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"INOVAÇÃO E TEORIAS DA FIRMA EM TRÊS PARADIGMAS

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Resenha do artigo – “INOVAÇÃO E TEORIAS DA FIRMA EM TRÊS PARADIGMAS”
1 Introdução
Desde os tempos de Alfred Marshall, a teoria econômica tenta explicar o comportamento das firmas e mercados e no que elas impactam e influenciam na economia. Mas, não chegaram em um consenso. Isso acontece devido as diferentes ideologias entre os estudiosos do mercado. As divergências existem pela dificuldade de entender a complexidade e diversidade dos pensamentos de Marshall. As críticas feitas a posteriori são baseadas em novos conceitos, novos paradoxos e em dados estatísticos que mostram com mais clareza o padrão existente no crescimento da firma e indústria. As teorias existentes não deixam claro em quais contextos estão estudando. Parecem pairar sobre um contexto indefinido, atemporal. Por isso, se revela irrealista. Dessa forma, é difícil entender a forma com que os estudiosos percebiam as mudanças na forma de produção e organização das firmas. Atualmente, é evidente que as inovações tecnológicas têm forte impacto nas indústrias, porém esses impactos não são incorporados no pensamento econômico. 
Este artigo analisa as mudanças tecnológicas ocorridas ao longo de 3 paradigmas: 
1- Revolução industrial britânica
2- Fordismo (EUA)
3- Tecnologia da informação (Japão)
Esses 3 grupos não são triviais, mas sim formas de agrupar para analisá-los. Os ambientes culturais e sociais são diferentes em cada país e em cada mercado e, por isso, torna a análise difícil. O foco desse trabalho é analisar como a teoria econômica responde ao processo de inovação tecnológica. 
2. A teoria neoclássica e a revolução industrial britânica
A teoria neoclássica tradicional tem pouca relação com a realidade, estudada até hoje pela microeconomia. Na prática, sua aplicação nunca apresentou êxito. Na teoria neoclássica tradicional, o foco é a teoria dos preços e alocação de recursos. O irrealismo dos princípios da teoria neoclássica pode ser constatado nas seguintes premissas:
· A firma: combina fatores de produção disponíveis no mercado para produzir produtos comercializáveis;
· O mercado: tende a estabelecer condições de concorrência e informações perfeitas;
· Produção: possibilidades tecnológicas que especificam a produção correspondente a cada combinação possível de fatores;	
· Agentes: possuem racionalidade perfeita diante de objetivos da firma de maximizar os lucros.
Nesse contexto, a firma não tem muita escolha a fazer já que sua única função é transformar insumos em produtos e para isso basta escolher a técnica mais apropriada e adquirir os insumos necessários no mercado, incluindo trabalho e tecnologia. Essa imagem de firma vem dos princípios escritos por Leon Walras. O lucro é considerado apenas um resíduo dos fatores de produção. O preço de venda é determinado pelo mercado. A firma atinge um equilíbrio quando o resíduo desaparece pela concorrência entre empreendedores. Assim, o empreendedor é apenas um coordenados da produção. Com os pensamentos de Walras, Marshall tratou o caráter estático do modelo marginalista através das teorias de equilíbrio parcial. Até hoje a microeconomia usa como base sua teoria da determinação dos preços pela concorrência. Diferente da concorrência perfeita. 
A teoria neoclássica tradicional se baseou na visão Walrasiana apesar de algumas constatações. Seu principal problema é tratar a firma como agente individual. Isso implica emprestar à firma um princípio comportamental único, a maximização do lucro, que, na prática, é heterogêneo. Tratando a firma como ator e não como instituição, e como ator passivo e sem autonomia, cujas funções se resumem em transformar fatores em produtos e otimizar as diferentes variáveis de ação. Devido a esse irrealismo, as teorias são criticadas por autores que vivem outra realidade empresarial. Assim, as críticas à visão neoclássica da firma desconsideram o modelo de firma que vigorou na revolução industrial britânica. 
Para Demsetz (1993), a teoria tem como base o debate entre mercantilista e defensores do livre mercado sobre o papel do Estado na economia. Com a “mão invisível” os liberais perceberam que precisavam examinar melhor as condições necessárias para o sistema de preços funcionar. Que deu origem ao modelo de competição perfeita. O novo modelo descentralizado da economia tinha como base os modelos de firma da revolução industrial. 
Assim, chegou-se no modelo descentralizado e abstrato da economia, que tinha como base uma visão do tipo de firma dominante na revolução industrial. Freeman (1993) chegou a conclusão de que o negligenciamento dos economistas pode ser explicado a partir da ideia de “caixa preta”, ou seja, as mudanças tecnológicas estariam fora da competência de economistas, mas de engenheiros e cientistas. Freeman considera a tecnologia como uma variável exógena, portanto, desnecessária para análises. 
Walras tentou organizar de forma lógica o funcionamento da economia, baseado em conceitos da física e da matemática. Walras não tinha preocupações empíricas, e a firma era apenas um ponto em sua visão sistêmica da economia. 
Marshall não via a economia como um corpo de dogmas imutáveis e universais, mas uma máquina para a descoberta da verdade concreta. Seus pensamentos sobre o funcionamento da firma eram baseados em observações casuais. 
Ao final do século XIX, a Grã Bretanha era a “oficina do mundo” com o modelo industrial mais bem sucedido. Por isso, serviram de referência aos autores neoclássicos. A base institucional para a coordenação do mercado era a firma-propriedade e estava presente na indústria britânica. Porém, a firma-propriedade possuía limitados recursos gerenciais e financeiros e por isso tendia a ter uma única planta, especializada em uma estreita gama de atividades. O papel do Estado era basicamente a manutenção da lei e a cumprir funções básicas, como educação e saúde pública. O poder jurídico possuía responsabilidade integral dos proprietários pelas dívidas da firma. Esse regime limitava o crescimento da firma, evitando a concentração do mercado. 
O uso da escola de produção ainda não era usado para aumentar a produtividade. Por um lado, não tinha recursos técnicos e financeiros para promover investimentos em equipamentos e desenvolver formas de organização para garantir a produção em massa com qualidade. Por outro, a presença de economias externas em distritos industriais dinâmicos garantia a eficiência coletiva das empresas individuais. 
A noção da deseconomia de escala é uma questão polêmica. Para Marshall, ao longo de uma produção, a firma aumentando a sua produção pode incorrer em deseconomias tanto internas como externas por causa dos custos variáveis. Os custos unitários sobem por causa da pressão nos preços causado pelo aumento da demanda. Além disso, os recursos fixos não dão conta de uma produção maior que sua capacidade, com uma mesma qualidade e eficiência. 
As deseconomias de escala foram muito criticadas ao longo do século XX. A falta de mecanismos eficientes de coordenação interna causou mais realismo às teorias neoclássicas de deseconomias de escala internas. O aumento da produção estava associado à oferta externa de trabalho e matéria-prima. Os empresários dependiam da oferta abundante de trabalho e da sua inserção nas redes de comunicação e distribuição. A medida que o mercado de um produto se expandia, o crescimento da oferta ocorria. 
Nesse modelo de organização industrial existia uma “escala típica” determinada pela capacidade nominal dos bens de capital disponíveis no mercado e pelos modelos organizacionais vigentes. As inovações organizacionais eram pouco frequentes e, por esse e outros motivos, facilitava a entrada de concorrentes. Os empresários se ocupavam mais com operações de compra e venda de insumos e produtos do que com questões organizacionais internas. A mudança tecnológica era pouco importante para a teoria neoclássica e para os empresários da época. Porém, como Landres (1969) percebeu, a produtividade britânica só foi alcançada pela Europa Continental a partir da chegada de mecânicos experientesda Inglaterra nesses países. 
O final do século XIX foi caracterizado pela deflação, com uma queda média dos preços das commodities em 1/3. A taxa de juros também caiu. 
Havia na teoria neoclássica da firma uma absoluta desconsideração de fatores técnicos e organizacionais. Um exemplo para isso é princípio de concorrência, porque não é perfeito, o princípio do caráter exógeno da tecnologia, do tamanho ótimo de equilíbrio da firma e das informações disponíveis. 
Para Tigre, os fatos aliados aos instrumentos metodológicos precários, a falta de dados disponíveis e a ideologia da época podem justificar a direção assumida pelos desenvolvimentos iniciais da teoria neoclássica. Da mesma forma que, não é justificável os economistas das épocas seguintes usar as teorias como base estando em um contexto industrial totalmente diferente. Apesar da tentativa de vários estudiosos de trazer as teorias para mais próximo da realidade, a microeconomia não se esforçou para acompanhá-los. 
Como justificar, diante da diversidade de estratégias e objetivos empresariais, a hipótese de maximização de lucro? Por que tratar uma entidade coletiva como a firma como um mero agente individual? Como compreender a complexidade que envolve a questão do empreendedor dentro do restrito princípio da racionalidade? Tais questões ocuparam o pensamento econômico no século seguinte, provocando a divisão da teoria da firma. 
3. Teorias da firma e o fordismo. 
A partir dos anos 20 surgiu a teoria da firma. Hermann levy e Sylos Laleine colaboraram com a tese de que o processo de concentração econômica está ligado às inovações tecnológicas e organizacionais. Esse pensamento mudou no século 19 por causa dos progressos revolucionários nos meios de comunicação e transporte, unificando mercados e criando oligopólios estáveis. Para Chandelles (1910), a origem e crescimento da grande empresa moderna está associada a uma cadeia de interligados. O primeiro elo da cadeira foi o cluster de inovação inter-relacionados dos transportes e comunicações - possibilitando o aumento do volume e criação de economia de escala e escopo. A inovação trouxe muitas vantagens, porém para que seja difusa depende de outros fatores como inovações complementares infraestrutura, mudanças na legislação, aprendizado na produção e aceitação. Três áreas de inovação merecem mais atenção: a eletricidade, o motor a combustão e as inovações organizacionais (fordistas - tayloristas) juntas mudaram o centro dinâmico do capitalismo para os EUA. Entre a invenção por Thomas Edson e a efetiva a eletrificação de cidades e fábricas se passaram duas décadas, antes foi necessário solucionar disputas sobre funcionamento, alcance e distribuição. a influência da eletricidade para formação dos oligopólios é dupla. Primeiro permite a exploração mais ampla das economias de escala através de máquinas maiores e sistemas integrados como as linhas de montagem. Segundo permitiu a criação por inventores - empresários de grandes firmas inovadoras que ao lado das automobilísticas, farmacêuticas e de petroleiras dominaram a indústria no século 20. 
A eletrificação das grandes cidades europeias e norte-americanas resultou na criação da indústria de eletrodomésticas que já nasceu oligopolizada pois partiu da exploração de monopólios temporários, de produtos inovadores que poucas empresas em todo o mundo souberam copiar. O motor a combustão deu origem ao automóvel, trator, caminhão e avião. Surgiu na Inglaterra em 1860, mudando posteriormente seu centro de atividades tecnológicos para França e Alemanha onde o pioneirismo de Nicolaus Otto possibilitou a criação da Daimler-Benz o primeiro fabricante de ônibus e caminhões.
Ao contrário de eletrodomésticos esta indústria nasceu competitiva no início havia nos EUA cerca de 100 fabricantes, poucas décadas depois graça as inovações organizacionais a Ford e a General Motors dominaram amplamente o mercado consolidando um oligopólio que vigora até hoje. O grande sucesso do motor gerou outro gigante, as petroleiras, sendo a Standard Oil Company a maior empresa americana no início do século 20. Pelo tamanho e controle amplo em 1911 a suprema corte exigiu seu desmembramento fazendo surgir outras empresas, mas não impediu um oligopólio conhecido como os sete irmãos.Além dos EUA apenas a Inglaterra desenvolveu esta indústria, devido às altas barreiras à entrada, devido a grande escala, integração vertical e pelo poderio imperialista e naval norte-americano e britânico. A terceira área de inovação foi a produção em massa, apesar de aparecer desde Adam Smith, as vantagens só foram definitivamente apresentadas por Frederick Taylor e Henry Ford, Taylor foi consultor de Ford em sua linha de montagem. 
Chandelier separou 2 ondas de inovações organizacionais: 
· Integração vertical em atividades encadeados em unidades distintas;
· Organização multidivisional.
Esta forma divisional descentralizada foi introduzida pós primeira guerra. Nas primeiras décadas do século 20 o “capitalismo proprietário” deu lugar ao “capitalismo gerencial”, os altos custos e alta complexidade levaram a essa mudança. Nos anos 20 o oligopólio já caracterizava grande parte da indústria, inclusive em setores tipicamente intensivos em trabalho como o têxtil. Isto colocava em xeque as teorias econômicas neoclássicas, principalmente sobre as questões de concorrência perfeita. 
Piero Sraffa (1926) foi um dos primeiros a questionar a noção de rendimentos decrescentes e economias de escala, criticando também, a relação custo preços - como conciliar concorrência com retornos crescentes de escala. 
As críticas ao modelo concorrencial baseiam no fato de que os oligopólios têm muito impacto, sendo assim os empresários não teriam poder para influenciar nestes mercados. O estudo da concorrência oligopolista muda o foco para o papel crucial da propaganda, diferenciação do processo e da inovação no processo de acumulação de capital. 
é importante dizer então que para Schumpeter o oligopólio e progresso técnico andam juntos. Neste ponto o estudo da teoria das firmas abandona as barreiras da economia, abrangendo outras áreas do conhecimento e colocando as firmas com um papel mais relevante e central. 
A própria existência da firma parecia nebulosa na teoria neoclássica. A questão dos objetivos da firma ganha novas interpretações diferentes do foco na maximização do lucro. Outro fato que era marginalizado pelos neoclássicos era o papel do empreendedor, depois debatido pela “escola austríaca”. 
A nova dinâmica mantém a firma dentro das regras antes descritas, porém amplia as condições necessárias, sendo orientados pelos mesmos princípios, entretanto acompanha as mudanças na tecnologia e na dinâmica competitiva. 
4. Neo-institucionalistas e as inovações organizacionais
 Chandler foi o primeiro a teorizar sobre a competitividade em relação as estruturas das firmas. Na visão institucionalista desenvolvimento econômico é atrelado ao padrão nacional de instituições. A teoria não coloca um modelo a ser seguido, já que, cada país tem suas próprias características institucionais. Analisando a história das instituições no ocidente, é possível perceber que ao romper a sociedade feudal a Europa revolucionou suas instituições, dando espaço ao mercado e a competição. Em comparação aos modelos de produção japonês e americano foi possível perceber o que a flexibilidade e a horizontalização no modelo japonês impulsionou a produtividade das firmas. Aoki ao analisar as firmas japonesas e Americanas elucidou que a maior produtividade japonesa vem dá não verticalização em seus meios produção. Williamson estava interessado em descobrir por que uma firma oligopolista pode superar o próprio mercado em que está inserida. Os dois autores têm visões diferentes sobre a firma. Aoki diz que único mecanismo que pode substituir o mercado é a hierarquia. Para Williamson os custos de transação de uma firma deveriam sempre serem reduzidos e compensados dá confiança mútua entre os agentes. A estratégia das firmas utilizadas para vencer a hierarquizaçãoe acompanhar o ritmo tecnológico do mercado foi a união e trabalho em conjunto para o desenvolvimento de novas tecnologias produtivas.
 As redes hierarquizadas são aquelas que possuem uma grande firma e está abre a possibilidade para pequenos produtores terceirizarem as tarefas menos importantes em sua produção, concentrando-se assim em seu produto objetivo. As redes não hierarquizadas são aquelas que não possuem empresas dominantes e as suas trocas são estabelecidas por padrões complementares.
 As redes de integração são aquelas onde firmas se unem para o desenvolvimento tecnológico. Esse tipo de rede ultimamente vem tendo um alto crescimento devido a preocupação com o desenvolvimento de novas tecnologias. Potter tem contribuído defensivamente para aplicação de ideias de economia industrial na gestão de empresas. Segundo ele para entender o mercado é necessário analisar primeiramente as firmas líderes e depois o mercado em si e as medidas governamentais.
Aprendizado rotina e competência: teorias evolucionistas e o novo paradigma.
 Das teorias emergentes a evolucionista é a que apresenta a melhor articulação para explicar as firmas. Um dos autores que a influenciaram foi Freeman que resgatou de Schumpeter o sentido de progresso técnico como importante passo para o processo evolucionário das empresas. Por outro lado, Nelson e Winter buscaram referência em Simon e Peter para ideias da biologia evolucionista. A transposição ideias de ciências como física e biologia não são novidades na economia, ninguém ainda tinha se arriscado trazer com tanta ênfase a Biologia para estudos econômicos. Nem todos os conceitos da ideia evolucionista na Biologia são trazidos para os estudos de economia. O principal Foco é noção de movimento e evolução. A teoria evolucionista é diferente da teoria neoclássica e da teoria das organizações industriais por negarem preceitos básicos dessas teorias e trazer novos.
 Para entender a teoria evolucionista Econômica é preciso compreender três principais pontos. O primeiro é que a dinâmica econômica é baseada em inovações de produtos e processos e que essas inovações não são necessariamente graduais, podendo causar rupturas no sistema econômico. O segundo, descarta todo tipo de racionalidade antecedente entre os administradores das firmas. O terceiro é sobre a autorregulação das firmas, onde as empresas se adaptam de acordo com as situações vividas no mercado. Para entender esse conceito é preciso ter em mente previamente entender sobre aprendizagem e rotina. Outro conceito que é preciso entender é a dependência do passado, uma firma só consegue evoluir em cima daquilo que ela já evoluiu. Os evolucionistas descartam a ideia de seleção mercadológica para aquelas firmas que não possuíram capacidade de se adaptar a maximização de lucros. Outro conceito importante é o de competência Central, onde o nível de competitividade e dado pelas características particulares e únicas de produção e organização de cada firma. Para o autor existem dois ambientes competitivos do mercado. Primeiro ambiente: que se caracteriza pela baixa competitividade e, portanto, baixa tecnologia. Segunda ambiente: onde já existem grandes empresas produzindo com investimentos de grandes capitais e a entrada de concorrentes se torna economicamente inviável. Talvez o grande erro dos evolucionistas é dar ênfase as unidades de firma e pouca ênfase no mercado em geral.

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