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Direito administrativo módulo III e IV Spitzkovisk

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Módulo III e IV
SERVIDORES PÚBLICOS
1. OBJETO
►Agente público (GÊNERO): Envolve todas as pessoas relacionadas dentro da administração – qualquer pessoa que age em nome do Estado é agente público, independentemente de vínculo jurídico, ainda que atue sem remuneração e transitoriamente. 
(Referencias: Lei de improbidade administrativa – lei 8.429/92, art. 2º; Responsabilidade do Estado – CF, art. 37, §6º; Regras sobre aposentadoria – CF, art. 40, caput – se aplica aos servidores). 
CF, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
LIA, Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.
Agentes políticos (ESPÉCIE): são os agentes públicos que titularizam um mandato, o qual pode ter sido conquistado nas urnas (eletivo) ou não, e que atuam no exercício da função política de Estado, que possuem cargos estruturais e inerentes à organização política do país e que exercem a vontade superior do Estado. 
São agentes políticos os detentores de mandato eletivo e os secretários e ministros de Estado. Exemplos: prefeitos, governadores, presidente e os parlamentares (eletivos) e ministros e secretários de estado (não eletivos). 
Particulares em colaboração com o Estado: são agentes públicos que não integram a administração, mas que com ela colaboram, titularizando uma função. Exemplo: os que prestam serviço como jurado; os que prestam serviço militar obrigatório (conscritos); os que são mesário em eleição. 
Servidores públicos (ESPÉCIE): são os agentes públicos que mantém com o Estado um vínculo de natureza profissional. Este vínculo pode variar de acordo com a natureza de servidor, podendo se tripartir em:
♦Funcionários públicos (SUB-ESPÉCIE): são os servidores que ingressam, em regra, através de concurso para titularizar um cargo público em caráter permanente (efetivo) e submetendo-se a um regime profissional estatutário. 
Obs.: cargos em comissão – não entram por concurso, embora também titularizam cargo público e não em caráter permanente (CF, art. 37, II).
♦Empregados públicos (SUB-ESPÉCIE): servidores que ingressam através de concurso público para titularizar um emprego público em caráter permanente ou efetivo e submetendo-se a um regime profissional celetista (com características diversas da contratação particular, pois o empregador não é o mesmo – deve sempre preservar o interesse da coletividade). [2: Diferenças – iniciativa privada (ato discricionário do particular;) X poder público: • Quanto à forma de contratação – necessidade de realização de concurso público; • Quanto à remuneração – deve respeitar teto de remuneração (o que ganha os ministros do STF); • Quanto à demissão: não admite demissão sem justa causa. Obs.:*OJ TST 247 – se admite a demissão sem justa causa em empresas públicas e sociedades de economia mista (administrativistas discordam desta possibilidade). • Proibição de cumulação de empregos;• Seus atos se submetem a correção e controle judicial (por meio dos remédios constitucionais);• São considerados agentes públicos para fins de responsabilização por atos de improbidade administrativa – art. 2º, LIA, bem como se enquadram na definição de “funcionário público” para fins penais – art. 327, CP.]
♦Temporários (SUB-ESPÉCIE): são os servidores contratados sem concurso público por prazo determinado para titularizar uma função nas hipóteses previstas no art. 37, inciso IX da CF (para fazer frente a situações emergenciais de excepcional interesse público – situações anormais, imprevisíveis em que o poder público precisa contratar, mas não tem tempo hábil para abrir concurso).
OBS.: JUÍZES E PROMOTORES – são agentes públicos. Para Hely Lopes Meireles são agentes políticos (posição minoritária) haja vista atuarem no exercício de funções essenciais ao Estado e praticarem atos inerentes à soberania deste (STF já se manifestou nesse sentido – 2002)
OBS: se enquadram nesta categoria, agentes políticos, o 5º constitucional; a indicação de advogado para o TRE e TSE não tem participação da OAB. 
Para posição majoritária, juízes e promotores enquadram-se como funcionários públicos uma vez que titularizam cargo permanente por concurso público, após passar por estagio probatório (3 anos X 2 anos); mas os funcionários públicos (geral) adquirem estabilidade (assegura a permanecia no serviço) e juízes e promotores adquirem vitaliciedade (assegura a permanecia no cargo). Ainda, entre os funcionários há relação de hierarquia e entre juízes e promotores não há. 
Assim, diante das diferenças, diz-se que juízes e promotores são servidores públicos de regime especial (balizado pela lei orgânica que disciplina cada carreira) – mesma classificação para procuradores, defensores, etc.
OBS.2: MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS - alguns doutrinadores inserem os membros dos tribunais de contas na qualificação de agentes políticos, o que, no entanto o STF já decidiu de maneira diversa, dispondo que eles se enquadram na categoria de agentes administrativos.
2. LEGISLAÇÃO
► Constituição Federal
► Lei 8112/90 (estatuto dos servidores públicos da união)
3. REGRAS CONSTITUCIONAIS
 Em que? 
Art. 37, I, CF: CARGOS, EMPREGOS e FUNÇÕES são acessíveis aos brasileiros e aos estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.
Distinções:
	CARGO PÚBLICO
	
• Definição: Conjunto de atribuições e responsabilidade conferido a um servidor submetido, em regra, a um regime profissional estatutário (lei 8112/90, art. 3º).
• Criação: através de lei ordinária (em regra), a qual será responsável por estabelecer as atribuições e responsabilidade de quem titulariza aquele cargo.
• Classificação:
- Cargo preenchido em caráter efetivo (permanente) – quando o cargo estiver previsto expressamente na CF será denominado cargo vitalício (ex. art. 95, CF – magistratura; art. 128, §5º, CF – ministério público; arts. 70 e seguintes, CF – ministros e conselheiros dos tribunais de contas).
- Cargo preenchido em caráter temporário (precário): exemplo – cargos em comissão (art. 37, II, CF – parte final: contração e exoneração livre).
• Extinção: em regra, a extinção se á através de lei. Exceção: extinção de cargo público através de simples decreto na hipótese em que o cargo estiver vago (art. 84, inciso VI, alínea b, CF).
	EMPREGO PÚBLICO
	
• Definição: Conjunto de atribuições e responsabilidade conferido a um servidor submetido ao regime profissional celetista 
• Criação e extinção: através de lei.
 
	FUNÇÃO PÚBLICA 
	
• Definição: Conjunto de atribuições e responsabilidade conferido a um servidor sem necessariamente, que lhes corresponda um cargo ou emprego público.
Exemplos: funções preenchidas em caráter temporário (art. 37, IX, CF) para situações emergenciais de excepcional interesse público; de preenchimento de chefia, direção e assessoramento dentro da administração.
• Criação e extinção: arbitrário.
Obs.: Dentro da administração é possível se cogitar de cargo sem função? NÃO, pois qualquer cargo tem que ter atribuições. E função sem cargo, é possível? SIM. 
 Quem pode titularizar cargos, empregos e funções?
Art. 37, I, CF: Cargos, empregos e funções são acessíveis aos BRASILEIROS e aos ESTRANGEIROS que preencham os requisitos estabelecidos em lei.
Antes da EC/98, apenas o art. 207, §1º, CF previa única possibilidade de estrangeiro ocupar cargo público (de professor), o que foi expandido pelo art. 37.
Obs.: O estrangeiro pode se candidatar a cargos eletivos? Não, pois o art. 14, §3º ao tratar de condições de elegibilidade exige-se a condição de brasileiro.Obs.2: CF, art. 12, III – relaciona os cargos privativos de brasileiros natos (presidente, vice-presidente, presidente da câmara e do senado, ministros do STF, cargos diplomáticos, oficiais das forças armadas e ministro de estado da defesa).
 Instrumento?
Art. 37, I, CF: Cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros e aos estrangeiros QUE PREENCHAM OS REQUISITOS ESTABELECIDOS EM LEI.
Lei é único instrumento hábil a estabelecer estas exigências. 
Obs.: A CF entendeu que diante de a lei ter uma importância vital, transformou isso em um direito fundamental: art. 5º, XIII, CF.
Obs.2: Se só a lei pode estabelecer exigências p/ titularização de cargos, isso significa que edital sozinho não pode fazer isso. Edital tem natureza jurídica de simples ato administrativo, e assim, em termos de hierarquia, está localizado abaixo da lei. Assim, o edital sozinho não pode inovar no ordenamento jurídico, ou seja, não pode fazer exigências se não estiverem previstas anteriormente em lei da carreira. Ex.: sumula 686 STF Súmula vinculante n. 44.
Desde de 2004, da promulgação da EC 45 foi exigida atividade jurídica (3 anos) – como comprovar esses 3 anos? Cada carreira prevê isso de maneira diferente. P/ magistratura e MP não é necessária previsão na lei orgânica, uma vez que é prevista na CF.
A lei 8112/90, art. 5 estabelece exigências que podem ser cobradas aos candidatos: 
Ser brasileiro; 
Estar no pleno exercício dos direitos políticos; 
Quitação de obrigações eleitorais (cada turno de eleição é considerada uma eleição) e militares; 
Comprovação aptidão física (compatível com as atribuições do cargo / no caso de gravidez a segunda chamada é permitida; caso de acidentes não) e mental e ter o nível de escolaridade exigido para o cargo;
 Como? (etapas)
REGRA GERAL: art. 37, II, CF – a investidura em cargos e empregos depende de aprovação prévia em concurso público (em regra, todas as informações/decisões da banca têm que ser transparentes e motivadas).
Obs.: Investidura é sinônimo de provimento, que é sinônimo de titularização. Ou seja, a titularização de cargos e empregos depende de aprovação em concurso. A investidura ou provimento podem se apresentar de 2 formas:
Investidura / provimento originária(o): agente está ingressando na administração; ou seja, não pressupõe nenhuma relação jurídica anterior com a administração. 
Investidura / provimento derivada(o): pressupõe uma relação jurídica anterior com a administração; 
Obs.: STF, súmula 685: o provimento de um cargo p/ outro precisa de concurso; Súmula vinculante n. 43. 
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).
Existem três espécies de provimento derivado:
1) Provimento derivado vertical: ocorre quando o servidor muda para um cargo melhor.
Há dois exemplos de provimento derivado vertical:
a ascensão funcional (transposição/acesso) e;
a promoção.
A ascensão funcional, como vimos, é inconstitucional, sendo proibida pela SV 43-STF. Assim, atualmente, a única hipótese permitida de provimento derivado vertical é a promoção.
2) Provimento derivado horizontal: ocorre quando o servidor muda para outro cargo com atribuições, responsabilidades e remuneração semelhantes. É o caso da readaptação (art. 24 da Lei nº 8.112/90).
3) Provimento derivado por reingresso: ocorre quando o servidor havia se desligado do serviço público e retorna em virtude do vínculo anterior. Exs.: reintegração, recondução, aproveitamento e reversão.
Desse modo, concluindo, a SV 43-STF não proíbe todas as formas de provimento derivado. O que a SV 43 do STF proíbe é a chamada ascensão funcional (também conhecida como acesso ou transposição).
A ascensão funcional é a progressão funcional do servidor público entre cargos de carreiras distintas.
Ocorre quando o servidor é promovido para um cargo melhor, sendo este, no entanto, integrante de uma carreira diferente.
A ascensão funcional era extremamente comum antes da CF/88. Quando o servidor chegava ao último nível de uma carreira, ele ascendia para o primeiro nível de carreira diversa (e superior) sem necessidade de concurso público.
Ex.1: o indivíduo é servidor público e ocupa o cargo de técnico judiciário; a lei previa que, se ele chegasse à última classe de técnico judiciário, poderia ser promovido à analista judiciário.
Ex.2: o agente de polícia de último nível tornava-se delegado de polícia de nível inicial.
Antes da CF/88, somente se exigia o concurso público para o ato da primeira investidura.
CONCURSO: privilegia princípios como isonomia, moralidade, impessoalidade, dentre outros.
Principio da publicidade: STF, Sumula 684: a exclusão de candidatos sem a motivação necessária será ilegal.
Súmula 684/STF - 12/07/2016. – Servidor público. Concurso público. Veto não motivado à participação de candidato. Inconstitucionalidade. CF/88, arts. 5º, XXXVI e 37, II. – É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público.
O concurso público deve ser de provas ou provas e títulos; ou seja, não há possibilidade de concurso de apenas títulos. 
Quais provas e quais títulos são legítimos? Só as provas e títulos que forem compatíveis com a natureza e a complexidade do cargo (principio da razoabilidade ou proporcionalidade principio implícito / Lei 9784/99, art. 2º, p.ú, inciso VI).
Por este principio, a administração está proibida de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em medida superior à necessária p/ preservar o interesse público.
Quanto a idade: Súmula 683 STF – o requisito de idade só se justifica tendo em vista as atribuições do cargo.
Súmula 683/STF - 12/07/2016. Servidor público. Concurso público. Limite de idade. Legitimidade pela natureza das atribuições do cargo. CF/88, arts. 5º, «caput», 7º, XXX, 37, II e 39, § 3º - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Quanto a tatuagem: depende das atribuições do cargo. NOVA DECISÃO: EM REGRA, NÃO PODE ELIMINAR MAIS CANDIDATOS:
“Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão desta quarta-feira (17), julgou inconstitucional a proibição de tatuagens a candidatos a cargo público estabelecida em leis e editais de concurso público. Foi dado provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 898450, com repercussão geral reconhecida, em que um candidato a soldado da Polícia Militar de São Paulo foi eliminado por ter tatuagem na perna. “Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações excepcionais, em razão de conteúdo que viole valores constitucionais”, foi a tese de repercussão geral fixada.
O relator do RE, ministro Luiz Fux, observou que a criação de barreiras arbitrárias para impedir o acesso de candidatos a cargos públicos fere os princípios constitucionais da isonomia e da razoabilidade. Em seu entendimento, qualquer obstáculo a acesso a cargo público deve estar relacionado unicamente ao exercício das funções como, por exemplo, idade ou altura que impossibilitem o exercício de funções específicas. Salientou que a jurisprudência do STF prevê que o limite de idade previsto em lei é constitucional, desde que justificável em relação à natureza das atribuições do cargo a ser exercido.”
O ciclo de investidura de titularização se completa com a nomeação e a posse (lei 8112/90, art. 7º) – súmula 266, STJ – o momento de cobrança das exigências cobradas no edital é o momento da posse e não no ato da inscrição. 
 Art. 7o  A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
SÚMULA N. 266 O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
►Quem foi aprovado no concurso,tem direito a nomeação? Depende da forma que o candidato foi aprovado: 
a) Candidato foi aprovado dentro do número de vagas previsto no edital: neste caso terá direito subjetivo à nomeação (a administração terá que nomear), tendo que respeitar a ordem de classificação para tanto (ato vinculado). Se esta ordem não for respeitada, as nomeações serão ilegais – sumula n. 15 do STF.
Durante o prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação quando o cargo for preenchido sem a observância da ordem de classificação.
Prazo de validade do concurso: até 2 anos (no máximo), prorrogável uma vez por igual período (prorrogação é uma faculdade da administração). 
Art. 37, IV, CF – durante o prazo improrrogável previsto no edital, o que foi aprovado no concurso será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir o cargo ou emprego. 
Obs.: Na esfera federal, a lei 8112/90, no art. 12, §2º diz que não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior cm prazo de validade não expirado. 
Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
(...)
§ 2o  Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
b) O candidato foi aprovado além do número de vagas previsto no edital: este não terá direito à nomeação, ou seja, a administração não tem a obrigação de nomear. Este indivíduo terá apenas uma expectativa de direito à nomeação (ato discricionário). 
Súmula n. 15: Preserva-se o direito de ver respeitada a ordem de classificação.
►Quem foi nomeado tem ou não direito a posse?
Súmula n. 16 STF: funcionário nomeado através de concurso tem direito à posse, atendidas as exigências previstas em lei (lei 8.112/90, arts. 13 e 14).
Apresentação de uma declaração de bens;
Apresentação de declaração que não é titular de outro cargo público que seja incompatível com o que pretende tomar posse;
Aprovação em uma inspeção médica (compatível com as atribuições do cargo);
Aprovação em avaliação física e mental;
Obs.: Art. 5º, LVII, CF - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
PRAZO p/ tomar posse: 30 dias contados da nomeação (sob pena de se tornar sem efeito a nomeação). É tomada através de um termo circunstanciado. 
É possível tomar posse por procuração? SIM. 
EXCEÇÃO: p/ cargos em comissão são de livre nomeação (art. 37, II, parte final), ou seja, independe de aprovação em concurso. O que, no entanto, não autoriza a nomeação de qualquer pessoa (sumula vinculante n. 13 – proíbe o administrador de nomear p/ estes cargos parentes seus até 3º grau – súmula antinepostismo).
PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS: art. 37, VIII – deverá ser reservado um percentual de vagas (ou seja, tem que prestar concurso, se submeter às mesmas avaliações daqueles que não tem necessidades especiais).
Art. 37 (...) VIII — a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Percentual no caso de concursos públicos federais: Nos concursos públicos realizados no âmbito do Poder Executivo federal, a legislação determina que o edital deverá prever um percentual de, no mínimo 5% e, no máximo, 20% das vagas às pessoas com deficiência. A lei 8112, art. 5º, § 2º diz que até 20% das vagas devem estar reservadas a eles:
§ 2o  Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Súmula 377 STJ: visão monocular - SIM
O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.
Súmula 552 STJ: surdez unilateral - NÃO
Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. STJ. Corte Especial. Aprovada em 04/11/2015.
Diferença de tratamento entre as duas situações:
Essa distinção acima existe porque o Decreto nº 3.298/99 exige expressamente, para que seja considerada deficiência auditiva, que a surdez seja bilateral (art. 4º, II). Este mesmo Decreto, ao definir deficiência visual (art. 4º, III), não exige que a cegueira seja nos dois olhos. Em outras palavras, o art. 4º do Decreto nº 3.298/99 proíbe que a pessoa com surdez unilateral seja considerada deficiente auditiva, mas permite que a pessoa com visão monocular seja enquadrada como deficiente visual. 
Dessa forma, a diferença de tratamento foi fixada pelo Decreto com base,supostamente, em critérios técnicos. 
Em suma: Surdez unilateral NÃO é considerada deficiência para fins de concurso público. Cegueira unilateral É considerada deficiência para fins de concurso público.
EFETIVO EXERCÍCIO DAS ATRIBUIÇÕES
1. EXERCÍCIO
a) Prazo - Lei 8112/90: 15 dias para entrar em exercício a contar da posse. Caso não entre exercício no prazo assinalado pela lei, o individuo será exonerado do cargo. 
	
	EXONERAÇÃO 
	DEMISSÃO
	Semelhanças: 
	- Implicam na vacância do cargo publico. 
- O servidor tem direito a abertura de processo administrativo, assegurada a ampla defesa.
	Diferença:
	Não pressupõe ilícito;
	Pressupõe ilícito praticado pelo servidor.
b) Reflexo: A partir do inicio do exercício das atribuições, começa a contar o prazo do estágio probatório.
2) ESTÁGIO
a) Definição
É o período de experiência pelo qual passa o servidor para a apuração da sua eficiência em razão das atribuições do cargo.
b) Conteúdo – Lei 8112/90, art. 20 
Circunstâncias que apresentam perfil prático que tem por objetivo demonstrar se o servidor tem capacidade para atuar no cargo que não são possíveis de se averiguar durante o processo seletivo:
Assiduidade;
Produtividade;
Disciplina;
Responsabilidade;
Capacidade de iniciativa;
c) Demissão / exoneração
Em ambos os casos o cargo fica vago. Exemplos: se durante o estágio probatório o servidor desvia verbas públicas: demissão; Se durante o estagio probatório o servidor não produz o que se esperava: exoneração. 
Obs.: Para ser demitido ou exonerado durante este período: tem direito a abertura de inquérito administrativo assegurada a ampla defesa.
Súmula n. 21 STF
Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.
d) Extinção do cargo ou declarado desnecessário
Neste caso, durante o estagio probatório, não há o que fazer, é exonerado.
Súmula n. 22 STF 
O estágio probatório não protege o funcionário contra a extinção do cargo.
e) Aprovação
Se ele for aprovado no estágio probatório, adquire o que a lei que disciplina a carreira prescrever. Isso porque a lei pode prescrever estabilidade ou vitaliciedade. 
3. ESTABILIDADE
a) Definição
Garantia atribuída ao servidor que lhe assegura a permanência no serviço. Serão todas aquelas que não são vitaliciedade (caráter residual). 
b) Reflexo
Caso o cargo titularizado pelo servidor estável for extinto ou declarado desnecessário Será colocado em disponibilidade remunerada com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, até seu posterior reaproveitamento (Art. 42, §3º) (se em estagio probatório é exonerado). 
c) Aquisição
Quais os requisitos que devem ser preenchidos p/ garantir a estabilidade – art. 41, caput, CF:
Aprovação em concurso público – aqueles que forem nomeados p/ cargo em comissão não poderão aspirar estabilidade;
Titularize cargo em caráter efetivo ou permanente; (quem titulariza emprego – sumula n. 390 TST – estende a estabilidade p/ quem titulariza emprego, mas não para qualquer um, só para aqueles que titularizam emprego na administração direta, autarquias e fundações).
Aprovação em estágio probatório com duração de 3anos;
Obs.: Art. 41, §4º, CF - p/ adquirir estabilidade deve ser aprovado em avaliação de desempenho regra constitucional de eficácia limitada (norma que depende de regulamentação posterior para que possa produzir todos os efeitos para os quais foi criada) ainda não há regulamentação, ou seja, ainda não possui aplicação / efetividade. 
EXCEÇÃO: Dirigentes de agências reguladoras (ex. ANATEL; ANEEL; ANS; ANAC; ANP; ANVISA;) – estabilidade atípica: 
Adquirem estabilidade sem que tenham sido aprovados em concurso são nomeados pelo chefe do poder executivo com a necessidade dessa confirmação pelo senado federal;
São dotados de estabilidade durante a vigência de seus mandatos (prazo fixados em lei - que cria cada agência reguladora) – não podem ser demitidos ou exonerados sem a configuração de falta grave devidamente apurada em processo administrativo em que se assegure o contraditório e a ampla defesa; 
d) Hipóteses de perda do cargo – art. 41, §1º da CF:
Por sentença judicial com transito em julgado;
Por processo administrativo, assegurada a ampla defesa;
Por insuficiência de desempenho (depende da edição de lei complementar – p/ dizer qual o desempenho suficiente; quais serão os critérios de avaliação; quem vai avaliar;);
A união, os estados, municípios e DF não poderão gastar com folha de pessoal, incluindo-se os ativos e inativos, além dos limites fixados em lei complementar – Art. 169, CF LC 101/00 (lei de responsabilidade fiscal)* art. 85, CF. (descumprimento = crime de responsabilidade). 
*Limites:
União: não pode gastar com folha de pessoal mais de 50% da sua receita corrente (a qual tem por base arrecadação de impostos);
Estados/Municípios/DF: não poderão comprometer com folha de pessoal mais de 60% do arrecadado com impostos. 
CF, art. 169, §3º - estabeleceu 2 instrumentos que poderiam ser utilizados para que as administrações que estivessem gastando mais do estabelecido, reduzissem seus gastos:
Exoneração daqueles que titularizam cargos em comissão; 
Exoneração dos servidores não estáveis;
Obs.: A CF no art. 169, §4º diz que se as duas medidas anteriores não forem suficientes p/ que os índices sejam reduzidos ao que prevê a lei de responsabilidade fiscal, autoriza a exoneração dos servidores estáveis. PERDA DO CARGO POR EXCESSO DE QUADROS OU EXCESSO DE DESPESA.
Servidores tem direito a motivação do ato: em razão da remuneração; em relação à idade; condição pessoal de cada um;
A partir do momento que o cargo se tornar vago, não é possível se cogitar a reocupação dele.
	VITALICIEDADE
	Garantia atribuída aquele aprovado em estagio probatório que assegura a permanecia no cargo. 
Só poderão conquistar vitaliciedade os integrantes de carreira que tenha expressa previsão na CF.
Ex.: magistratura – art. 95, CF; MP – art. 128, §5o, CF
Estagio probatório: 2 anos. 
Exceção (vitaliciedade adquirida no momento da posse): 
- Quinto constitucional (1/5 das vagas dos tribunais será preenchido por membros de MP ou os advogados que preencham os requisitos ali estabelecidos) – art. 94 – não há estágio probatório e adquire vitaliciedade de imediato. 
- Ministro do Supremo (requisito: notável saber jurídico + reputação ilibada);
- Tribunal regional eleitoral e tribunal superior eleitoral – a indicação de advogado p/ TRE (art. 120, CF) e para o TSE (art. 119, CF). advogados são indicados pelo STF e confirmada pela presidência da república (TSE) e indicados pelo tribunal de justiça e confirmada pela presidência da república (TRE). 
Em ambos os casos (TRE e TSE) – mandato de 2 anos, admitida 1 recondução (ou seja, duração da vitaliciedade por prazo determinado).
- Conselheiros dos Tribunais de Contas
Conforme analisado, a estabilidade, adquirida após 3 anos de exercício em cargos públicos efetivos, enseja uma garantia do servidor público, que somente poderá sofrer a perda do seu cargo mediante sentença judicial transitada em julgado, processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa, procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa, procedimento de avaliação ou mediante procedimento específico decorrente da necessidade de contenção de gastos com pessoas, nos moldes definidos pelo art. 169 da CF.
A vitaliciedade, por sua vez, configura uma prerrogativa maior concedida pela CF aos agentes públicos de determinadas carreiras, em razão da natureza do cargo que exercem e do grau de responsabilidade inerente às atividades por eles exercidas. Aos agentes que ocupam cargos vitalícios é garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda do cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. Com efeito, as demais hipóteses de perda do cargo público aplicada aos servidores estáveis não se estendem aos vitalícios. 
REMUNERAÇAO DE SERVIDORES
1. SISTEMAS DE REMUNERAÇÃO
Fundamentalmente há dois:
Sistema baseados no conceito de subsidio.
Sistema baseado no sistema de vencimentos. 
a) Sistema baseados no conceito de subsidio.
A CF definiu subsídio no art. 39, §4º, parte final, como a remuneração paga em parcela única, proibindo-se a percepção de vantagens, tais como gratificações, adicionais, prêmios, verbas de representação (meros exemplos – elenco que comporta ampliação). Portanto, quem é remunerado por ele não pode receber vantagem de espécie alguma. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
►Quem deve ser remunerado através desse sistema? 
Critério expresso: só serão remunerados dessa forma aqueles que tenham expressa previsão na constituição:
Art. 39, §4º, CF – parte inicial – “membros de poder, detentores de mandatos eletivos, ministros de estado, secretários estaduais e municipais” (agentes políticos – aqueles que são detentores de mandatos eletivos ou não).
Art. 95, CF – Magistrados: “irredutibilidade de subsídios”. 
Art. 128, §5º, CF – Membros do Ministério Público;
Art. 144, §9º, CF - Integrantes de carreiras policiais;
b) Sistema baseado no sistema de vencimentos. 
É constituído pelo salário base do servidor acrescido das vantagens que vai conquistando ao longo de sua trajetória profissional (vantagens que poderão ou não se incorporar a sua remuneração final).
Essa expressão “vencimentos” como indica a totalidade do que recebe em termos financeiros, também aparece como “remuneração”. Assim, vencimento e remuneração são expressões sinônimas. 
Na lei 8112/90 (estatuto dos servidores públicos da União) a totalidade do que o servidor recebe tem o nome de remuneração. E na CF, ora se utiliza a expressão remuneração, ora da expressão vencimentos. 
Porém, ambas não se confundem com a expressão “vencimento” que é só o salário.
►Quem deve ser remunerado através desse sistema? 
Critério residual, ou seja, todas as carreiras que não tenham expressa previsão para serem remuneradas por subsidio. 
2. TETO REMUNERATÓRIO
Fundamento: Art. 37, XI, CF;
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritaisno âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;
O teto é o que ganham os ministros do STF, (que são, além de membros de poder, integrantes do judiciário), os quais recebem subsidio. Assim, ninguém pode receber além daquilo que ganham os ministros do STF.
Valor: R$ 33,7 mil. 
►Quais são os destinatários desse teto? 
São destinatários deste teto todos aqueles que se encontram dentro da administração. Porém, a CF detalhou os destinatários, sendo aqueles que: 
Os que recebem subsídio e os que recebem remuneração;
Aqueles que titularizam cargos, empregos e funções dentro da administração pública;
Para a administração direta, autárquica e fundacional;
Obs.: Por esta redação pode concluir-se que empresas públicas e sociedades de economia mista, por serem excluídas do rol, poderão pagar aos servidores acima do teto. 
Porém, o art. 37, §9º da CF diz que empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias se submetem ao que diz o art. 37, XI. Na sequência, a CF mostra pra quais empresas publicas e sociedade de economia mista o teto se aplica:
Para empresas públicas e sociedade de economia mista que dependam de verbas (rubricas) orçamentárias para pagamento das suas despesas de custeio em geral e também de folha de pessoal.
Ou seja, aquelas que sejam autosuficientes, lucrativas (bancam suas despesas com aquilo que recebem) estão autorizadas a pagar acima do teto. Ex.: Caixa Econômica Federal (empresa pública); Banco do Brasil (sociedade de economia mista); Petrobras; 
Portanto, o teto se aplica para as 4 esferas de governo (União, Estados, Municípios e DF).
Para os que titularizam mandatos eletivos;
Para os demais agentes políticos;
Para aqueles que acumulam cargo dentro da administração pública;
Para aqueles que recebem proventos (provento é o nome que se dá para a remuneração do aposentado);
Para os pensionistas;
Embora possa ser particular o beneficio recebido é de ordem pública.
Todas as vantagens percebidas pelos servidores (todas as vantagens de natureza pessoais e todas as demais.
Vantagens, até 2003 estavam excluídas do teto. A partir da EC 41/03 as vantagens passaram a estar incluídas no teto. 
Obs.: Art. 37, §11 – diz que estão excluídas do teto as verbas indenizatórias. 
3. SUBTETO:
Ainda, no art. 37, inciso XI, a CF criou subtetos com o objetivo de adaptar o pagamento de folha a situação financeira de estados e municípios.
►Espécies de subtetos:
a) Ao nível estadual:
- Servidores estaduais lotados no poder executivo: não poderão receber mais do que o governador do Estado.
- Servidores estaduais lotados no poder legislativo: não poderão receber mais do que um deputado estadual;
- Servidores estaduais lotados no poder judiciário: não poderão receber mais do que um desembargador do Tribunal de Justiça (os quais não poderão receber mais do que 90,28% do que ganha um ministro do STF).
b) Ao nível municipal:
Subteto único – nenhum servidor poderá receber mais do que ganha o prefeito.
4. POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA REMUNERAÇÃO – art. 37, XV, CF
Regra geral: Proíbe a redução do que o servidor recebe (o subsídio e os vencimentos).
Exceção: A remuneração poderá ser reduzida se estiver sendo percebida de forma incosntitucional (se acima do teto ou subteto).
5. NATUREZA JURÍDICA – Lei. 8.112/90, art.48
A remuneração do servidor tem natureza alimentar. Dessa forma, como regra geral, não podem incidir sobre esta remuneração, figuras como arresto, seqüestro ou penhora. 
Porém, como única exceção, pode-se cogitar arresto, seqüestro ou penhora se a divida que o servidor contraiu também apresentar natureza alimentar.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS
1. REGRA GERAL – art. 37, XVI
Proíbe a acumulação de cargos dentro da administração pública. E diante desta proibição.
CF estendeu esta proibição para cumulação de empregos e funções nas 4 esferas de governo (XVII, art. 37).
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
2. EXCEÇÕES – Art. 37, XVI
CF estabeleceu a necessidade de cumprimento de dois requisitos para possibilitar a acumulação:
Servidor tem que comprovar compatibilidade de horários. 
O resultado financeiro desta acumulação não pode superar o teto remuneratório previsto no art. 37, XI.
Se uma destas exigências não estiver preenchida, a acumulação será ilegal. Podem acumular cargos se ambos requisitos estiverem preenchidos, bem como se recair em uma das hipóteses por ela relacionadas, conforme abaixo arroladas.
3. HIPÓTES DE ACUMULAÇÃO
►Art. 37, XVI:
Dois cargos de magistério;
Um cargo de professor com outro técnico-científico;
Doutrina e jurisprudência concluem que o cargo técnico-científico tem que estar intimamente ligado a área de magistério. Exemplo: professor + diretor de escola; professor + pesquisador.
Dois cargos ou empregos privativos de profissionais da área da saúde com profissões regulamentadas;
Profissionais da saúde, além de médicos, incluem-se o enfermeiro, atendente, nutricionista, dentista, psicólogo, etc. 
►Art. 95, p.u.: Juízes podem acumular com uma função de magistério.
►Art. 128, §5º, CF: Membros do MP podem acumular com uma função de magistério.
4. ACUMULAÇÃO DE CARGO PÚBLICO COM MANDATO ELETIVO – Art. 38, II, CF
Só se admite a acumulação de cargo com mandato na hipótese de mandato de vereador e se houver compatibilidade de horários.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:  
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
5. MOMENTO PARA ACUMULAÇÃO
Art. 7º da lei 8.112/90 – a partir da posse (da investidura).
6. SANÇÃO APLICADA PARA O SERVIDOR QUE ACUMULAR ILEGALMENTE CARGOS – lei 8.112/90, art. 132, XII.
Pena de demissão. 
Obs.: Para que qualquer sanção seja aplicada ao servidor, um pressuposto deve ser observado: processo administrativo, assegurada a ampla defesa.
Obs.2: Antes da abertura do processo, no art. 133, §6º prevê a possibilidade de o servidor reconhecer que acumula um cargo de forma ilegal, tem a possibilidade de abrir mão de um deles e encerra-se a historio. Se for aberto o processo e havendo condenação, haverá demissão de ambos os cargos titularizados. 
Art. 133.  Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: 
 § 6o  Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassaçãode aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.    
OBSERVAÇÃO FINAL:
Quanto a acumulação de cargo público com emprego na esfera privada – Se não houver incompatibilidade de horários e incompatibilidade entre atribuições tem plena liberdade. 
DIREITO DE GREVE
1. FUNDAMENTO – Art. 37, VII da CF
2. LIMITE – Art. 37, VII
Foi a primeira vez que a CF atribui este direito aos servidores públicos. Só que este direito de greve não pode ser exatamente igual ao direito de greve atribuído aos particulares, pois a CF no mesmo artigo estabeleceu um limite: será exercito nos termos e limites previstos em lei específica. 
Diante da falta de lei, transferiram para o poder judiciário estabelecer limites para o exercício deste direito.
Assim, é possível o exercício do direito de greve, mas percentual do serviço deve ser mantido a disposição da população, principalmente em se tratando de serviço publico de caráter essencial. 
Ainda, aplica-se no que couber a lei 7783/89 que regula o direito de greve para a iniciativa privada, a qual no art. 10 traz lista de serviços públicos considerados de caráter essencial:
Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI - compensação bancária.
3. DESTINATÁRIOS DO DIREITO DE GREVE:
A CF proíbe servidor militar de deflagrar movimento grevista (art. 142, §3º, IV). 
4. PRAZO
Essa lei 7783/89 estabelece no seu art. 13 a necessidade de se respeitar prazo mínimo de 72 horas entre a decisão tomada em assembléia geral para o inicio do movimento e o inicio efetivo dele – no caso do setor público. Se este período não for respeitado, a greve será ilegal. 
REGRAS DE APOSENTADORIA
1. NATUREZA (art. 40, caput, CF)
Este sistema de aposentadoria tem natureza contributiva, isso significa que o critério utilizado para determinar a aposentadoria é o tempo de contribuição. Com a mudança de critério (de tempo de serviço), teve alteração imediata, pois restringe a prova a documental apenas. 
2. CRITÉRIO – tempo de contribuição. 
►Extensão (tempo de contribuição que pode ser utilizado) – art. 40, §9º, CF
A CF permite a utilização de qualquer tempo de contribuição na área publica para efeito de aposentadoria. 
Ainda, o art. 201, §9 da CF permite a utilização do tempo de contribuição na área privada para se aposentar no setor público, bem como permite a utilização do tempo de contribuição na área pública para a área privada (via de mão dupla).
3. DESTINATÁRIOS 
A CF no caput do art. 40 estabelece um tríplice corte metodológico: vão se aposentar por estas regras os servidores que titularizam cargos e em caráter efetivo ou permanente. Ou seja, ficam excluídos os agentes públicos, particulares em colaboração e os servidores que titularizam emprego público e os servidores temporários.
AGENTES POLÍTICOS
FUNCIONÁRIOS
AGENTES PÚBLICO
EMPREGADOS
SERVIDORES
TEMPORÁRIOS
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO
Obs.: Art. 40, §13: os que não estão previstos acima, se aposentam pelo regime geral de previdência (e assim não estão submetidos às regras de aposentadoria compulsória).
4. MODALIDADES DE APOSENTADORIA – Art. 40, §1º, CF
• 
Fato gerador;
• 
Natureza do provento;Por invalidez
• 
Integrais;
• 
Proporcionais;Compulsória
Voluntária
a) Aposentadoria por invalidez – Art. 40, §1º, I;
►Fato gerador: invalidez de caráter permanente que impeça o servidor de continuar exercendo as atribuições de seu cargo (princípio da razoabilidade – tem que se comprovar em cada caso que existe intima ligação entre as atribuições do cargo e a invalidez).
A constatação da invalidez permanente que impeça as atribuições do cargo tem que ser constatada por junta médica oficial que tem que se atribuir ao servidor o contraditório e ampla defesa (sempre conveniente que o servidor se faça acompanhar por médico de sua confiança que possa se contrapor a conclusão tirada pela junta).
Mesmo que o individuo seja acometido de invalidez de caráter permanente, a aposentadoria ainda pode ser evitada, pois a lei 8.112/90 estatuto dos servidores públicos da União prevê no art. 24 a figura d instituto da readaptação, que é a transferência do servidor do cargo que ocupava para outro adaptado às limitações físicas e/ou mentais que ele passou a experimentar.
►Natureza dos proventos: em regra, recebe proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Só em caráter excepcional cogita-se de proventos integrais quando a invalidez resulte de:
Acidente em serviço;
Moléstia profissional;
Doença grave contagiosa ou incurável, nos termos previstos em lei;
b) Aposentadoria compulsória – Art. 40, §1º, II, CF
► Fato Gerador: atingimento do limite máximo de idade previsto na CF = 75 anos (EC 88 de maio de 2015).
Aqui, ela não representa ato discricionário para a administração.
►Natureza dos proventos: São proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
Obs.: Súmula 683 – Requisito de idade de concurso será legitimo somente será compatibilizado com a natureza e complexidade das atribuições do cargo. 
c) Aposentadoria voluntária:
►Fato gerador: única que prevê a percepção ou de proventos integrais ou proporcionais. 
►Natureza dos proventos
Requisitos cumulativos:
	Voluntária – PROVENTOS INTEGRAIS
	HOMENS
	MULHERES
	10 anos de serviço;
	10 anos de serviço;
	5 anos de serviço no cargo em pretende se aposentar;
	5 anos de serviço no cargo em pretende se aposentar;
	60 anos de idade;
	55 anos de idade;
	35 anos de contribuição;
	30 anos de contribuição;
	Voluntária – PROVENTOS PROPORCIONAIS 
	HOMENS
	MULHERES
	10 anos de serviço;
	10 anos de serviço;
	5 anos de serviço no cargo em pretende se aposentar;
	5 anos de serviço no cargo em pretende se aposentar;
	65 anos de idade;
	60 anos de idade;
	-------------
	-------------
5. APOSENTADORIAS ESPECIAIS – Art. 40, §4º, CF
Dois requisitos devem ser preenchidos:
Quanto ao instrumento: as chamadas aposentadorias especiais só podem ser criadas por lei complementar;
Hipóteses em que se pode criar aposentadorias especiais:
Para os portadores de necessidades especiais;
Os que exercem atividades de risco;
Os que exercem atividades prejudiciais à saúde e à integridade física;
Exemplos: os que integram carreiras policiais (aquelas que estão relacionadas no art. 144 da CF); radiologistas; mineradores; atividade parlamentar.
6. TETO DE REMUNERAÇÃO
Art. 40, §11 – art. 37, §11
a) Critérios - §§2º e 3º do art. 40:
Não pode ganhar a titulo de provento mais do recebia no cargo que titularizava quando se aposentou,
Período e trajetória de contribuição
7. POSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DE APOSENTADORIAS
É possível, desde que nas hipóteses autorizadas pela CF (§6º, art. 40) – nas hipóteses autorizadas de cumulação de cargos (art. 37, XVI).
Posso acumular os proventos recebidos com vencimento de outro cargo? Art. 37, §10, CF – como regra geral proíbe a cumulação de cargos com proventos de aposentadoria. Porém há 3 exceções que permite: Nas hipóteses autorizadas pela CF – professor; área da saúde; cargo em comissão; com subsidio de um mandato parlamentar;
SERVIDORES:
LEI 8.112/90 (ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO)
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
I) REGIME DISCIPLINAR
O regime disciplinar definido em lei regulamentaas penalidades que podem ser aplicadas aos servidores públicos que desrespeitam regras legalmente previstas para o exercício das funções, exigindo-se, em todos os casos, a realização de processo administrativo, em que estejam respeitadas as garantias do contraditório e da ampla defesa.
1. DEVERES (Art. 116)
Destaques:
Dever de cumprir ordens emitidas pelos superiores hierárquicos. 
Obs.: A única exceção é na hipótese em que aquela que a ordem emitida é manifestamente ilegal.
Dever de denunciar irregularidades que tiverem conhecimento por conta do cargo que titularizam. 
Dever de guardar sigilo de informações que tenham obtido por força do exercício do cargo.
Dever de assiduidade.
2. PROIBIÇÕES (Art. 117)
Destaques:
Proibição de retirar sem autorização documentos da repartição pública. 
Proibição de cobrar ou receber propina.
Proibição de manter sob sua subordinação (chefia) parentes de até 2º grau em cargos em comissão. 
Proibição de exercer cargos de gerência ou de administração em sociedade privada (não está proibido de ser acionista de sociedade privada) e, ainda, a proibição para o exercício do comércio (dentro e fora da administração).
3. RESPONSABILIDADE (Art. 121 a 126)
Pelo descumprimento de quaisquer diretrizes estabelecidas pela lei será responsabilizado. Esta responsabilidade pode ser tríplice: civil, penal e administrativa.
Obs.: Esta responsabilidade pode resultar de atos ou omissões. 
Quanto ao perfil desta responsabilidade, ela é subjetiva, baseada nos conceitos de culpa ou dolo. 
Ainda, a lei abre a possibilidade desta responsabilidade ser transferida aos sucessores, nos limites da herança recebida. 
4. PENAS (Art. 127) – quanto da responsabilidade administrativa:
Advertência;
Suspensão;
Demissão; 
Cassação de aposentadoria (demissão do aposentado);
Destituição de cargo em comissão; 
5. PRESCRIÇÃO (Art. 142) – para aplicação destas penas:
Variam de acordo com a sanção a ser aplicada:
Para pena de demissão: 5 anos;
Para pena de suspensão: 2 anos;
Para pena de advertência: 180 dias;
Marco inicial destes prazos (§§ do art. 142): a partir do momento que a administração tomar conhecimento da irregularidade praticada. 
Obs.: estes prazos serão interrompidos quando da abertura de sindicância ou processo disciplinar.
6. INSTRUMENTOS para apuração destas irregularidades:
Sindicância;
Processo disciplinar. 
Ambas se apresentam como instrumentos através dos quais a administração apura irregularidades praticadas pelo servidor na esfera administrativa.
Em ambas o servidor tem direito ao contraditório e ampla defesa, com fundamento no art. 5º, LV da CF e art. 143 da lei.
Se o servidor for responsabilizado na área administrativa sem a abertura de um dos dois, ou com a abertura de um dos dois, mas sem contraditório e ampla defesa, configura penalidade ilegal.
Estes instrumentos se diferenciam quanto ao campo de atuação:
 SINDICÂNCIA
A sindicância é instrumento sumário de apuração de irregularidades que comportem no máximo a pena de suspensão por até 30 dias.
Ainda, esta sindicância tem duração de 30 dias, admitida uma prorrogação em caso de necessidade.
O Art. 145 estabelece 3 resultados possíveis para sindicância:
Se ao término dela, não se apura rigorosamente nada (nenhuma irregularidade) resultado é o arquivamento.
Se ao termino da sindicância, apura-se exatamente a irregularidade que justificou a sua abertura condenação e aplicação da pena máxima (suspensão por até 30 dias).
Se ao termino da sindicância, o administrador apura irregularidades muito mais graves do que aquelas que justificaram a sua abertura neste caso, a sindicância converte-se em processo disciplinar.
 PROCESSO DISCIPLINAR:
DEFINIÇÃO – Art. 148
É instrumento voltado a apuração de qualquer irregularidade praticada pelo servidor na esfera administrativa. 
Assim, enquanto a sindicância apresenta limita de atuação, o processo não. Portanto, na dúvida, o administrador abre processo disciplinar.
Tem duração de 60 dias, admitidas prorrogações em caso de necessidade. 
FASES – Art. 151
Fase de abertura;
Fase de inquérito administrativo;
Fase do julgamento;
Fase de Abertura:
A fase de abertura é aquela que inaugura este processo e o instrumento básico a ser utilizado pelo administrador é através da publicação de uma portaria, que ao ser aberta, deverá conter algumas informações básicas sob pena de ilegalidade. 
Assim, o conteúdo mínimo desta portaria é:
Descrição detalhada da suposta irregularidade praticada pelo servidor e seu enquadramento legal. 
Apontamento dos integrantes da comissão processante, pelas seguintes:
Para que se possa fazer frente as situações de impedimento e suspeição (para assegurar a impessoalidade dos trabalhos da comissão), bem como os integrantes da comissão processante devem ser estáveis, de forma a diminuir a pressão que incide sobre eles (art. 149).
O presidente da comissão processante tem que ocupar cargo de igual ou superior hierarquia em relação ao servidor que está sendo processado ou ter nível de escolaridade igual ou superior a ele. 
Aberto o processo através da publicação da portaria, a lei abre a possibilidade da comissão determinar o afastamento do servidor do cargo que titulariza até o fim do processo (art. 147).
O afastamento é permitido àquelas situações em que se verifica que a permanência do servidor a frente do cargo possa comprometer a fase de produção de provas (com maior facilidade pode destruir documentos; coagir testemunhas; etc.).
Ainda, este afastamento se dá sem prejuízo da remuneração. 
Há situações que o próprio servidor pede o afastamento do cargo com a intenção de viabilizar a ampla defesa (faculdade que a comissão atenderá ou não).
Fase de Inquérito Administativo – Art. 153:
Esta etapa é composta pela:
Fase de instrução;
Alegações finais;
Relatório da comissão processante;
A fase de instrução é o momento e que são produzidas todas as provas em direito admitidas. Principalmente aqui é que se faz necessária a história da ampla defesa (necessidade de se atribuir ao servidor defesa técnica por advogado). Portanto, sem defesa técnica por advogado, a ampla defesa esta irremediavelmente comprometida.
Sobre este tema:
• Art. 133, CF:
Art. 133, CF. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
• STJ, súmula 343 (ratifica a diretriz constitucional): 
SÚMULA N. 343 – É obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar.
• Súmula vinculante n. 5: 
SÚMULA VINCULANTE 5 – A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
***Obs.: Esta súmula vinculante só poderá ser utilizada para aquela situação em que deram ao servidor o direito de defesa por advogado e ele, por mera liberalidade, abriu mão dele.
• Sumula vinculante n. 14: 
SÚMULA VINCULANTE 14 – É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Encerrada esta fase de instrução, entra o prazo de 10 dias pra que o servidor apresente suas alegações finais (art. 161).
Apresentadas as alegações finais, entra prazo igual para que a comissão processante apresente seu relatório final para a autoridade que vai promover o julgamento. 
Fase de julgamento:
A comissão tem apenas a obrigação de conduzir o processo até o final, mas não são seus integrantes que ira promover seu julgamento. A competência para julgar varia conforme a sanção a ser aplicada (art. 141):
A aplicação da pena de demissão só pode ser aplicada pela autoridade máxima de cada poder. 
A pena de suspensão pode ser aplicada pela autoridade imediatamente abaixo (ministro; secretario de estado). 
A pena de advertência pode ser aplicada até pelo superior hierárquico.
Conteúdoda decisão:
Esta decisão tem que ser motivada (art.128), pois é um ato administrativo e a motivação é requisito de validade de qualquer ato administrativo. Até porque, sem motivação não dá para se falar em ampla defesa.
Ainda, esta lei, preocupada com esta motivação, explicou o que significa motivar uma decisão: 
Motivar uma decisão implica na obrigação de apontar a causa e o fundamento legal. Isso nos leva a necessidade de investigar o que é fundamento legal e causa.
Fundamento legal: Obrigação atribuída ao administrador de apontar o dispositivo de lei no qual ele se baseou (atividade administra é sub legem – subordinada a lei).
Causa: Obrigação atribuída ao administrador de apontar os fatos que concretamente o levaram a aplicar o dispositivo de lei para aquele caso. 
Importante apontar as causas (os fatos) para se apurar a razoabilidade ou não da decisão tomada. Até porque, a razoabilidade, embora não esteja expressa na CF, é principio que comanda toda atividade administrativa e tem previsão na lei 9.784/99, art. 2º, parágrafo único, VI (lei que disciplina processos administrativos na esfera federal) e impede a administração de fazer qualquer exigência ou aplicar qualquer sanção em medida superior aquela necessária para a preservação do interesse público.
A motivação só será correta se o administrador enfrentar 5 requisitos (tanto para absolvição, quanto pra condenação):
natureza da infração cometida;
gravidade dela;
os prejuízos causados;
as atenuantes e agravantes do caso concreto;
os antecedentes do servidor;
► Se o servidor for flagrado praticando uma irregularidade ao nível administrativo, ele terá direito a tudo isso visto (abertura de processo, ampla defesa...)? 
Se ele foi pego em flagrante praticando irregularidade, não poderá negar o ilícito praticado nem pode negar a autoria do ilícito, mas mesmo assim terá direito a abertura do processo, principalmente em razão da análise e aplicação de atenuantes e agravantes do caso concreto. Ex.: servidor é flagrado praticando irregularidade (desvio de verbas públicas) e alega que assim o fez, pois integrante de sua família foi seqüestrado e exigiram resgate (e iria devolver). 
Prazo para a decisão (art. 167): 20 dias. 
Porém, se o prazo for descumprido, não implicará na anulação do julgamento – art. 169 (mediante motivação).
Proferida a decisão ao nível administrativo, a lei prevê a possibilidade do servidor ingressar com pedido de REVISÃO (Arts. 174 a 182 da lei).
7. REVISÃO
Meras alegações de justiçam não são fundamentos suficientes para este pedido, podendo basear-se apenas em:
Fato novo; e,
Inadequação da pena;
Pena inadequada é aquela pena que é totalmente estranha aos fatos que foram apurados durante o processo (pena inadequada = pena desarrazoada = pena ilegal).
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
Prazo para apresentação do pedido de revisão: a qualquer tempo (art. 174).
Possibilidade de produção de provas: ampla. 
Decisão a ser proferida: 
Em relação à decisão no pedido de revisão, ela pode ou não implicar em agravamento em relação ao servidor (reformatio in pejus)? Na forma do art. 182, parágrafo único, a lei não permite o agravamento da situação do servidor.
Art. 182.  Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Parágrafo único.  Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
RESUMO
Possibilidade de configuração de sanção ilegal:
Não abertura de sindicância / processo;
Ausência de ampla defesa;
Porque usaram instrumento errado (sindicância X processo);
Por incidência de prescrição;
Porque quem julgou não tinha competência para isso (art. 141);
► Se ele foi demitido de forma ilegal e for absolvido no judiciário, terá ou não direito a reintegração ao cargo? DEPENDE da forma com que ele foi absolvido. 
Possibilidades:
Absolvição por falta de provas (sem análise do mérito): hipótese em que não terá direito a reintegração, pois o judiciário nem entrou no mérito da questão. Neste caso, a administração reintegra se quiser (ato discricionário).
Absolvição com análise do mérito em que o judiciário conclua ou pela inexistência do ilícito (negativa do fato) ou pela inexistência de autoria pelo servidor (negativa de autoria): hipótese que gera direito à reintegração (ao vinculado) – art. 126. 
II) LINCENÇAS (Arts. 83 a 92)
Além das férias, os servidores públicos, em determinadas situações previstas em lei, fazem jus às licenças, por meio das quais, poderão se afastar do exercício da atividade pública de forma regular, sem configurar ausência injustificada. As licenças podem ser remuneradas ou não, e algumas têm prazo determinado, fixado em lei.
Motivos:
Doença familiar – 83;
Afastamento do cônjuge – 84;
Serviço militar – 85;
Atividade política – 86;
Capacitação – 87;
Interesse particular – 91;
Mandato classista – 92;
 Doença – 83;
Fato gerador: Configuração de doença em família (cônjuge/companheiro; pais; filhos; padrasto; madrasta; enteado; ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu assentamento funcional). 
Porém, além da configuração de doença em familiar, deve existir a constatação por junta médica oficial de que o familiar adoentado necessita de assistência de terceiros e que essa assistência só possa ser prestada pelo servidor e que não possa prestar esta assistência fora do horário de expediente.
Configurados estes requisitos, a licença pode ser concedida por até 60 dias sem prejuízo da remuneração (podendo se prorrogar por até 90 dias, sem remuneração).
Obs.: Concedida a licença por motivo de doença de membro da família, outra só poderá ser concedida após 12 meses, ainda que não usufruído todo o período permitido.
 Licença para acompanhamento do cônjuge – art. 84;
Feito o pedido, esta licença PODERÁ ser atribuída, ou seja, trata-se de ato discricionário (o administrado tem espaço para fazer juízo de valores de conveniência e oportunidade).[3: ATENÇÃO: O STJ, a despeito de a lei mencionar que a licença PODERÁ ser concedida, vem julgando no sentido de que o servidor tem DIREITO à licença para acompanhar o cônjuge, desde que comprovados os requisitos. Com isso, firmou um entendimento que esta licença seria um ato vinculado e não discricionário, como parece estabelecer o dispositivo legal. Logo, anteriormente, poder-se-ia falar em ato discricionário da Administração, porém, de acordo com as decisões proferidas pelos tribunais superiores, se extrai que a licença é ato vinculado, configurando garantia do servidor público, desde que cumpridos os requisitos de lei.]
Ocorre quando o cônjuge do servidor é deslocado para qualquer lugar do território nacional ou do exterior, ou para o exercício de mandato eletivo e se for concedido, poderá o ser por prazo indeterminado e sem remuneração.
Obs.: Caso o cônjuge também seja servidor publico e esteja se deslocando no interesse da Administração, a lei regulamenta a possibilidade de exercício provisório.
§ 2o  No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.
 Licença para prestar serviço militar – art. 85
Feito o pedido,ele DEVERÁ ser atendido. Portanto, trata-se de ATO VINCULADO (desde que o pedido venha instruído por convocação).
Esta licença é sem remuneração, pois durante o período o servidor não será remunerado pelos cofres da administração, mas pelos cofres da arma onde presta o serviço militar.
E a lei dá 30 dias de prazo, depois de encerrado o serviço militar para que o servidor volte (retorno não imediato).
 Licença para o exercício de atividade política – art. 86;
Fato gerador: o servidor pede afastamento para que possa se candidatar ao mandato eletivo. Aqui, feito o pedido, essa licença DEVERÁ ser concedida, portanto ATO VINCULADO.
Essa licença é retirada com ou sem remuneração a depender:
1º período (do dia 20 de julho a 05 de agosto): da escolha do nome do servidor na convenção do partido até o registro da candidatura.
Aqui, se o indivíduo teve o nome escolhido, pede esta licença para que possa reunir toda a documentação necessária para conseguir registrar sua candidatura perante a justiça eleitoral (do dia 05/08 a 15/08).
Licença retirada sem remuneração (porque o servidor ainda não é candidato).
2º período (do dia 15/08 a 12/10): do registro da candidatura até 10 dias após as eleições.
Licença retirada com remuneração (já é candidato), não podendo ultrapassar 3 meses. Para a lei, pouco importa saber, onde este servidor esteve durante estes 2 meses e qual foi o resultado obtido nas eleições. 
Tem o período de até 10 dias depois de realizadas as eleições para voltar, SE houver a possibilidade da volta, pois, se for eleito, dependerá do mandado eletivo que conquistou para possibilidade de acumulação (art. 38, III, CF) – poderá acumular com mandato de vereador e se houver compatibilidade de horários.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
Obs.: Servidores que exercem funções ou cargos comissionados não podem se candidatar sem se desincompatibilizar. Considera-se desincompatibilização, o afastamento do cargo ou função por um período de 180 dias sem direito a remuneração.
 Licença para participar de curso da capacitação – Art. 87
Pra que um pedido desses possa ser apreciado, a lei faz uma exigência: o servidor tem que comprovar um qüinqüênio de efetivo exercício das atribuições (não pode ser concedido no estagio probatório). Se este qüinqüênio não estiver demonstrado, o pedido sequer pode ser analisado.
Se este qüinqüênio estiver comprovado, a lei diz que feito o pedido, a licença PODERÁ ser concedida, portanto, ATO DISCRICIONÁRIO.
Se o pedido for atendido, será concedido por até 3 meses e com remuneração.
Obs.: O curso capacitação deve ser ligado as atribuições do cargo. 
Obs.: Esta licença substituiu a licença prêmio (não mais existe na legislação federal).
 Licença para tratar de assuntos particulares – art. 91
Aqui, o legislador também faz uma exigência: para poder tirá-la, o servidor não pode estar em estagio probatório.
Se estiver, o pedido não será nem analisado. 
É ato discricionário e precário, uma vez que diz a lei que o pedido PODERÁ ser atendido (ato discricionário), bem como, mesmo depois de concedida, poderá ser interrompida, a qualquer tempo, por causa de interesse público.
Prazo: 3 anos, sem remuneração.
Obs.: Não é necessário nominar qual o interesse particular.
 Licença para exercer mandato classista – art. 92
Feito o pedido, ele DEVERÁ ser atendido (ato vinculado).
Prazo: Até o término do mandato classista (podendo ser renovada em caso de reeleição).
Remuneração: sem remuneração, porque durante este período de afastamento o servidor não será remunerado pelos cofres da administração, mas pelos cofres da entidade onde estiver exercendo o mandato (mesmo raciocínio do serviço militar).
Obs.: Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente.
Provimento derivado vertical;III – HIPOTESES DE PROVIMENTO DERIVADO DE CARGOS PUBLICOS
Provimento derivado 
horizontal
;Promoção;
Readaptação;
Reversão;
Provimento derivado por reingresso;Reintegração;
Recondução;
(Re)aproveitamento;
1. NOÇÕES BÁSICAS 
a) Definição de provimento: é sinônimo de titularização;
Trata-se de forma de ocupação do cargo público pelo servidor. É um ato administrativo por meio do qual há esse preenchimento de cargo, atribuindo as funções a ele inerentes a uma determinada pessoa. A lei e a doutrina costumam dividir as hipóteses de provimento de cargos públicos em 2 grupos: provimento originário e provimento derivado.
b) Espécies de provimento:
Originário;
Derivado;
O provimento originário é aquele em que o individuo está ingressando na administração e não pressupõe a existência de qualquer relação jurídica anterior com a administração.
Obs.: O provimento do cargo se dá com a nomeação, mas a investidura no cargo se dá com a posse. 
Etapas: concurso nomeação posse.
O provimento derivado é aquele que pressupõe uma relação jurídica anterior com a administração, ou seja, o individuo já é titular do cargo e passa a titularizar outro.
Esta espécie de provimento poderá ser vertical ou horizontal: 
Provimento derivado vertical: sai de um cargo e titulariza outro COM progressão na carreira. Ex.: promoção.
Provimento derivado horizontal: sai de um caro e passa para outro SEM progressão na carreira. 
Obs.: Esse provimento derivado horizontal pode se dar também por reingresso, ou seja, quando o servidor volta ao mesmo cargo do qual ele se afastou.
3. HIPÓTESES DE PROVIMENTO DERIVADO:
Art. 8o  São formas de provimento de cargo público:
        I - nomeação;
        II - promoção;
        III - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997)   (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
        V - readaptação;
        VI - reversão;
        VII - aproveitamento;
        VIII - reintegração;
        IX - recondução.
 Promoção: art. 8º; 
Hipótese de provimento derivado vertical (única hipótese). O servidor transfere-se do cargo que ocupava para outro com progressão na carreira. 
 Readaptação: art. 24;
Provimento derivado horizontal.
É a transferência do servidor do cargo que ocupava para outro adaptado às limitações físicas e/ou mentais do servidor. 
(Última tentativa de manter o servidor em atividade, caso contrário será aposentado por invalidez).
 Reversão (reversão de aposentadoria): art. 25
Provimento derivado horizontal por reingresso.
É o retorno ao cargo que ocupava do servidor aposentado.
Esta reversão pode se dar por iniciativa da própria administração ou a pedido do servidor.
 Reintegração: art. 28.
Provimento derivado horizontal por reingresso.
É o retorno do servidor estável ao cargo que ocupava por decisão judicial ou administrativa.
Ex.: servidor que foi demitido de forma ilegal e posteriormente é absolvido pelo judiciário, que determina a sua reintegração.
ATENÇÃO: Se o servidor foi absolvido no judiciário, ele terá direito a reintegração? DEPENDE: Se ele for absolvido por falta de provas, só será reintegrado se administração quiser. Se ele foi absolvido com análise do mérito em que se negou a autoria dele ou o ilícito não ocorreu, a reintegração é obrigatória.
 Recondução: art. 29;
Provimento derivado horizontal por reingresso.
É a volta do servidor estável ao cargo que ocupava em duas hipóteses:
Por inabilitação em estágio probatório pra outro cargo;
Por reintegração do antigo ocupante do cargo para o qual o servidor se transferiu; 
Obs.: Súmula vinculante 43:
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidorinvestir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).
 (Re)aproveitamento: art. 30 (art. 41, §3º, CF)
Provimento derivado por reingresso.
É a volta ao cargo do servidor estável colocado em disponibilidade remunerada.
OBS.1: A lei não inclui entre as hipóteses de provimento derivado a REMOÇÃO DO SERVIDOR (art. 36), que pode ser de 3 espécies:
Remoção de ofício no interesse da administração: a medida é tomada unilateralmente pelo poder público (deve ser motivada).
Remoção a pedido de servidor, mas à critério da administração (ato discricionário); 
Remoção a pedido do servidor para outra localidade, independente do interesse da administração (ato vinculado);
Exemplos: por motivos de doença (constatada por junta medica oficial); por para acompanhamento do cônjuge que foi transferido para outro ponto do território nacional pela própria administração pública.
OBS.2: SV 43 – Dizer o direito
Confira abaixo:
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.
STF. Plenário. Aprovada em 08/04/2015 (Info 780).
Conversão da súmula 685 do STF
A conclusão exposta nesta SV 43 já era prevista em uma súmula “comum” do STF, a súmula 685 do STF (de 24/09/2003) e que tem a mesma redação.
O Plenário do STF tem convertido em súmulas vinculantes algumas súmulas “comuns” com o objetivo de agilizar os processos e pacificar os temas. Essa foi uma das escolhidas.
Provimento
Provimento é o ato pelo qual o cargo público é preenchido, com a designação de seu titular (Hely Lopes Meirelles). Existem duas formas de provimento: originário e derivado.
Ascensão funcional
O que a SV 43 do STF proíbe é a chamada ascensão funcional (também conhecida como acesso ou transposição).
A ascensão funcional é a progressão funcional do servidor público entre cargos de carreiras distintas.
Ocorre quando o servidor é promovido para um cargo melhor, sendo este, no entanto, integrante de uma carreira diferente.
A ascensão funcional era extremamente comum antes da CF/88. Quando o servidor chegava ao último nível de uma carreira, ele ascendia para o primeiro nível de carreira diversa (e superior) sem necessidade de concurso público.
Ex.1: o indivíduo é servidor público e ocupa o cargo de técnico judiciário; a lei previa que, se ele chegasse à última classe de técnico judiciário, poderia ser promovido à analista judiciário.
Ex.2: o agente de polícia de último nível tornava-se delegado de polícia de nível inicial.
Antes da CF/88, somente se exigia o concurso público para o ato da primeira investidura.
A ascensão funcional é compatível com a CF/88?
NÃO. A promoção do servidor por ascensão funcional constitui uma forma de “provimento derivado vertical”, ou seja, a pessoa assume um outro cargo (provimento) em virtude de já ocupar um anterior (ou seja, derivado do primeiro), subindo no nível funcional para um cargo melhor (vertical).
A ascensão funcional é inconstitucional porque a CF/88 afirma que a pessoa somente pode assumir um cargo público após aprovação em concurso público (art. 37, II), salvo as hipóteses excepcionais previstas no texto constitucional. Desse modo, a ascensão viola o princípio do concurso público.
Veja esta ementa bem elucidativa:
(...) O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de banir o acesso ou ascensão, que constitui forma de provimento de cargo em carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. (...) STF. 2ª Turma. RE 602795 AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 16/03/2010).
A SV 43-STF veda a promoção no serviço público?
NÃO. A SV 43-STF não veda a promoção, desde que seja na mesma carreira.
A promoção é a passagem (desenvolvimento funcional) do servidor público de um cargo para outro melhor, tudo dentro da mesma carreira. Ex.: a Lei prevê que a carreira de Defensor Público é dividida em 3 classes; a pessoa ingressa como Defensor Público de 3ª classe e, após determinado tempo e cumpridos certos requisitos, poderá ser promovida, por antiguidade e merecimento, alternadamente, a Defensor Público de 2ª classe e depois a Defensor Público de 1ª classe.
A promoção é constitucional, não sendo proibida pela SV 43-STF.
Pode-se dizer que a A SV 43-STF proíbe todas as formas de provimento vertical?
NÃO. Vamos com calma. Existem duas formas de provimento: originário e derivado.
1) Provimento originário: ocorre quando o indivíduo passa a ocupar o cargo público sem que existisse qualquer vínculo anterior com o Estado. Ex.: João prestou concurso público e foi aprovado para o cargo de técnico judiciário do TRF, sendo nomeado. Trata-se de um provimento originário. Alguns anos depois, João fez novo concurso público e foi aprovado, desta vez, para analista judiciário do TRF. Ao ser nomeado para o cargo de analista, houve novo provimento originário, uma vez que seu vínculo não decorreu do anterior.
2) Provimento derivado: provimento derivado ocorre quando o indivíduo passa a ocupar determinado cargo público em virtude do fato de ter um vínculo anterior com a Administração Pública. O preenchimento do cargo decorre de vínculo anterior entre o servidor e o Poder Público.
Existem, por sua vez, três espécies de provimento derivado:
2.1) Provimento derivado vertical: ocorre quando o servidor muda para um cargo melhor.
Há dois exemplos de provimento derivado vertical:
• a ascensão funcional (transposição/acesso) e;
• a promoção.
A ascensão funcional, como vimos, é inconstitucional, sendo proibida pela SV 43-STF. Assim, atualmente, a única hipótese permitida de provimento derivado vertical é a promoção.
2.2) Provimento derivado horizontal: ocorre quando o servidor muda para outro cargo com atribuições, responsabilidades e remuneração semelhantes. É o caso da readaptação (art. 24 da Lei nº 8.112/90).
3) Provimento derivado por reingresso: ocorre quando o servidor havia se desligado do serviço público e retorna em virtude do vínculo anterior. Exs.: reintegração, recondução, aproveitamento e reversão.
Desse modo, concluindo, a SV 43-STF não proíbe todas as formas de provimento derivado. Na verdade, ela só veda uma espécie de provimento derivado vertical, que é a ascensão funcional.
IV – HIPÓTESES DE VACÂNCIA DO CARGO PÚBLICO
Art. 33
Exoneração;
Demissão;
Promoção;
Readaptação;
Aposentadoria;
Transferência do servidor para outro cargo inacumulável;
Morte;
 Exoneração: 
É hipótese de vacância que NÃO pressupõe um ilícito praticado pelo servidor. 
Exemplos: 
Exoneração do servidor que não entra em exercício das atribuições no prazo legal (15 dias).
Exoneração do servidor durante o estágio probatório que não produz o que dele se esperava. 
Exoneração do servidor quando a administração esta gastando com folha de pessoal além daquilo que podia – art. 169 da CF.
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:   
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;   
II - exoneração dos servidores não estáveis.  
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

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