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PANORAMA GERAL DA DISCIPLINA Tipos de materiais empregados na construção civil. Comportamento físico e mecânico dos materiais. Desempenho das construções. Normalizações e controle da qualidade dos materiais e componentes. Ciência dos materiais de construção civil. Influência dos materiais no desempenho das estruturas Patologias e mau desempenho devido à interação entre os materiais ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO CIVIL: Profissional capaz de: – Especificar materiais e ensaios necessários à obra; – Selecionar fornecedores (análise crítica de materiais); – Analisar resultados de ensaios (confiabilidade, rejeitar materiais e etc); – Aperfeiçoar materiais e seus empregos; – Desenvolver novos produtos – Trabalhar na indústria de materiais QUAIS AS INFLUÊNCIAS DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NA ENGENHARIA CIVIL? Patologias. Mal desempenho das estruturas. Gastos desnecessários. OBS: ESTUDAR E ANALISAR AS FIGURAS COM SUAS PATOLOGIAS. Introdução a ciências dos materiais: Introdução a ciências dos materiais: ● Estrutura atômica; ● Arranjo atômico; ● Microestrutura; ● Macroestrutura. Modelo planetário: núcleo no centro com elétrons “orbitando“ ao seu redor ● Propriedades dos materiais; DUCTILIDADE; DUREZA; TENACIDADE; RESILIÊNCIA. RELAÇÃO ENTRE A CIÊNCIA DOS MAT. E ENG A noção de Ciência dos Materiais ao engenheiro tem por objetivo formar um profissional capaz de entender os fundamentos e a interrelação entre os diferentes níveis de estrutura que constituem os materiais de engenharia e as principais propriedades apresentadas pelos mesmos em função dos processos de fabricação, o que implicará em suas seleções para diversas aplicações. CATEGORIAS DE MATERIAIS (COLOCAR OUTRO QUADRO EXPLICATIVO) Metais : São combinações de elementos metálicos, bons condutores de eletricidade e calor e não transparentes, também são muitos resistentes e deformáveis. Ex: Cerâmicos: São compostos entre elementos metálicos e não metálicos frequentemente óxidos, nitretos e carbetos. A grande variedade de materiais que se enquadra nesta classificação são compostos de materiais argilosos, cimentos e vidros. Os cerâmicos são duros, porém muito quebradiços. São materiais frágeis. Polímeros: São materiais comuns de plásticos e borracha, compostos orgânicos baseados no carbono, hidrogênio e outros não metálicos, estrutura molecular muito grande, baixa densidade e extremamente flexíveis. Compósitos: Consiste em um ou mais tipo de material, trabalhando juntos, sendo que, as propriedades do conjunto são melhores do que a de um material individual. Ex: concreto e fibras de carbono impregnadas. Semi condutores: São materiais que possuem propriedades elétricas intermediárias aos condutores normais. Eles tornaram possível os circuitos integrados que revolucionaram as indústrias de eletrônicos. Biomateriais: São empregados em componentes implantados no interior do corpo humano. Todos os materiais citados anteriormente, podem ser usados com biomateriais Ciência dos Materiais: conhecimento básico da estrutura interna dos materiais, suas propriedades e processos de fabricação. Para o estudo dos diversos materiais usados na engenharia, é preciso conhecer a sua estrutura atômica, propriedades e comportamento, quando submetidos à tensões , esforços ou tratamento que modificam sua microestrutura. A estrutura de um material pode ser dividida em quatro níveis: ● Estrutura atômica; ● Arranjo atômico; ● Microestrutura; ● Macroestrutura. LIGAÇÕES ATÔMICAS O tipo de ligação interatômica influencia nas propriedades dos materiais. Os elementos se ligam para formar os sólidos com uma configuração mais estável: geralmente oito elétrons na camada de valência (= gases nobres He , Ne , Ar , Kr , Xe ) Ligações primárias (fortes): • Ligação iônica: Bons isolantes térmicos e elétricos. Predominante nos cerâmicos. EX: cerâmica, cimentos , rebolos e sal de cozinha) • Ligação covalente: Materiais são bons isolantes térmicos e elétricos, Ligação bastante comum nos polímeros e materiais cerâmicos.EX:PLÁSTICOS • Ligação metálica: Apresentam boa capacidade de deformação e tratamentos térmicos; Comportam-se com boa ductilidade (plasticidade) Ligação não-direcional, geralmente forte. EX:FERRO, COBRE E ALUMINIO Ligações secundárias – forças de van der Waals: • Moléculas polares; • Dipolos induzidos; • Pontes de hidrogênio. Massa atômica: É a massa representativa de um átomo, considerando o total de prótons e nêutrons. (SOMATÓRIA DE P+N) Número atômico: O número atômico indica o número de elétrons ou de prótons de cada átomo (considerando o átomo neutro, ou seja, com cargas elétricas negativas e positivas iguais). Ex: Um átomo de cobre, que contém 29 elétrons e 29 prótons, tem um número atômico igual a 29. OS ARRANJOS ATÔMICOS PROPICIAM A FORMAÇÃO DOS MATERIAIS, QUAIS SÃO OS TIPOS DE ESTRUTURAS? • Estruturas moleculares; • Estruturas cristalinas; • Estruturas amorfas. Os critérios que um engenheiro deve adotar para selecionar um material: - condições de serviço e propriedades requeridas para tal aplicação, - fatores de degradação de propriedades, como temperatura, agentes corrosivos, radiações, - propriedades de interesse e qual o desempenho e limitações no uso, disponibilidade de matéria-prima e viabilidade técnica de processamento, - impacto ambiental e reciclabilidade após uso; - custo total. As Normas são documentos do domínio público com funções diversas. Especificar as características dos materiais Descrever procedimentos de ensaios Estabelecer dimensões e tolerância dos materiais Criar terminologia técnica específica e atribuir convenções simbólicas em desenhos; definir classes de produtos ou materiais. Organismos responsáveis pela realização de normas: ABNT NBR – Associação Brasileira de Normas Técnicas ISO – Organização Internacional de Normalização ASTM – American Society for Testing Material BS – British Standards Institution ACI – American Concrete Institute UNE – União das Normas Espanholas NP – Normas Portuguesas – Instituto Português da Qualidade ATIC / ONS – Associação Técnica da Indústria do Cimento / Organismo de Normalização Setorial (portugal). PCA – Portland Cement Association PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS Considerações iniciais sobre a umidade dos agregados (exemplo!) a) seco em estufa: isento de umidade livre, quer seja na superfície externa ou umidade interna, expelidas pelo calor; b) seco ao ar: sem umidade superficial, mas com alguma umidade interna; c) saturado com superfície seca (sss): o agregado é considerado na condição de s.s.s. quando, durante o amassamento, não absorver nenhuma parte da água adicionada e nem contribui com qualquer de sua água contida, na mistura. Qualquer agregado na condição de s.s.s. possui água absorvida (água mantida aderente à superfície por ação físico-química) na sua superfície, desde que esta água não possa ser removida facilmente do agregado; d) úmido: com água livre em excesso, o que contribui para alterar o teor de água da mistura. VISUALIZAR AS FIGURAS DOS CÍRCULOS PRINCIPAIS GRANDEZAS (Continuação): Volume absoluto, Vr (ou volume real): corresponde ao volume ocupado pela matéria, não se considerando o volume de vazios desse corpo; Vr =V – Vv Massa específica: é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo os poros permeáveis. Massa específica aparente: É a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, incluindo os poros permeáveis. Massa específica relativa: É a relação entre a massa da unidade de volume de um material, incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, a uma temperatura determinada, e a massa de um volume igual de água destilada, livre dear, a uma temperatura estabelecida.; Densidade: relaciona a massa de um corpo com a massa de igual volume de água a uma temperatura de 4º C; Porosidade: corresponde ao quociente entre o volume de vazios e o volume aparente (expresso em %). TENSÃO E DEFORMAÇÃO DOS MATERIAIS Tensão é a relação entre a carga aplicada e a área resistente. Deformação é definida como a relação entre a variação de comprimento (após aplicar determinada carga no material) e o comprimento inicial (base de comprimento marcado no material). a) Resistência mecânica – pode-se conceituar resistência mecânica como sendo a capacidade do material de resistir a esforços de natureza mecânica, como tração, compressão, cisalhamento, torção, flexão entre outros, sem romper e/ou se deformar. O termo “resistência mecânica”, porém abrange na prática um conjunto de propriedades que o material deve apresentar, dependendo da aplicação ao qual se destina. É muito comum para efeito de projeto relacionar diretamente a resistência mecânica com resistência à tração do material. b) Elasticidade – é a capacidade que o material apresenta de deformar-se elasticamente. A deformação elástica de um material ocorre quando o material é submetido a um esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é cessado o material volta às suas dimensões iniciais; c) Ductilidade e/ou plasticidade – é a capacidade que o material apresenta de deformar-se plasticamente (ou permanentemente) antes de sua ruptura. Nota-se que houve deformação plástica de um material quando este é submetido a um esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é cessado o material não retorna à sua dimensão inicial. d) Dureza – A dureza possui várias definições. Talvez a que mais se adapte ao nosso curso seja: dureza é a medida da resistência que o material possui a deformação plástica localizada. e) Tenacidade – é a capacidade que o material possui em absorver energia antes de sua ruptura. Dentro deste mesmo conceito pode-se associar a tenacidade com a resistência ao impacto. RESILIÊNCIA: Energia absorvida no estado elástico e representa a capacidade do material se deformar elasticamente, sem atingir o regime plástico. COMPLETAR MATERIAIS BETUMINOSOS HISTÓRICO Impermeabilizante – Mesopotâmia, Grécia, Roma (aglomerados na construção de estradas e capas de impermeabilização em tanques) Citações Bíblicas – “Arca de Noé” Mumificação (embalsamento) – Egito Bolas de fogo – Grécia Aglutinante – Mesopotâmia, Incas, Roma (vedação de barcos e construção de estradas) DEFINIÇÃO Materiais betuminosos são associações de hidrocarbonetos solúveis em bissulfeto de carbono e que têm a propriedade de aderência aos agregados. São subdivididos em duas categorias: os asfaltos e os alcatrões: • Asfaltos: podem ser naturais ou provenientes da refinação do petróleo (obtidos através de destilação do petróleo). Asfalto não é sinônimo de betume o asfalto é obtido de rochas calcadas impregnadas de betume na proporção de cerca de 10%. O asfalto é mais fraco do que o betume • Alcatrões: são obtidos através da refinação de alcatrões brutos, que por sua vez vêm da destilação de carvão mineral (não é mais utilizado). Atualmente há a total predominância do ligante proveniente do petróleo na pavimentação, com o abandono do alcatrão. ALCATRÕES • Destilação do carvão mineral • Resultante da fabricação do gás e coque (O coque é um tipo de combustível derivado da hulha (carvão betuminoso). => Diferenças com asfalto: • Maior adesividade • Menor susceptibilidade térmica • Menor estabilidade • Mais rápido o envelhecimento • Consistência variável • Cor parda escura ou negra • Proveniente de jazidas ou do refino do petróleo • Principal constituinte – betume (O betume é uma resina natural, diluída em solvente e óleo e serve basicamente para tingir e proteger madeiras sem acabamento, gesso, cerâmica, cobre, couro, latão e outros metais.) >>>CONCEITO DE BETUME >Elemento aglutinante ativo >Mistura de hidrocarbonetos pesados >>> UTILIZAÇÃO DO BETUME( MATERIAL ASFÁLTICO) >>> FINALIDADES DO BETUME AGLUTINANTE IMPERMEABILIDADE FLEXIBILIDADE TRABALHABILIDADE ECONOMIA MATERIAIS BETUMINOSOS UTILIZADOS EM PAVIMENTAÇÃO Cimentos asfálticos de petróleo (CAP). Asfaltos diluídos (ADP). Emulsões asfálticas (EAP) Asfaltos modificados por polímero (AMP) e Asfaltos modificados por borracha (AMB) O CAP é a base de todos os outros produtos. CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO (CAPs) DEFINIÇÃO: É um material semissólido, de cor marrom escura a preta, impermeável à água, viscoelástico, pouco reativo, com propriedades adesivas e termoplásticas (comportamento aceito como termoviscoelástico) . NO BRASIL É EMPREGADO COMO LIGANTES DE AGREGADO CARACTERISTICAS DOS CAPs Semissólido à temperatura ambiente; Necessitam de aquecimento para terem consistência apropriada ao envolvimento dos agregados; Flexibilidade; Durabilidade; Impermeabilização; Elevada resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e álcalis. Mais saturado => menor a viscosidade; Mais aromático => melhores propriedades físicas; Mais resina => melhor ductilidade; Mais asfalteno => maior viscosidade; Calor => maior oxidação (viscoso e quebradiço); Frio => maior retração (fissuras). ASFALTOS DILUÍDOS (ADP) Asfaltos recortados ou Cut-backs Resultam da diluição do CAP por destilados leves de petróleo OBTENÇÃO (PRODUÇÃO) Diluição de CAP em derivados de petróleo para permitir a utilização a temperatura ambiente. Denominação dada segundo a velocidade de evaporação do solvente: cura rápida (CR) – solvente é a gasolina ou a nafta; cura média (CM) – solvente é o querosene. Avaliado em relação à viscosidade cinemática. Ex: CM 30, CM 70, CR250. Utilizados quando há necessidade de eliminar o aquecimento do CAP ou utilizar um aquecimento moderado. Diluentes ou solventes são produtos menos viscosos que permitem a aplicação em temperaturas mais baixas, reduzindo a necessidade de aquecimento demorado. Após a aplicação os diluentes se evaporam ( “cura” ) e remanesce um filme de ligante com qualidades do asfalto (resíduo). Os solventes funcionam somente como veículos para utilizar o CAP em serviços de pavimentação. A evaporação do solvente após a aplicação do asfalto diluído deixa como resíduo o CAP que passa a desenvolver suas propriedades. Essa evaporação corresponde à CURA do asfalto diluído. A Classificação do asfalto diluído é em função da natureza do solvente. Tipos existentes: CR – cura rápida => diluente: nafta na faixa da gasolina CAP – 52 a 86% Diluente – 48 a 14% Exemplos: CR-70; CR-250; CR-800 e CR-3000 CM – cura média => diluente: querosene CM-30, 70, 250, 800, 3000 CL – cura lenta => diluente: diesel (não mais utilizado. Não há no Brasil). OBS: DIFINA A CURA DO ASFALTO? R: É A EVAPORAÇÃO DO DILUENTE GERALMENTE USA-SE O CM30. EMULSÕES ASFÁLTICAS (EAP) É também um tipo de asfalto diluído, mas neste caso utiliza-se a água como diluente; VERIFICAR A DÚVIDA COM O HUMBERTO FUNÇÕES DO EMULSIFICANTE Diminui a tensão interfacial entre as fases asfáltica e aquosa, evitando a coagulação ou reagrupamento de gotículas. Estabiliza a emulsão protegendo os glóbulos por carga ionizada periférica, que provoca repulsão entre os glóbulos, impedindo assim sua aglomeração (coalescência). Permite a ruptura ou separação entre as duas fases quando em contato com um agregado e ainda provoca uma boa adesão ligante – agregado. EMULSÕES ESTÁVEIS: TEM O EMULSIFICANTE E EVITA A SEPARAÇÃO DAS FASES RUPTURA: A ÁGUA EVAPORA E O BETUME VIRA AGENTE ADESIVO.TIPOS DE EMULSÕES •CATIÔNICAS: Emulsificadas com sais de amina •ANIÔNICAS: Emulsificadas com sabões Classificação quanto à velocidade de ruptura: – Ruptura Rápida: RR; – Ruptura Média: RM; – Ruptura Lenta: RL. Classificação quanto à viscosidade: –Os números 1 e 2 indicam viscosidade crescente. PROPRIEDADES DAS EMULSÕES Utilização à frio e agregados úmidos Estáveis à estocagem Velocidade de ruptura (tipo de emulsificante e teor de emulsificante) TIPOS / APLICAÇÕES DAS EMULSÕES RR (1C e 2C): Impermeabilização, tratamentos superficiais RM (1C e 2C): Pinturas, PMF RL (1C): Com agregado miúdos LA: Lama asfáltica LAMAS ASFALTICAS Emulsões especiais utilizadas na fabricação de lamas asfálticas recebem o símbolo LA, seguido de uma ou duas indicação, conforme sua ruptura e carga de partículas: Emulsões aniônicas de lama asfáltica: LA-1, LA-2; Emulsões catiônicas de lama asfáltica: LA-C1, LA-2C; Emulsão especial de lama asfáltica: LA-E. ASFALTOS MODIFICADOS POR POLÍMERO (AMP) BENEFÍCIOS Melhor desempenho à fadiga Maior resistência a deformação permanente e a trincas térmicas POLÍMEROS DISPONÍVEIS SBS SBR EVA Borracha moída de pneus (asfaltos modificados por borracha (AMB).
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