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Alimentação de 0-6 meses

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Alimentação nos primeiros 6 meses de vida Aula 1123.02.2021
Dr.Eduardo Cardoso 
Propedêutica Pediátrica 
 A alimentação e nutrição da mulher antes da concepção, durante a gravidez e 
durante o primeiro ano de vida da criança são determinantes do crescimento, 
desenvolvimento (físico é natural) e programam a expressão futura do binômio saúde 
doença (fenótipo) e existe repercussão transgeracional.
 Os 10 passos para o sucesso do aleitamento maternos são: 
 Diz-se que uma criança está em aleitamento materno quando ela recebe leite materno, 
independente de estar recebendo ou não outra outros alimentos, podendo ser classificada 
como:
 - Aleitamento Materno Exclusivo: quando à criança recebe comente leite materno, 
direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou s
ólidos;
 - Aleitamento Materno Predominante: quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água 
adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas;
 - Aleitamento Materno Complementar: quando a 
criança recebe, além do leite materno, alimentos 
complementares, definidos como qualquer alimento sólido ou 
semissolido com s finalidade de complementar o leite 
materno. O termo “suplemento” tem sido utilizado para água, 
chás e/ou leite de outras espécies;
 - Aleitamento Materno Misto ou Parcial: quando a 
criança recebe, além do leite maternos, outros tipos de leite.
Vantagens da Amamentação para a Mãe
 - Involução uterina mais rápida;
 - Não necessita de preparação; 
 - Está na temperatura ideal; 
 - Sem custos;
 - Recuperação mais rápida do peso; 
 - Redução do risco de câncer de mama e 
útero; 
 - Reduz risco de osteoporose.
Vantagens da Amamentação para bebês 
 - Previne infecções e alergias;
 - Alimentação equilibrada em nutrientes;
 - Confere imunidade passiva;
 - Contém endorfina - alívio de dor; 
 - Fácil digestão e absorção; 
 - Bebês mais calmos;
 - Promove vínculo afetivo. 
Recomendações quando à duração do Aleitamento Materno
 A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Mistério da 
Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam 
aleitamento materno por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 
6 meses. 
 Com relação à duração do AME, existem evidências de que não há vantagens em 
oferecer alimentos complementares a crianças menores de 6 meses, podendo, 
inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, como maior chance de adoecer por 
infecção intestinal e hospitalização por doença respiratória. Além disso, a 
introdução precoce dos alimentos complementares diminui a duração do 
aleitamento materno, interfere na absorção de nutrientes importantes nele 
existentes, como o ferro e o zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção de 
novas gestações.
Evidências da Superioridade da Amamentação
 Os efeitos do aleitamento materno sobre a saúde da criança e 
da mulher que amamenta:
 - Redução da mortalidade infantil: estima-se que o 
aleitamento materno pode reduzir em 13% a mortalidade em 
crianças menores de 5 anos por causas previníveis. A 
amamentação na primeira hora de vida tem sido associada à 
redução da mortalidade neonatal;
 - Redução da incidência e gravidade da diarreia: há fortes 
evidências epidemiológicas de que a amamentação confere 
proteção contra diarreia, sobretudo em crianças de baixo nível 
socioeconômico de países de baixa renda.
 - Redução da morbidade por infecção respiratória;
 - Redução de alergias: o risco de dermatites atópica em 
crianças com histórico familiar de atopia, nascidas a termo e 
amamentadas exclusivamente por pelo menos 3 meses, é menor 
quando comparados com crianças amamentadas por menos 
tempo, assim como é menor a chance de desenvolver asma em 
crianças sem história familiar de asma, quando comparadas 
com crianças não amamentadas. A exposição a pequenas doses 
de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o 
risco de alergia ao leite de vaca. Por isso, é muito importante o 
uso desnecessário de fórmulas infantis nas maternidades;
 - Redução de doenças crônicas: há relatos bem 
consistentes da associação entre aleitamento materno é menor 
chance de desenvolver obesidade e diabete tipo 2, pressão 
sistólica e diastólica mais baixas e níveis menores de colesterol 
total; 
 - Melhor nutrição: o leite materno contém todos os 
nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento 
ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, 
quando comparado com leites de outras espécies. Atualmente, o 
crescimento da criança amamentadas é a referência utilizada 
nas curvas de crescimento da OMS;
 - Melhor desenvolvimento cognitivo e inteligente: a 
maioria dos estudos publicados sobre aleitamento materno 
apresentam vantagens nesse aspecto, quando comparadas com 
as não amamentadas ou amamentadas por um período 
inferior. Essa vantagem foi observada em diferentes faixas 
etárias, até mesmo em adultos;
 - Melhor desenvolvimento da cavidade bucal: a 
interrupção precoce do exercício que a criança faz para retirar 
o leite do seio da mãe pode determinar o alinhamento 
adequado dos dentes e as funções de mastigação, deglutição, 
respiração e fala;
 - Proteção contra doenças na mulher que amamenta: 
proteção do aleitamento materno contra câncer de mama e de 
ovário, e desenvolvimento de diabetes tipo 2, além do efeito 
anticoncepcional;
 - Economia: não amamentar tem implicações financeiras, 
podendo onerar uma família de modo substancial. Ao gasto 
com leites industrializados, devem-se acrescentar custos com 
mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais 
gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em 
crianças não amamentadas. Onera também o sistema 
público de saúde e as empresas/serviços públicos e privados, 
pelas faltas ao trabalho de mães e pais pro doença da criança; 
 - Promoção do vínculo afetivo entre a mãe e o filho: apesar 
de difícil comprovação, é praticamente consenso que a 
amamentação traz benefícios psicológicos para a criança e 
para a mãe. É uma oportunidade ímpar de intimidade e afeto, 
geralmente sentimentos de segurança e proteção na criança e 
de autoconfiança e realização como mãe na mulher.
Principais determinantes do insucesso da Amamentação 
Como o leite é produzido 
 Fatores socioeconômica, etnia, cultura e psicológica. Podem 
ser individuais ou contextuais. 
 A mulher adulta possui de 15-25 lobos mamários (glândulas 
tubuloalveolares), constituídos, cada um, por 20-40 lóbulos. 
Estes, por sua vez, são formados por 10-100 alvéolos. Envolvendo 
os alvéolos, encontram-se as células mioepiteliais e, entre os 
lobos mamários, os tecidos adiposo, conjuntivo, linfático, 
nervoso e vascular. 
 O leite é secretado nos alvéolos por uma cadeira única de 
células epiteliais altamente diferenciadas e conduzido até o 
exterior por uma rede de ductos. Durante as mamadas, enquanto 
o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a areola 
enchendo-se de leite e dilatam-se, formando o que antes se 
chamava, equivocadamente, de seios lactíferos.
 Na gravidez, a mama é preparada para a lactação sob a ação 
de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, 
responsável pela formação dos lóbulos. Outros hormônios 
também são envolvidos na aceleração do crescimento mamário, 
como lactogênio placentário, prolactina é gonadotrofina 
coriônica. Apesar de a secreção de prolactina estar muito 
aumentada na gestação, a mama não secreta leite durante a 
gravidez, graças à inibição pelo lactrogênio placentário. 
 O início da secreção do leite, caracterizando o começo da fase II 
da lactogênese, ocorre graças à queda acentuada nos níveis 
sanguíneos maternos de progestogênio após o nascimento da 
criança e a expulsão da placenta, com consequente liberação de 
prolactina pela pituitária anterior. Assim, a síntese do leite após 
o nascimento da criança é controlada basicamentepela ação 
hormonal, e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o 3° ou 
4° dia após o parto, ocorre mesmo sem sucção da criança ao seio.
 Em seguida, inicia-se a fase III da lactogênese, também 
denominada galactopoese. Essa fase, que persiste por toda a 
lactação, é de controle autócrino e depende primordialmente da 
sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Qualquer fator 
materno ou da criança que limite o esvaziamento das mamas 
pode causar diminuição na síntese do leite, por inibição 
mecânica e química. A remoção contínua de peptídios 
supressores da lactação (feedback inibitor of lactation – FIL) do 
leite garan- te a reposição total do leite removido. Outro 
mecanismo local que regula a produção do leite, ainda não bem 
elucidado, envolve os receptores de prolactina na membrana 
basal do alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a 
forma das células alveolares fica distorcida e a prolactina não 
consegue se ligar aos seus receptores, criando assim um efeito 
inibidor da síntese de leite. 
 Grande parte do leite de uma mamada é produzido 
enquanto a criança mama, sob o estímulo da prolactina, 
que é liberada graças à inibição da liberação de dopamina, 
que é um fator inibidor da prolactina. A liberação de 
prolactina e ocitocina é regulada pelos reflexos da produção 
e ejeção do leite, respectivamente, ativados pela estimulação 
dos mamilos, sobretudo pela sucção da criança. A liberação 
da ocitocina também ocorre em resposta a estímulos 
condicionados, como visão, olfato e audição (ouvir o choro 
da criança), e a fatores de ordem emocional, como 
motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, 
a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a 
inseguranca e a falta de autoconfiança podem inibir o 
reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação. 
 A secreção de leite aumenta de menos de 100 mL/dia no 
início da lactação para aproximadamente 600 mL no 4° 
dia, em média. O volume de leite produzido na lactação já 
estabelecida varia de acordo com a demanda da criança. 
Em média, é de 850 mL por dia no 6o mês na 
amamentação exclusiva. A taxa de síntese de leite após 
cada mamada varia, sendo maior quando a mama é 
esvaziada com frequência. Habitualmente, a capacidade de 
produção de leite da mãe é maior que a demanda de seu 
filho. 
1 - parede torácica 
2- músculos peitorais 
3 - lobo mamário 
4 - mamilo
5 - aréola
6 - ductos lactíferos 
7 - tecido adiposo 
8 - pele 
A lactogênese possui três fases: 
Fase 1 = Preparação da mama para lactação ocorre durante a 
gestação. Ocorre durante a gestação, com o aumento dos 
hormônios maternos, fará com que haja um aumento de 
tecido glandular para que haja a produção do leite;
Fase 2 = Após o nascimento. Mediada por hormônios, mais 
especificamente, hormônios da hipófise fazendo a regulação 
de ejeção e produção do leite;
Fase 3 = Galactopoiese. Fase de produção autócrina, onde o 
maior estímulo será o processo de sucção do bebê 
Fase I
Desenvolvimento dos ductos mamários, aumento de estroma, 
deposição de gordura nas mamas, desenvolvimento dos alvéolos 
diferenciação da célula secretora e preparam a mama para a 
lactação e inibem a secreção do leite na gestação.
 A composição não varia com a etnia, cor ou tipo de 
alimentação materna. Apenas as mulheres com desnutrição 
grave podem ter o seu leite afetado tanto quantitativamente 
como qualitativamente. 
 O leite é Homogêneo.
Composição e Aspecto do leite materno 
 O leite materno é surpreendentemente homogêneo quanto à 
sua composição. Apenas as mulheres com desnutrição grave 
podem ter o seu leite afetado tanto qualitativa como 
quantitativamente. 
 O leite maduro só é secretado por volta do 10° dia pós-parto. 
Nos primeiros dias, a secreção láctea é chamada de colostro, que 
contém mais proteínas e menos lipídios do que o leite maduro, e 
é rico em imunoglobulinas, em especial a IgA. O leite de mães 
de recém-nascidos pré-termo difere do de mães de bebês a termo.
 A água contribui com quase 90% da composição do leite 
materno, o que garante o suprimento das necessidades hídricas 
de uma criança em aleitamento materno exclusivo, mesmo em 
climas quentes e áridos. 
 O principal carboidrato do leite materno é a lactose, e a 
principal proteína é a lactoalbumina. As gorduras são o 
componente mais variável do leite materno e são responsáveis 
por suprir até 50% das necessidades energéticas da criança 
pequena. Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa são 
essenciais no desenvolvimento cognitivo e visual, e na 
mielinização dos neurônios.
 A concentração de gordura no leite (e consequentemente o teor 
energético) aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o 
leite do final da mamada (leite posterior) é mais rico em energia 
e sacia melhor a criança; daí a importância de a criança 
esvaziar bem a mama. 
 Levando em consideração que o leite materno contém 
baixas concentrações de vitamina K, vitamina D e ferro, o 
Departamento de Nutrologia da SBP faz as seguintes 
recomendações de suplementação das crianças 
amamentadas: vitamina K ao nascimento, vitamina D 
diária até os 18 meses para as crianças sem exposição 
regular ao sol, e ferro até os 2 anos de idade a partir da 
introdução da alimentação complementar em crianças 
nascidas a termo, ou antes em lactentes pré-termo. 
 A cor e o aspecto do leite humano variam ao longo da 
mamada como decorrência das variações na sua 
composição e também de acordo com a dieta da mãe. Por 
exemplo, o leite é mais amarelado quando a mãe tem uma 
dieta rica em betacaroteno, e esverdeado em dietas ricas em 
riboflavinas. 
 No início da mamada, o teor de água e a presença de 
constituintes hidrossolúveis confere ao leite coloração de 
água de coco; no meio da mamada, com o aumento da 
concentração de caseína, o leite tende a ter uma coloração 
branca opaca; e, no final da mamada, em virtude da 
concentração dos pigmentos lipossolúveis, o leite é mais 
amarelado. 
 O leite humano possui vários fatores imunológicos 
específicos e não específicos que conferem proteção ativa e 
passiva contra infecções nas crianças amamentadas. A IgA 
secretória é a principal imunoglobulina, que atua contra 
microrganismos que colonizam ou invadem superfícies 
mucosas. A especificidade dos anticorpos IgA no leite 
humano é um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios 
da mãe, o que proporciona proteção à criança contra os 
agentes infecciosos prevalentes no meio em que ela está 
inserida. A concentração de IgA no leite materno diminui 
ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente 
constante a partir de então. 
 Outros fatores de proteção que se encontram no leite 
materno são: leucócitos, que matam microrganismos; 
lisozima e lactoferrina, que atuam sobre bactérias, vírus e 
fungos; oligossacarídios (mais de 130 compostos), que 
previnem ligação da bactéria na superfície mucosa e 
protegem contra enterotoxinas no intestino, ligando-se à 
bactéria; fator bífido, que favorece o crescimento do 
Lactobacilus bifidus na criança, uma bactéria saprófita 
que acidifica as fezes, dificultando a instalação de 
bactérias que causam diarreia, como Shigella, Salmonella 
e Escherichia coli. 
 Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total 
ou parcialmente inativados pelo calor, razão pela qual o 
leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura 
de 62,5°C por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico 
que o leite cru. 
-
-
Colostro 
Entre 1 - 7 dias após ao parto, leite especial de aspecto espesso e 
amarelo ouro. Rico em proteínas com menos gordura e rico em 
anticorpos (IgA) 
Leite de transição
7 - 14 dias, sua composição se modifica de forma gradual e 
progressiva. Inicia o ingurgitamento mamário 
Leite maduro
A partir do 14 dias do nascimento 
Propriedades Imunológicas do Leite Materno 
Aspecto da Amamentação Relacionados à Mãe 
 Células (macrófagos, neutrófilos, linfócitos T e B)
 IgA secretória
 IgM e IgG
 Fator bífido: polissacárides e glicoconjugadopresentes no LM 
– agentes prebióticos (acidifica as fezes, estimulando a 
colonização intestinal por microorganismos benéficos, 
impedindo a reprodução de enteropatógenos patogênicos) 
 Lactoferrina (proteína bacteriostática) e Lisozima 
(bactericida e anti-inflamatória)
 Lactoperoxidase, Citocinas e quimiocinas
 Lipase (LCPUFAS - relacionado a produção da bainha de 
mielina e desenvolvimento neurológico) 
 Lactose 
 Proteína = lactoalbumina 
 Iniciar a mamada logo após o nascimento, ainda na sala de 
parto, quando possível. O contato precoce ajudam a consolidação 
do reflexo de sucção, com abreviação do tempo de apojadura 
(descida do leite) e fortalecimento do vínculo mãe-filho
 Posição da mãe: sentada, recostada ou deitada
 Mama apoiada com a mão, polegar bem acima da aréola, e 
outros dedos e toda a palma da mão debaixo da mama
 O polegar e indicador formam a letra C para o lactente 
abocanhar o mamilo e boa parte da aréola
 Não se recomenda pinçar o mamilo entre dedos médio e 
indicador
 Durante as mamadas, é importante que mãe e bebê estejam em 
posição confortável, que não haja obstáculos para o bebê abocanhar 
tecido mamário suficiente (p.ex., dedos em forma de tesoura), 
retirar o leite efetivamente e deglutir e respirar livremente. A mãe 
deve estar relaxada e segurar com firmeza o bebê completamente 
voltado para si. É importante enfatizar que quando a criança é 
amamentada em posição adequada e tem pega boa, a mãe não 
sente dor. 
 Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebe interfere 
na dinâmica de sucção e extração de leite, dificultando o 
esvaziamento da mama, com consequente diminuição da 
produção do leite e ganho de peso insuficiente do bebê, 
apesar de, muitas vezes, ele permanecer longo tempo no 
peito. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada é capaz 
de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o 
leite posterior, mais nutritivo e rico em gorduras. Além 
disso, a má pega favorece traumas mamilares. Estudos 
ultrassonográficos mostram que quando o bebê faz a pega 
correta, o mamilo fica posicionado na parte posterior do 
palato, protegido de fricção e compressão, prevenindo 
traumas mamilares. 
 Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de 
amamentação: bochechas do bebê encovadas a cada sucção, 
ruídos da língua, mama aparentando estar esticada ou 
deformada durante a mamada, mamilos com estrias vermelhas 
ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a 
mama e dor durante a amamentação. 
Importância da “pega” correta 
Permite melhor esvaziamento da mama
Mantém a produção do leite
Permite obtenção de leite anterior e 
posterior (leite mais rico em gordura)
Menor risco de trauma e lesões nos 
mamilos
Uso Mamadeira, Chupetas, Bicos - Contraindicação 
Risco de contaminação
Confusão de bicos
Pode modificar posição dos dentes, desenvolvimento 
da musculatura da face e da mastigação 
Pode prejudicar fala e respiração
Uso da mamadeira: + trabalho, + caro.
Mais recentemente, tem-se valorizado o laid-back 
breast-feeding (termo ainda sem tradução para o 
português). É um “jeito de amamentar” mais 
natural e descontraído, que consiste em adotar 
posições que facilitam a liberação de comporta- 
mentos instintivos na mãe e na criança que 
favorecem a ama- mentação. A mãe assume posição 
semideitada, relaxada, com ombros, cabeça e pescoço 
bem apoiados; o bebê fica em cima da mãe, em 
posição longitudinal ou oblíqua, não havendo 
necessidade de apoiá-lo, pois ele se mantém fixado à 
mãe pela força da gravidade, livre da pressão das 
costas. As mãos da mãe podem ficar livres. Nessa 
posição, o bebê usa mais os seus reflexos neonatais 
primitivos (rastejamento, acomodação, preensão 
palmar e plantar, flexão das mãos, dos pés e dos 
dedos, mãos na boca, abertura da boca, lambida, 
sucção e deglutição). Por exemplo, essa posição 
promove a locomoção do bebê; ele rasteja, acomoda-se e 
frequentemente pega sozinho a mama. Alguns 
autores defendem que amamentar utilizando a 
laid-back position dá mais autonomia ao bebê, 
dando-lhe chance para utilizar o seu potencial inato. 
Como terminar a mamada
Deixar o bebê soltar espontaneamente.
Colocar o dedo mínimo na boca do bebê 
para que ele solte o mamilo.
Posição para Arrotar
Sucção precoce - sala de parto 
Livre demanda
Duração: o suficiente para esvaziar a mama
Leite posterior + rico
Evitar suplementos (água, chá, LV)
Chupetas: desaconselhadas
Dieta adequada para a nutriz ( suplementação de vitaminas e 
minerais até o terceiro mês) 
Recomendações
Técnica de Translactação
 Maneira de manter o vínculo e o alguns benefícios da 
amamentação para as mães que querem muito amamentar e 
não tem produção suficiente de leite 
a-
Situação atual do Brasil (2017)
 Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil 
(ENANI) em relatório preliminar de indicadores de 
aleitamento materno no Brasil
 Aumento de mais de 12 vezes da prevalência de 
amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro 
meses, em relação a 1986, saindo de 4,7% para 60%
 Entre os menores de seis meses, aumentou 42,8 pontos 
percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 
anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% 
ao ano
Monitorização do Ganho de Peso
Parâmetros de uma boa estratégia de amamentação 
Ganho adequado de peso:
 ↑ 20 - 30 g/ dia - primeiro trimestre 
 ↑ 15 - 20 g/ dia - segundo trimestre 
 ↑ 10 - 15 g/ dia - terceiro trimestre 
 ↑ 5 - 10 g/ dia - quarto trimestre 
Fatores Associados com Menor Duração do Aleitamento 
Materno 
Falta de informações adequadas 
Mães adolescentes 
Primigesta 
Gemelaridade 
Menor escolaridade materna 
Prematuridade e/ou baixo peso ao nascer 
Experiência prévia desfavorável com a amamentação 
Trabalho materno fora de casa 
Uso e chupetas ou mamadeiras
Início precoce de introdução alimentar complementar 
Problemas com a Mama Puerperal 
 Fissura mamilar
 Candidíase
 Ingurgitamento mamário
 Ductos bloqueados
 Mastite
 Abcesso mamário
 Maioria: técnica e esvaziamento mamário inadequados!
Crianças que não Recebem Leite Materno 
 Diante da impossibilidade de LM, deve-se usar fórmula infantil
 Todas as fórmulas infantis e fórmulas de seguimento disponíveis no 
Brasil são consideradas seguras – seguem as resoluções da ANVISA
 Para estas crianças, a introdução de alimentos não lácteos deverá 
seguir o mesmo preconizado para aquelas em aleitamento materno 
exclusivo: a partir de 6 meses
Adequação das fórmulas em relação ao acréscimo de ácidos graxos 
essenciais (linoleico e alfa-linoleico), contém lactose ou associação de 
lactose com polímeros de glicose (maltodextrina), proteínas poliméricas 
ou parcialmente hidrolisadas, adequação de minerais
Contra indicações temporária ao aleitamento materno 
 Infecção herpética com lesões na mama
 varicela materna com lesões 5 dias antes do parto (criança receberá 
imunoglobulina humana anti varicela zoster)
 fase aguda da doença de Chagas, consumo de drogas 
Por que não a introdução precoce de outros alimentos 
 Maior número de episódios de diarréia
 Maior número de hospitalizações por doença 
respiratória
 Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos 
forem nutricionalmente inferiores 
 Menor absorção de nutrientes importantes do leite 
materno, como o ferro e o zinco
 Menor eficácia da amamentação como método 
anticoncepcional;
 Menor duração do aleitamento materno
Contraindicação ao aleitamento materno: mães portadoras de HIV, 
que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos, criança 
portadora de galactosemia
→
Comparação entre LM, LV e fórmulas infantis Leite de vaca x leite materno 
Desvantagens do leite de vaca 
Gorduras: ↓ácido linoleico (ácidos graxo essencial. Orientação: 
acréscimo de óleo de milho)
Carboidratos: insuficiente
Proteínas: taxas elevadas e relação caseína/proteínas do 
soro inadequada, dificultando a digestão e absorção
Minerais: ↓ de ferro e↑de sódio (anemia ferroprivae sobrecarga 
renal)
Vitaminas: ↓ vitaminas C, D e E
Oligoelementos: teores insuficientes
Menor quantidade de água (quase 90% no leite materno)
Oferecer leite integral diluído em menores de 4 meses, se 
não for possível utilizar as fórmulas 
Leite em pó
1 colher rasa de sobremesa/ 100 ml de água 
1 e ½ colher rasa de sobremesa / 150 ml de água 
2 colheres rasas de sobremesa / 200 ml de água
Diluir o leite em um pouco de água fervida e depois 
acrescentar o restante 
Leite fluido
2/3 de leite e 1/3 água fervida 
70 ml de leite e 30 ml de água 
100 ml de leite e 50 ml de água 
Diluído a 2/3 (redução de calorias e ácido 
linoleico 
Acrescenta-se 3% de óleo 
 - 1 colher de chá de óleo para cada 100 ml de 
leite 
introdução de 
alimentos aos 
4 meses
Crianças com uso de leite integral 
Capacidade gástrica nos lactentes é de aproximadamente 20-30 ml/ kg 
T
Suplementações recomendadas 
Profilaxia de anemia ferropriva (SBP) 
Vitamina K – dada ao nascimento 1 mg IM 
Vitamina D – leite materno oferece 25UI/ dia – necessidade é de 400 UI/ dia 
Vitamina A – 1.500 a 2.000 UI/ dia 
Ad-Til = 1 gota = vit A = 1.250 e Vit D = 250 UI 
Referências 
Seção 6

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