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1 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 1 ESTRUTURA ATÔMICA Prof. Dr.: Eduardo Luis Schneider Ciência dos Materiais Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 2 ESTRUTURA ATÔMICA • Introdução • Estrutura dos átomos • Configuração eletrônica • Ligações primárias fortes entre átomos • Ligações secundárias • Comprimento, força e energia de ligação • Exercícios 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 3 O que promove as ligações? ESTRUTURA ATÔMICA Micrografia da superfície de amostra de ouro tirada com MFA. As lagartixas possuem pés extremamente aderentes; Quais tipos de ligações existem? Quais propriedades podem ser inferidas pelas ligações? Possuem um nº elevado de pelos microscópicos sobre os dedos; Introdução Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 4 ESTRUTURA ATÔMICA O que é nanômetro? Introdução 3 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 5 A estrutura eletrônica dos átomos determina a natureza das ligações atômicas e define algumas propriedades dos materiais ESTRUTURA ATÔMICA Introdução Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 6 1 / 12 da massa do 12C é o no de prótons no núcleo = no de elétrons ESTRUTURA ATÔMICA • NÚMERO ATÔMICO (Z) = • UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (uma) = • PESO ATÔMICO = • MASSA ATÔMICA (A) = Z + no de nêutrons 1,67 x 10-24 g 1,67 x 10-24 g 9,11 x 10-28 g Pode ser especificado em termos de uma / átomos (ou moléculas) ou massa / mol 1 uma / átomo = 1 g / mol Átomo Elétron Núcleo prótons nêutrons 1,60 x 10-19 C Carga neutra -1,60 x 10-19 C 10 -10 m 10 -14 m 10 -18 m 4 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 7 Modelo Atômico de Bohr Os elétrons circulam ao redor do núcleo em orbitais. Cada nível tem um valor determinado de energia ESTRUTURA ATÔMICA Energia emitida (Fóton) Nível mais elevado Nível mais baixo Estado fundamental Energia Absorvida Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 8 Modelo Atômico de Bohr ESTRUTURA ATÔMICA Limitações: incapacidade de explicar certos fenômenos que envolvem os elétrons. Solução: Modelo mecânico-ondulatório Considera que o elétron possui características tanto de onda como de partícula. Arnold Sommerfeld (1868-1951): Sugeriu que os níveis seriam elípticos 5 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 9 Modelo mecânico-ondulatório A posição do elétron é considerada como uma probabilidade de estar em locais ao redor do núcleo; ESTRUTURA ATÔMICA • A luz interage com o elétron, logo não é possível ter certeza de sua posição; Modelo de Bohr Mecânico ondulatório (quântico) • Contrapôs as órbitas circulares de Bohr; HEISENBERG: demonstrou que é impossível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade do elétron (PRINCÍPIO DA INCERTEZA). Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 10 Números Quânticos • Usando a mecânica ondulatória, cada elétron em um átomo é caracterizado por 4 nos quânticos; ESTRUTURA ATÔMICA n = níveis K, L, M, N, O Nº quântico Designação ml = estados energéticos 1, 3, 5, 7 l = subnível s, p, d, f ms = spin ½, -½ 6 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 11 Representação das energias dos elétrons para camadas e subcamadas com o modelo mecânico-ondulatório • tem estado de energia discreto; • tendem a ocupar o ↓ estado. Elétrons Pode haver superposição de energia entre as camadas (3d > 4s) ESTRUTURA ATÔMICA Menor estado preenchido para o Na Configuração eletrônica dos elementos Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 12 Muitos elementos apresentam configuração eletrônica não estável por quê a valência da última camada está incompleta. ESTRUTURA ATÔMICA Base para reações químicas e ligações atômicas nos sólidos! Podem assumir configurações estáveis ganhando, perdendo ou compartilhando elétrons. Ex.: C (nº atômico = 6) Valência 4 Configuração eletrônica dos elementos 7 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 13 ESTRUTURA ATÔMICA Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 14 Ligações Iônicas Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS transferem Sódio (Na) Cloro (Cl) Na Cl Na + Cl - • Ocorre entre íons + e - • A ligação não é direcional 8 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 15 Ligações Iônicas Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS cátions ânions Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 16 Os elétrons de valência são compartilhados; Ligações Covalentes Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS Forma-se com átomos de alta eletronegatividade A ligação é direcional e forte (um pouco menos que a iônica) 9 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 17 Ligações Covalentes Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS Polímero Unidade repetida Bakelite Poliestireno (PS) • Comum em compostos orgânicos, ex: polímeros. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 18 Fração Covalente Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS • Poucos compostos exibem ligação iônica e covalente puras. • A maioria das ligações iônicas tem um certo grau de ligação covalente e vice–versa transferem e compartilham é. • O grau do tipo de ligação depende da eletronegadividade dos átomos constituintes. • Quanto ↑ a diferença de eletronegatividade ↑ o caráter iônico. 10 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 19 FC = exp (- 0,25 E2) E = diferença nas eletronegatividades dos átomos FI = 1 – FC Fração Covalente Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS FC: Fração Covalente FI: Fração Iônica Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 20 Ligações Metálicas Ligações Interatômicas Primárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS • Os é de valência não estão ligados a nenhum átomo em particular: Hg = 68 kJ/mol Tf = - 39 ºC W = 850 kJ/mol Tf = 3410 ºC • A ligação pode ser fraca ou forte. Ex: Núcleos positivos “Mar” de elétrons de valência 11 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 21 • Também chamadas de van der Waals ou físicas; Ligações Secundárias LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS A polarização produz forças atrativas e repulsivas Dipolo Induzido Flutuantes (+ fraca de todas) átomo eletricam. simétrico dipolo induzido atraindo outro Ex: gases inertes e outras moléculas eletricamente neutras. Ex: O2, N2 e Cl2. Moléculas polares e dipolos induzidos (permanentes) Água Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 22 A distância entre 2 átomos é determinada pelo balanço das forças atrativas e repulsivas Forças e Energia de ligação LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS FL = FA + FR FA + FR = 0 Equilíbrio: FAtrativa FRepulsiva FLiquida 12 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 23 Energia e força de ligações estão relacionadas por: E = F.dr Energia de Ligação (E0): energia no pontode mínimo (equilíbrio). Forças e Energia de ligação LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS Propriedades relacionadas c/ a energia: - ___________________________; - ___________________________; - ___________________________; Comprimento da ligação Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 24 Forças e Energia de ligação LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS Inclinação da curva no ponto de equilíbrio: Módulo de Elasticidade E força p/ separar os átomos Quanto ↑ a profundidade do poço de energia (E0) Ponto de Fusão ↑ a Tf do material. 13 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 25 • Quando energia é fornecida a um material, a vibração térmica faz com que os átomos oscilem próximos ao estado de equilíbrio. Coeficiente de Expansão Térmica Forças e Energia de ligação LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS Quanto ↑ profundo e estreito o E0 menor é o α do material. A distância média entre os átomos ↑ c/ o ↑ da temperatura. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 26 Forças e Energia de ligação LIGAÇÃO ATÔMICA NOS SÓLIDOS 14 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 27 Tipo de Ligação / Energia de Ligação Cerâmicos (ligação iônica & covalente) Metais (ligação metálica) Polímeros (covalente e secundárias) Grande energia de ligação Elevado Tf Elevado E Pequeno a Energia de ligação variável Moderado Tf Moderado E Moderado a Propriedades direcionais Ligações secundárias dominantes Pequeno Tf Pequeno E Elevado a RESUMO DAS LIGAÇÕES Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 28 1. É possível afirmar que a ordem de grandeza da estrutura atômica está na faixa de: A. 10-9 nm B. 10-2 µm C. 10-10 m D. 10 nm 2. Considerando a estrutura atômica é incorreto afirmar que: A. A massa atômica é igual no atômico + no de nêutrons B. A massa do próton é igual a massa do nêutron C. A carga do elétron é igual a carga do próton em módulo D. A massa do elétron é 1822 vezes maior do que a massa do próton EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 15 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 29 3. Em relação ao modelo atômico de Bohr é incorreto afirmar que: A. Os elétrons circulam ao redor do núcleo em orbitais B. Considera que o elétron tem características de onda C. Foi o modelo precursor da mecânica quântica D. Tentativa limitada para descrever a posição e energia dos elétrons 4. Em relação ao modelo mecânico-ondulatório é incorreto afirmar que: A. É possível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade do elétron B. A posição do elétron é uma probabilidade de estar em um local ao redor do núcleo C. É impossível determinar ao mesmo tempo a posição e a velocidade do elétron D. Considera que o elétron tem características de onda e partícula EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 30 5. Os números quânticos secundários: A. Especificam subníveis de energia dentro de um nível de energia B. Determinam o nº de estados energéticos para cada subcamada C. Especificam as condições para um elétron girar em torno de seu próprio eixo D. Representam os níveis ou camadas principais 6. De acordo com a configuração eletrônica dos átomos é incorreto afirmar: A. Os elétrons de valência ocupam a camada mais externa B. Os elétrons de valência determinam tamanho do átomo C. Ligações fortes se originam da tendência dos átomos em adquirir estruturas eletrônicas instáveis. D. Em uma configuração eletrônica estável os estados energéticos da última camada estão preenchidos EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 16 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 31 EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 7. O que são os elétrons de valência e porque eles são importantes? 8. Compare as ligações: iônica; covalente e metálica. 9. Descreva as ligações conhecidas por forças de van der Waals e por pontes de hidrogênio. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 32 EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 10. É possível a presença de mais de um tipo de ligação entre átomos? Explique e dê exemplos. 11. Explique as forças (e energias envolvidas) entre dois átomos em função da distância interatômica (faça gráficos das relações solicitadas). 12. Explique que propriedades podem ser definidas pelos gráficos da questão anterior. 17 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 33 13. Dentre os materiais abaixo, qual possui ligação metálica: A. Si B. W C. NH3 D. MgO 14. Dentre os materiais abaixo, qual possui ligação iônica predominante: A. Si B. W C. NH3 D. MgO EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 34 15. Dentre materiais abaixo, qual possui ligação covalente predominante: A. C B. Hg C. H2O D. ClCu 16. Em relação as ligações secundárias, é incorreto afirmar que: A. Também são chamadas de van der Waals ou físicas B. Surgem a partir de dipolos atômicos ou moleculares; C. A ligação de hidrogênio é um caso especial de ligação entre moléculas apolares D. Dipolos existem se houver separação entre as frações positivas e negativas de um átomo ou molécula EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 18 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 35 17. Em relação as forças envolvidas entre dois átomos em função da distância interatômica é incorreto afirmar que: A. A medida que os átomos se aproximam as forças atrativas e de repulsão aumentam B. No ponto de equilíbrio a soma das duas forças é diferente de zero C. Quando as camadas eletrônicas mais externas se sobrepõem surge uma intensa força repulsiva D. Quanto maiores as forças de repulsão e atração entre dois átomos, maior a força de ligação entre eles. 18. Em relação as propriedades relacionadas com as forças e energias envolvidas entre dois átomos em função da distância interatômica é incorreto afirmar que: A. Quanto mais profundo o poço, maior energia deve ser fornecida para separar os átomos, portanto, maior será a sua temperatura de fusão. B. Quanto mais estreito o mínimo de potencial menor o coeficiente de expansão térmica. C. Quanto menos íngreme a curva força-separação interatômica, mais fortemente estão ligados os átomos. D. Os materiais com elevado ponto de fusão possuem maior poço de energia. EXERCÍCIOS – Estrutura Atômica 1 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 1 ESTRUTURA CRISTALINA Prof. Dr.: Eduardo Luis Schneider Ciência dos Materiais Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 2 ESTRUTURA CRISTALINA • Classificação dos materiais sólidos; • Monocristais e Materiais Policristalinos; • Estrutura Cristalina; • Células Unitárias; • Relação entre raio atômico e parâmetro de rede; • Nº de Coordenação; • Fator de Empacotamento Atômico; • Cálculo da Densidade; • Alotropia; • Sistemas Cristalinos; • Direções da célula unitária • Anisotropia • Planos Cristalinos • Difração de RX 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 3 Estrutura Cristalina Introdução Na descrição das estruturas cristalinas, os átomos (ou íons) são considerados esferas sólidas com diâmetros bem definidos. Os materiais no estado líquido, possuem estrutura desordenada; Na solidificação, em função do material, existirá uma organização dos átomos. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 4 Estrutura CristalinaClassificação dos materiais sólidos Material cristalino Os átomos encontram-se ordenados sobre longas distâncias atômicas formando uma estrutura 3D chamada rede cristalina. Al Mg Conjunto de pontos espaciais c/ vizinhança idêntica. • Ângulos entre arestas. • Simetria com os vizinhos; • Distâncias são o parâmetro de rede; 3 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 5 Monocristais • O arranjo repetido de átomos se estende ao longo de toda a amostra; Monocristal de granada Estrutura Cristalina Fluorita Zirconia BaritaOrthoclase Rhodonita Quartzo São difíceis de serem produzidos • Ao crescer, assume uma forma indicativa da estrutura cristalina Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 6 Materiais Policristalinos • A maioria dos materiais sólidos são compostos por muitos cristais; • Os núcleos se formam c/ orientações cristalográficas aleatórias. Estágios da solidificação de um material policristalino: Estrutura Cristalina (a) (b) (c) (d) 4 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 7 • As propriedades dos materiais estão associadas à sua estrutura cristalina: • Ex: Mg e Be têm estrutura cristalina HC e se deformam muito menos que Au e Al que têm estrutura CFC. Estrutura Cristalina • Explica a diferença nas propriedades de materiais cristalinos e não cristalinos de mesma composição. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 8 Células Unitárias • Menor subdivisão da rede cristalina que retém as características de toda a rede. Célula unitária Arranjo de átomos em um cristal Rede cristalina Representação da célula unitária CFC Estrutura Cristalina 5 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 9 • A estrutura cristalina dos metais têm geralmente um nº grande de vizinhos e alto empacotamento atômico. • Cúbica Simples muito raro (só no Po) Estrutura Cristalina dos Metais • Estruturas cristalinas + comuns em metais: • Cúbica de Corpo Centrado (CCC), • Cúbica de Face Centrada (CFC) e • Hexagonal Compacta (HC). Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 10 Estrutura Cristalina Célula unitária ortorrômbica da parte cristalina do PE Estrutura em camadas, Proporciona hidroplasticidade Ex: Cerâmicas vermelhas, Caolinita Ex: Polímeros, PE 6 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 11 • Ex: Determine o número de átomos da rede cristalina por célula nos sistemas cristalinos cúbicos: Simples (CS) de corpo centrado (CCC) de face centrada (CFC) Estrutura Cristalina dos Metais Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 12 Estrutura Cúbica de Face Centrada • Átomos dos vértices divididos com 8 células unitárias; • Comum nos metais: Al, Fe, Cu, Pb, Ag, Ni Estrutura Cristalina dos Metais Relação entre raio atômico e parâmetro de rede ao = 4r 21/2 Contato entre os átomos ocorre através da diagonal da face da célula unitária dface 2 = ao 2 + ao 2 (4r)2 = 2ao 2 CÚBICO DE FACE CENTRADA 7 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 13 Relação entre raio atômico e parâmetro de rede CÚBICO SIMPLES ao = 2r ao = r + r Contato entre os átomos ocorre através da aresta da célula unitária Estrutura Cristalina dos Metais CÚBICO DE CORPO CENTRADO ao = 4r 31/2 Contato entre os átomos ocorre através da diagonal do cubo da célula unitária Dcubo 2 = ao 2 + dface 2 (4r)2 = 3ao 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 14 Número de Coordenação • NC corresponde ao nº de átomos vizinhos mais próximos • Depende: • do nº de ligações que um átomo pode compartilhar; • Fator de empacotamento atômico (FEA). CÚBICO SIMPLES NC = 6 CCC NC = 8 Estrutura Cristalina NC = 12CFC 8 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 15 Fator de Empacotamento Atômico • É a fração de volume da célula unitária efetivamente ocupada por átomos, assumindo que os átomos são esferas rígidas. FEA = Nº de átomos x Volume dos átomos Volume da célula unitária Estrutura Cristalina Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 16 Cálculo da Densidade • Sabendo a estrutura cristalina pode-se calcular a densidade ( = massa dos átomos na célula unitária / volume total da célula): n = número de átomos da célula unitária A = peso atômico VC = Volume da célula unitária NA = Número de Avogadro (6,02 x 10 23 átomos/mol) Estrutura Cristalina Medido Calculado 9 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 17 Densidade dos Materiais Estrutura Cristalina Maior FEA Elevada massa atômica Menor FEA Baixo FEA Elementos leves (C, H, O) Valores intermediários Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 18 Estrutura Hexagonal Compacta • Comum nos metais: Mg, Zn e Cd Estrutura Cristalina NC = 12 FEA = 0,74 (o mesmo do CFC). Relação entre R e a: a = 2R Há 2 parâmetros de rede: Basais (a) e de altura (c) 10 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 19 Alotropia ou transformações polimórficas • Carbono Estrutura Cristalina grafite hexagonal diamante cúbico CCC CFC CCC CFC CCC • Fe Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 20 Alotropia ou transformações polimórficas Estrutura Cristalina Ex: Mudança Alotrópica do Estanho • 27% ↑ de volume e ↓ da densidade (de 7,3 p/ 5,77 g/cm3); Resfriamento 13,2 ºC Sn branco (βα) Sn cinza (α) Resulta na desintegração do material 11 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 21 Sistemas Cristalinos • Como existem muitas estruturas cristalinas possíveis, é conveniente dividi-las em grupos; • Os sistemas incluem todas as possíveis geometrias de divisão do espaço por superfícies planas contínuas; Estrutura Cristalina Plano (110) • Foram estabelecidas convenções de identificação. • Para especificar uma direção ou plano no interior de uma célula unitária: Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 22 12 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 23 Direções da célula unitária Etapas para determinação dos Índices: 1. Posicionar o vetor passando através da origem; 2. Determinar o comprimento das projeções sobre cada eixo; 3. Eliminar as frações e reduzir ao m.m.c. 4. Escrever entre colchetes, e se houver n° negativo o sinal é colocado sobre o n°. Ex: determine os índices para a direção mostrada: Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 24 • Várias direções não paralelas com índices diferentes são equivalentes Direções da célula unitária As propriedades magnéticas de ligas ferrosas usadas em núcleos de transformadores se magnetizam mais facilmente em uma direção do tipo <100>. • Por conveniência, essas direções equivalente são agrupadas em uma família representada por colchetes angulados: Ex: <100> 13 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 25 • Para o sistema cúbico: • A simetria da estrutura permite que as direções equivalentes sejam agrupadas: • Família de direções: <100> para as faces <110> para as diagonais das faces <111> para a diagonal do cubo CCC Família de direções <111> empacotamento atômico fechado CFC Família de direções<110> empacotamento atômico fechado Direções da célula unitária Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 26 Anisotropia • Propriedades dependem da direção cristalográfica. • Para materiais policristalinos as orientações são geralmente aleatórias. Embora cada grão seja anisotrópico, uma amostra composta por vários grãos se comporta de forma isotrópica. Porém um material policristalino trabalhado a frio pode se tornar anisotrópico. 14 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 27 Planos Cristalinos • São representados pelos índices de Miller = (h k l) Ex: Determine os índices para o plano: 5. Escrever entre parênteses, e se houver n° negativo o sinal é colocado sobre este n°. Etapas para determinação dos para planos: 1. Se o plano passar pela origem, desloque-a. 2. Definir três pontos onde o plano corta x, y e z. 3. Calcular os recíprocos dos valores obtidos. 4. Eliminar as frações. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 28 Planos Cristalinos Cortam os 3 eixos cristalográficos Paralelos ao eixo (z) Paralelos aos eixos x e y Planos equivalentes (mesmos índices) 15 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 29 Planos no Sistema Cúbico • Deformação em metais envolve deslizamento de planos atômicos. • O deslizamento ocorre mais facilmente nos planos e direções de maior densidade atômica. A família de planos {110} no sistema CCC é o de maior densidade atômica; A família de planos {111} no sistema CFC é o de maior densidade atômica; Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 30 Difração de RX e Determinação de Estruturas Crsitalinas • O espaçamento interplanar é uma função dos índices, dos parâmetros de rede e da estrutura cristalina. Lei de Bragg relaciona o λ do RX com d ao ângulo do feixe difratado. 16 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 31 Difração de RX e Determinação de Estruturas Crsitalinas • Espaçamentos interatômicos devem ser comparáveis com o λ do feixe difratado. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 32 Amostra Fonte de raios X Contador Difratômetro Difratograma Difração de RX e Determinação de Estruturas Crsitalinas Difratômetro é um aparelho usado para determinar os ângulos nos quais ocorre a difração 17 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 33 Difratograma para o Fe α policristalino (CCC) Difração de RX e Determinação de Estruturas Crsitalinas Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 34 Difração de raios X p/ um monocristal de Mg A simetria hexagonal da estrutura HC do Mg é indicada pelo padrão gerado. Como são produzidos os pontos • A barreira de Pb permite que um feixe seja difratado por planos cristalográficos no monocristal originando vários feixes que atingem a chapa fotográfica. Feixes difratados Chapa fotográfica Monocristal de Mg Feixe incidente Fonte de raios X Barreira de Pb 18 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 35 • Os átomos se agregam em estruturas cristalinas ou amorfas; • Podemos prever a densidade de um material, desde que saibamos o peso atômico, raio atômico e estrutura cristalina; • Direções e planos cristalográficos são especificados em termos de índices; • Materiais podem ser monocristais ou policristalinos. – As propriedades variam com a orientação de um monocristal (anisotropia), mas geralmente são não direcionais em policristalinos (isotrópicos) com orientação aleatória dos grãos. • Alguns materiais podem ter mais de uma estrutura cristalina (alotropia) • Difração de RX é usada para determinar espaçamento interplanar e estrutura cristalina Resumo Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 36 1. Qual figura representa uma estrutura cristalina que maximiza a densidade atômica planar: A. B. C. D. Nenhuma das alternativas anteriores 2. Considerando os monocristais, é incorreto afirmar que: A. Possuem formas geométricas irregulares com faces curvas B. O arranjo periódico dos átomos se estende ao longo da totalidade da amostra C. As células unitárias se ligam da mesma maneira e possuem a mesma orientação D. Existem na natureza, mas também podem ser produzidos artificialmente EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 19 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 37 3. Considerando as seguintes estruturas para a sílica (SiO2), é correto afirmar que: A. O vidro é a forma cristalina da sílica B. O quartzo é a forma cristalina da sílica C. O quartzo é a forma amorfa da sílica D. O vidro é a estrutura da direita 4. Em relação ao MEV é incorreto afirmar que: A. Apresenta aumento de até 60.000 X B. Possui profundidade de campo de ~300x maior que o microscópio ótico C. A posição do elétron pode ser considerada uma nuvem eletrônica D. As amostras precisam ser isolantes elétricas EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 38 5. A célula unitária é a unidade estrutural básica que define a estrutura cristalina em virtude da sua geometria e das posições dos átomos em seu interior. Considerando as células unitárias a seguir, é possível afirmar que: A. A 1ª é CCC, a 2ª é CFC e a 3ª é HC B. A 1ª é CFC, a 2ª é HC e a 3ª é CCC C. A 1ª é HC, a 2ª é CFC e a 3ª é CCC D. Nenhuma das alternativas anteriores 6. Considerando a anisotropia dos materiais é incorreto afirmar: A. Nos monocristais as propriedades variam com a direção B. As propriedades do material a direita variam com a direção C. As propriedades do material a esquerda variam com a direção D. Nos materiais policristalinos as propriedades podem variar com a direção EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 20 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 39 7. Em relação aos materiais chamados de alotrópicos é incorreto afirmar que: A. Possuem mesma estrutura e diferentes composições químicas B. Podem ter mais que uma estrutura cristalina C. A estrutura depende tanto da temperatura como da pressão externa D. A densidade varia em função da transformação 8. Considerando a alotropia dos materiais é incorreto afirmar: A. O ferro pode ter duas estruturas CCC B. O ferro pode ter duas estruturas CFC C. O carbono é um material alotrópico D. O carbono pode existir na forma de grafite e de diamante EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 40 9. Dentre os índices abaixo, qual representa o plano: A. (2 0 2) B. (2 0 0) C. (1 1 0) D. (0 0 2) 10. Dentre os índices abaixo, qual representa a direção: A. [1 2 1] B. [2 0 2] C. [1 1 0] D. [2 1 2] EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 21 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 41 EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 11. Quais são os níveis de ordenação dos átomos em um sólido e como diferem entre si? 12. O que se entende por estrutura cristalina de um material? 13. O que é a célula unitária de uma rede cristalina. 14. O que é parâmetro de rede da célula unitária? 15. De pelo menos dois exemplos de metais para cada uma das estruturas cristalinas a seguir: CFC, CCC e HC. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 42 EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 16. Qual o número de átomos (ou número de pontos de rede) das células unitárias do sistema cúbico parametais? 17. Qual a relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede para o sistema cúbico em metais? 18. Número de coordenação: o que é e do que depende? Quais são os números de coordenação nas células unitárias dos metais? 19. Calcule a densidade do FeCFC e FeCCC. Dados: Fe CFC r = 0,1269 nm e Fe CCC r = 0,1241 nm. 22 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 43 20. Escolha a alternativa correta: a) O CFC e o HC possuem o maior FEA e o CS e o CCC, os menores. b) O CFC e o CCC possuem o maior FEA e o CS e o HC, os menores. c) O CCC e o HC possuem FEA iguais. d) O CS é o sistema que mais ocorre em metais. 21. O que é alotropia? O que é anisotropia? 22. Determine os índices para as direções: a) b) EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 44 22. Determine os índices para as direções: c) d) EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 23 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 45 a) b) c) d) 23. Determine os índices para os planos: EXERCÍCIOS - Estrutura Cristalina 1 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 1 DIAGRAMAS DE FASES Prof. Dr.: Eduardo Luis Schneider Ciência dos Materiais prof.eduardo@ufrgs.br Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 2 DIAGRAMAS DE FASES • Microestrutura • Limite de Solubilidade • Equilíbrio de Fases • Sistemas Isomorfo Binário • Interpretação dos Diagramas • Propriedades Mecânicas de Ligas Isomorfas • Sistemas Eutéticos Binários • Hipoeutético e Hipereutético • Compostos Intermetálicos • Eutetóide e Peritetóide 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 3 DIAGRAMAS DE FASES • Existe forte correlação entre a microestrutura e as propriedades; Definições Componente • Metais puros ou compostos de uma liga. Ex: no latão, Cu e Zn; • Especificando Composição e Temperatura • Quantas fases serão formadas? • Qual a proporção entre elas? • Qual a composição de cada fase? Sistema • Relacionado à série de ligas possíveis. Ex: sistema Fe-C. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 4 Microestrutura • É caracterizada: • Pelo nº de fases presentes; • Pelas suas proporções; • Maneira pela qual elas são distribuídas. Ferrita Fe3C • Depende: • Dos elementos de liga presentes; • Suas concentrações; • Tratamento térmico 3 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 5 Solubilidade do Soluto e Fases • Solubilidade Completa • Ex: água e álcool, metais (Cu e Ni) Sistemas com: • Única fase: monofásicos • Duas ou + fases: misturas • Insolubilidade • Ex: água e óleo, metais (Pb e Cu) • Solubilidade Incompleta • Ex: água e açúcar, metais (Sn e Pb) Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 6 Limite de Solubilidade • Concentração máxima de átomos de soluto que pode se dissolver no solvente para formar uma solução sólida. Solubilidade do açúcar (C12 H22O11) em um xarope açúcar-água. • Qual o LS para o açúcar na água a 20 ºC? • Ultrapassando o limite ocorre: • Formação de outra solução sólida ou; • Composto com composição diferente. 4 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 7 Equilíbrio de Fases • Um sistema está em equilíbrio se a sua energia livre (G) é mínima para uma combinação específica de: • Temperatura • Pressão e • Composição • Os digramas de fase não indicam o tempo para que um novo estado de equilíbrio seja atingido. • As vezes um estado de equilíbrio nunca é completamente atingido pois a velocidade para isso é muito lenta: • Equilíbrio metaestável Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 8 Sistemas Isomorfo Binário • Possuem solubilidade completa tanto no estado sólido como no líquido; Linha Liquidus: separa os campos L e L+α. • Fases L: solução líquida homogênea α: solução sólida substitucional CFC Linha Solidus: está localizada entre as regiões α e α+L. 5 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 9 Interpretação dos Diagramas de Equilíbrio • Fases presentes • Localizam-se temperatura e composição e verifica-se o nº de fases presentes. ◦ Ex: Ponto A (fase α) e ponto B (fases α + L) • Regra 1: Composição química das fases • Se apenas uma fase presente: composição é a mesma da liga; ◦ Ex: Ponto A (apenas fase __): 60%p Ni-40%p Cu ◦ Ex: Ponto B (fase L+α): 35%p __ Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 10 • Regra 2: Composição química das fases • Se for região bifásica: ◦ A composição de cada fase pode ser determinada pelo ◦ Método da linha de amarração. Comp. Liq = __% Ni e __% Cu Comp. Sol. = __% Ni e __ % Cu TB = 1250 ºC: Interpretação dos Diagramas de Equilíbrio 6 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 11 • Regra 3: Quantidades das fases (%) • Monofásica: 100% da Fase • Bifásica: Regra da alavanca. % das fases Fração da fase líquida Fração da fase sólida Interpretação dos Diagramas de Equilíbrio Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 12 Propriedades Mecânicas de Ligas Isomorfas Sistema Cu-Ni • Efeito da Composição Limite de resistência à tração (TS) Ductilidade (%EL) 7 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 13 Sistemas Eutéticos Binários • Reação Eutética: Composição com T de fusão Mínima Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 14 Sistemas Eutéticos Binários • Microestrutura do eutético (ligas de composição Co = CE): • Lamelar: camadas alternadas de fase e . EX: Sistema Eutético Pb-Sn 8 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 15 Sistemas Eutéticos Binários Co < 2 wt% Sn 2 wt% Sn < Co < 18.3 wt% Sn Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 16 Sistemas Eutéticos Binários 18.3 wt% Sn < Co < 61.9 wt% Sn 9 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 17 Hipoeutético e Hipereutético Composição menor que o eutético Composição maior que o eutético Microestrutura eutética Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 18 Compostos Intermetálicos Existem como uma fase e possuem composição estequiométrica. Diagrama magnésio- chumbo 10 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 19 Eutetóide e Peritetóide Reação Eutetóide Reação Peritética Diagrama cobre-zinco Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 20 Sistema Ferro-Carbono • Pontos importantes: 11 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 21 Aço Hipoeutetóide Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 22 Aço Hipereutetóide 12 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 23 Influência de Outros Elementos T eutetóide em relação à concentração de vários elementos de liga no aço. Composição eutetóide em relação à concentração de vários elementos de liga no aço. Sistema Ferro-Carbono Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 24 Regra de Gibbs • Quantas fases estão presentes em um determinado ponto? Quantos grausde liberdade tem o sistema? REGRA DE GIBBS F = C - P +1 • Quantos componentes a mistura apresenta? 13 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 25 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 1. Considere o diagrama de fases açúcar-água: Se uma solução líquida saturada de açúcar em água a 80 ºC for resfriada até 20 ºC, parte do açúcar irá precipitar como um sólido. Qual será a composição da solução líquida saturada (em %p) a 20 ºC? 2. Cite três variáveis que determinam a microestrutura de uma liga. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 26 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 3. Qual é a condição termodinâmica que deve ser atendida para que exista um estado de equilíbrio? 4. A 100 ºC, qual é a solubilidade máxima (a) do Pb no Sn? (b) do Sn no Pb? 14 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 27 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 5. Considere uma amostra de gelo que está a -15 ºC e sob uma pressão de 10 atm. Usando o diagrama de fases pressão-temperatura para a H2O, determine a pressão à qual se deve elevar ou reduzir a amostra para fazer com que ela (a) se funda e (b) se sublime. 6. A uma pressão de 0,1 atm, determine: (a) a temperatura de fusão para o gelo e (b) a temperatura de ebulição para a água. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 28 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 7. Marque o ponto eutético no diagrama de fases alumínio-silício abaixo e encontre a temperatura e composição eutética. 8. A figura abaixo mostra o diagrama de fases Al-Ti. (a) Sombreie todos os campos monofásicos. (b) Identifique três pontos peritéticos, e um ponto peritetoide. 15 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 29 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 9. Diagramas de fase permitem a obtenção de informações quanto a cinética das reações entre componentes de um material? 10. Uma liga contendo 65%p Ni-35%p Cu é aquecida até uma temperatura dentro da região das fases α + líquida.Se a composição da fase α é de 70%p Ni, determine: (a) A temperatura da liga. (b) A composição da fase líquida. (c) As frações mássicas de ambas as fases. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 30 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 11. Escolha a alternativa correta: A reação que melhor descreve a reação peritética no resfriamento é: (a) liq → α + β. (b) α → γ+ β. (c) liq 1 → liq 2 + α. (d) α + liq → β. 12. Sabe-se que um aço contém 93,8%p Fe, 6%p Ni e 0,2%p C. Qual é a temperatura eutetóide aproximada desta liga? 16 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 31 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 13. Utilizado o diagrama magnésia-alumina, determine no ponto onde a temperatura é de 2400 ºC e a composição é de 30%p Al2O3-70%p MgO: (a) As fases presentes. (b) A composição das fases. (c) As frações mássicas das fases. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 32 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 14. Para uma liga com 99,65%p Fe-0,35%p C em uma temperatura imediatamente abaixo da eutetóide, determine o seguinte: (a) As frações das fases ferrita total e cementita; (b) As frações da ferrita proeutetóide e perlita; (c) A fração de ferrita eutetóide. 17 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 33 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 15. Considerando o diagrama de fases para o sistema SiO2-Al2O3 para cada par da seguinte lista de composições. Qual composição você julga possuir as características refratárias mais desejáveis? Justifique suas opções: (a) 20%p Al2O3 – 80%p SiO2 ou 25%p Al2O3 – 75%p SiO2 (b) 70%p Al2O3 – 30%p SiO2 ou 80%p Al2O3 – 20%p SiO2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 34 EXERCÍCIOS – Diagramas de fases 16. Determine os graus de liberdade do sistema para os pontos indicados no diagrama Cu Ni. O que significa o valor calculado para cada ponto? A B C 1 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 1 PROPRIEDADES MECÂNICAS Prof. Dr.: Eduardo Luis Schneider Ciência dos Materiais prof.eduardo@ufrgs.br Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 2 PROPRIEDADES MECÂNICAS • Esforços Mecânicos Comuns • Ensaios Mecânicos • Ductilidade • Módulo de elasticidade • Resiliência / Tenacidade • Dureza 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 3 PROPRIEDADES MECÂNICAS • As dimensões dos elementos, sua deflexão e sua estabilidade dependem não só das cargas internas como também do tipo de materiais. Livro: Diálogo sobre duas novas Ciências, 1638. Introdução • A resistência dos materiais originou-se no séc. XVII quando Galileu estudou efeitos de cargas em vigas de diferentes materiais. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 4 SI: N/m2 = Pa Sistema Norte-Americando ou Pés-Libras-Segundo • lb/pol2 = psi ou klb/pol2 = ksi Unidades Tensão - (sigma) Força por unidade de área que atua no sentido perpendicular a A. PROPRIEDADES MECÂNICAS 3 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 5 Compressão Tração PROPRIEDADES MECÂNICAS Esforços Mecânicos Comuns Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 6 Cisalhamento Junta de aço Junta de madeira PROPRIEDADES MECÂNICAS Esforços Mecânicos Comuns 4 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 7 Torsão Ex: O esforço de torção no eixo deste ventilador de condensação depende da potência de saída do motor. Flexão Ex: asa de avião, eixo de um automóvel, alguns ossos do corpo humano, etc. PROPRIEDADES MECÂNICAS Esforços Mecânicos Comuns Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 8 Deformação • Nesta borracha submetida a tração: • A reta vertical alonga-se, • A reta horizontal diminui e • A reta inclinada muda seu comprimento e gira. PROPRIEDADES MECÂNICAS = L - Lo/Lo= L/Lo LLo L F 5 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 9 Deformação PROPRIEDADES MECÂNICAS Deformação Elástica Deformação Plástica • Precede à deformação plástica; • É reversível; • Desaparece quando a é removida. • É irreversível (deslocamento permanente dos átomos) e, portanto não desaparece quando a tensão é removida. Antes da aplicação Aplicação da carga Durante Após Antes da aplicação Aplicação da carga Durante Após Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 10 Ensaio de Tração • É medido submetendo-se o material à uma carga trativa, crescente, que promove uma deformação progressiva. PROPRIEDADES MECÂNICAS 6 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 11 PROPRIEDADES MECÂNICAS Deformação Plástica • ultrapassa o e; • É irreversível e, portanto, não desaparece quando a é removida. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 12 PROPRIEDADES MECÂNICAS Fatores de Segurança • Tensão de trabalho (de segurança), significa que o limite de escoamento não será ultrapassado • Fator de __________, N Variam entre 1,2 e 4 N ↑ = superdimensionameto N ↓ = subdimensionameto Exemplo: calcular o diâmetro, d, para garantir que não ocorra o escoamento na haste de aço carbono abaixo. Usar um fator de segurança de 5. 7 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 13Aspecto da Fratura Ductibilidade PROPRIEDADES MECÂNICAS Pode ser medida através: • Alongamento = (lf - lo) / lo • Estricção = (Ao – Af) / Ao Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 14 • Está relacionado com a rigidez do material ou à resist. à elástica. lei de Hooke só é válida até este ponto Módulo de Elasticidade (E) Tg = E = / PROPRIEDADES MECÂNICAS 8 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 15 PROPRIEDADES MECÂNICAS Ensaio de Compressão Ensaio de Flexão • Materiais cerâmicos não costumam ser avaliados através de ensaio de tração. Material Dúctil Frágil Efeito Barril Ruptura a ~45º Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 16 Resiliência e Tenacidade Resiliência é a capacidade de um material de absorver energia sem deformar plasticamente. Tenacidade é toda a energia que o material pode absorver até a ruptura. Energia de Deformação 9 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 17 Resiliência e Tenacidade Tenacidade Energia de Deformação Pode ser medida pela área abaixo da curva. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 18 Teste de Impacto • Um cp entalhado é quebrado pelo impacto de um pêndulo, que cai de uma distância fixa numa velocidade pré-determinada. • A diferença entre a altura de queda e a altura de retorno é a energia absorvida pelo material na fratura. Tenacidade 10 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 19 Dureza Medida da resistência de um material à deformação ________ local. A Escala de Mohs - 1812 Escala de Mohs Mineral Dureza Absoluta 1 Talco (Mg3Si4O10(OH)2 1 2 Gipsita (CaSO42H2O) 3 3 Calcita (CaCO3) 9 4 Fluorita (CaF2) 21 5 Apatita (Ca5(PO4)3(OH-CI-F-)) 48 6 Feldspato Ortoclásio (KAISi3O8) 72 7 Quartzo (SiO2) 100 8 Topázio (AI2SiO4(OH-F-)2) 200 9 Corindon (AI2O3) 400 10 Diamante (C) 1500 Serra diamantada Rebolos de esmeril Jóias Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 20 Dureza • Quanto + duro o material: ↓ a impressão ↑ a dureza. Ensaio Brinell: consiste em comprimir uma esfera de aço temperado sobre uma superfície plana de um metal. Plásticos Latão e ligas de Al Aços baixo carbono Aços médio carbono Aços alto carbono Aços nitretados Diamantes Aumento de Dureza Ex: esfera de 10 mm Aplicação de uma força conhecida Tamanho da medida de indentação após remoção do carregamento Menores indentações significam maior dureza A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota esférica impressa no material ensaiado. 11 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 21 Dureza Correlação entre dureza e limite de resistência Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 22 EXERCÍCIOS – Propriedades Mecânicas 1. O gráfico tensão () x deformação () abaixo representa o comportamento típico do polietileno em um ensaio de tração. Indique as regiões correspondentes à deformação elástica, plástica, à tensão de escoamento e o ponto de ruptura do material. 2. Observe o gráfico tensão () x deformação () abaixo. Cada uma das curvas representa o comportamento característico de cada classe de materiais (1.cerâmicos; 2.metais; 3.polímeros termoplásticos; 4.elastômeros). (a) Qual material possui a maior ductilidade, o da curva 2 ou 3? (b) Qual destas curvas representa o comportamento de um material frágil? (c) Se, para um determinado projeto, deve-se selecionar um material elástico (flexível), qual grupo deveria ser escolhido? (d) Qual desses grupos apresenta o limite de resistência mais elevado? (e) Para o projeto de um componente que necessite de elevada resistência mecânica e que não seja frágil, qual destes grupos deve ser escolhido? 12 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 23 EXERCÍCIOS – Propriedades Mecânicas 3. Assinale com um X a(s) resposta(s) que completa(m) a frase corretamente: O ensaio de tração tem por finalidade(s) determinar: a) ( ) o limite de resistência à tração; b) ( ) a impressão causada por um penetrador; c) ( ) o diâmetro do material ensaiado; d) ( ) o alongamento do corpo ensaiado. 4. Quando se realiza ensaio de tração, podem ocorrer duas deformações. Assinale com um X quais são elas, na sequência em que os fenômenos ocorrem no material. a) ( ) plástica e elástica; b) ( ) plástica e normal; c) ( ) plástica e regular; d) ( ) elástica e plástica. 5. Calcule a deformação sofrida por um corpo de 15 cm, que após um ensaio de tração passou a apresentar 16 cm de comprimento. Expresse a resposta de forma percentual. 6. Compare as regiões das fraturas dos corpos de prova, apresentados a seguir. Depois responda: qual corpo de prova corresponde ao material dúctil? Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 24 7. Diga o nome da propriedade relacionada: (a) Materiais com altos valores experimentam grande deformação plástica antes de se romper. (b) Propriedade importante quando se deseja um produto que seja resistente ao desgaste. (c) Corresponde a rigidez dos materiais. (d) Energia absorvida na deformação elástica. 8. A figura abaixo apresenta um mapa de seleção de materiais relacionando as propriedades resistência à tração e densidade de diferentes grupos de materiais. EXERCÍCIOS – Propriedades Mecânicas Para os grupos dos Metais, Ceramicos, Compósitos e Polimeros, indique um material com elevada resistência à tração e baixa densidade. 13 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 25 9. Considerando as afirmações abaixo, marque a alternativa correta: I – A fratura frágil é preferida, pois assim nota-se quando o produto está prestes a quebrar. II – No projeto de um produto procura-se utilizar como o maior esforço admissível um valor abaixo do limite elástico do material utilizado. III – Os materiais apresentam os mesmos valores de resistência à tração e à compressão. (a) Todas estão corretas (b) apenas a II está correta (c) apenas I e II estão corretas (d) apenas I e III estão corretas (e) apenas II e III estão corretas 10. A tenacidade é a medida da energia necessária para romper um material. Analisando as curvas tensão-deformação abaixo, qual material possui maior tenacidade? EXERCÍCIOS – Propriedades Mecânicas Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 26 11. Para um determinado peso sobre a viga da figura abaixo, deseja-se que a flexão da mesma seja pequena. Assim, dentre um grupo de materiais, deve-se escolher o que possua o maior ou menor módulo de elasticidade? 12. É possível relacionar a tensão de escoamento de um metal e o seu resultado de dureza? 13. Explique porque a fratura frágil consome menos energia que a fratura dúctil. 14. Calcular o diâmetro, d, para garantir que não ocorra o escoamento na haste de liga de alumínio 2024 tratada termicamente com e = 345 MPa, abaixo. Usar um fator de segurança de 3. Dados: N = e /N EXERCÍCIOS – Propriedades Mecânicas 1 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 1 PROPRIEDADES TÉRMICAS E ELÉTRICAS Prof. Dr.: Eduardo Luis Schneider Ciência dos Materiais prof.eduardo@ufrgs.br Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 2 PROPRIEDADES TÉRMICAS E ELÉTRICAS PROPRIEDADES TÉRMICAS • Expansão térmica • Calor específico • Condutividadetérmica • Temperatura de transição vítrea • Temperatura máxima de Serviço PROPRIEDADES ELÉTRICAS • Resistividade e condutividade elétrica • Efeito da temperatura, impurezas e deformação • Materiais condutores, semicondutores e isolantes • Supercondutores e piezoelétricos 2 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 3 Expansão Térmica • Expansão linear (1D). • O comprimento de uma barra aumenta linearmente. PROPRIEDADES TÉRMICAS Ex.: trilhos ferroviários Ex.: rede elétrica Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 4 Expansão Térmica • Expansão linear (1D). PROPRIEDADES TÉRMICAS Ex: Termostato de lâmina bimetálica 3 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 5 Expansão Térmica • Expansão superficial (2D) • Comprimento e largura de uma chapa aumentam. PROPRIEDADES TÉRMICAS blocos de concreto fogão a lenha Expansão volumétrica (3D) • Ocorre em sólidos 3D. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 6 PROPRIEDADES TÉRMICAS Calor Específico É a quantidade de calor para elevar em um grau a temperatura de 1 g do material. Substância Calor Específico (cal/g.°C) Água 1,0 Madeira 0,42 Alumínio 0,22 Areia 0,19 Ferro 0,11 Ex: O Fe necessita menos calor para elevar sua T do que a água. 4 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 7 PROPRIEDADES TÉRMICAS Condutividade térmica É a habilidade de conduzir calor. Material Condutividade térmica [J/s/(m·K)] ou [W/(m.K)] Cobre 398 Alumínio 237 Tijolo 0,6 Espuma de PS 0,03 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 8 Existe uma temperatura T max, acima da qual a utilização de um material é impraticável. Temperatura Máxima de Serviço EVA Aplicação: Pisos flexíveis, proteções, chinelos. Tmáx: 47 – 52 ºC Aço Inox Austenítico Aplicação: Contêineres resistentes a ácidos, trocadores de calor. Tmáx: 627 – 827 ºC PROPRIEDADES TÉRMICAS 5 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 9 • Tg é a temperatura de transformação entre um estado sólido em um amolecido em materiais amorfos. Temperatura de transição vítrea PROPRIEDADES TÉRMICAS • Cristalinos: decréscimo descontínuo em volume na Tm. • Vítreos: Muda a inclinação na Tg. • Abaixo da Tg: o material é considerado um vidro; • Acima: 1º um líquido super- resfriado e depois um líquido. Solidificação: Materiais vítreos X cristalinos Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 10 Temperatura de transição vítrea PROPRIEDADES TÉRMICAS Tg < que a temperatura ambienteEx: 6 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 11 PROPRIEDADES ELÉTRICAS • O cobre entre 1965 e 1973 ↑ de valor e foi substituído pelo Al. • Cada vez que os circuitos são ligados e desligados, ocorre a dilatação e contração dos fios. • Ao final a conexão pode se deteriorar ao ponto de provocar incêndio. • Como o CET do Al é ↑, c/ os ciclos as conexões afrouxam. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 12 • Lei de Ohm: DV = I R Diferença de potencial (volts = J/C) Resistência (Ohms) corrente (A = C/s) Relaciona a passagem de carga com a voltagem aplicada. Condução Elétrica PROPRIEDADES ELÉTRICAS Comprimento do material Área superficial para passagem de corrente O valor de R é influenciado pelo tamanho da amostra. 7 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 13 A resistividade ρ é independente da amostra (geometria)! • Quanto ↓ a resistividade, ↑ a passagem de carga elétrica no material. • A unidade SI da resistividade é o ohm metro (Ωm). Resistividade elétrica ρ PROPRIEDADES ELÉTRICAS Classificação dos materiais quanto á resistividade: Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 14 Estrutura perfeita a Baixa temperatura Movimento dos elétrons a mais alta temperatura Movimento dos elétrons em uma estrutura com impurezas Efeito da temperatura e da estrutura dos metais na resistividade PROPRIEDADES ELÉTRICAS 8 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 15 1 • É um indicativo da facilidade segundo a qual um material é capaz de conduzir uma corrente elétrica; Condutividade Elétrica PROPRIEDADES ELÉTRICAS Condutividade - comparação: • Ela é o recíproco da resistividade. Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 16 Supercondutividade • É um fenômeno observado em diversos metais e materiais cerâmicos. • Apresenta resistividade nula, quando resfriado abaixo de certa temperatura crítica, Tc: Material Tipo Tc(K) Zinco metal 0,88 Alumínio metal 1,19 Estanho metal 3,72 Mercúrio metal 4,15 YBa2Cu3O7 cerâmica 90 TlBaCaCuO cerâmica 125 PROPRIEDADES ELÉTRICAS Materiais Condutores 9 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 17 Ex: Em um semicondutor, os elétrons podem ser excitados para a banda de condução por energia elétrica, térmica ou óptica. Materiais Semicondutores PROPRIEDADES ELÉTRICAS Aplicações em dispositivos eletrônicos: Diodos LEDS Transistor Circuito Integrado Microprocessadores Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 18 Materiais Semicondutores PROPRIEDADES ELÉTRICAS Semicondutor Intrínseco • Comportamento elétrico baseado na estrutura eletrônica do material puro. carga do elétron Semicondutor Extrínseco • As características são ditadas por impurezas. • É menos influenciada pela temperatura. 10 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 19 Materiais Isolantes • A maioria dos materiais poliméricos são maus condutores de eletricidade devido ao baixo nº de elétrons livres disponíveis para conduzirem. PROPRIEDADES ELÉTRICAS Ex: PVC em instalações elétricas de baixas tensões Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 20 Materiais Isolantes PROPRIEDADES ELÉTRICAS Resistividade elétrica > 1020 μΩ.cm Ex: 11 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 21 Materiais Isolantes Rigidez Dielétrica É medida pela tensão elétrica que o material pode suportar sem que ocorra a perda de suas propriedades isolantes. PROPRIEDADES ELÉTRICAS Capacitores Materiais dielétricos Isoladores de linhas de transmissão São isolantes elétricos que, sob a atuação de um campo elétrico exterior acima do limite de sua rigidez dielétrica, permite o fluxo da corrente elétrica. Material Rigidez Dielétrica (V/m) Ar 3 x 106 Vidro Pyrex 14 x 106 Baquelite 24 x 106 Cerâmicos Poliéster Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 22 Materiais Isolantes Materiais Ferroelétricos Apresentam polarização na ausência de campo elétrico. Ex: titanáto de bário (BaTiO3). PROPRIEDADES ELÉTRICAS A polarização pode ser induzida pela aplicação de forças externas. São utilizados em transdutores. Materiais Piezoelétricos 12 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 23 1. Qual precisa ser a variação de temperatura de uma barra de alumínio para que ela tenha uma expansão linear correspondente a 0,2% de seu tamanho inicial? Considere o coeficiente de expansão do alumínio como 23 x 10– 6/ºC – 1. 2. Considerando que o calor específico do cobre é 0,09 cal/g.ºC e o do Alumínio0,22 cal/g.ºC, qual destes materiais precisará de maior quantidade de calor fornecida ou retirada para que ocorram as mesmas variações de suas temperaturas? 3. Se uma cerveja em lata e outra de garrafa são colocadas pra gelar no freezer, qual gela mais rápido e porque? 4. Dê exemplos de materiais bons condutores térmicos e cite aplicações onde os mesmos são selecionados com base nessa propriedade. 5. Em projetos onde é necessário isolar termicamente algum componente são empregados os materiais isolantes térmicos. Cite aplicações onde os mesmos são usados com base nessa propriedade. EXERCÍCIOS - Propriedades Térmicas e Elétricas Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 24 6. Explique o que é a temperatura máxima de serviço e de um exemplo onde esta propriedade deve ser considerada. 7. Alguns materiais, dentre eles a maioria dos cerâmicos e vidros, podem sofrer fratura quando resfriados rapidamente, isto é, apresentam baixa resistência ao choque térmico. Relacione a resistência ao choque térmico com a condutividade térmica e o coeficiente de expansão. 8. Caso um material dielétrico seja submetido a um campo elétrico de altíssimas intensidades este poderá se tornar um condutor. Assim, com base nos valores de rigidez dielétrica, qual material suporta maiores diferenças de potencial elétrico, o vidro pyrex ou a baquelite? Por que? 9. Porque os materiais com os maiores valores de condutividade elétrica nem sempre são selecionados para aplicações onde esta propriedade é importante? 10. Nos metais, cite três fatores que influenciam a resistividade elétrica. EXERCÍCIOS - Propriedades Térmicas e Elétricas 13 Ciência dos Mater ia is - Prof . Dr. : Eduardo Luis Schneider Slide 25 11. As condutividades elétricas da maioria dos metais decrescem gradualmente com a temperatura, mas a condutividade intrínseca dos semicondutores sempre cresce rapidamente com a temperatura. Justifique a diferença. 12. Por que o efeito da temperatura na condutividade elétrica é, em geral, mais acentuado em um semicondutor do que em um isolante? 13. Explique qual a diferença entre um semicondutor intrínseco e um extrínseco. 14. Cite duas vantagens em usar o PVC como material isolante em instalações elétricas. 15. O que são materiais supercondutores e quais possíveis aplicações práticas? EXERCÍCIOS - Propriedades Térmicas e Elétricas
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