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A enfermagem morte

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Sumário 
Introdução 3 
A Morte no Hospital 4 
A enfermagem e a morte 6 
Atuação da enfermagem perante o momento da Morte 8 
Cuidados com o corpo após a morte 9 
Bibliografia 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução 
A Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem, define a morte como um 
fenômeno pertencente ao desenvolvimento físico, com a seguintes características 
específicas: cessação da vida, diminuição gradual ou súbita das funções orgânicas 
levando ao fim dos processos de manutenção da vida; a cessação da vida manifesta-se 
pela ausência dos batimentos cardíacos, da respiração e da atividade cerebral. 
A Morte traz consigo outros fenômenos associados que exigem a nossa atenção como 
seja o luto e o coping ( como a negação ou aceitação ) do doente ou família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
A Morte no Hospital 
A morte é o fim da vida, faz parte dela, é um momento pessoal e único. O novo modelo 
de morte, nos últimos tempos é no hospital, e como tal, o profissional de saúde deve dar 
uma resposta acertada. A possibilidade de morrer de uma doença crônica aumenta a 
cada avanço médico. 
Atualmente, obtêm-se resultados espetaculares no que se refere à cura das doenças e ao 
prolongamento da vida graças aos antibióticos, à cirurgia e às novas técnicas de 
diagnóstico. Todo o ser humano caminha para o seu fim e nega o momento em que lhe é 
revelado que a medicina já não consegue fazer mais nada por ele. 
Referindo-se à morte no contexto hospitalar, Kastenbaum & Aisenberg comentam que 
"não se espera que o doente hospitalizado morra em qualquer lugar a qualquer hora. 
Considera-se importante que ele não exponha os sobreviventes ( outros doentes, os 
profissionais de saúde, os visitantes ) ao fenômeno da morte, exceto em circunstâncias 
cuidadosamente especificas". Esta nova forma de morrer traduz uma verdadeira 
"hospitalização da morte". 
Na cultura ocidental, preferem ignorar a morte apesar de ser uma realidade. Não 
estamos preparados nem educados para morrer. Nas escolas, não há uma pedagogia da 
morte que deveria fazer parte do princípio da educação. Os pais não falam, nem sabem 
falar com seus filhos acerca deste tema, assim como os professores com os alunos. 
Há uma necessidade imperiosa de preparar futuros profissionais, capazes de dar uma 
resposta acertada a este problema, e prestar os cuidados oportunos para melhorar nesta 
fase, a qualidade de vida através de uma resolução e alívio de sintomas, assim como, 
sentimentos de angústia e solidão. 
A conspiração de Silêncio 
Pacientes e familiares projetam no profissional de saúde, aspectos emocionais 
decorrentes da situação de hospitalização e/ou da gravidade da doença, o que leva o 
profissional a utilizar-se de mecanismos de defesa , para se proteger da ansiedade 
gerada pela pressão dos pacientes, familiares e também pela cobrança pessoal. 
A negação da morte, é um mecanismo constantemente utilizado pelos profissionais, o 
que acaba por impossibilitar o reconhecimento das angústias do paciente e familiares 
perante a morte, não favorecendo a elaboração do luto. 
Esta sociedade "negadora" da morte, torna o processo de morrer como um assunto 
privado e tecnicamente controlado. Como vimos anteriormente, com o avanço da 
ciência e tecnologia, a morte troca a casa pelo hospital. Não há suporte profissional 
institucionalizado para ajudar a enfrentar a morte. No hospital as preocupações 
5 
 
aumentam, encontramos as angústias na relação e os comportamentos desajustados à 
realidade do doente em fase final de vida. Glaser & Strauss ( citado por Serra et al ) 
referem que"o pessoal hospitalar define como estilo aceitável de encarar a morte: a 
morte daquele que finge que não vai morrer...". 
O silêncio em torno da morte perturba a possibilidade de relação entre o doente grave, a 
sua família e o resto da equipa. Klatt ( citado por Serra et al ) refere que "a última 
ameaça para a vida não é o fracasso, a doença ou a morte. A ameaça pior é a falta de 
significado, isto é, de valores absolutos que iluminem a existência, no campo social, 
espiritual e emocional". 
As manifestações públicas de sofrimento são interditas, sendo assim, trabalho da equipe 
de enfermagem deve ir na direção contrária a esta interdição, procurando facilitar a 
manifestação dos sentimentos. 
Serra et al consideram que um suporte organizacional poderá se uma das formas de 
redução das dificuldades sentidas pela equipa de saúde, normalmente através de: recurso 
a reuniões interdisciplinares periódicas, que permitam a abordagem e discussão de 
situações; de encontros informais, que fortaleçam a coesão do grupo, apoio e orientação 
dos novos elementos da equipa, de forma a preparar todos os seus elementos para o 
confronto com as situações do processo de morrer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
A enfermagem e a morte 
A morte de um paciente causa um impacto muito grande na identidade pessoal e 
profissional de toda a equipe que o cuida. A vivência do stress pelo contacto constante, 
com a possibilidade e a ocorrência da morte, pode ser pensada como uma vivência de 
um "luto do profissional" em relação aos pacientes perdidos e à situação de trabalho. 
O modo como o profissional compreende o conceito de morte, bem como a forma que 
relaciona este conceito com a sua própria existência e as suas vivências pessoais de 
perdas anteriores dentro e fora do âmbito profissional são aspectos que influirão na sua 
atuação diante da morte. 
Na prática profissional hospitalar é muito frequente que surjam erros de informação e 
comunicação com os doentes e familiares, reconhecidos pela grande maioria dos 
profissionais. As atitudes, o paternalismo unido à subproteção dificulta o processo de 
autonomia do doente. 
Os próprios profissionais podem manifestar dificuldades pessoais de adaptação ao 
processo da morte, incapacitando-os de atender doentes numa situação difícil de doença 
avançada. Este tipo de dificuldades sentidas têm de ser reconhecidas numa tentativa de 
resolução num contexto solidário de uma equipe. 
Pensamos que as dificuldades de relação com os doentes em fase final de vida e que 
condicionam a interação junto deles estão essencialmente associadas a três aspectos: a 
falta de formação, incapacidade de lidar com os seus próprios medos e a instabilidade 
emocional da equipe de saúde. 
Os profissionais de saúde são preparados através de um modelo biomédico tradicional, 
que tem por objetivo qualificar profissionais aptos para tratar, curar e prolongar a vida, 
numa perspectiva nitidamente técnica. Temos assistido a uma participação das escolas 
na formação dos profissionais de saúde, com a preocupação centrada na aquisição e 
conhecimentos (através da memorização) e de técnicas (competências e destreza). Dado 
orientação central estar direcionada para a doença e as intervenções face ás suas 
alterações, menosprezou a aquisição de condutas a adotar perante situações que 
envolvem a interação com o doente num processo de constante desenvolvimento e 
mudança. 
A Ignorância/falta de formação, impede-nos de ter em conta mecanismos de adaptação, 
o "não saber o que dizer", ou não conhecer as técnicas básicas de comunicação, a falta 
de suporte pessoal e de trabalho em equipe, podem impedir a compreensão e 
consequente criação de esforços para a sua resolução. Os métodos inadequados no que 
se refere a metodologia básica de comunicação podem ser classificados em verbais e 
não verbais. Entre os primeiros destacam-se: a mentira, o evitar, as dúvidas, a distância 
7 
 
física, a interposição de barreiras, o ato de não se sentar, de olhar e manifestar sinais não 
verbais das nossas dificuldades. 
Medos relacionados com a falta de resposta para as diferentes situações relativas à 
comunicação da verdade são uma realidade constante na nossa vida profissional. 
Relativamente à comunicaçãoda verdade existem grandes controvérsias e divergências. 
Alguns profissionais de saúde pensam que a transmissão da verdade é fundamental, pois 
eliminará certas indefinições e diminuirá as angústia; outros pensam que ela é 
problemática, que desencadeará situações conflituosas, podendo alterar a qualidade de 
vida durante o processo de morrer. O problema da quantidade de informação que deve 
ser transmitida aos doentes, é por isso, um dos problemas com que se debatem os 
profissionais de saúde. 
Kubler-Ross cita uma carta dirigida aos enfermeiros e que foi escrita por uma aluna de 
enfermagem em fase final de vida. Através desta carta, ela tenta alertar os enfermeiros 
para a problemática da fuga e dos medos: "... Se tivéssemos ao menos a coragem de 
fazer o ponto da nossa situação e admitirmos os nossos medos, vós tal como eu, seria 
que isto vos iria prejudicar na vossa preciosa competência profissional? Será proibido 
comunicarmos como pessoas, no momento da minha morte?" 
A instabilidade da equipe de saúde, traduzida pelo referido "vácuo de responsabilidade", 
induz nos diferentes elementos da equipa, a falta de respostas para as diferentes 
situações e questões que os doentes lhe colocam. Tudo se parece passar, segundo Berger 
& Hortala "como se cada um desejasse que o doente conhecesse o que tem, sem ter a 
necessidade de lhe dizer. Uma enfermeira disse a este propósito: "toda a verdade poderá 
não ser adequada para ser dita, porque nem todos estão dispostos a encarar a verdade. 
Esta verdade deveria ser um processo de descoberta por parte do doente...". 
O contato com o doente deverá levar à descoberta sobre o que ele quer saber, como e 
quando pretende obter essa informação. Assim, deve-se deixar o doente controlar esse 
fluxo de informação, proporcionar a oportunidade para que este coloque as suas dúvidas 
e os seus medos. Mas também, teremos que ter em consideração que se ele não 
aproveitar estes momentos para fazer perguntas, não deve ser confrontado com a 
situação. 
O ponto de partida para o reconhecimento das necessidades dos doentes em fase final de 
vida será a identificação de duas realidades. O doente em fase final de vida é um ser 
humano e, por outro lado, é um ser humano que morre. Ou seja, o profissional de saúde 
tem de encarar este doente como um ser humano inserido num processo de morrer, que 
inclui a passagem por diferentes etapas ao longo deste percurso. 
 
 
8 
 
 
 
Atuação da enfermagem perante o momento da Morte 
Para que o fenômeno da Morte seja encarado com serenidade pela enfermagem, esta 
deve prevê-la como inevitável. Assim deve ter como atitudes: 
• Toda a equipe deve ter um comportamento e linguagem coerente , em relação à 
informação dada ao doente para não existir contradições. 
• Comunicar a situação terminal do doente, conforme a vontade e capacidade de 
aceitação do doente. 
• Compartilhar, deixar a pessoa expressar os seus temores e desejos 
• Auxiliar corretamente o doente a assumir a morte como experiência que só ele 
pode viver. 
• Promover a vivência da fase final de vida no domicilio sempre que possível, 
caso contrário, providenciar um espaço confortável na instituição hospitalar, 
onde familiares e doente, possam juntos partilhar o momento da morte 
• Ter respeito pela diferença, cada doente tem o seu modo de estar na vida. 
• O doente raramente está isolado, os familiares podem ajudar ou perturbar. 
• Diminuir a dor, o sofrimento e a angustia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Cuidados com o corpo após a morte 
Objetivos: 
• Preparar o corpo para o funeral; 
• Preparar o corpo para autópsia; 
• Facilitar a identificação do corpo. 
Após a constatação do óbito: 
• Observar a hora; 
• Fechar os olhos do morto; 
• Retirar da cama travesseiro e roupas extras; 
• Cobrir o corpo com um lençol. 
 
Preparo do corpo 
 
Material: 
• Algodão; 
• atadura de crepe; 
• pinça longa; 
• esparadrapo; 
• etiquetas de identificação ( 3 ou 4 etiquetas); 
• cuba rim; 
• luva de procedimento; 
• 2 lençóis; 
• bacia com água e luva de banho se necessário. 
Procedimentos: 
• Prestar assistência à família; 
• Cercar o leito com biombo 
• Retirar sondas, drenos e cateteres 
• Proceder à limpeza do corpo 
• Fazer o tamponamento dos orifícios com algodão com auxílio da pinça Pean 
• Fixar queixo, pés e mãos com atadura 
• Envolver o corpo no lençol 
• Colocar etiqueta no tórax e outra sobre o lençol 
• Transferir o corpo para a maca 
10 
 
• Encaminhar o corpo para o necrotério 
• Anotações de enfermagem do início ao término do preparo 
• Entregar pertences aos familiares 
 
• Solicitar limpeza terminal do leito. 
Pós - Execução: 
• Desprezar material utilizado, no expurgo; 
• Realizar limpeza da maca e recolocar o colchão; 
• Lavar as mãos; 
Avaliação: 
• Aspecto geral do corpo; 
• Transporte do corpo. 
Riscos / Tomada de Decisão: 
• Queda do corpo no transporte: recolocar o corpo na maca; 
• Extravazamento de fluídos corporais: refazer o tamponamento; 
• Identificação errada do corpo: refazer imediatamente etiqueta de identificação, 
comunicar ao superior imediato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Bibliografia 
KASTENBAUM, R. e AISENBERG, R. – "Psicologia da morte", Editora Universidade 
de S. Paulo, S. Paulo, 1983. 
 
Figueiredo, Nébia; machado; Porto, Isaura; Ferreira, Márcia; Marcas da Diversidade. A 
dama de branco transcendendo para a vida/morte através do toque. 
 
Apostila do curso Técnico de enfermagem

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