Aula 2 Dra. Maria Cristina Zucchi 25.02

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CURSO DE CAPACITAÇÃO DE CONCILIADORES E 
MEDIADORES – IASP – M5 - 2015 – Turma 
M5
Aula do dia : 25 / 02 / 2015
Assunto da aula : Cultura da Paz
Professor(a) : Des. Dra Maria Cristina Zucchi
Coordenação : Des. Dra. Maria Cristina Zucchi
Monitoria : Regina A.S.F. Ribeiro
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1. A cultura da litigiosidade:
 paradigma do ganha/perde → lógica
determinista binária:
discussão / litígio
uma parte ganha / uma parte perde
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Consequências:
coloca as diferenças
empobrece as dificuldades de soluções
possíveis
dificulta a relação entre pessoas envolvidas
gera custos econômicos, afetivos, relacionais
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 Cultura que a realidade contemporânea requer: 
 complexidade dos conflitos + mudanças sociais e culturais
→ demandam utilização de novas práticas
emergentes a serem utilizadas para operar entre o
existente e o possível, trazendo novos paradigmas.
 do individualismo para a co-participação responsável
(consideração e reconhecimento da singularidade de
cada parte)
Do ganha / perde para o ganha/ganha, ganha junto,
construindo o comum
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 solução com a participação dos envolvidos →
COLABORATIVA, pela buca de soluções
consensuais + construção de “lugares”
sociais legítimos para os colaboradores.
Consequências:
[a] maior compreensão e reconhecimento dos
participantes;
[b] maior possibilidade de ações coordenadas,
ainda que na diferença;
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[c] viabiliza o diálogo e o comprometimento com
responsabilidade;
[d] permite a elaboração de novas ferramentas para
organizar as relações entre as partes (ferramentas
criadas pelas próprias partes do conflitos para AQUELE
conflito);
[e] dá lugar à criatividade, buscando reequilibrar
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NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO 
Sai do modelo anterior :
agente emissor / agente receptor / troca de informações /
interpretação num modelo antagônico / reduzindo mal –
entendidos / acirramento de posições / tenta conduzir a um
acordo / privilégio da clareza + desenvolvimento de técnicas
específicas / mantém unidades individuais (partes) / modelo
pré determinado – passado – o antes - unidimensional
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
PERMITE NOVOS PARADIGMAS :
Comunicação = compreender / construir / diálogo =
processo que estimula formas de operar com
criação, manutenção e transformação de
realidades das partes envolvidas.
Atravessa a diversidade dos contextos das partes →
supera o conflito → as partes são co-construtoras
de suas realidades, com nova dimensão
valorativa, num modelo consensual
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Modelo a ser construído / futuro / o novo, o 
depois / polifonia ( múltiplas vozes) / 
autocomposição
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Políticas Públicas. 
Necessidade de Política Judiciária Nacional de 
tratamento adequado de conflitos de interesses
- Solução adjudicada de conflitos –sentença do juiz + 
recursos
- Transformação social com mudança de mentalidade
- Solução mais adequada dos conflitos
- -Princípio do acesso à justiça – a uma justiça mais 
justa, estimulando uma ampla utilização, no âmbito 
nacional, dos meios consensuais de solução de 
conflitos. Cópia e Reprodução Proibidas Direitos Autorais Registrados 10
Políticas Públicas
- substituição da cultura da sentença pela cultura da 
pacificação, disto nascendo como produto muito 
importante uma maior coesão social
- recontextualização de alguns aspectos essenciais do 
sistema público de resolução de conflitos.
- operadores do direito deontológicamente ligados à 
pacificação social e à preservação e ao aperfeiçoamento de 
relações sociais.
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Bíblia - Mateus
“Entra em acordo sem demora com o teu
adversário, enquanto estás com ele a
caminho, para que o adversário não te
entregue ao juiz, ao oficial de justiça, e
sejas recolhido à prisão.”
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MEDIAÇÃO JUDICIAL
- É possível deixar de ter perdedores ? 
- Necessária implementação de um modelo mediacional, 
complementar, consensual de solução de conflitos –
Estado mais próximo da pacificação social e da harmonia
entre as pessoas.
- Raciocínio eslético (Edward de Bono) → exame do conflito
com visão holística, global , transdisciplinar, abrangendo
todos os prismas relacionais a fim de que resultem
apenas vencedores.
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MEDIAÇÃO JUDICIAL
- mecanismos consensuais e processos auto
compositivos devem ser estimulados como opção,
por livre manifestação da vontade dos
interessados, não impostos a eles.
- distinção entre o que está nos autos (trazido pelas
partes ao Poder Judiciário, a lide processual (=
descrição do conflitos segundo os autos) e o que é
efetivamente interesse das partes (verdade real
dos fatos, a lide sociológica).
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modelo consensual
soluções alternativas
 Mediação ►postura de escuta,
de diálogo, de colaboração →
dimensão da confiança como
fator desta interação →
dimensão da lealdade e
responsabilidade das partes.
 O conflito é visto como uma
dificuldade que requer
superamento pelas próprias
partes ►diálogo + auto-reflexão
+ posicionamento paritário.
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MEDIAÇÃO JUDICIAL
- a moderna teoria do conflito + visão
interdisciplinar, → é possível , em face de
divergências, colher percepções mais
elevadas e reagir de maneira equilibrada.
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A interdisciplinariedade
• a interdisciplinariedade na
mediação é imprescindível
para analisar casos que têm
por objeto a dignidade da
pessoa humana, a
afetividade e o princípio da
busca da felicidade
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MUDAR É PRECISO !
- Com melhor solução para o homem
- Com melhor solução para a sociedade
- Com melhor solução para o Estado
- Com uma retribuição que excede qualquer
limite
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DIREITO / JUSTIÇA 
Na solução dos conflitos humanos,
“ Luta pelo direito, mas, quando encontrares o
direito em confronto com a justiça, luta pela Justiça !
Eduardo Couture
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Jacqueline Mourret
• A mediação é um estado
de espírito, que
transforma em esperança
o que era desespero, em
recomeço o que parecia
fim
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