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Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 1 Economia da Tecnologia eduardo.goncalves@ufjf.edu.br Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 2 Incubadoras e Parques Tecnológicos Papel das Incubadoras: aspectos conceituais o Mecanismo institucional que busca fortalecer a criação, o desenvolvimento e a consolidação de pequenas empresas inovadoras, oferecendo infraestrutura técnica, operacional e outros serviços aos empreendedores. o Segundo a ANPROTEC (2010), o “As incubadoras são ambientes dotados de capacidade técnica, gerencial, administrativa e infraestrutura para amparar o pequeno empreendedor. Elas disponibilizam espaço apropriado e condições efetivas para abrigar ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso.” Fonte: Ryzhonkov (2013) Privado Universidade Governo Empresas Terceiro setor Capital Administração Facilidades Networking P&D Laboratório experimental Associados das incubadoras Comercialização do produto ou processo Empreendedores tecnológicos Incubadora Tecnológica Companhias viáveis Desenvolvimento econômico Lucros Criação de empregos Competividade industrial Sistemas de suporte Diversificação de bens Networks globais Dinamismo de uma Incubadora Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 4 Incubadoras e Parques Tecnológicos Papel das Incubadoras o Chances de sobrevivência dos negócios nascentes são afetadas por: o Incerteza e riscos de novos produtos e processos: o Falta de controle perfeito dos insumos usados e de seus resultados no processo inovativo. o Quanto mais radical uma inovação maior o grau de incerteza envolvido. o Obstáculos nos estágios iniciais da firma: o Escasso fluxo de caixa. o Custos fixos. o Custos de entrada. o Desigual acesso ao mercado de capital. o Falta de informação técnica e mercadológica. o Pouca habilidade gerencial dos empreendedores. Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 5 Incubadoras e Parques Tecnológicos Papel das Incubadoras o Serviços oferecidos pelas incubadoras: o i) infraestrutura física e acesso a laboratórios de universidades; o ii) suporte administrativo, representado por desenvolvimento de habilidades comerciais e gerenciais, realização de estudos de marketing e assistência na comercialização; o iii) suporte técnico, através de acesso a facilidades técnicas internas, programas de transferência de tecnologia e assistência de pessoal qualificado; o iv) acesso ao financiamento, devido à intermediação entre a empresa e as fontes de financiamento; o v) assistência jurídica e proteção da propriedade intelectual; o vi) estabelecimento e fortalecimento de uma rede de inter-relações e de cooperação entre os agentes do processo inovativo. Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 6 Incubadoras e Parques Tecnológicos Papel das Incubadoras o Objetivos dos empreendedores ao entrar numa incubadora: o Acesso aos recursos materiais e humanos a custos reduzidos. o A oferta de infraestrutura administrativa e técnica a baixo custo opera como um fator que compensa a carência de fontes de financiamento para pequenas empresas ou a necessidade de elevado volume de capital inicial. o Reunião de competências diferentes e complementares. o Período de incubação é comparado a um período de aprendizado. o Competência gerencial e comercial. Fonte: ANPROTEC (2006); ANPROTEC (2012) Número de incubadoras em operação no Brasil (1988-2011) Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 8 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos: aspectos conceituais o A International Association of Science Parks - IASP (2002, p.01), define PqTs como sendo: o “uma organização ministrada por profissionais especializados, cujo principal objetivo é aumentar a riqueza de sua comunidade, promovendo a cultura da inovação e a competitividade de seus negócios associados e instituições baseadas em conhecimento. Para permitir que estas metas sejam alcançadas, o Parque Científico estimula e administra o fluxo de conhecimento e tecnologia entre universidades, instituições de P&D, empresas e mercados; facilita a criação e crescimento de empresas baseadas em inovação por meio de mecanismos de incubação e processos de spin-off; e provê outros serviços sobre o valor agregado juntamente com espaço e instalação de alta qualidade.” Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 9 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Origem do conceito vem das experiências espontâneas de aglomeração espacial e de sucesso tecnológico do Vale do Silício, na Califórnia, e da Rota 128, na região de Boston, Massachusetts (entre fins de 1940 e início dos 1960). o Tentativa de reprodução na Europa (1970): parques pioneiros franceses (Sophia-Antipolis) e britânicos (Cambridge). Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 10 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Funções Principais: o Provisão de infraestrutura. o Oferta de serviços aos empreendedores. o Formação e consolidação de empresas de base tecnológica. o Facilitar interação entre universidade e empresas. o Promoção de alianças estratégicas e redes. o Do ponto de vista regional, podem ser elemento no processo de reestruturação econômica. Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 11 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Evidências de sucesso dos PqTec: Suécia (LiNDELÖF e LÖFSTEN, 2002; LÖFSTEN e LINDELÖF, 2002), China (HU, 2007) e Taiwan (YANG et al., 2009). o YANG, Chih-Hai; MOTOHASHI, Kazuyuki; CHEN, Jong-Rong (2009). Are new technology-based firms located on science parks really more innovative? Evidence from Taiwan. Research Policy 38: 77-85. o LÖFSTEN, Hans; LINDELÖF, Peter (2002). Science Parks and the growth of new technology-based firms—academic-industry links, innovation and markets. Research Policy 31: 859–876. o LINDELÖF, Peter; LÖFSTEN, Hans (2002). Growth, management and financing of new tecnology- based firms – assessing value-added contributions of firms located on and off Science Parks. Omega 30: 143-154 o HU, A. G (2007). Technology parks and regional economic growth in China. Research Policy 36: 76– 87. o Na China tem havido crescimento econômico de localidades menos desenvolvidas. o Os ganhos de eficiência de empresas de parques podem ser atribuídos ao apoio de políticas governamentais para empresas com esforços em P&D, vantagem de localização, efeito clustering e externalidades de rede. Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 12 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Evidências de sucesso dos PqTec: o Suécia: PqTec cumprem um objetivo importante de política regional o Empresas instaladas nos parques apresentaram melhores resultados no que tange à geração de emprego, além de apresentarem maior propensão a manterem vínculo com as universidades em relação à empresas fora dos parques. Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 13 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Evidências sobre desempenho modesto de PqTec: o Registros de modestas contribuições dos PqTs sobre o desenvolvimento regional e parques como grandes “elefantes brancos” o HILPERT, U. e RUFFIEUX, B (1991). Innovation, politics and regional development : technology parks and regional participation in high tech in France and West Germany. In: (ed.), Regional innovation and decentralization : high tech industry and government policy. London ; New York : Routledge, 320p. o Fraqueza de condições iniciais: ausência de firmas inovativas e de infraestrutura de pesquisa adequada etc. (LACAVE, 1996; MARTINS, 1996). o Ausência de uma estratégia adequada que defina seus objetivos (LACAVE, 1996;MARTINS, 1996). Economia da Tecnologia Prof. Eduardo Gonçalves 14 Incubadoras e Parques Tecnológicos Parques tecnológicos o Evidências sobre desempenho modesto de PqTec: o Objetivos não sintonizados com as reais necessidades e possibilidades da região (LACAVE, 1996; MARTINS, 1996). o LACAVE, Michel (1996). Is the science parks movement victim of its success? A plea for reengineering. In: WORLD CONFERENCE ON SCIENCE PARKS, 5, 1996, Rio de Janeiro. Proceedings... Rio de Janeiro: ANPROTEC, p. 342-346 o MARTINS, Maximiano (1996). The dynamizing role in regional development of science & technology parks. In: WORLD CONFERENCE ON SCIENCE PARKS, 5, 1996, Rio de Janeiro. Proceedings... Rio de Janeiro: ANPROTEC. p.244-258 o Retornos da localização de uma empresa dentro de um parque são desprezíveis (Reino Unido) o SIEGEL, D. S.; WESTHEAD, Paul; WRIGHT, M (2003). Science Parks and the Performance of New Technology-Based Firms: A Review of Recent U.K. Evidence and an Agenda for Future Research. Small Business Economics 20: 177–184.
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