Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alimentação nos primeiros 6 meses de vida Aula 1123.02.2021 Dr.Eduardo Cardoso Propedêutica Pediátrica A alimentação e nutrição da mulher antes da concepção, durante a gravidez e durante o primeiro ano de vida da criança são determinantes do crescimento, desenvolvimento (físico é natural) e programam a expressão futura do binômio saúde doença (fenótipo) e existe repercussão transgeracional. Os 10 passos para o sucesso do aleitamento maternos são: Diz-se que uma criança está em aleitamento materno quando ela recebe leite materno, independente de estar recebendo ou não outra outros alimentos, podendo ser classificada como: - Aleitamento Materno Exclusivo: quando à criança recebe comente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou s ólidos; - Aleitamento Materno Predominante: quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas; - Aleitamento Materno Complementar: quando a criança recebe, além do leite materno, alimentos complementares, definidos como qualquer alimento sólido ou semissolido com s finalidade de complementar o leite materno. O termo “suplemento” tem sido utilizado para água, chás e/ou leite de outras espécies; - Aleitamento Materno Misto ou Parcial: quando a criança recebe, além do leite maternos, outros tipos de leite. Vantagens da Amamentação para a Mãe - Involução uterina mais rápida; - Não necessita de preparação; - Está na temperatura ideal; - Sem custos; - Recuperação mais rápida do peso; - Redução do risco de câncer de mama e útero; - Reduz risco de osteoporose. Vantagens da Amamentação para bebês - Previne infecções e alergias; - Alimentação equilibrada em nutrientes; - Confere imunidade passiva; - Contém endorfina - alívio de dor; - Fácil digestão e absorção; - Bebês mais calmos; - Promove vínculo afetivo. Recomendações quando à duração do Aleitamento Materno A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Mistério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam aleitamento materno por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses. Com relação à duração do AME, existem evidências de que não há vantagens em oferecer alimentos complementares a crianças menores de 6 meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, como maior chance de adoecer por infecção intestinal e hospitalização por doença respiratória. Além disso, a introdução precoce dos alimentos complementares diminui a duração do aleitamento materno, interfere na absorção de nutrientes importantes nele existentes, como o ferro e o zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção de novas gestações. Evidências da Superioridade da Amamentação Os efeitos do aleitamento materno sobre a saúde da criança e da mulher que amamenta: - Redução da mortalidade infantil: estima-se que o aleitamento materno pode reduzir em 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas previníveis. A amamentação na primeira hora de vida tem sido associada à redução da mortalidade neonatal; - Redução da incidência e gravidade da diarreia: há fortes evidências epidemiológicas de que a amamentação confere proteção contra diarreia, sobretudo em crianças de baixo nível socioeconômico de países de baixa renda. - Redução da morbidade por infecção respiratória; - Redução de alergias: o risco de dermatites atópica em crianças com histórico familiar de atopia, nascidas a termo e amamentadas exclusivamente por pelo menos 3 meses, é menor quando comparados com crianças amamentadas por menos tempo, assim como é menor a chance de desenvolver asma em crianças sem história familiar de asma, quando comparadas com crianças não amamentadas. A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca. Por isso, é muito importante o uso desnecessário de fórmulas infantis nas maternidades; - Redução de doenças crônicas: há relatos bem consistentes da associação entre aleitamento materno é menor chance de desenvolver obesidade e diabete tipo 2, pressão sistólica e diastólica mais baixas e níveis menores de colesterol total; - Melhor nutrição: o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies. Atualmente, o crescimento da criança amamentadas é a referência utilizada nas curvas de crescimento da OMS; - Melhor desenvolvimento cognitivo e inteligente: a maioria dos estudos publicados sobre aleitamento materno apresentam vantagens nesse aspecto, quando comparadas com as não amamentadas ou amamentadas por um período inferior. Essa vantagem foi observada em diferentes faixas etárias, até mesmo em adultos; - Melhor desenvolvimento da cavidade bucal: a interrupção precoce do exercício que a criança faz para retirar o leite do seio da mãe pode determinar o alinhamento adequado dos dentes e as funções de mastigação, deglutição, respiração e fala; - Proteção contra doenças na mulher que amamenta: proteção do aleitamento materno contra câncer de mama e de ovário, e desenvolvimento de diabetes tipo 2, além do efeito anticoncepcional; - Economia: não amamentar tem implicações financeiras, podendo onerar uma família de modo substancial. Ao gasto com leites industrializados, devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas. Onera também o sistema público de saúde e as empresas/serviços públicos e privados, pelas faltas ao trabalho de mães e pais pro doença da criança; - Promoção do vínculo afetivo entre a mãe e o filho: apesar de difícil comprovação, é praticamente consenso que a amamentação traz benefícios psicológicos para a criança e para a mãe. É uma oportunidade ímpar de intimidade e afeto, geralmente sentimentos de segurança e proteção na criança e de autoconfiança e realização como mãe na mulher. Principais determinantes do insucesso da Amamentação Como o leite é produzido Fatores socioeconômica, etnia, cultura e psicológica. Podem ser individuais ou contextuais. A mulher adulta possui de 15-25 lobos mamários (glândulas tubuloalveolares), constituídos, cada um, por 20-40 lóbulos. Estes, por sua vez, são formados por 10-100 alvéolos. Envolvendo os alvéolos, encontram-se as células mioepiteliais e, entre os lobos mamários, os tecidos adiposo, conjuntivo, linfático, nervoso e vascular. O leite é secretado nos alvéolos por uma cadeira única de células epiteliais altamente diferenciadas e conduzido até o exterior por uma rede de ductos. Durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a areola enchendo-se de leite e dilatam-se, formando o que antes se chamava, equivocadamente, de seios lactíferos. Na gravidez, a mama é preparada para a lactação sob a ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela formação dos lóbulos. Outros hormônios também são envolvidos na aceleração do crescimento mamário, como lactogênio placentário, prolactina é gonadotrofina coriônica. Apesar de a secreção de prolactina estar muito aumentada na gestação, a mama não secreta leite durante a gravidez, graças à inibição pelo lactrogênio placentário. O início da secreção do leite, caracterizando o começo da fase II da lactogênese, ocorre graças à queda acentuada nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio após o nascimento da criança e a expulsão da placenta, com consequente liberação de prolactina pela pituitária anterior. Assim, a síntese do leite após o nascimento da criança é controlada basicamentepela ação hormonal, e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o 3° ou 4° dia após o parto, ocorre mesmo sem sucção da criança ao seio. Em seguida, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada galactopoese. Essa fase, que persiste por toda a lactação, é de controle autócrino e depende primordialmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Qualquer fator materno ou da criança que limite o esvaziamento das mamas pode causar diminuição na síntese do leite, por inibição mecânica e química. A remoção contínua de peptídios supressores da lactação (feedback inibitor of lactation – FIL) do leite garan- te a reposição total do leite removido. Outro mecanismo local que regula a produção do leite, ainda não bem elucidado, envolve os receptores de prolactina na membrana basal do alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue se ligar aos seus receptores, criando assim um efeito inibidor da síntese de leite. Grande parte do leite de uma mamada é produzido enquanto a criança mama, sob o estímulo da prolactina, que é liberada graças à inibição da liberação de dopamina, que é um fator inibidor da prolactina. A liberação de prolactina e ocitocina é regulada pelos reflexos da produção e ejeção do leite, respectivamente, ativados pela estimulação dos mamilos, sobretudo pela sucção da criança. A liberação da ocitocina também ocorre em resposta a estímulos condicionados, como visão, olfato e audição (ouvir o choro da criança), e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a inseguranca e a falta de autoconfiança podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação. A secreção de leite aumenta de menos de 100 mL/dia no início da lactação para aproximadamente 600 mL no 4° dia, em média. O volume de leite produzido na lactação já estabelecida varia de acordo com a demanda da criança. Em média, é de 850 mL por dia no 6o mês na amamentação exclusiva. A taxa de síntese de leite após cada mamada varia, sendo maior quando a mama é esvaziada com frequência. Habitualmente, a capacidade de produção de leite da mãe é maior que a demanda de seu filho. 1 - parede torácica 2- músculos peitorais 3 - lobo mamário 4 - mamilo 5 - aréola 6 - ductos lactíferos 7 - tecido adiposo 8 - pele A lactogênese possui três fases: Fase 1 = Preparação da mama para lactação ocorre durante a gestação. Ocorre durante a gestação, com o aumento dos hormônios maternos, fará com que haja um aumento de tecido glandular para que haja a produção do leite; Fase 2 = Após o nascimento. Mediada por hormônios, mais especificamente, hormônios da hipófise fazendo a regulação de ejeção e produção do leite; Fase 3 = Galactopoiese. Fase de produção autócrina, onde o maior estímulo será o processo de sucção do bebê Fase I Desenvolvimento dos ductos mamários, aumento de estroma, deposição de gordura nas mamas, desenvolvimento dos alvéolos diferenciação da célula secretora e preparam a mama para a lactação e inibem a secreção do leite na gestação. A composição não varia com a etnia, cor ou tipo de alimentação materna. Apenas as mulheres com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado tanto quantitativamente como qualitativamente. O leite é Homogêneo. Composição e Aspecto do leite materno O leite materno é surpreendentemente homogêneo quanto à sua composição. Apenas as mulheres com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado tanto qualitativa como quantitativamente. O leite maduro só é secretado por volta do 10° dia pós-parto. Nos primeiros dias, a secreção láctea é chamada de colostro, que contém mais proteínas e menos lipídios do que o leite maduro, e é rico em imunoglobulinas, em especial a IgA. O leite de mães de recém-nascidos pré-termo difere do de mães de bebês a termo. A água contribui com quase 90% da composição do leite materno, o que garante o suprimento das necessidades hídricas de uma criança em aleitamento materno exclusivo, mesmo em climas quentes e áridos. O principal carboidrato do leite materno é a lactose, e a principal proteína é a lactoalbumina. As gorduras são o componente mais variável do leite materno e são responsáveis por suprir até 50% das necessidades energéticas da criança pequena. Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa são essenciais no desenvolvimento cognitivo e visual, e na mielinização dos neurônios. A concentração de gordura no leite (e consequentemente o teor energético) aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (leite posterior) é mais rico em energia e sacia melhor a criança; daí a importância de a criança esvaziar bem a mama. Levando em consideração que o leite materno contém baixas concentrações de vitamina K, vitamina D e ferro, o Departamento de Nutrologia da SBP faz as seguintes recomendações de suplementação das crianças amamentadas: vitamina K ao nascimento, vitamina D diária até os 18 meses para as crianças sem exposição regular ao sol, e ferro até os 2 anos de idade a partir da introdução da alimentação complementar em crianças nascidas a termo, ou antes em lactentes pré-termo. A cor e o aspecto do leite humano variam ao longo da mamada como decorrência das variações na sua composição e também de acordo com a dieta da mãe. Por exemplo, o leite é mais amarelado quando a mãe tem uma dieta rica em betacaroteno, e esverdeado em dietas ricas em riboflavinas. No início da mamada, o teor de água e a presença de constituintes hidrossolúveis confere ao leite coloração de água de coco; no meio da mamada, com o aumento da concentração de caseína, o leite tende a ter uma coloração branca opaca; e, no final da mamada, em virtude da concentração dos pigmentos lipossolúveis, o leite é mais amarelado. O leite humano possui vários fatores imunológicos específicos e não específicos que conferem proteção ativa e passiva contra infecções nas crianças amamentadas. A IgA secretória é a principal imunoglobulina, que atua contra microrganismos que colonizam ou invadem superfícies mucosas. A especificidade dos anticorpos IgA no leite humano é um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, o que proporciona proteção à criança contra os agentes infecciosos prevalentes no meio em que ela está inserida. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então. Outros fatores de proteção que se encontram no leite materno são: leucócitos, que matam microrganismos; lisozima e lactoferrina, que atuam sobre bactérias, vírus e fungos; oligossacarídios (mais de 130 compostos), que previnem ligação da bactéria na superfície mucosa e protegem contra enterotoxinas no intestino, ligando-se à bactéria; fator bífido, que favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus na criança, uma bactéria saprófita que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, como Shigella, Salmonella e Escherichia coli. Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente inativados pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5°C por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru. - - Colostro Entre 1 - 7 dias após ao parto, leite especial de aspecto espesso e amarelo ouro. Rico em proteínas com menos gordura e rico em anticorpos (IgA) Leite de transição 7 - 14 dias, sua composição se modifica de forma gradual e progressiva. Inicia o ingurgitamento mamário Leite maduro A partir do 14 dias do nascimento Propriedades Imunológicas do Leite Materno Aspecto da Amamentação Relacionados à Mãe Células (macrófagos, neutrófilos, linfócitos T e B) IgA secretória IgM e IgG Fator bífido: polissacárides e glicoconjugadopresentes no LM – agentes prebióticos (acidifica as fezes, estimulando a colonização intestinal por microorganismos benéficos, impedindo a reprodução de enteropatógenos patogênicos) Lactoferrina (proteína bacteriostática) e Lisozima (bactericida e anti-inflamatória) Lactoperoxidase, Citocinas e quimiocinas Lipase (LCPUFAS - relacionado a produção da bainha de mielina e desenvolvimento neurológico) Lactose Proteína = lactoalbumina Iniciar a mamada logo após o nascimento, ainda na sala de parto, quando possível. O contato precoce ajudam a consolidação do reflexo de sucção, com abreviação do tempo de apojadura (descida do leite) e fortalecimento do vínculo mãe-filho Posição da mãe: sentada, recostada ou deitada Mama apoiada com a mão, polegar bem acima da aréola, e outros dedos e toda a palma da mão debaixo da mama O polegar e indicador formam a letra C para o lactente abocanhar o mamilo e boa parte da aréola Não se recomenda pinçar o mamilo entre dedos médio e indicador Durante as mamadas, é importante que mãe e bebê estejam em posição confortável, que não haja obstáculos para o bebê abocanhar tecido mamário suficiente (p.ex., dedos em forma de tesoura), retirar o leite efetivamente e deglutir e respirar livremente. A mãe deve estar relaxada e segurar com firmeza o bebê completamente voltado para si. É importante enfatizar que quando a criança é amamentada em posição adequada e tem pega boa, a mãe não sente dor. Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebe interfere na dinâmica de sucção e extração de leite, dificultando o esvaziamento da mama, com consequente diminuição da produção do leite e ganho de peso insuficiente do bebê, apesar de, muitas vezes, ele permanecer longo tempo no peito. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais nutritivo e rico em gorduras. Além disso, a má pega favorece traumas mamilares. Estudos ultrassonográficos mostram que quando o bebê faz a pega correta, o mamilo fica posicionado na parte posterior do palato, protegido de fricção e compressão, prevenindo traumas mamilares. Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação: bochechas do bebê encovadas a cada sucção, ruídos da língua, mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada, mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama e dor durante a amamentação. Importância da “pega” correta Permite melhor esvaziamento da mama Mantém a produção do leite Permite obtenção de leite anterior e posterior (leite mais rico em gordura) Menor risco de trauma e lesões nos mamilos Uso Mamadeira, Chupetas, Bicos - Contraindicação Risco de contaminação Confusão de bicos Pode modificar posição dos dentes, desenvolvimento da musculatura da face e da mastigação Pode prejudicar fala e respiração Uso da mamadeira: + trabalho, + caro. Mais recentemente, tem-se valorizado o laid-back breast-feeding (termo ainda sem tradução para o português). É um “jeito de amamentar” mais natural e descontraído, que consiste em adotar posições que facilitam a liberação de comporta- mentos instintivos na mãe e na criança que favorecem a ama- mentação. A mãe assume posição semideitada, relaxada, com ombros, cabeça e pescoço bem apoiados; o bebê fica em cima da mãe, em posição longitudinal ou oblíqua, não havendo necessidade de apoiá-lo, pois ele se mantém fixado à mãe pela força da gravidade, livre da pressão das costas. As mãos da mãe podem ficar livres. Nessa posição, o bebê usa mais os seus reflexos neonatais primitivos (rastejamento, acomodação, preensão palmar e plantar, flexão das mãos, dos pés e dos dedos, mãos na boca, abertura da boca, lambida, sucção e deglutição). Por exemplo, essa posição promove a locomoção do bebê; ele rasteja, acomoda-se e frequentemente pega sozinho a mama. Alguns autores defendem que amamentar utilizando a laid-back position dá mais autonomia ao bebê, dando-lhe chance para utilizar o seu potencial inato. Como terminar a mamada Deixar o bebê soltar espontaneamente. Colocar o dedo mínimo na boca do bebê para que ele solte o mamilo. Posição para Arrotar Sucção precoce - sala de parto Livre demanda Duração: o suficiente para esvaziar a mama Leite posterior + rico Evitar suplementos (água, chá, LV) Chupetas: desaconselhadas Dieta adequada para a nutriz ( suplementação de vitaminas e minerais até o terceiro mês) Recomendações Técnica de Translactação Maneira de manter o vínculo e o alguns benefícios da amamentação para as mães que querem muito amamentar e não tem produção suficiente de leite a- Situação atual do Brasil (2017) Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em relatório preliminar de indicadores de aleitamento materno no Brasil Aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro meses, em relação a 1986, saindo de 4,7% para 60% Entre os menores de seis meses, aumentou 42,8 pontos percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% ao ano Monitorização do Ganho de Peso Parâmetros de uma boa estratégia de amamentação Ganho adequado de peso: ↑ 20 - 30 g/ dia - primeiro trimestre ↑ 15 - 20 g/ dia - segundo trimestre ↑ 10 - 15 g/ dia - terceiro trimestre ↑ 5 - 10 g/ dia - quarto trimestre Fatores Associados com Menor Duração do Aleitamento Materno Falta de informações adequadas Mães adolescentes Primigesta Gemelaridade Menor escolaridade materna Prematuridade e/ou baixo peso ao nascer Experiência prévia desfavorável com a amamentação Trabalho materno fora de casa Uso e chupetas ou mamadeiras Início precoce de introdução alimentar complementar Problemas com a Mama Puerperal Fissura mamilar Candidíase Ingurgitamento mamário Ductos bloqueados Mastite Abcesso mamário Maioria: técnica e esvaziamento mamário inadequados! Crianças que não Recebem Leite Materno Diante da impossibilidade de LM, deve-se usar fórmula infantil Todas as fórmulas infantis e fórmulas de seguimento disponíveis no Brasil são consideradas seguras – seguem as resoluções da ANVISA Para estas crianças, a introdução de alimentos não lácteos deverá seguir o mesmo preconizado para aquelas em aleitamento materno exclusivo: a partir de 6 meses Adequação das fórmulas em relação ao acréscimo de ácidos graxos essenciais (linoleico e alfa-linoleico), contém lactose ou associação de lactose com polímeros de glicose (maltodextrina), proteínas poliméricas ou parcialmente hidrolisadas, adequação de minerais Contra indicações temporária ao aleitamento materno Infecção herpética com lesões na mama varicela materna com lesões 5 dias antes do parto (criança receberá imunoglobulina humana anti varicela zoster) fase aguda da doença de Chagas, consumo de drogas Por que não a introdução precoce de outros alimentos Maior número de episódios de diarréia Maior número de hospitalizações por doença respiratória Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional; Menor duração do aleitamento materno Contraindicação ao aleitamento materno: mães portadoras de HIV, que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos, criança portadora de galactosemia → Comparação entre LM, LV e fórmulas infantis Leite de vaca x leite materno Desvantagens do leite de vaca Gorduras: ↓ácido linoleico (ácidos graxo essencial. Orientação: acréscimo de óleo de milho) Carboidratos: insuficiente Proteínas: taxas elevadas e relação caseína/proteínas do soro inadequada, dificultando a digestão e absorção Minerais: ↓ de ferro e↑de sódio (anemia ferroprivae sobrecarga renal) Vitaminas: ↓ vitaminas C, D e E Oligoelementos: teores insuficientes Menor quantidade de água (quase 90% no leite materno) Oferecer leite integral diluído em menores de 4 meses, se não for possível utilizar as fórmulas Leite em pó 1 colher rasa de sobremesa/ 100 ml de água 1 e ½ colher rasa de sobremesa / 150 ml de água 2 colheres rasas de sobremesa / 200 ml de água Diluir o leite em um pouco de água fervida e depois acrescentar o restante Leite fluido 2/3 de leite e 1/3 água fervida 70 ml de leite e 30 ml de água 100 ml de leite e 50 ml de água Diluído a 2/3 (redução de calorias e ácido linoleico Acrescenta-se 3% de óleo - 1 colher de chá de óleo para cada 100 ml de leite introdução de alimentos aos 4 meses Crianças com uso de leite integral Capacidade gástrica nos lactentes é de aproximadamente 20-30 ml/ kg T Suplementações recomendadas Profilaxia de anemia ferropriva (SBP) Vitamina K – dada ao nascimento 1 mg IM Vitamina D – leite materno oferece 25UI/ dia – necessidade é de 400 UI/ dia Vitamina A – 1.500 a 2.000 UI/ dia Ad-Til = 1 gota = vit A = 1.250 e Vit D = 250 UI Referências Seção 6
Compartilhar