artificiais Processo já estabelecido Colocar no peito (8 a 10 x) por 5 a 10 minutos Em seguida: complementar com leite humano (colher/copo) secreção → complemento Processo não estabelecido Sonda polietileno + sucção das mamas PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E APOIO AO ALEITAMENTO MATERNO BANCO DE LEITE HUMANO Foi implantado no Brasil pela primeira vez em 1943, no Instituto Nacional de Puericultura. Principal objetivo: coletar e distribuir leite humano e atender a casos especiais como prematuros, bebês com distúrbios nutricionais ou alergias a proteínas de outros leites. (Brasil, 2008). DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe do serviço. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma. Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação. Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o parto. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos. DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO Não dar a recém-nascido nenhumoutro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia. Encorajar a amamentação sob livre demanda. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar. MÉTODO MÃE CANGURU Foi idealizado na Colômbia, em 1979. A ideia era reduzir o tempo de internação hospitalar e aumentar o vínculo afetivo entre mãe e filho por meio do contato da criança com o peito da mãe. O método leva esse nome devido à forma como as mães transportam os bebês. É muito aplicado a bebês prematuros em situação de risco e que têm alta assim que apresentam um quadro estável. Trabalhos nacionais publicados recentemente mostram o interesse de pesquisadores em aspectos subjetivos, como a percepção de pais de bebês prematuros sobre a vivência do método. MÉTODO MÃE CANGURU LICENÇA MATERNIDADE É um direito de toda gestante e tem a duração de quatro meses, visando à manutenção do aleitamento materno. Sabe-se que a amamentação deve ser exclusiva até os seis meses de vida do bebê, e, como forma de incentivá- la, diversas organizações da sociedade passaram a adotar o Programa Empresa Cidadã. Trata-se de um projeto que virou lei no ano de 2008, que concede benefícios fiscais às empresas que concederem seis meses de licença-maternidade e que tem caráter facultativo. RETORNO AO TRABALHO Para continuar amamentando depois de retornar ao trabalho, o ideal é manter o estímulo à produção de leite. Uma boa alternativa é ordenhar o leite durante o expediente, fazendo a retirada manual ou utilizando uma bombinha de sucção. O leite extraído pode ser guardado na geladeira por 12 horas e no congelador ou freezer por até 15 dias. Quando não estiver no trabalho, a mãe pode amamentar normalmente. CAUSAS DE DESMAME PRECOCE DESMAME PRECOCE uso da chupeta; hospitalização da criança; escolaridade materna e paterna; sintomas depressivos da mãe; influência dos avós; intercorrências nas mamas no puerpério; crenças e valores das mães, entre outros. DESMAME PRECOCE Faz-se necessária a detecção precoce dos fatores de risco à interrupção do aleitamento materno: aconselhamento e manejo clínico adequados; acompanhamento pelos profissionais de saúde do binômio mãe/filho durante o período da amamentação exclusiva. Referências Bibilográficas CURY,M.T.F. Aleitamento Materno. In: ACCIOLY, E.; SAUNDERS,C.; LACERDA,E.M.de A. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica,2009, p: 279 – 300 VITOLO, M.R. Manejo durante o aleitamento materno. In: VITOLO, M..R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. p:135-146 ACCIOLY, E.;SAUNDERS,C.;LACERDA,E.M.de A. Nutrição em Obstetricia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica,2003.
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